VOCÊ CONTINUA ACREDITANDO EM FELIPÃO?
Gente existe neste planeta, via de regra desprovida de opinião própria, mas sempre disposta a criticar a opinião alheia.
Essa gente fica, dissimuladamente, à espreita para (exemplifico), criticar quem defendeu a profilática saída de Róger Machado (não tinha nível, sequer, para ser contratado) e que, ao menos, concordou com o retorno de Felipão.
Ficam (eles) dizendo que ninguém que pediu a saida de Róger pode criticar Scolari a partir de seus erros. Discordo r-a-d-i-c-a-l-m-e-n-t-e!
Felipão, em meu entendimento, "defecou na retranca" (literalmente) ao entrar com um time misto contra o América Mineiro e não seria em função dele estar estreando que o pouparia das críticas que mereceu.
Ainda mais em se tratando de um treinador daqueles a que denominamos cascudo, experiente, rodado mundialmente, campeão mundial e que, pela terceira vez, dirige o Verdão.
As críticas, reconheço, foram fortes mas aquém do sacrilégio imperdoável decorrente da repetição sistemática do velho vício que tanto tem infelicitado o Palmeiras quando acumula participações concomitantes em várias competições: a poupança do time titular.
Para que não se retroceda tanto no tempo, basta que se volte ao ano passado quando Cuca poupou os titulares e como consequência da estupidez cometida, conseguiu perder todas as competições que disputou à frente do Palmeiras.
Fique claro, porém, que as nossas críticas não representam qualquer oposição a Felipão, mas reservamo-nos o direito de criticá-lo sempre que, em nosso conceito, ele vier a errar. Azar o dele que o erro de domingo foi palmar ainda que em seu jogo de estreia.
Em síntese e para que não se vá tão longe no tempo, critiquei fortemente Cuca e Róger Machado pelo mesmo absurdo. Por que, então, deixaria de criticar Felipão em uma situação que contraria a minha convicção?
Quero deixar claro que Felipão, definitivamente, não seria a minha escolha número um para técnico do Palmeiras, mas, com certeza não estava entre as últimas.
Gostei da contratação de Felipão e estou convicto desde a saída de Cuca que Róger Machado não tinha o menor gabarito para dirigir o Palmeiras. Deu no que deu e não seria diferente por tudo o que se sabia do ex-volante gremista.
Sei, perfeitamente, de todos os méritos e defeitos de Felipão, tanto e quando de suas manias, esquisitices e filosofias quando dirige um time de futebol.
Sei, por exemplo, que ele prefere jogadores menos técnicos se aplicados e dispostos a marcar, tanto e quanto montar times limitados desde que formados por jogadores dessas características.
No entanto, forçoso é reconhecer, foi quase sempre assim que Felipão obteve muitas vitórias e conquistou tantos títulos. No Palmeiras e, na maioria das vezes, com times menos técnicos ele ganhou a Copa do Brasil de 1998 e, no mesmo ano, a Mercosul.
Em 2012, com um time considerado fraquíssimo, um dos piores da história do Palmeiras e da própria competição, levou o Verdão a sua segunda conquista da Copa do Brasil, de forma invicta.
Bruno, Artur, Maurício Ramos, Tiago Heleno (Leandro Amaro) e Juninho.
Henrique, Marcos Assunção (João Vitor), Márcio Araújo (Daniel Carvalho).
Luan, Mazinho e Betinho.
Exceção feita a Valdívia único craque desse elenco, que, aliás, não jogou a final em Curitiba, era um time limitadíssimo mas que chegou ao título de forma invicta sob Felipão.
Aliás, estava no auge a campanha maldosa, insidiosa, descarada e covarde da mídia paulistana contra o chileno, que, suspenso, ficou fora da decisão, embora viajando com a delegação para o jogo final em Curitiba.
A viagem de Valdívia (status de estrela) que viajou apenas para dar moral aos companheiros no jogo decisivo da final, após arrebentar no primeiro confronto em Sampa e ser suspenso, evidencia o gráu de companheirismo, amizade, igualdade e união que Scolari conseguiu impor àquele grupo, não sem razão, o campeão daquela Copa.
É exatamente isso que, espero, Felipão possa transmitir ao atual grupo palmeirense, muito mais técnico, embora menos aguerrido do que aquele.
Você acredita que Felipão possa chegar lá?
COMENTE COMENTE COMENTE