Observatório Alviverde

18/11/2009

DERROTA INGLÓRIA!

Dizem que todas as derrotas são inglórias e que a história é escrita, exclusivamente, pelos vencedores. De minha parte acredito que haja, sim, derrotas honrosas, em que se arrosta inimigos mais poderosos inflingindo-lhes pesadas perdas e a incerteza de que as suas vitórias não foram tão convincentes. Na própria história do Brasil podemos pinçar o exemplo clássico da Revolução de 1932, na qual os paulistas foram fragorosamente derrotados no campo de batalha e, ainda assim, lograram êxito em seus objetivos. Assim, venceram a guerra no plano político-reivindicatório, pois alcançaram a colimada constituição pela qual heroicamente guerrearam. Há, também, as vitórias de Pirro, isto é, vitórias com sabor de derrota, em alusão ao general grego que ao bater os romanos e conferir as próprias baixas de batalha afirmou: "com outra vitória como essa, estarei perdido"!
O que acontece no Palmeiras tem sido assim, através dos anos : vitórias de pirro e derrotas inglórias. O clube parece haver se acostumado a essa rotina. É um problema que já se cronificou.
A derrota inglória para o Gremio expõe mais do que as nossas vísceras, a nossa alma controversa de italiano, a um só tempo entusiasta, ambicioso, visionário, orgulhoso, mas perfeccionista, contraditório, briguento, rixento, intolerante, contundentemente crítico. Em nossa alma italiana residem, em perfeita desarmonia, todas essas virtudes e defeitos. Os males do Palmeiras decorrem disso... É questão de temperamento...
Na verdade tem nos faltado alguns elementos preciosos na condução da vida de nosso clube, como visão clara das coisas, tolerância, moderação, superação de problemas através do diálogo e do mútuo entendimento, longe de rompantes e de brigas de facções políticas ou de personalidades conflitantes. Paz é a palavra mágica que sintetiza a imagem de nossas necessidades. Enquanto o Palmeiras não se harmonizar, enquanto o desarme dos espíritos e a paz não chegarem ao Palestra vamos amargar situações como a de ontem, fruto do estado constante de guerra em que vivem e convivem diretoria, oposição, associados, imprensa, comissão técnica, elenco, torcidas organizadas e os torcedores de um modo geral. Animicamente temos muito o que aprender dentro e, sobretudo, fora de campo! Esta é a chave do sucesso!

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