Observatório Alviverde

25/01/2011

UMA PALAVRA DE OTIMISMO A ESSE NOVO PALMEIRAS DE FELIPÃO, TIRONE, FRIZZO E DE TODOS NÓS…

Otimismo deve ser e tem de ser, a partir de agora, a palavra de ordem no Palmeiras.

Vamos, todos, diminuir um pouco o tom de nossos queixumes, reclamações e reivindicações.

Vamos deixar que o trabalho do elenco flua de forma cronológica e natural.

Vamos dar um pouco mais de tempo ao próprio tempo.

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Raciocinemos!

A conclusão que conforta é a de que temos, neste momento,  um time à altura dos nossos maiores adversários co-estaduais.

Na comparação individual, conclui-se que perdemos em uma ou outra posição, mas ganhamos em muitas.

A qualidade de nosso elenco, iniludivelmente, é compatível com a dos bambis e dos gambás.

Alguns mais pessimistas dizem que o Santos teria um elenco melhor do que o nosso.

A esses eu respondo perguntando:
"- Mas esse Santos de tantos garotos bons de bola tem conseguido levar vantagem contra nós?

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Na verdade, em meu critério de análise, perdemos de nossos adversários apenas em qualidade ofensiva.

E isso ocorre por mera questão de filosofia.

Infelizmente a italianada sempre se preocupou com defesa, beques, volantes e meias enfeitadores.

Há quantos anos não contratamos um centro-avante de posição, goleador?

De qualquer forma esse equilíbrio de elencos com os maiores rivais já nos traz a convicção de que vamos para a cabeça neste Paulistão.

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Passemos, então, a acreditar mais na qualidade do trabalho de Felipão e na força de nossa tradição.

Já chega, basta desse papo inventado pelo Avalonne e outros doidivanas de que a nossa camisa pesa.

Pesa o cazzo!

Mas pesam, isto sim, as críticas covardes aos jovens da base que o Palmeiras tenta, infrutiferamente, lançar.

Pesam ainda mais os julgamentos sumários e a execração aos jogadores sem nome e marketing que o Palmeiras contrata, de vez em quando.

Pesam, muito mais o pessimismo e a ironia que a mídia joga no ar em face de todas as ações do Palmeiras dentro e fora de campo.

Pesam acima de tudo, o fogo amigo e os quinta colunas que colimando o poder trabalham nos bastidores contra o próprio clube que escolheram para torcer e amar sobre todas as coisas.

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Mas quem tem de resolver esses assuntos é a nova diretoria.

Uma nova relação com a imprensa tem de ser pensada e adotada, urgentemente.

Uma relação interna com sócios e conselheiros tem de ser implementada como norma de ética e de conduta.

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Sabemos, perfeitamente, que a turma de Tirone não encontrou o Palmeiras envolto em um mar de rosas.

Se isso é verdade, também é verdade que não encontrou o clube em regime de "terra arrasada".

Com todos os erros (o maior deles foi prestigiar Cipullo), Belluzzo deixou algumas marcas e legados importantes.

Empreendeu a promoção e a valorização de nossa marca como jamais alguém o fez em nossa história,

Aumentou, consideravelmente, as receitas do clube, elevando-as quase ao dobro.

Adotou a filosofia de pensar grande e de investir em jogadores caros, como fazem, vez por outra, os concorrentes.

Com um diretor de futebol atualizado e conhecedor de futebol, teria montado um grande time, mas Cipullo não deixou!

Defendeu intransigentemente os nossos interesses, como poucos presidentes o fizeram em nossa história.

Sem ganhar nada pode ser considerado um dos presidentes mais marcantes de nossa história.

Iniciou o processo de modernização do clube e a nossa nova Arena, reivindicada por tantas gerações, está se tornando uma realidade.

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Ademais, nenhum dirigente vestiu com tanto ardor palestrino e com tanta dignidade a nossa gloriosa camisa verde e branca,

Nenhum presidente se expôs tanto quanto Belluzzo em defesa de nossa instituição.

Em razão disso, foi punido pelos tribunais e execrado pela imprensa.

Perdeu a aura de dirigente nobre, de personalidade diferenciada e inatacável;

Pior do que tudo,  perdeu,  até, lamentavelmente,  a própria saúde.

Faltaram-lhe um pouco de maldade e malícia na condução do relacionamento intra clube e com a mídia inimiga e oportunista.

Nunca tivemos um presidente mais dedicado  do que Luiz Gonzaga Belluzzo.

Poucos deram provas tão convincentes de amor e consideração ao clube quanto ele.

Por incrível que pareça, Belluzzo, o guerreiro, o lutador, vai deixar saudades.

Cipullo, não!

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Tirone e sua equipe assumem o Palmeiras, por incrível que pareça, em um ótimo momento, senão de calmaria mas de ventos muito brandos.

Politicamente, terão paz para trabalhar com tranqüilidade, ao menos por um ano.

A partir daí, certamente, recrudescerão o revanchismo e as ambições que, apenas e tão somente, mudaram de lado e de facção.

Entretanto, em um ano, muita coisa pode acontecer, até o Palmeiras ser campeão paulista, brasileiro, continental e tudo pode mudar.

Nas três competições?

É difícil, mas não é impossível.

A hipótese é remota, mas real!

Ainda que vença uma única competição e se equilibre nas outras, o Palmeiras alçará vôo em céu-de-brigadeiro e será difícil fazerem oposição.

Portanto, vamos dar um voto de confiança a nova diretoria.

Observem, os que têm olhos para ver,  e vejam que ela chega, habilmente, inteligentemente, ostentando prudência e madureza.

Impõe-se por si, devagarinho, sem rompantes e atropelos começando a agir inicialmente no sentido de equilibrar a parte financeira.

Tenta minimizar e corrigir os números do endividamento da administração Belluzzo e procura alocar recursos para repor os salários em dia.

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O relacionamento da nova diretoria com Felipão tem sido de mútuo respeito e consideração.

Roberto Frizzo, diretor de futebol, continente verbal e homem de palavras amenas, tem sido um bom interlocutor.

Está se saindo magnificamente bem exercendo a função de elo entre o técnico e a nova diretoria.

Até as contratações entabuladas pela turma de Belluzzo têm sido respeitadas e avalizadas integralmente pelos novos dirigentes.

A conduta de Tirone e sua turma, ao menos até agora,  tem sido elogiável, perfeita, exemplar!

É verdade que desistiram de contratar Alex Cabeção, porque o Fenerbache exige um caminhão de dinheiro pela liberação do estupendo jogador.

O alto preço desencoraja a nova administração que prioriza ajustar as finanças, e amenizar a dívida volumosa do Palmeiras.

Mas quem é que garante que o negócio não caminha em sigilo para um desfecho favorável?

Lembremo-nos que o nosso presidente é descendente direto do dirigente que mais contratou grandes craques na história do Palmeiras.

Portanto, não o subestimamos!

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Vejam, todos, que o clima e as coisas no Palmeiras não estão ruins como pareciam. quando da posse de Tirone.

Está certo que os bons resultados em campo, conseguiram amenizar o ambiente dentro e fora de campo.

Mais do que isso, contribuíram para afastar o catastrofismo e o pessimismo que pairavam sobre o Verdão no início da temporada de 2011.

Portanto, estamos com tudo para sermos muito otimistas e esperar pelo melhor.

Vamos baixar o tom, o volume das críticas e acreditar!

Eu acredito!

E você?

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