Observatório Alviverde

23/05/2014

CADA NOVA VITÓRIA DO PALMEIRAS EXPLICA MELHOR A DEMISSÃO DE GILSON KLEINA!





Cada vitória do Palmeiras, sob a direção de Alberto Valentim, (com o mesmo time e sem Valdívia) coloca em evidência a fraqueza de Kleina e sua incapacidade para dirigir um time do porte, do jaez e da importância da SE Palmeiras.

Fique claro que, ao dizer isso, não estou afirmando que o interino tenha tornado o Palmeiras um timaço, um esquadrão imbatível ou coisa assim. 

Muito longe disso, o Palmeiras, neste momento, está jogando, apenas, o trivial, simplesmente para o gasto!

Mas nem isso o impotente Kleina conseguia fazer, perdido nos desvãos da administração de um elenco, não profissionalmente, mas, como se fosse uma simples ação entre amigos.

E nem foram tantas assim as ações de Valentim na elaboração e na formação do time! 

Simplesmente, ele retocou o trabalho de Kleina que, se, filosoficamente, estava correto em múltiplos aspectos, do ponto de vista administrativo do elenco foi um completo fiasco.

Faltou a Kleina, justamente, o que tem sobrado no interino, isto é, a coragem de implantar ou implementar mudanças e promover as alterações necessárias no time sem se desculpar ou apresentar justificativas a quem quer que seja.

Tivesse Kleina um pouco mais de comando e não fosse tão preocupado em dar satisfações a outrem e ele , poderia, perfeitamente, ter tido atitudes e evitado o pior. Exemplifico:

Por que Kleina insistiu tanto em continuar com o improdutivo Juninho, lateral exclusivamente apoiador e, mesmo na função de apoio, limitadíssimo? 

Ano passado, o Vasco quis o Juninho, mas Kleina, inexplicavelmente, brigou - e muito- pela permanência do jogador, mesmo com alternativas muito melhores no elenco, mantendo-o "ad-aeternum", isto é, definitivamente, no time titular, até perder o posto de treinador!

A volta de Renato ao time, no lugar do insosso e estéril Josimar (indicado por Kleina), cujo futebol está muito longe, até, do criticado Márcio Araújo, era necessária mas Kleina preferiu prestigiar o joador por ele indicado!

 Mesmo recuperado, o jovem volante, de perfil e vocação mais defensiva, foi preterido por Kleina que parecia querer justificar o investimento em um jogador -Josimar- que, ao menos pelo que mostrou até agora, no Palmeiras é abaixo da média!

Interessante é que o próprio Kleina -repito- lançou Renato e, se esperava que ele pudesse proporcionar maiores chances ao garoto a quem Kleina concedeu a titularidade até quando se contundiu. 

Em vez de voltar com Renato, Kleina sustentou Josimar no time e fez uma aposta errada, simplesmente por querer provar que a sua indicação fora acertada. Até o momento, não foi e, temo, nunca será! Tomara que eu esteja errado!

A demora em reconduzir Diogo -hoje o jogador taticamente mais importante do Palmeiras -ao time principal foi outro erro incrível de Kleina, que só não foi pior do que a manutenção constante de Leandro, hoje, na seleção sub 20, que pode ter futuro, mas ainda não tem presente e anda jogando muito mal! 

Manter Leandro como titular absoluto foi outro erro crasso de Kleina e um dos elementos precipitantes de sua demissão. 

Houve outro erro referente a manutenção do goleiro Bruno como titular, quando era notório que Fábio era muito melhor do que ele! 

Esse erro, porém, não o coloco na conta do ex-treinador que, simplesmente, cumpriu o que manda o manual e não ousou, preferindo seguir o natural caminho da hierarquia em se tratando de uma posição importantíssima e de tão poucas alternativas. 

Se erro houve da parte de Kleina foi aquele de lutar pela renovação do contrato de Bruno!

Em suma, meus amigos, observando-se esse novo Palmeiras, já no G4, verifica-se que os retoques de Valentim, auxiliar de Kleina que, certamente, deve ter abordado esses assuntos com o ex-treinador, deram certo! Por que Kleina não o escutou?

Repito, não que o time, da noite para o dia tenha se transformado em um timaço, mas, em função da correção de inúmeras vulnerabilidades apresentadas até então que Kleina não percebeu.

Não pensem, também, que considero que todos os nossos problemas foram corrigidos, pois, nos falta, ainda, apesar da notável melhora com Diogo e Henrique, uma contundência ofensiva maior, justamente o fator que mais nos faltou ontem contra o Figueira.

Para que essa característica seja alcançada e o time possa ter o essencial balanço de setores, necessitamos, urgentemente, de um meia armador, posto que Mendieta, embora com um pequeno potencial (muito longe das necessidades e responsabilidades de um clube como o Palmeiras) está longe de ser esse jogador. 

Ontem, mais uma vez, Mendieta conseguiu ser o mais apagado do time do Palmeiras e, consequentemente, o pior entre todos. Nenhum lançamento importante, nenhuma bola açucarada, nada, absolutamente nada! Nem marcar ele conseguiu! Será que Garêca vai conseguir fazê-lo jogar? Tomara!

Fábio, novamente, este muito bem.

Wendel começou com os nervos à flor da pele, cometeu uma domingada logo de cara e teve que fazer falta na entrada da área para salvar o gol, o que rendeu-lhe um cartão amarelo precoce, que o impediu de atuar à vontade na sequência do jogo. 

É, disparadamente, o melhor preparo físico do time e, nas circunstâncias do jogo de ontem, foi o desafogo do time e o único que conseguiu transpor -várias vezes- o meio de campo e avançar quando o Figueira foi inteiro para o ataque e abafou, completamente, o time palmeirense.

Lúcio jogou -como sempre- com raça, raiva e empenho, embora em alguns momentos tenha perdido a lucidez. Como em jogos anteriores, errou vários passes e entregou, como ocorreu em jogos anteriores, outra bola livre ao ataque do time catarinense que, por muito pouco, não redundou em gol! Boa atuação.

Marcelo Oliveira, jogou com raça e aplicação, sendo figura importantíssima no resultado de ontem, por sua experiência e senso de cobertura do setor mais vulnerável do time, a ala esquerda. Apesar de tudo, prefiro vê-lo como volante, embora acreditando que ele vá continuar como zagueiro.

Renato foi bem, taticamente, sem ser brilhante! 

Wesley, com a bola no pé sabe sempre o que fazer pois é um grande passador. 

Falta-lhe, entretanto, aquela ousadia de início de carreira no Atlético do Paraná e no Santos, quando ele partia sempre em direção ao gol. Hoje é um jogador muito contido!

William Matheus começou nervosamente o jogo, é óbvio que pela presença do novo treinador na tribuna da Fonte Luminosa -assim como Wendell, Lúcio e Marquinhos Gabriel, os mais pilhados- até se acertar em campo, principalmente no segundo tempo quando passou a contar com o auxílio luxuoso de Diogo que mudou da direita para a esquerda o seu raio de ação.

Diogo, outra vez, foi, taticamente, o melhor do time e o gol de Henrique só saiu em função da ação simultânea de Diogo, saltando com Tiago Heleno, distraindo-lhe a a atenção para a cabeça posterior de Henrique, já na sobra.

Henrique, novamente, foi quem definiu o jogo e, depois de Diogo, em meu critério analítico, foi o segundo jogador mais importante.

Entre os substitutos, ninguém se destacou, nem Vitor Luiz (visivelmente assustado em função da responsabilidade do jogo) nem Bernardo, jogador essencialmente ofensivo, que viu-se obrigado a marcar e ser solidário ao time e aos companheiros. 

Mas todos vão, muito em breve, saber do que é capaz esse jogador, caso consiga a titularidade com Garêca!

Que venha, agora a Chapecoense, mas que venha quente porque o Verdão, agora, é G4!

Eu manteria Valentim no banco e Garêca na supervisão para estudar melhor o elenco, ao menos até o final desta fase. 

E Você?    

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NA TV

 
Excelente a transmissão de Bachin (é assim que se escreve?), ontem, no Pay-per-View! Parabéns a ele e a todos os que trabalharam na jornada!

Bachin esteve em plano bem superior aos chamados titulares do canal, (excluam disso o Jota Jr.) pois não acrescentou o ingrediente sarcástico  subliminar costumeiro contra o Verdão!

O que os caras não sabem, ou, se sabem, fingem desconhecer é que narrador não é comentarista e, muito menos, palhaço ou animador de transmissão.

Bachin tem que ter um pouco mais de atenção no português para não dizer, como disse: "assim vai se esparramar os jogadores do Palmeiras"!

Da mesma forma que Odinei Ribeiro, Bachin engole os "is" das palavras. Em vez de dizer Ferreira, Pereira ou Oliveira ele diz Ferrera, Perera, Olivera e assim por diante. É feio e incorreto! Precisa corrigir!

Foi bem o Ivan Andrade, finalmente um comentarista com bom padrão vocal, com a vantagem de que não é um radical, e nem um fanático ex-jogador.

Foi muito bem o repórter André Hernan, que enriqueceu a transmissão com muitas notícias e sem exageros!

Da mesma forma, (sei que muitos vão criticar), ele foi muito profissional ao fazer a pergunta ao Lúcio (na lata) sobre as suas declarações discriminatórias à contratação de um técnico estrangeiro!  

Para encerrar:

Quem viu pela TV (foi tocante e comovente) a quantidade de famílias e de crianças presentes à Fonte Luminosa, vestindo a camisa do Palmeiras, sabe que, por mais que a mídia tente e faça tudo para derrubar o clube, e, a Rede Globo de minimizar-lhe a importância, o Palmeiras é mais forte, eterno e indestrutível!

Com o céu desabando (como choveu, ontem, na região!) o Palmeiras, mesmo assim, conseguiu levar mais de 10 mil pagantes ao estádio!

Até meu irmão, minha cunhada e minha sobrinha que ignoraram a chuva e o mau tempo e se deslocaram de Pederneiras a Araraquara, apenas para ver o jogo. (AD)