Observatório Alviverde

28/02/2011

QUANDO AS ARBITRAGENS NÃO AJUDAM OS BAMBIS NÃO CONSEGUEM VENCER MESMO! VERDÃO ARRANCA UM EMPATE EM PLENO MORUMBI, MAS TEVE TUDO PARA GANHAR!

 

Quando vi Felipão irritadíssimo porque com chuva ou sem chuva o jogo ia acontecer, eu logo concluí: Ele sabe que seu time ainda não está pronto e preparado para ganhar um “choque-rei”.

De fato, pelo que vi no primeiro tempo, estamos longe de uma vitória, haja vista que o costumeiro “video-tape” de tantos outros jogos está ligado e reprisa as mesmas imagens outra vez.

Como sempre, partimos pra cima deles, nos impomos territorialmente, os empurramos para a entrada da área, mas acabamos levando o sufoco dos contraques e aquele golzinho habitual que, na maior parte das vezes, não conseguimos sequer reverter, quanto mais inverter,

Em resumo, como eu previ em postagem anterior, não acredito que o Palmeiras, em condições normais,  vença os bambis em pleno Morumbi.

Sei que o jogo é jogado e o lambari é pescado, mas:

Se Valdívia continuar medroso e fugindo da caçada que lhe é imposta,

se os lnossos aterais, principalmente Luan, não atacarem,

se o time continuar jogando, exclusivamente, com e para Kléber,

se o nosso meio campo não conseguir cercar ou bloquear o velocíssimo contrataque deles,

se não conseguirmos furar o gol adversário através de lances originados de bola parada com Assunção,

se não ocorrer algo diferente, como, por exemplo, a expulsão de algum jogador importante deles,

será difícil escaparmos de mais uma humilhante derrota para o nosso pior inimigo, quanto mais quebrar o incômodo tabu que já dura nove anos, o de não vencermos os bambis em seu cercado.

ESCREVO, AGORA, APÓS O FINAL DO JOGO.

Mais do que um mero homem com H, foi muito macho o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza.

Apitar no Morumbi, quem não sabe, não é fácil. É, deveras, complicado!

A pressão exercida pelos bambis sobre as arbitragens é terrível, insuportável!.

Mas Marcelo peitou o sistema e sua atuação firme e decidida garantiu a realização do jogo, o bom andamento do jogo e  um espetáculo completo.

Quando aplicou o cartão-amarelo a Miranda, logo no início, Marcelo Aparecido colocou o jogo nas mãos.

Miranda tentava iniciar o desleal rodízio de faltas sobre Valdívia, especialidade bambi, sempre avalizada por árbitros lenientes.

Entretanto, desta vez, os bambis não esperavam que a primeira atitude faltosa redundasse em advertência com cartão, como manda a regra..

Desta vez a impunidade não prevaleceu pois sua senhoria mostrou que não estava disposto a tolerar o uso da infame prática dos bambis sobre o Mago

Coroou a sua atuação firme e decidida ao expulsar Pirulito, que quando joga no Panetoni, se considera acima do bem e do mal e quer tomar conta da arbitragem.

Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza apenas confirma o que todos sabem: se a arbitragem não ajuda, o São Paulo não vence! É batata!

De qualquer forma eu esperava uma boa arbitragem, haja vista que o jogo de hoje, como disse em outra postagem, não decidia nada e que, em razão disso, a arbitragem tinha uma certa tendência a ser neutra, E foi!

De qualquer forma, quem tem o que reclamar é o Palmeiras.

Aos 43 do segundo tempo, em uma bola incrível de Valdívia para Gabriel que penetrava por trás da zaga bambineira, o auxiliar anulou o lance, apontando um suposto impedimento, daqueles que só se marcam se as jogadas ocorrem contra os bambis.

SOBRE O JOGO

Divido o jogo em duas partes bem distintas:

Embora o Palmeiras tenha tido sempre o domínio territorial do jogo, o São Paulo, no primeiro tempo foi muito mais ofensivo, agudo e ameaçador.

Jogando em altas velocidade e rotação, o São Paulo catapultava o seu jogo insinuante de contrataques a partir de uma defesa bem posicionada, com bom poder de corte e antecipação e  excelente saída de bola servindo um meio de campo jovem, ousado e criativo que partia, resoluto, para as jogadas agudas..

Velocíssimo, o jovem meio de campo tricolor, leia-se Casemiro e Lucas,  tinha sempre o apoio dos dois alas, como exige o futebol moderno. 

Quando não tentavam a infiltração em jogadas individuais, os jovens jogadores do São Paulo procuravam a tabela ou o lançamento em profundidade para Dagoberto e Fernandinho que infernizavam a defesa do verdão com dribles, penetrações e arremates de qualquer distância.

Tabelando com os atacantes ou lançando-os em profundidade, cruzando com precisão para a área e, muitas vezes, até, arrematando ao gol os dois laterais do SPFC deram um trabalhão à nossa defesa, sobretudo Jean.

O Palmeiras do primeiro tempo foi um time incerto, tíbio, indeciso que parecia estar sentindo demais o ambiente hostil e o clima de guerra que Miranda, Pirulito e companhia impunham ao jogo.

Os beques do São Paulo sabiam que Valdívia poderia ser, como acabou sendo, o fator de decisão do clássico e o perseguiram implacavelmente;

Começaram a usar de força desproporcional para quebrar o chileno visando, certamente a intimidá-lo. A tática, como em outros jogos, seria, novamente, o desleal rodízio de faltas,

A primeira fatia do rodízio coube a Miranda que entrou violentamente sobre o Mago derrubando-o. De quebra, pisou-lhe sobre a mão estendida na grama quando Valdívia se apoiava para ficar. novamente, em pé..

Reagindo, de forma reflexa, à covarde agressão (ninguém da mídia mencionou isso), Valdívia foi cercado por muitos adversários e quase agredido por Miranda que levou cartão amarelo.

O cartão “sossega-leão” aplicado a Miranda, diminuiu bastante a caçada sobre Valdívia, mas o Mago, visivelmente assustado, não conseguiu mostrar o esplendor de seu futebol  ao menos na primeira fase.

O Palmeiras do primeiro tempo centralizou muito o jogo em Kléber, tocou a bola para os lados de forma absolutamente estéril e não teve capacidade para ameçar o gol de  Ceni, senão em uma ou duas situações.

O SEGUNDO TEMPO

Com Leandro Amaro no lugar de Danilo, cuja falha no gol do adversário fora de uma inocência varzeana, o Palmeiras voltou robustecido, com alma nova,  para o segundo tempo.

O time reiniciou o jogo de forma diferente, com muito mais ofensividade e passou a preocupar os cavalões da zaga sãopaulina que começaram a se enervar e a perder o equilíbrio emocional.

Com Cicinho jogando francamente no apoio como se fosse um ponta e com Valdívia mais confiante, o Palmeiras começou a dar as cartas, a envolver o adversário e a tomar conta do jogo.

Os bambis, àquela altura, já não conseguiam mais contratacar, presos na defesa pela nova postura de agressividade palmeirense.

Dominados, sem saber como sair do sufoco, devido à marcação implacável do time de Felipão, em todos os quadrantes do campo os sãopaulinos só se defendiam.

Mas  o técnico do Palmeiras, sem nenhuma ousadia, mantinha o time com pretensos três atacantes e não conseguia chutar em gol, mas, apenas e tão somente, exercer o domínio territorial, com poucos chutes ao gol..

Na prática, porém, os atacantes eram apenas dois porque Luan, se, por um lado, ajudava na marcação, por outro, jamais conseguia criar nada, ofensivamente.

Só aos dez minutos Scolari resolveu colocar em campo um atacante que incomodasse a defesa adversária.

Entrou, então, Adriano que logo em sua primeira jogada conseguiu a expulsão do irado Pirulito que partiu para cima do palmeirense, empurrando-o depois de acusá-lo de simular uma falta.

A entrada de Adriano, a saída de Pirulito e o crescimento vertical da produção de Valdívia, definiram o jogo.

A partir da expulsão, o São Paulo, que já era muito defensivo, postou-se ainda mais atrás, recuando Jean para a formação de uma linha de quatro à frente de Ceni.

Não satisfeito, Carpegiani tirou Fernandinho e colocou Xandão, matando, completamente o ataque sãopaulino.

Além disso, recuou os meio campistas, povoou a intermediária e só atacou pontualmente, atraindo contra sí tambérm os zagueiros palmeirenses que passaram a atuar do meio de campo para a frente, aumentando o abafa.

A partir daí o Palmeiras desfrutou de várias chances para marcar, esbarrando, porém, em um paredão chamado Rogério Ceni.

Só que Valdívia, aquela altura do jogo, já esmerilhava e dava um brilho todo especial ao ataque do Palmeiras.

Foi Valdívia quem habilitou o velocista Adriano quando ele perdeu, absolutamente livre, duas oportunidades para marcar, cara a cara com Ceni

O lance do gol também nasceu dos pés de Valdívia.

Ele conseguiu uma enfiada milimétrica  para Kléber em meio a uma roda de zagueiros inimigos, Kléber, de prima, em toque de rara beleza, inteligência, visão e categoria, habilitou Adriano.

Desta vez o baiano não perdoou.Chutou seco, rasteiro, no canto esquerdo de Ceni que saía desesperado na tentativa de minimizar o ângulo de chute e de abafar o arremate de Adriano.

Foi um gol de linda feitura que empatou o choque-rei, comemorado com a famosa dança de Michael Jackson.

Aos  43 minutos do segundo tempo Valdívi enfiou outra bola preciosa para Gabriel, nas costas dos beques, absolutamente livre.

Ele ia fazer o gol, mas o bandeirinha impugnou o lance marcando, inexplicavelmente,  um impedimento que somente ele viu, em flagrante prejuízo do Palmeiras.

Em suma, foi um bom empate que não tira o ânimo da torcida e pode proporcionar uma belíssima renda quarta-feira, no jogo de volta contra o Comercial de Campo Maior.

Gostei da defesa como um todo, mas faço reparos a Danilo no momento do gol. Quem marca um canhoto tem que se preocupar com o arremate do adversário de pé esquerdo e cercar o pé bom, não o outro.

Justamente o que ele não fez ao permitir o chute de pé esquerdo de Fernandinho fortíssimo e com endereço certo, no lance do gol dos bambis.

O erro primário resultou na saída de Danilo e na entrada de Leandro Amaro no intervalo do primeiro para o segundo tempo. Felipão deve ter ficado uma arara!

Aliás, Danilo, devagarinho, deve ir saindo do time, já que foi contratato pelo futebol italiano,

Maurício Ramos parece ter caído em desgraça com Felipão e estaria em vias de também deixar o Palmeiras. A tendência é a de termos Leandro Amaro e Thiago Heleno como nossa nova dupla de zagueiros.

Gostei muito, mais uma vez, da atuação de Márcio Araújo, taticamente, hoje, o jogador mais importante do time do Palmeiras. Não sei como a torcida não gosta de um jogador de tamanha qualidade, É lamentável!

Kléber, muito acionado, muito marcado, muito esforçado, esteve bem, mas a expressão superlativa do jogo, inquestionavelmente, foi o Mago.

Mesmo longe de suas melhores atuações ele conseguiu ser “a figuraça” do espetáculo, decidindo com capacidade, talento, habilidade  e com a sua incomparável visão de jogo, o “choque-rei” deste domingo.

Já que a imprensa gosta tanto de falar que Rogério Ceni é o carrasco do Palmeiras, por que não menciona que Valdívia, de há muito, é o carrasco dos bambis

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NA TV

Ví o jogo 90% com Luciano, o eterno torcedor contra o Palmeiras.

Ele faz força, mas não consegue dissimular o antipalmeirismo. É sempre traído pelo tom emocional da voz, pelos gritos de gol, por algumas frases soltas ou pelas opiniões.

Mesmo com o excepcional padrão vocal, o melhor da história da TV Brasileira, ele está ruim de doer. Como troca o nome dos jogadores… Eu estou começando a desistir de ouvir Do Valle.

Assim como o Ronaldo se aposentou, ele deveria jubilar-se, sair por cima e entregar o posto que ocupa para o Nivaldo Prieto, hoje, potencialmente, o melhor narrador do país;

Tem uma reporterzinha acintosmente sãopaulina na Band (ela até que tem boa voz e se expressa bem) de nome Natalie Jedra ou Gedra que deveria ser proibida de fazer jogos do São Paulo. Vá torcer assim lá na casa do Carvalho. Ela chega a irritar de tanto “tricolismo”!

Quando Neto falou que Valdívia, agredido covardemente, tendo a mão pisada propositadamente por Miranda, deveria ter recebido o cartão-verrmelho, eu não acreditei. Vai ser parcial assim lá em Santo Antonio da Posse…

Quando perguntado por um telespectador, via e-mail, que camisa ele gostaria de vestir se estivesse como protagonista no clássico, ele respondeu: “ É claro que gostaria de vestir a do São Paulo”!

Mas precisava responder? Afinal, que camisa ele estava usando por baixo da camisa da Band? HAHAHAHAHAHAHAHA

SPORTV

Já falei e volto a repetir. O sujeito que contrata os narradores e que escala as equipes do Sportv, não sabe absolutamente nada de locução esportiva. É um apedêuta!

Deixar de lado as duplas Milton Leite e Noriega, Jota Júnior e Lino, para escalar Odinei Ribeiro e Luiz Ademar para o clássico ou é conveniência, média, amizade ou total desconhecimento dos parâmetros que regem a profissão.

Acho que a Globo/Sportv está precisando mesmo é trocar de diretor!

DETALHE: Não conheço, pessoalmente, nenhum dos locutores e comentaristas citados. Nem os elogiados, nem os criticados!