Observatório Alviverde

12/03/2015

A DERROTA PARA O SANTOS SINALIZA QUE É PRECISO RENOVAR COM VALDÍVIA!



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ASSUNTO 1:

Viram no que deu poupar jogadores? Bem que eu avisei!

Não, não me refiro ao resultado, normal, mas ao rendimento em campo, nulo, pífio, típico, enfim, de um time desentrosado.

De onde tirou, a comissão técnica do Palmeiras, que pudessem os titulares estar cansados após o jogo na Bahia, decorridos pouco mais de trinta dias da vigência de uma temporada? Nem Zé Roberto!  

Um elenco, predominantemente de jovens, vivendo, em regime profissional, muito bem tratados e nutridos, na flor da idade, em plena juventude, não tinha necessidade de um hiato que quebrasse-lhe a sequência de ajuste e entrosamento. E, no entanto, aconteceu!

Não aleguem, Oswaldo e Mattos, responsáveis pela incompreensível, imperdoável e antiprofissionalíssima estupidez, que ninguém os avisou e nem os alertou dos riscos decorrentes da impensada atitude, porque este blog o fez, com muita antecedência e veemência.

Como se esperava, o time voltou, ontem, contra o Santos, completamente fora de forma e ritmo, como se houvesse esquecido a lição de casa e a sua melhor forma de jogar.

Até Robinho, -o nosso-, individualmente o melhor jogador do Verdão, perdeu-se, inteiramente, em campo, cumprindo a sua pior performance com a camisa palmeirense desde a sua contratação.

É o tal negócio, se a mídia aconselhou ou sugeriu -foi o caso- a ação do técnico teria de ter sido contrária ao que os jornalistas pediram ou sugeriram.

Importante: Oswaldo e Mattos ainda não se deram conta de que estão trabalhando em um clube que a maior parte da mídia, há muitos anos, incessantemente, faz questão de diminuir, prejudicar e de desmoralizar.  

Qualquer sugestão que parta de determinados setores ou profissionais midiáticos, tem de ser pesada, medida, analisada com cautela e adotada só se houver absoluta certeza de que não será prejudicial.

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ASSUNTO 2

O Santos, no pau do mamoeiro e sem poder gastar, conseguiu montar um time competitivo, dotado de um ataque objetivo, realizador e desequilibrante.

Privilegiando o ataque, fazendo uso, como de hábito, da mesclagem, isto é, juntando a garotada da base com alguns jogadores experientes, o time praiano conseguiu, com pouco dinheiro, armar um time muito mais forte agudo e consistente do que o Palmeiras que, sem nenhum método, contratou 19 jogadores, isto é, quase dois times e não consegue formar um.

O 1 x 2 de ontem na Vila, resultado numérico apertado, deixa transparecer, ilusoriamente, que houve dificuldades para que o Santos obtivesse o resultado, mas, na realidade, não foi isso o que aconteceu.

Para quem não concorda com o que afirmo, um simples argumento vai bastar: qual foi o melhor jogador do Palmeiras no clássico de ontem? 

Simplesmente, Prass! São Brás, como joga esse Prass! 

Não fosse por ele e teríamos perdido por um placar mais dilatado de três, quatro ou mais gols, tamanha foi a pressão do time santista sobre a defesa do Verdão!

Por que acontece isso?

Simplesmente porque os dirigentes do Palmeiras continuam sem saber e quanto mais se fala mais eles fingem que não entendem o que volto a repetir: 

" a formação de um grande time de tem de começar, necessariamente, por um ataque forte, insinuante e realizador" (AD). 

Os dirigentes e o cabaçudo Mattos, muitas vezes, cabeçudo, a quem a torcida tanto elogia, simplesmente, por ter contratado muitos jogadores, precisam por isto na cabeça. 

Por outro lado,  se têm a real intenção de, ao menos, salvar o investimento de 2015, que renovem logo com Valdívia. 

Conforme antecipei (por isso fui duramente criticado) a falta de método na formação do elenco e a contratação em massa seria a ruína do Palmeiras.

No duro, no duro, o Verdão tornou-se uma vítima dos arroubos de um diretor de futebol que chegou ao Verdão disposto a mostrar serviço e provar que era um bambambam na matéria. Mas não é! Nunca foi! 

Uma coisa é trabalhar no limitado e quase provinciano futebol de Belo Horizonte, outra em São Paulo. 

Uma coisa é trabalhar em um estado biclubístico, outra em um estado multiclubístico. 

Uma coisa é trabalhar em um time empurrado por 70% da mídia (o Cruzeiro) e outra é trabalhar em outro (o Palmeiras) contestado, combatido, hostilizado e diminuído por 80% da mídia. 

Mas não imaginem que, apesar da veemência com que faço essas críticas, que eu esteja trabalhando contra Mattos ou que desejo que ele deixe o Palmeiras. 

Não, Mattos é jovem, idealista, inteligente, tem grandes virtudes e vai aprender, pela dor, que o Palmeiras precisa ter, sempre, um time ao menos dez vezes melhor do que os adversários, caso contrário não ganha nada. Não sou eu que estou dizendo, a história já contou e continua contando!

O que Alexandre Mattos precisa é aprender priorizar, nos times que forma, um  ataque forte, pois só conseguem ganhar os jogos os times que fazem gols. 

O maior exemplo do que afirmo é o próprio Cruzeiro, ex-clube de Mattos, que perdeu Goulart e Everton Ribeiro, seus homens-gol e virou um time comum.

Todo mundo pensa que Mattos é "cobra criada" e que tem larga vivência no futebol, mas lamento informar a todos que ele não passava de um diretor modesto e com pouca autonomia no América, tendo ido para o Cruzeiro apenas em 2012. A rigor, tem três anos de janela, nada mais!

O Palmeiras de Oswaldo e Mattos, enfim,  não tem força ofensiva porque não dispõe de um armador categorizado e de atacantes improvisadores e desequilibrantes. 

Mattos, na relação com Valdívia, parece estar querendo, ele, ser a estrela. Quando ele diz na mídia, que a estrela da relação é o Palmeiras, é porque ele se sente a própria estrela, posto que fala em nome do clube.

Aquela de ir para uma homenagem após marcar, há semanas, uma reunião com Luís Valdívia, o pai, que veio do Chile com o propósito de reunir-se com Mattos, foi de lascar... 

Aí o jogador se sente desprestigiado, enfeza, vai embora e todos vão dizer que Valdívia abandonou o clube, que não queria mais ficar.

Cristaldo, apesar do empenho e da raça, é limitado, e, em meu entendimento, inferior, até, ao preterido Leandro Pereira que é jovem e pode evoluir, tanto e quanto o garoto Gabriel de Jesus, que merece um capítulo à parte nesta postagem.

Mas, num comparativo real com os jogadores do Santos, qual entre os nossos atacantes joga mais do que Giovânio ou Lucas Lima?  Nenhum!

Temos algum atacante com mais recursos do que o veterano Ricardo Oliveira? 

Desnecessário se torna que se compare qualquer de nossos atacantes a Robinho, o deles, jogador de Seleção. 

Nossa defasagem ofensiva em relação ao Santos, verdade seja dita, é enorme, quilométrica! Como é que poderíamos ganhar o clássico, ainda mais na Vila?

O único jogador de seleção de que dispomos no elenco, infelizmente, está sendo, aos poucos defenestrado do Verdão. 

Pelo que se viu, até agora, o processo de fritura de Valdívia segue em pleno curso -creio que com a aquiescência de Nobre- mas pode ser suspenso a partir da derrota em outro clássico.

Para não gastar nada, ou, vá lá, gastar menos e formar um ataque efetivo e realizador com os meias-bocas e as promessas de que dispõe, o Palmeiras só poderá fazê-lo se puder contar com Valdívia no time, quer queiram ou não seus detratores.

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ASSUNTO 3
Ao assistir o jogo do Santos, domingo em Ribeirão, eu já imaginei que o pior pudesse acontecer para o Verdão. 

Fiquei pensando em como ganhar de um time que tem um ataque forte com tantos jogadores habilidosos, individualmente acima da média, dribladores, improvisadores, que, se necessário, sabem tocar sem pauta?

Mas a derrota em si, conforme frisei ontem, nas atuais circunstâncias, não quer dizer nada. Perder para o Santos é normal. O que não é normal é ser dominado e criar pouco, ofensivamente.

O resultado negativo de ontem traz várias lições aos jogadores, ao técnico, ao diretor de futebol e ao presidente. 

Aos jogadores porque devem ter se conscientizado de que o time ainda não está pronto, que tem muito a aprender e, cada qual, de trabalhar. 

Oswaldo, se é que já não sabia, (num primeiro momento, se recusava a poupar quem quer que fosse e deve ter sido forçado a fazê-lo), agora tem certeza de que o time por ele definido como titular, o qual reputo, melhor,  desde que com as inserções de Valdívia , Cleyton Xavier, tem de jogar junto o maior número de vezes possível.

Mattos e o presidente porque, como homens inteligentes que são, devem ter mudado de ideia, passando a considerar seriamente a necessidade de renovar com Valdívia.

Há males, que vem para o bem!

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ASSUNTO 4

Palmeirense bem-intencionados, mas apedêutas em bola, já estão ruminando que Oswaldo está queimando Gabriel de Jesus, simplesmente porque o pôs para jogar ontem contra o Santos. Balela!

Queimando estaria se não o colocasse na relação dos convocados, não o inscrevesse e não o escalasse.

É preciso acabar com essa bobagem segundo a qual quando o Palmeiras lança um júnior em um jogo ou em uma competição de maior responsabilidade, (no Verdão tratam as revelações da base como bibelôs ou bichinho de estimação) estaria queimando o jogador.

Queimar é não lançar como ocorreu com Elias e Bruno César que nasceram em nossa base de onde saíram para reforçar outras equipes.

Não, Oswaldo está agindo corretamente em relação ao jovem atleta e acertou em cheio ao colocá-lo em campo, ontem,  no clássico contra o Santos. 

Eu, particularmente, teria sido muito mais ousado do que Oswaldo. Colocaria Gabriel de Jesus, de cara, no lugar de Cristaldo,  convicto de que ele seria capaz de realizar mais, muito mais, do que o portenho! 

No mínimo, houvesse, ele, entrado, de cara, teria provocado o amarelamento precoce de meio time do Santos.

Faltou, porém, ao garoto o que falta a Valdívia (vai continuar faltando a qualquer jogador diferenciado se o Palmeiras não providenciar) uma retaguarda, uma brigada contra a violência adredemente armada pelos nossos adversários. 

O Palmeiras, em relação a Gabriel,  deveria ter ido, antes do jogo, à mídia e denunciar que sabia que o jovem jogador seria caçado em campo e pedir que quem o fizesse fosse, rigorosamente, punido. Onde estão os responsáveis pelos nossos departamentos de mídia e relações públicas? Telê fazia isso nos bambis, por que Oswaldo não o imita?

Quem não sabia que os jogadores do Santos iriam bater em Gabriel, se entrasse,  visando a intimidá-lo?  

A ordem, certamente, partiu do banco, a julgar-se pelo criterioso rodízio faltoso a que foi submetido o palmeirense, desde o momento em que pisou no gramado.

Diga-se, a bem da verdade, que o árbitro Thiago Duarte Peixoto, muito bom na condução do clássico, cumpriu a lei e puniu os santistas com o cartão amarelo.

Por falar em arbitragem, tivemos a perspectiva iminente de um gol do Palmeiras, interrompida erroneamente pelo levantador de pau Luís Alexandre Nilsen, quando o jogo estava empatado. 

Foi um erro clamoroso e, houvesse seriedade no depto de árbitros da FPF esse bandeirinha pegaria um bom gancho pois interferiu, diretamente, no resultado do jogo. Erros desse tipo, cada dia e vez mais, se constata, só acontecem, mesmo, reiteradamente, contra o Palmeiras.

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NA TV

É de doer, mas é só o Palmeiras aparecer em TV aberta, que perde o jogo.

Ontem, iria acompanhar o Santos x Verdão no pay-per-view, com Linhares Júnior.

Optei, porém, em assistir ao jogo pela Band, haja vista que Neto e Téo José, que trabalharam à tarde no PSG x Chelsea, estavam fora do jogo. Uma benção! Neto é um falso isento, ruim de doer e Téo José faz rádio em tv!

Pude, então, assistir ao clássico com paz e tranquilidade ouvindo um narrador de voz padrão, Oliveira Andrade e um argumentador, ex-jogador, também invasor da profissão e muito ruim ao microfone, Edmundo que, pelo menos não achincalha, diminui ou deslustra a Sociedade Esportiva Palmeiras! (AD)

PS - Peço desculpas a todos pelo atraso da postagem, decorrente de um problema pessoal!