Observatório Alviverde

15/09/2012

DÊEM A FELIPÃO O QUE É DE FELIPÃO E AO PALMEIRAS O QUE É DO PALMEIRAS!



AINDA A RESPEITO DE FELIPÃO

Se considerei pertinentes e procedentes a maioria das críticas contra o trabalho de Felipão, não endosso e nem reputo justas aquelas que assacam contra o caráter do treinador.

Acho incrível que se coloque em dúvida as suas postura, lisura, retidão, reputação e honestidade, como cidadão e desportista, absolutamente inatacáveis.

Jamais, em toda a saga palmeirense, de 42 a 2012, nenhum técnico, nem um, foi tão leal, identificou-se tanto com o clube e vestiu com semelhante orgulho, respeito, amor e alegria, a nossa camisa.

Aliás, nunca vi Felipão em campo sem estar devidamente paramentado, vestindo, encarnando as nossas cores, fosse trajando simples camiseta de treino, camisa de jogo ou seus indefectíveis conjuntos completos de calça e blusa com distintivo e cores do Verdão.

Não, por favor, não sejam injustos argumentando que ele só usava essas indumentárias pelo fato de ser patrocinado, pois isto não é verdade,

Desde que chegou ao Palmeiras pela primeira vez, quando  sequer se falava em publicidade na camisa de técnico, Felipão já se vestia assim, como um autêntico "outdoor" humano, promovendo as cores do clube.  

O velho "treineiro" gaúcho, por cujas veias também corre o generoso sangue dos "oriundi" da velha bota", que tanto se identifica com o Palmeiras, está nos deixando em busca de outros caminhos profissionais.


Ele nos deixa por vários motivos e o principal foi o de ter, em um átimo, transitado do paraíso da conquista da Copa do Brasil para o inferno da luta contra o rebaixamento.

Mas, deixemos claro e definitivo: 

todos os motivos decorrentes da saída de Scolari são, exclusivamente, profissionais, jamais comportamentais ou de caráter!

Tudo, é óbvio em decorrencia da imprevisibilidade e da
ilogicidade inerentes ao futebol, que Francisco Sarno definiu, acertadamente, como " a dança do diabo".

O diabo dos maus resultados, bateu, trincou, balançou e, por fim, derrubou Scolari. 

Após festa da conquista da Copa em Coritiba, o curso de sua vida no Palmeiras alterou-se radicalmente.

Felipão foi dormir rei... 

Acordou plebeu.
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Felipão, agora, está fora do (curto)circuito verde!
 

Apesar de tudo, ele tem de ser exaltado, respeitado e venerado pela nossa torcida, não obstante as circunstâncias em que acabou deixando o clube, via demissional.

De Ventura Cambom aos dias de hoje, tempo em que acompanho o Palmeiras, jamais tive notícia que qualquer de nossos ex-treinadores, muitos deles palmeirenses natos, houvessem cantado em público o hino de nosso clube, mesmo quando de nossas grandes e inesqueciveis conquistas. 

Só Felipão cantou,  afinado, com ritmo, mostrando que sabe a letra de cór! E o fez com alma, coração e sentimento!

Em qualquer clube que vier dirigir, que seja feliz, exceto nas vezes em que trombar com o nosso Palmeiras.

Que o velho mestre siga em frente, e não deixe, jamais, de torcer, amar e de se identificar com o Verdão, embora muitos dos nossos, estupidamente, não pensem assim...

Mas quer alguns queiram ou não, Felipão foi um artista de primeira grandeza, e é importante protagonista,  na história da SE Palmeiras,  nos palcos do futebol.

Através dele, de sua mestria, de seu comando, de seu carisma e de seu extremado espírito de vencedor, o Palmeiras conquistou os  seus títulos de maior importância.

Com Felipão, no Japão, o Verdão chegou ao ápice em sua história, disputando com o Manchester United o título mundial que acabou indo para o ralo em razão de uma infelicidade do legendário goleiro Marcos.

Por isso e por tanta coisa mais, Felipão tem e terá um lugar de grande destaque em nossa história. 

Será, sem qualquer dúvida,  eternamente lembrado,  com respeito e carinho pela parte racional de nossa torcida.

Como dizia o saudoso narrador palmeirense Fiori Gigliotti em seu programa de rádio "Cantinho da Saudade, Luis Felipe Scolari "estará, para sempre, incrustrado na ternura e na sinceridade" de toda a família palmeirense.

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Há muitas especulações e poucas ações práticas no que respeita a contratração do treinador que vai substituir LFS.

Pelo que depreendo a diretoria vai colocar Narciso no banco,  torcendo para que tudo dê certo e que seja procrastinada, ao máximo, a contratação do novo treinador.

Narciso, que veio recentemente do Santos para cuidar de nossa base, ex-jogador precoce em razão de uma leucemia, será "tubo de ensaio" da diretoria.

Tirone deixou claro essa possibilidade na coletiva à imprensa desta sexta-feira.

Enquanto estiver vencendo, Narciso será o treinador.  

Tomara que ele vença todas!
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Entendo, entretanto, que faltou planejamento e visão de futuro de nossa diretoria, na saída de Scolari.

Dizem que as partes chegaram a um consenso, mas por tudo o que ouvi, li e vi em tantas reportagens, parece-me  mais certo que Scolari  surpreeendeu a diretoria antecipando-se e pedindo demissão. 

Tirone e Frizzo tinham a obrigação, eles, sim, de se anteciparem aos fatos, mas foram apanhados no contrapé e, como sempre, ficaram em posição de inferioridade em relação ao treinador.

Tiveram de engolir um pedido de demissão em que as obrigações legais do clube, a princípio,  restringir-se-iam aos acertos finais da CLT e do sindicato mas que prevêem, inexplicavelmente, o pagamento de indenização ao treinador demissionário. 

O Palmeiras, a cada dia, prova que não é um clube, é mãe!
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Com todo o respeito, não dava mais para que o gaúcho continuasse à frente do elenco palmeirense em face da sequencia interminável de derrotas e da iminência de rebaixamento. 

Se a diretoria previa dispensá-lo, está provado que não, teria de ter contatado, sem r mesmo,  incontinenti, outro treinador, mas tal não aconteceu. 

Por isso vamos para o clássico comandados por um técnico interino, na esperança de que um milagre aconteça e que a esperada recuperação palmeirense possa ter o seu "start" a partir de uma vitória redentora sobre o nosso maior rival.
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Sobram especulações:

Falcão já estaria apalavrado, acertado e a sua contratação seria anunciada ainda neste fim de semana, entre hoje e amanhã.

Jorginho, que na maior parte de seus trabalhos como técnico, fracassou, mas é tido como "salvador da pátria palmeirense" tenta, em Salvador, desvencilhar-se de seu recentissimo contrato com o Bahia.

Leão, amigo pessoal de Tirone, já teria declarado que nada o prende ao São Caetano pois não há multa rescisória em seu contrato,
Que seria "bacana" assumir o Verdão com o desafio de livrá-lo do descenso. 

Cristóvão, recém saido do Vasco, faz parte da lista de possíveis nomes, na qual já constava o nome de Jorginho carioca, auxiliar de Dunga na Copa da África do Sul.

A lista vai aumentando a cada dia. 

Ontem o nome acrescentado foi o de Adilson Batista e não será nenhuma surpresa se outros forem acrescentados neste final de semana.

De minha parte, vou esperar um pouco mais, ciente e consciente de que o Palmeiras faz laboratório com Narciso.

A definição do nome do novo treinador passa, primeiro, pelo "derby".

Se o Palmeiras vencer, o interino Narciso ganha sobrevida até o jogo de seis pontos em Floripa contra o Figueirense, dia 22, sábado, semana que vem. 

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