Observatório Alviverde

28/03/2025

ALGUMAS RAZÕES DETERMINANTES DA DERROTA DO PALMEIRAS

Começo pela arbitragem. A semana inteira eu adverti que Candançan apitaria contra o Verdão, embora de uma forma bem sutil. Na medida das possibilidades, impediria o Palmeiras de andar  em campo. Impediu!

Cadê Dona Leila e diretoria que não protestaram nem reclamaram junto à FPF antes do jogo por todo o dano que a arbitragem de Clauss houvera feito no primeiro jogo, fazendo crer que tudo estava sob controle? Não estava! 

O pênalti marcado pró Verdão não serve como parâmetro, porque, simultaneamente, a lei exigia a expulsão do zagueiro Félix Torres, mas Candançan não teve coragem para tal. Está provado que ele não tinha condições para apitar o "derby".

E os cartões para Mateuzinho, Menphis e outros que usaram e abusaram das faltas ou até da violência para conter os jogadores palmeirenses? 

Os poucos cartões aplicados ocorreram apenas ao final de jogo, apenas quando o Corintians resolveu 'fazer cera', gastar o tempo e impedir que a bola rolasse. O que fez Candançan? Nada! 

Confesso que o prejuízo da arbitragem ao Palmeiras, não ocorreu na proporção das  minhas expectativas, mas, ainda assim foi grande.

Para encerrar. 

Durante todo o jogo não houve nunca uma única falta contra o Corintians, mesmo as mais elementares e visíveis, que não provocasse a formação de um "petit comité" em volta de Candançan, vocês  notaram? 

Essa marcação ao árbitro tinha dupla função: pressionar Candançã e ganhar tempo, mas ele fechava os olhos e fingia que nada estava acontecendo. 

De qualquer forma se Candançan e sua turma atuassem como atuaram ontem seria um fator superável desde que o Palmeiras não jogasse tão mal e limitadamente quanto jogou. Parecia time pequeno.

Aí eu acrescento: Abel foi o maior culpado.

Quem tem um jogador como Richard Rios à disposição, para escalar num jogo decisivo como o de ontem, teria de entrar com ele, logo de cara, independentemente de qualquer problema que pudesse ter ocorrido na viagem que ele fez da Colômbia ao Brasil. 

Digo isto porque já testemunhei dezenas de casos de atletas em que os técnicos foram buscar na zona de meretrício, horas antes do jogo (manhã ou à tarde) que voltavam para a concentração bêbados, dormiam algumas horas, entravam em campo e arrebentavam com o jogo. Quem joga meio tempo, como jogou Rios, pode jogar o jogo inteiro. Se ele não tinha condições de jogo deveria ter ficado em casa pois tomou o lugar de alguém no banco em melhores condições do que ele.

Outra coisa: um time sem meio campistas de chegada (só tivemos defensores), sem chutadores de larga e média distância (O Palmeiras está assim), não pode dar-se ao luxo de tirar de campo o seu melhor  atacante e artilheiro, Raphael Veiga, que, embora em má fase, poderia decidir o jogo.  

Agora, uma pergunta: por que Abel dificilmente altera o time no intervalo, perdendo sempre entre dez e vinte minutos para estabelecer novas estratégias? Em razão de que essa espera inútil pra mexer no time,com tanta perda de tempo, que, em jogos como o de ontem , acaba fazendo falta no final?

O "Derby" decisivo de ontem deixou algumas lições e comprovou algumas de minhas teses como as que deixo registradas aqui:

1) O time do Palmeiras, exceção feita a Estevão (esteve muito mal ontem), não tem atacantes de nível, respeito e estatura. Times sem atacantes competentes podem ganhar jogos, mas não ganham campeonatos. Paulinho, sozinho, irá resolver?

2) O Palmeiras precisa acabar com com a mania de contratar jogadores de baixa estatura. Assim como no basquete os brevilínios, com as raras exceções dos foras de série, têm poucas chances no futebol de hoje.

3) Abel Ferreira não me parece motivado a continuar dirigindo o Palmeiras, pois parece viver uma completa nostalgia, com saudades de seu país, de seus amigos e do futebol português. A reduzida entrevista que concedeu ontem após o jogo confirma plenamente a nossa opinião. É preciso um papo sério com ele para que ele esclareça as suas reais intenções, Ou ele só está esperando o término do Mundial de Clubes? 

ENCERRANDO

O que é aquilo? Uma horda armada com fogo e com fógos fazendo futebol como se fosse uma batalha campal em plena guerra e interferindo diretamente no jogo ante o olhar estupefato de um árbitro que não sabia o que fazer e nem como agir?

Imaginaram o que a mídia paulistana, a pior e a mais parcial do mundo, estaria falando se esses eventos ocorressem no estádio do Palmeiras? 

Algum cronista paulistano abordou o assunto ou pediu que o Corintians seja punido?

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