Observatório Alviverde

29/11/2014

APESAR DOS PESOS E DOS PESARES, AINDA ACREDITO NO PALMEIRAS!


 
Forçoso é admitir que antes do Palmeiras x Inter desta noite, sinto-me na pele de um cidadão polonês, em 1.939, ao tomar conhecimento de que a sua modesta divisão de lanceiros tentaria barrar os modernos Panzerkampfwagen de Guderian que irrompiam da fronteira alemã em direção a Varsóvia, em formidável blitzkrieg.



A comparação bélica é a mais pura analogia de uma realidade que só os jogadores do Palmeiras terão a condição de reverter mediante um empate ou, ainda melhor, de inverter, através de uma vitória redentora.
  
Mas, se torço por um resultado catártico que refrigere-me a alma e devolva-me a alegria de torcer, não vou, definitivamente, fazer "oba-oba" e vivenciar uma fantasia de expectativa de vitória que, em caso de derrota, decuplique-me a frustração. 

Na real, se os números comprovam que o poder de fogo do Inter é massivamente superior ao do Palmeiras, como é que eu, que, cartesianamente, 'penso, logo existo', posso raciocinar de outra forma, considerando-se que o Verde joga sem sua jovem dupla de zaga titular e, principalmente, sem Valdívia?

O retrospecto dos confrontos Inter x Palmeiras em que os gaúchos levam nítida vantagem muito me assusta.

O fato de o Colorado jogar em casa precisando da vitória que vale vaga na Libertadores 2015, também conspira contra o Verdão.

Os números, extravagantes, favoráveis ao time dos pampas, 48 gols no Brasileiro, contra 32 do Palmeiras, escancaram a maior eficácia do ataque sulista sobre um time que, definitivamente, não sabe fazer gols.

Até esta antepenúltima rodada, foram 16 gols a mais, os marcados pelo Inter em relação ao ataque palmeirense. 

Parece pouco, mas, só essa diferença excede o número de gols que o Palmeiras assinalou em todo o primeiro turno, 15.

Aliás, o Verdão só conseguiu fazer mais gols mesmo, do que o rebaixado Criciúma (25) e dos quase rebaixados Botafogo (31) e Bahia (28).

Então, se nada se pode ressaltar de positivo em relação ao ataque do Palmeiras, imaginem, defensivamente! 

A defesa verde, neste brasileiro, é uma avenida iluminada, que já deu passagem aos ataques adversários 55 vezes.

De longe, é a mais vazada, perdendo até em relação ao rebaixado Criciúma, 51.

Não há, então, parâmetros compatíveis para que se compare os números das defesas de Inter, que sofreu 39 gols e Palmeiras 55.

A apenas razoável defesa colorada, nona colocada do campeonato ao lado do Criciúma, ainda assim, consegue ser muito melhor do que a palmeirense, disparadamente, a pior.

Então, como se constata, os dados estatísticos, francamente favoráveis ao Inter, evidenciam o amplo favoritismo do time sulista.

Se não bastarem esses dados acrescente-se:

O Palmeiras vai jogar em Porto Alegre, na casa de um rival tecnicamente melhor, organizado, mobilizado e motivado, carente de uma vitória capaz de conduzi-lo a uma vaga na Libertadores.

O Palmeiras, um time acuado, sem autoconfiança e com o peso da responsabilidade decorrente da necessidade de sobreviver na série A, vai jogar no Beira-Rio contra um adversário fatídico, contra o qual, por melhor que se apresente, acaba, invariavelmente, perdendo.

O Inter, contra o Palmeiras, bafejado pela sorte ou contando com o beneplácito das arbitragens, sempre leva vantagem e, estatisticamente, é o time que tem o maior percentual de aproveitamento contra o Verdão.

Diante de tudo isso, como criar um discurso laudatório e entusiástico e tecer loas fantasiosas a um time que não corresponde em campo? 

Falsos elogios, diante da gravidade da situação vivida pelo Verdão, podem ser interpretados como injeções de otimismo? Estou fora!

Esta é a relação dos jogadores que estão em Porto Alegre e que podem ser escalados

Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: João Pedro, Victor Luis, Wendel e Juninho
Zagueiros: Lúcio, Victorino e Gabriel Dias
Volantes: Marcelo Oliveira, Renato, Wesley, Washington e Bruninho
Meias: Mazinho, Allione, Fernandinho, Bruno César e Felipe Menezes
Atacantes: Henrique, Diogo, Cristaldo e Mouche

O provável time de Dorival: Prass, João Pedro, Lúcio, Vitorino e Juninho. Marcelo Oliveira, Victor Luís, Wesley e Felipe. Menezes (Bruno César). Cristaldo (Diogo) e Henrique.

Meu time, pelas ausência forçadas de Nathan, Tóbio e Valdívia é este:
 

Prass, absoluto, no gol.

João Pedro, atacando, mas com cobertura. Precisamos que os volantes defensivos que cubram a direita. Sem Valdívia, João Pedro é a única boa alternativa ofensiva de que dispõe o Verdão.

Lúcio, escalação compulsória pela falta de beques, tem de jogar na sobra e não se meter a atacar.

Gabriel Dias, jovem, não é alto, 1m 83, da altura de Vitorino, que é o favorito de Dorival, é menos experiente, porém dotado de maior velocidade e impulsão.

Victor Luís, em meu time, voltaria a sua posição de origem onde rende muito mais. Como volante é um jogador comum. Aceitaria Juninho na lateral e ele pelo meio, pois o time tem poucas alternativas, mas, hoje, começaria com Juninho no banco.

Washington, Renato, Marcelo Oliveira  é um meio de campo pouco criativo, mas muito marcador. Seria interessante que o time atuasse compactado no setor, que, em contrapartida, é o forte dos gaúchos com D'Alessandro e cia.

Meu armador seria Allione que, com moral e responsabilidade pode ajudar, em um estilo, mais, de correria, de encostar, de tabelar, de tocar curto, fazer um dois e penetrar para receber, completamente diferente do modo de jogar de Valdívia.

Da mesma forma, deixaria Henrique no banco. 

Cristaldo e Mouche, começariam e atuariam abertos para marcar a saída de bola (na meia-pressão) e aprontar correria em cima da pesada zaga colorada, batendo o bife, isto é, cansando-a para a entrada de Henrique no segundo tempo, se necessário!

Da mesma forma, ambos contra-atacariam em diagonal, usando a  velocidade, no melhor estilo de quem lançou no Brasil essa tática de jogo, também conhecida como o quadrado de ouro, o campeoníssimo e imortal Elba de Pádua Lima, o Tim!

Acredito, muito, que o Palmeiras vai dar tudo de si esta noite em POA. , mas causa-me arrepios uma zaga que tenha, juntos, dois veteranos, excessivamente lentos, Vitorino e Lúcio. 

As chances de o Palmeiras obter um bom resultado, repousam no entrosamento e na sinergia entre a zaga, os laterais e os volantes. Se não ocorrer, temo, muito, pela sorte do Verdão!

"ALEA JACTA EST", A SORTE JÁ ESTÁ LANÇADA!

19:30
Internacional - RS
x
Palmeiras - SP
Jogo: 368
Beira-Rio - Porto Alegre - RS
Árbitro Ricardo Marques Ribeiro - MG (FIFA)
Árbitro Assistente 1 Marcio Eustaquio S Santiago - MG (FIFA)
Árbitro Assistente 2 Guilherme Dias Camilo - MG (ASP-FIFA)
Quarto Árbitro Roger Goulart - RS (CBF-1)
Árbitro Assistente Adicional 1 Igor Junio Benevenuto - MG (CBF-1)
Árbitro Assistente Adicional 2 Marcos Andre Gomes da Penha - ES (CBF-1)
Delegado Roberto Perassi - SP (ASS)
Delegado Luiz Cunha Martins - RS (ASS)

Tenho medo de árbitro mineiro! Eles, são tendentes a apitar para o time da casa, principalmente quando o jogo  não intervém nas vidas de Cruzeiro ou Galo!

Tomara que Ricardo Marques Ribeiro honre a sua condição de árbitro do quadro da Fifa!

COMO DEIXAR DE FALAR NA DECISÃO, DE FATO, DO REBAIXAMENTO?

F-L-A-M-E-N-G-O  X  V-I-T-Ó-R-I-A

 
 Que prevaleça o verde, atrás dos distintivos!


Independentemente de qualquer resultado de Inter x Palmeiras, o clássico dos rubro-negros, tem o poder de decidir a vida do Verdão.

Que vença o rubro-negro carioca!  Esse é o resultado salvador de um jogo mais importante para o Palmeiras do que o próprio jogo contra o Inter.

Nessa hipótese, o Palmeiras poderá, até, perder para o Inter e decidir, com vantagem, na rodada final contra o Atlético Pr. e ser campeão, até, mediante o mesmo resultado do Vitória em seu jogo final contra o Santos.

Com mala e com Malaquias, ou, sem Malaquias e sem malas!

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