Observatório Alviverde

31/05/2018

CRUZEIRO 1 X 0 PALMEIRAS. FICAR COM ROGER MACHADO SERÁ UM TIRO NO PRÓPRIO PÉ!


Não pelo resultado, mas pelo pífio rendimento do time, com Róger Machado ficou muito claro que não dá mais.

O Palmeiras não é time pra jogar na retranca feito time pequeno sem ao menos um esquema que o permita contra-atacar a fim de tentar vencer os jogos.

Ontem, se o Cruzeiro não houvesse respeitado tanto o Palmeiras e, simplesmente, arriscado um pouco mais, a derrota teria sido mais contundente e por uma contagem mais dilatada.

Não, não venham apresentar-me os números de Róger (Já assisti a esse filme aqui no Atlético MG)  porque não há números que justifiquem uma derrota nas condições e na forma da de ontem, aqui em Belo Horizonte.

O Palmeiras, segundo a estatística da TV, superou o Cruzeiro no quesito posse de bola, mas eu pergunto, e daí?

Em que resultou o estéril domínio?

O que o Palmeiras conseguiu em termos práticos, tocando a bola de um lado para o outro sem a  menor noção de "target", para que se use um neologismo já de uso tão corrente?

O que se poderia esperar de um time sem uma única jogada de profundidade e que não conseguiu ameaçar sequer os zagueiros estrelados, quanto mais o goleiro Fábio, privilegiado espectador do jogo, em tempo algum?

Conclusão: Embora o Cruzeiro não houvesse realizado um grande jogo, soube explorar as deficiências do adversário e vencer um jogo que só foi um pouco mais difícil pelo fato de o time mineiro ter respeitado demasiadamente o "poderosamente" fraco e mal dirigido time do Palmeiras, que, enfim, acabou derrotado e humilhado, sem esboçar o menor sinal de reação ou de vida.

Para encerrar quero que os meus companheiros de blog leiam o que eu escrevi na edição de ontem deste OAV, no setor de comentários (repito) no setor de comentários), quando do intervalo do jogo.

Finda a vergonha de outra pífia apresentação e de um péssimo resultado, cheguei, ao paroxismo, não sei se da tolerância ou da intolerância, mas plenamente convicto de que "com Róger Machado não dá mais para continuar"....

Você, também, pensa assim?


FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 x 0 PALMEIRAS
Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data: 30 de maio de 2018 (Quarta-feira)
Público:
Renda:   
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC) 
Ruim errando, muito mais, em detrimento do Verdão  NOTA 5.
Assistentes: Kleber Lúcio Gil (SC) NOTA 7 e Neuza Ines Back (SC) NOTA 7
Cartões amarelos: Thiago Neves e Ariel Cabral (CRU); 
Willian, Marcos Rocha, Bruno Henrique, Antônio Carlos e Thiago Santos (PAL)
Gol:
CRUZEIRO: Rafael Sóbis, aos 23 minutos do 2º Tempo
CRUZEIRO: Fábio; Edilson, Dedé, Léo e Egídio; Lucas Silva (Ariel Cabral), Romero, Robinho e Thiago Neves (Bruno Silva); Rafael Sóbis e Sassá (Raniel)
Técnico: Mano Menezes.

PALMEIRAS: 
Jailson - Não o culpo pelo gol, mas está na hora de Prass voltar. E não apenas em razão do tal caso da liderança que abordamos, ontem, no blog, mas pelo fato de Prass ser, está comprovado, infinitamente mais goleiro. NOTA 6. 

Marcos Rocha - Obedeceu o treinador, guarneceu posição e não foi por aí que o Cruzeiro chegou ao gol. Agora, cá entre nós, escalar um lateral (que apoia bem e marca mal) e colocá-lo no time apenas para marcar, mais do que um desperdício é uma burrice mesmo. NOTA 6.

Antônio Carlos: Foi bem e mostrou ser o melhor entre todos os zagueiros que o Palmeiras tem neste momento, melhor até do que Dracena, um dos responsáveis pelo gol sofrido. NOTA 6,5.

Edu Dracena: Vinha bem até falhar clamorosamente no lance do gol. É o tal negócio, qualquer zagueiro, num determinado momento ou lance, pode falhar. O grande problema é que, em face da costumeira ausência de reação, já se sabia de maneira antecipada que o Palmeiras, se sofresse o gol, não teria forças pra reagir. Esse aspecto acabou amplificando a falha de Edu. NOTA 6.

Victor Luis: Tanto e quanto Marcos Rocha, foi sacrificado e fugiu aos seus estilo e características de lateral muito mais apoiador para guarnecer a lateral e ajudar na "tática revolucionária do moderníssimo Róger Machado" jogando exclusivamente atrás, com raríssimas chegadas ao ataque. NOTA 5

Thiago Santos: Lutador, esforçado, raçudo, atento, valente, presente, partícipe o jogo todo e se apresentando sempre como opção de passe, foi um dos poucos que jogou com empenho e com alma, correndo muito o tempo todo. Uma pena que o esquema exageradamente defensivista de Róger, no qual ele era uma das principais peças, o transformou (muito mais) em um quinto zagueiro. Anulou Thiago Neves, o principal articulador cruzeirense e mostrou deficiências costumeiras, mas exclusivamente, naquilo que já se conhece, na entrega de bola. Eu testaria esse jogador como um segundo zagueiro de área. NOTA 6,5 

Bruno Henrique: Foi o melhor do time, tendo cumprido, simultaneamente, as funções de meio-campista defensor e na ausência de um armador, também desse. Solitário na luta acabou cansando. NOTA 7.

Lucas Lima: Mas ele entrou em campo? Vi o nome dele na relação da televisão, mas em campo, não! Por que ele jogava tanto com a camisa do Santos e nada com a do Palmeiras? Seria um problema dele, um problema (ainda) de adaptação à tática e ao grupo? Ou seria um problema de inadaptação ao esquema de Róger Machado? Se no jogo contra o Sport ele houvera sido o pior em campo, por que Róger o escalou ontem como titular? Por que o manteve em campo "brincando de jogar bola por longos e intermináveis 45 minutos? NOTA ZERO!

(Hyoran): Acrescentou apenas alguns gramas de condição física e correria, mas, do ponto de vista técnico, está ainda muito longe de ser um jogador que se possa proclamar como uma solução. Não tenho, ainda, do ponto de vista global uma opinião formada sobre Hyoran (ele não é tão novo assim) mas ainda duvido que ele represente uma solução para o meio de campo palmeirense. Prefiro aguardar. Ontem, NOTA 5.

Dudu: A fase de Dudu não é boa, mas a sua condição de estar acima da média geral nos leva à conclusão de que ele é um jogador que Róger Machado deveria evitar de substituir pois em uma jogada individual, em um lançamento, em uma enfiada de bola, num cruzamento precioso e até em um tiro de média ou larga distância, pode, de repente, alterar radicalmente um resultado. Foi estranha a forma que Dudu deixou o jogo, sem cumprimentar ninguém e chutando tudo o que via pela frente, como se estivesse irado com Róger . NOTA 5.

(Moisés) Colocar Moisés e tirar Dudu quando o problema do time não era individual, mas de esquema de jogo, comprovam que Róger Machado está completamente perdido. Se, como disse Marcos Rocha no intervalo, Keno estava doente, duas perguntas: primeira: por que Keno, fora de suas melhores condições físicas foi escalado em um jogo de tanta importância? Segunda: por que não foi Keno (não Dudu) o retirado de campo? Ou a televisão não registrou que Machado (completamente abilolado e perdido) houvera ficado "P" da vida quando o Palmeiras sofreu o gol, atribuindo-o a uma falta de marcação de Dudu no chamado nascedouro do lance e filmou Machado se dirigindo imediatamente ao auxiliar e ao banco para retirar Dudu do jogo? Moisés fez o que pôde, mas não passou de  um esforçado inteiramente perdido e sem ter com quem trabalhar. NOTA 5. 

Keno - Pior apresentação de Keno com a camisa do Verdão. NOTA 4.

Willian: Era uma vez um atacante baixo que Róger Machado quis transformar em beque. Não deveria ter sido ele a sair para a entrada do nulo Deyverson. NOTA 6

(Deyverson) - Ele é do ramo? Às vezes penso que não. SEM NOTA

DESTAQUE FINAL:

Ontem não houve craque do jogo e as personagens foram, todas, negativas

Técnico: Roger Machado 
Como pôde querer que o Palmeiras jogasse na retranca se o jogo não era eliminatório? Por que não jogou dessa forma a decisão do Paulistão contra o Curica como exigia aquele jogo?

Como pôde dizer em entrevista na TV que cultiva insistir com jogadores tipo Lucas Lima, por pior que eles estejam? Pior, ainda, como teve coragem para ressuscitar pela enésima vez o nulo Deyverson?

Como pôde jogar contra-atacando sem jogadores que propiciassem a formatação de um esquema para tal? Por que e para que, então, o Palmeiras contratou laterais apoiadores como Marcos Rocha e Vitor Luís?

Como pôde escalar Keno fora de condições clínico médicas  em jogo tão importante?

Como pôde demorar tanto para retirar o zero à esquerda Lucas Lima (que havia se escondido do jogo), apenas no intervalo? Como pode "digerir" e aprovar um time desprovido de transição por tanto tempo?

Como pôde deixar no banco um jogador vibrante, versátil e líder como Moisés? Ele tinha de ter entrado de cara para, na ausência de Felipe Melo, liderar o time em campo. 

Por que, quando colocou Moisés no jogo, ele  retirou Dudu e William deixando-o sem ter com quem jogar?

Como pôde, enfim, ter tido, ele, Róger Machado, uma atuação tão desastrosa!

CONCLUSÃO: NOTA ZERO, com compasso.

Repito e sustento o que disse na manchete:

Se permanecer com Róger o técnico do monólogo tático, o Palmeiras terá atirado contra o próprio pé.

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