Observatório Alviverde

08/03/2016

OS MEUS CRÉDITOS E AS MINHAS RESTRIÇÕES A MARCELO OLIVEIRA!



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Mais créditos para Marcelo Oliveira


Decorrido o tempo que concedi a Marcelo Oliveira para que se reciclasse, se ajustasse, se recuperasse e acertasse o time, quero deixar claro que, neste exato momento, em face dos resultados favoráveis e da pequena melhora da equipe, eu o apoio de forma ampla, total e integral. Honestamente, sinceramente!

Havemos (todos) de reconhecer o esforço de Marcelo (conservadoríssimo) por ter mudado a sua filosofia de futebol e por ter aberto mão de algumas convicções que, jamais imaginei, viesse a abrir. No entanto, abriu! Aleluia, aleluia!

A concordância, por exemplo, em eliminar o centro-avante versão tanque de guerra (tipo Barrios e Alecsandro) e testar um sistema diferente com jogadores mais velozes foi um marco importante da nova fase de MO.

Tratava-se de sugestão antiga deste OAV, em face da imperícia, incapacidade e  impotência do time em municiar os 9s (noves) gigantes e de pouca mobilidade.

Mesmo em caráter embrionário e experimental, a adoção da medida já se constituiu em um  considerável progresso do treinador, com reflexos plenamente constatáveis dentro de campo.

Um sistema ofensivo diferente, aberto, franco e flutuante, e sem o chamado homem de referência, foi por demais benéfica para o time do Palmeiras, ao menos nos dois últimos jogos. 

(1)Procurando o jogo menos pelo alto e muito mais ao rés do chão, (2)fazendo a aproximação à frente mais através do toque de bola rápido e envolvente do que propriamente pelo lançamento longo, (3) marcando forte e sempre a saída de bola do adversário (4) exercendo pressão contínua e constante sobre as defesas, através  da (5) chegada em bloco dos meias e dos volantes, o time do Palmeiras melhorou extraordinariamente a sua capacidade ofensiva tanto e quanto o seu poder de fogo.

É verdade que, muitas vezes e bem mais do que o necessário, o time ainda se permite ao uso de contra-ataques, em consonância com o seu DNA de velocidade na vertical e com as suas antigas e melhores características. Essa diversificação, porém, longe de qualquer defeito é por demais útil e favorável. 

Ficou provado 5ª feira passada, no primeiro tempo do jogo contra o Rosário e de uma forma ainda mais visível, no último domingo, diante do Capivariano. 

O quarto gol do Verdão contra o Capivariano nasceu de um contra-ataque após uma devolução precisa de Prass. De vez em quando ele também acerta um chutão! 

Dito isso tudo, é lamentável ter de registrar que o Palmeiras não dispõe de um armador categorizado, inteligente e desequilibrante, em consonância com as suas maiores necessidades, que serviria para multiplicar a eficiência dessa nova sistemática de jogo .

Um jogador assim, desse quilate e características, teria o condão de proporcionar ao Palmeiras a perspectiva perfeita da utilização de qualquer sistema de jogo, fosse o de toque ou o de lançamento, o de aproximação ou o de cruzamento, o da bola curta ou o da bola comprida, o do apoio dos laterais ou o do apoio dos meias, o do centro-avante fixo ou o do nove flutuante que se desloca para abrir as defesas e assim, sucessivamente.

O Palmeiras, que tanto investe em jogadores e que tanto dinheiro tem atirado pela janela em contratações que inutilmente se repetem em determinadas posições, muitas delas desnecessárias, tem de encontrar e adquirir o elo isto é, a conexão justa e perfeita dessas correntes táticas e de outras também, naturalmente. 

Com dissemos várias vezes e repetimos ontem, que venha um armador de respeito imediatamente, logo, hoje, agora, já! Abracadabra!

Dizem que temos no elenco dois jogadores que se enquadrariam nessas características, Cleiton Xavier e Régis, um voltando e o outro chegando. 

Cleiton é bom mas está anos luz distante de um Rivaldo, de um Alex, de um Djalminha e de outros jogadores que marcaram época no Verdão. 

Quando muito, Cleiton talvez esteja um pouco acima de Robinho, mas, exclusivamente, em termos de armação. No cômputo geral considero Robinho mais jogador, muito mais completo, além de mais jovem!

Em relação a Régis quero dizer que o tempo passa, os jogos se sucedem e MO não concede a esse atleta, palmeirense desde criancinha, as oportunidades necessárias para que ele demonstre o que sabe e pode em matéria de futebol!

Será que ele vai repetir Alain Patrick e ter de mudar de clube para poder mostrar o seu talento? Pelo visto e pela amostra, sim!

O grande problema é que a diretoria, leia-se Nobre e seu lugar-tenente Mattos, não quer passar um atestado público de que errou ao dispensar Valdívia, o único armador de que o time dispunha, sepultando na cova rasa da vaidade e do amor-próprio as perspectivas de uma super temporada de vitórias em 2015. 

Imaginam erradamente, hoje, eles (Nobre e Mattos) que se vier um armador, jogar bem, arrebentar, acertar o time capacitando-o a jogar cada vez melhor, que ambos vão passar publicamente um atestado de burrice! 

Se pensam assim, -garantem muitos que sim- pensam errado! Sou convicto de que, nessa hipótese, pelo contrário, seriam entronizados e glorificados pela "Leal"!

Como diz um amigo meu de São José do Rio Preto, imenso palmeirense, a frustração de Nobre foi de tal magnitude que o presidente e o diretor de futebol não apenas evitaram contratar um novo armador, como, principalmente, passaram a nutrir ódio pela posição. Já viram ou ouviram falar em algo semelhante? 

De minha parte, confesso-lhes que não! É Incrível, fantástico, extraordinário!

Assim, em vez de contratar um armador categorizado, optaram por um exército de volantes de contenção, tanto e quanto um batalhão de meias ofensivos e de jogadores de outras posições, sem sequer cogitar ou procurar um armador à altura das conveniências e necessidades do Palmeiras.

Fiquei sabendo que em razão do montante elevado investido em Cleiton Xavier, virou questão de honra para Nobre a reabilitação desse jogador tanto e quanto a sua volta ao time. Tanto é verdade que coincidentemente, ele é pré inscrito no Paulistão e inscrito na Libertadores, onde ostenta número dez (10) de Ademir da Guia.

Por outro lado é interessante destacar que n-e-n-h-u-m homem da mídia 
( n-e-n-h-u-m), nenhum mesmo, jamais voltou ao assunto ou sequer mencionou a tal relação custo-benefício, assunto recorrente sempre se referiam a Valdívia quando trabalhavam nos bastidores pela dispensa do Mago. 

A esta altura, CX10 já deve estar custando aos cofres palmeirense muito mais do que custaram todas as contusões crônicas e as ausências de Valdívia.

A a imprensa porém mais nada fala, finge que não é com ela, permanece muda e reticente porque o objetivo sórdido calculado de afastar o melhor jogador das Américas (não sou eu que estou dizendo, mas a Confederação Sul-Americana e a Conmebol) do elenco do Palmeiras foi, perfeitamente, atingido!

A meta da mídia ficou claro, claríssimo, não era outra senão aquela de, simplesmente, afastar Valdívia do Palmeiras o único jogador que os incomodava! 

Conseguiram! Estão felizes, satisfeitos, saciados e realizados, Para os palmeirenses apreciadores do melhor futebol, acabou-se o que era doce. 

Vida que segue, caindo na real, o que passou, passou! 

Mas, se mal pergunto outra vez, por que a insistência de Mattos e Nobre em extinguir, ou, vá lá, eliminar a função de armador no elenco? Simplesmente, não tem cabimento!

Alguém leu, viu ou ouviu algum jornalista, mesmo os supostos palmeirenses, reivindicar a contratação de um armador categorizado em consonância com a as nossas necessidades e a nossa melhor tradição?

Ou, da mesma forma, qual deles criticou MO por não escalar Régis? 

Quem cobrou o treinador pelo sumiço que deu em Matheus Sales, incompreensível, inadmissível? 

No momento atual do Verdão, entre a dezena de meio campistas de que dispõe o Palmeiras, nem Robinho, nem Arouca, nem Jean, só Thiago Santos está melhor do que ele!

Alguém viu ou ouviu alguma observação crítica a Marcelo Oliveira por seu conservadorismo, por sua falta de visão e criatividade ou por escalar sempre, reiteradamente e sem admitir mudanças, o cardeal (ZR,) os bispos (Robinho e Barrios), o padre (Alecsandro), o seminarista (Jean), o acólito (Leandro) e outros coroinhas de sua inefável igrejinha? Ou, se desejam, em outro senso e dimensão mais apropriado, o seu time de compadres?

Marcelo, para ter vida longa no clube e merecer a confiança ampla completa, total, definitiva e irrestrita minha, sua, nossa e da maioria absoluta da torcida palmeirense, tem de romper com tudo isso, principalmente com o seu manjadíssimo conservadorismo tático.

Da mesma forma, tem de tratar isonomicamente os jogadores, escalar sem política ou favorecimentos os melhores, limitar o tempo em campo de ZR a altura das possibilidades físicas deste jogador, mudar o time sempre que necessário, ter coragem para inovar e alterar o sistema de jogo, assumir e bancar as alterações, peitar os descontentes, tirar do time e punir quem o desobedecer e, enfim, exercer autocraticamente o papel para o qual foi contratado! Técnicos democráticos, está provado, no Palmeiras, não funcionam ...

Sei, perfeitamente que essas atitudes não podem ser adotadas num estalar de dedos e que os resultados não serão alcançados da noite para o dia, mas se Marcelo for tíbio, medroso e não encontrar dentro de si as forças mentais e morais suficientes para encarar a situação e virar o jogo de bastidores, só vai permanecer no clube o tempo mínimo e proporcional às suas vitórias.

Reconhecendo que Marcelo está longe de ser o técnico dos meus sonhos, ainda assim, concedo-lhe mais créditos, esperando, honestamente, que ele venha a corresponder às minhas, às tuas e às nossa expectativas. 

Como a esperança veste verde, vou (vamos) torcer para que ele se ajuste e se acerte para ajustar e acertar, também, o time do Palmeiras. 

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