PALMEIRAS X BAHIA, COMENTE ANTES, DURANTE E APÓS O JOGO!
Excelente apresentação do Palmeiras, daquelas a que chamamos de "apresentação de gala", que, muitos, açodadamente, precipitadamente, prematuramente, já creditam à saída de Dudu. É incrível!
Dudu, o craque do time (tese também de Tite que o convocou para a Seleção Brasileira), ficou fora do jogo de ontem contra o Bahia, não por deficiência técnica, mas, exclusivamente, por estar suspenso.
Não, ninguém que esteja em uso pleno de suas faculdades mentais pode questionar as qualidades de técnicas de Dudu. Pode, sim, apenas e tão somente questionar-lhe a fase que, até concordo, anda incompatível com o futebol que esse atleta pode demonstrar.
Ontem contra o Bahia, mesmo sem contar com o seu principal articulador do meio de campo para a frente, o Palmeiras cumpriu excelente performance e desenvolveu atuação digna da importância de sua camisa dobrando o "Tricolor de Aço da Boa Terra" por 3 x 0, placar que poderia ter sido mais dilatado tal a superioridade do Verdão.
William, reconheço, substituiu Dudu com vantagem em relação àquela péssima atuação do "baixinho"contra o Curica quando ele cumpriu uma de suas piores apresentações com a camisa palmeirense.
No entanto, se o paralelo comparativo for estendido ao jogo contra o Júnior Barranquilla eu diria que, Willam, no máximo, igualou-se a Dudu.
O que não dá para entender é a quantidade de comentários na Internet direcionados contra Dudu, alguns deles (imaginem) pedindo, imediatamente, a cabeça do jogador. É de lascar...
Em vez de irem à Web para dizer ao mundo da bola que o Palmeiras tem banco, tem um elenco espetacular em que sai um e entra outro jogador e o time não sofre solução de continuidade, preferem partir para a agressão com o intuito de desvalorizar os atletas e promover a contenda a fim de que as suas teses se confirmem e prevaleçam.
Com Dudu em campo eu tenho absoluta convicção de que o time, igualmente, teria condições de golear o Bahia.
Afirmo isso em razão de tudo o que (todos) nós deste blog e tantos palmeirenses sensatos cobrávamos de Róger e do elenco e que acabou se configurando no jogo de ontem.
O Palmeiras, ontem, atuou com firmeza, disposição, raça, espírito de luta, disposição e, principalmente, atitude.
Vou além e digo que se o time houvesse atuado dessa forma na decisão do Paulistinha e o Verdão teria sido campeão com arbitragem contrária e tudo.
O grande problema foi que muitos jogadores tremeram na base e Dudu um dos que mais tremeram, realizando uma pífia apresentação na decisão contra o Curica. Faltaram a esses atletas um robusto preparo psicológico!
Por outro lado, faltou a Róger Machado coragem suficiente para sacar Dudu. Seja o jogador que for, quando estiver jogando mal, terá de ser substituído. Aquela conversa de que ele tem de continuar em campo porque é craque e pode num repente realizar a jogada que decide o jogo é papo furado.
Lembram-se do que escrevi sobre Dudu na decisão?
Sic
"Dudu - Sentiu demais o peso das vaias e nada rendeu. Foi o pior entre todos os jogadores palmeirenses e deveria ter sido sacado do time logo no intervalo. NOTA 2"
Eu não escrevi isto por puro oportunismo ou por estar reivindicando a saída desse jogador?
A crítica, em futebol, tem de ser pontual. O mesmo atleta que está mal no jogo de hoje, desde que ele seja potencialmente um bom jogador, pode decidir outros jogos importantes e até campeonatos.
Sou convicto, porém, que Dudu vai voltar com tudo na semana que vem contra o América Mineiro e jogar aquela enormidade de bola que jogou no ano em que o Palmeiras foi campeão, sob Cuca.
Para encerrar eu lembro a todos que o Palmeiras não foi rebaixado e não esteve incluído entre os quatro que foram rebaixados à segunda divisão, mas é o vice-campeão do Brasileiro.
Muitos dos nossos (nossa torcida, infelizmente, é movida a resultados) dirão que ser vice não adianta nada e que só há importância quando se conquista o título e que o Palmeiras não ganhou -absolutamente- nada!
Ou todos que advogam essa tese derrotista e postam por aqui já se esqueceram que o Palmeiras, a par de erros técnicos, táticos e individuais e até administrativos, que, reconheço, existiram, também foi trucidado pelas arbitragens nas mesmas proporções dos vergonhosos favorecimentos ao Curica?
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 x 0 BAHIA
PALMEIRAS 3 x 0 BAHIA
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data: Sábado19/05/2018
Data: Sábado19/05/2018
Público: 26.351 pessoas - Bom mas abaixo do esperado!
Renda: 1.517.906,22 - Ingresso caro, renda alta, mas cadê as dependências populares?
Árbitro: Rafael Traci (PR) Boa atuação. NOTA 8.
Assistentes:
Assistentes:
Ivan Carlos Bohn (PR) - Boa atuação. NOTA 8.
Rafael Trombeta (PR) - Má atuação em prejuízo do Palmeiras. De olho nele. NOTA 4
Cartões amarelos: Lucas Lima, Antônio Carlos e Borja (PALMEIRAS)
Lucas Fonseca, Gregore e Brumado(BAHIA)
PALMEIRAS: Willian, 2', Antônio Carlos, 32', e Borja aos 41' do primeiro tempo
OS TIMES:
EC BAHIA:
BAHIA: Douglas Friedrich (Anderson); Nino Paraíba, Everson, Lucas Fonseca e Léo;
Gregore, Edson,
Zé Rafael, Vinícius (Flávio) e Elber;
Júnior Brumado
Técnico: Guto Ferreira
Técnico: Guto Ferreira
OBS - O Palmeiras tem prioridade para contratar Zé Rafael, aquele que quase fez um gol de bicicleta.
PALMEIRAS:
Jailson - Pouco exigido, mas quando o foi, saiu-se muito bem. NOTA 8.
Marcos Rocha - Mais confiante, rendeu mais e até apoiou. NOTA 8.
Antônio Carlos - Outra vez, esmerilhou! Dracena o completa e passa confiança. NOTA 8.
Edu Dracena - Sereno, experiente, eficiente, comanda a defesa e cobre Diogo. NOTA 8,5.
Diogo Barbosa - Melhorou mas apoia pouco e falha por falta de confiança. NOTA 7,5.
Felipe Melo
(Thiago
Santos) - Entrou tarde e só cumpriu a partitura dentro de suas limitações. NOTA 7,5
Bruno Henrique - Jogou pro time sem reeditar a atuação contra o Júnior, mas esteve bem. NOTA 7,5.
Lucas Lima - O medo da reserva mexeu-lhe com os brios. Muito boa atuação. NOTA 8.
Willian - Foi tão bem que ninguém se lembrou de Dudu, a quem substituía. NOTA 8.
Keno - Começou forte, era o melhor em campo, mas perdeu o ritmo. Ainda assim, NOTA 8.
(Hyoran) - Ainda não me convenceu de que tem bola para jogar no Verdão. NOTA 7.
A PERSONAGEM DO JOGO:
Felipe Melo
Investido na condição de capitão, comandou o time em campo, mostrou a qualidade de sempre nas saídas de bola da defesa e nos lançamentos horizontais longos de mudança de jogo quanto nos verticais em busca da área adversária ou do gol. Jogou duro, na bola, com muita seriedade, sem exageros ou excessos e se constituiu na personalidade do jogo. NOTA 9.
O CRAQUE DO JOGO
Borja
O colombiano, finalmente, mostrou que não foi por mero acaso que ele tornou-se a um só tempo o grande artilheiro e um dos melhores jogadores da Libertadores/17. Realizou jogadas de improviso que só atletas muito habilidosos conseguem realizar e infernizou a defesa do Bahia. Além da assistência para o gol de William após ele ter realizado uma jogada pessoal magnifíca, ele deixou sua marca de artilheiro fazendo um gol que marca a sua ida para a Seleção Colombiana que vai disputar a Copa da Rússia. Lembram-se do que eu tenho dito reiteradamente, aliás? É preciso criar um esquema para que Borja seja mais bem aproveitado.
Hoje ele consagrou que eu estava certo em minhas previsões. NOTA 10.
Técnico:
Roger Machado
No geral bem, tendo apresentado progressos táticos em relação aos jogos anteriores.
Refiro-me, primeiro, a todas as jogadas de lançamentos horizontais longos para virar e armar o jogo e pegar a defesa adversária desprevenida...
Da mesma forma refiro-me, também, aos lançamentos longos verticais para que os velocíssimos atacantes palmeirenses penetrassem na corrida e infernizassem a defesa do Bahia.
Isso tudo, aconteceu!
Isso tudo, aconteceu!
Imaginei, então, que esse sistema viesse a ser adotado para resolver em definitivo o problema do contra-ataque com perigo que o time palmeirense, via de regra, não sabia (sabe) fazer, mas só funcionou a contento do início do jogo aos 20 minutos, sendo, depois, esquecido.
É preciso aperfeiçoar essa forma de armar o bote e contra-atacar considerando-se o defensivismo exagerado de Róger em certos jogos, em que, nessas condições, o time fica sem saber como atacar. Foi assim contra o Curica.
Conservador demais para o meu gosto, Róger, de quebra, mostrou incoerência. Se ele preserva tanto os titulares e nesse sentido, já fez alguns jogos com o time B, por que é que demorou tanto para substituir os jogadores que ele considera básicos visando a preservá-los, considerando que no intervalo o resultado já assinalava 3 x 0 pró Verdão?
Demorou uma eternidade para sacar Borja, que correu riscos físicos desnecessários à véspera de sua apresentação na Colômbia e, da mesma forma, não tirou Keno, William e outros jogadores que serão importantes nos próximos jogos, exceto, claro, os jogadores do miolo da zaga para os quais (essa é a grande falha do elenco) não existem substitutos à altura.
Pelas novas jogadas de contra-ataque e pelo fato de ao menos acenar que está encontrando um posicionamento que possibilite Borja ser aproveitado em suas melhores condições, dou-lhe NOTA 8.
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