O PALMEIRAS JOGOU MUITO MAIS DO QUE O BOTA, MAS FOI SALVO PELO VAR!
Dos pontos de vista tático e estratégico o Palmeiras amassou o Botafogo, reduzindo-o a sua insignificância técnica atual, mas o resultado do jogo não fez justiça à magnífica performance palmeirense.
Para que aqueles que me leem e que não assistiram ao jogo ao vivo possam ter uma ideia da imposição completa do Palmeiras sobre o time carioca, basta que se diga que o Botafogo não conseguiu chutar uma única bola contra o gol de Weverton.
O sistema de marcação palmeirense esteve, como de hábito, impecável sem permitir, sequer, uma única manobra de sucesso do ataque botafoguense em quase cem minutos de bola rolando.
Contudo, apesar de tudo e da (de um modo geral) atuação esplendorosa de um time ligado, motivado, proativo e disposto, o Palmeiras, primeiro, jogou para não perder e resguardar a incolumidade da defesa, para só depois -se possível- tentar vencer.
Eu diria que Felipão foi a campo para jogar (como costuma dizer a mídia) com o regulamento embaixo do braço, em que pese, aparentemente, todos considerarem que não.
Argumento:
Se a ofensividade e a procura do gol fossem os objetivos maiores de Scolari ele não deixaria Scarpa fora do time.
Da mesma forma, não escalaria o tocador de bola e lançador Lucas Lima para guarnecer o lado esquerdo da defesa...
Exigiria que Bruno Henrique se aproximasse do ataque com mais frequência e, da mesma forma, não atuaria fazendo uso predominantemente da bola esticada com Deyverson de costas para a defesa realizando o trabalho de pivô, mas, na maioria das vezes recuado para ajudar na marcação.
Foi exatamente por isso que o Palmeiras chutou pouquíssimo a gol na primeira fase e nas várias vezes em que aproveitou os laterais para as jogadas de flanco e as bolas cruzadas (por baixo ou pelo alto), o Palmeiras não tinha ninguém dentro da área para o arremate final.
Em meu ponto de vista, repito, meu, Felipão deveria ter começado com Scarpa, a fim de que o time tivesse outra opção de arremate e oferecesse ameaças mais efetivas ao time de Barroca.
De qualquer forma, para o objetivo defensivo a que se propunha, visando a defender as duas invencibilidades em jogo, a do time de e a da defesa, Scolari optou por Lucas Lima que por deter o talento da bola comprida poderia ser decisivo naquilo a que se chamava em meu tempo "puxar os contra-ataques.
Embora ainda tenha ficado longe do que sabe e pode, desta vez Lucas Lima correu, lutou, se esforçou e não se escondeu em campo.
Méritos para Felipão no sentido de recuperar o jogador, mas, sem crítica e apenas para que todos reflitam acerca de um aspecto eu quero perguntar:
"Será que valia a pena arriscar a perder um jogo em troca da recuperação de um atleta, ainda que de bom potencial e que custou muito caro ao clube?
Eu, repito, Eu, ratifico, Eu e Eu jamais teria entrado com Lucas Lima, mas desde que Felipão entrou e deu-se bem, em verdade em verdade eu lhes digo que, em razão da atuação de hoje, começo a olhar Lucas Lima com outros olhos, desde que ele se proponha a ter constantemente a mesma gana e a aplicação tática que mostrou hoje.
Em suma, a tática defensivista de Scolari predominou com folga, mas, reconheça-se, muito em razão de Deyverson, taticamente o jogador mais importante entre todos e a razão precípua de tantas chegadas, entre algumas perigosas e aquelas de relativo perigo criadas pelo Palmeiras.
Com um centroavante comum teria sido mais difícil a jornada palmeirense, em face da INEXISTÊNCIA do chamado último passe, aquele em que Valdívia era um especialista!
Apesar do Palmeiras, pelas chances que criou somados os dois tempos ter merecido vencer, foi o VAR que, f-i-n-a-l-m-e-n-te, funcionou em prol do Palmeiras. Já não era sem tempo!
BOTAFOGO 0 X 1 PALMEIRAS
Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data: 25 de maio de 2019 (Sábado)
Horário: 16h(de Brasília)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Junior (PR)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (Fifa-MG) e Clovis Amaral da Silva (PE)
Árbitro de Vídeo: Adriano Milczvski (PR)
Cartões amarelos: João Paulo, Gilson, Leonardo
Valencia, Gustavo Bochecha, Fernando, Flávio Tênius (preparador de
goleiros), Gatito, Gabriel, Cicero, Diego Souza, Gustavo Ferrareis
(BOT);
Gol:
PALMEIRAS: Gustavo Gomez, aos 12 minutos do 2º Tempo
BOTAFOGO: Gatito; Fernando, Marcelo Benevenuto, Gabriel
e Gilson; Cícero, Alex Santana, João Paulo (Yuri), Luiz Fernando (Igor
Cássio) e Leonardo Valencia (Gustavo Ferrareis); Diego Souza
Técnico: Eduardo Barroca
PALMEIRAS:
Weverton ........................... Devia ter pago o ingresso. Só assistiu ao jogo. NOTA 8
Marcos Rocha ....................Expoente. NOTA 9.
Luan....................................Irretocável. NOTA 9.
(Antônio
Carlos).................Estepe em boas condições. NOTA 8.
Diogo Barbosa ...................Exuberante - NOTA 9
Thiago Santos.....................Joga para o time - NOTA 9.
Bruno Henrique..................Cumpriu missão - NOTA 9.
Lucas Lima.........................Agora podemos começar a conversar. NOTA 7.
(Moisés)..............................Melhorando a forma melhorará tecnicamente NOTA 7.
Zé Rafael.............................Chegou pra tomar conta do pedaço. Muito aplicado. NOTA 8
(Gustavo Scarpa).................Não reeditou atuações anteriores. NOTA 7.
Dudu....................................Por que ele ainda está fora da Seleção? NOTA 9
A PERSONAGEM DO JOGO
Deyverson...........................A alma do time. NOTA 9,5
O CRAQUE DO JOGO
Gustavo Gomez ................Atuação perfeita. O melhor em campo. NOTA 10.
Técnico:
Luiz Felipe Scolari - NOTA 9.
Eu não entraria, de cara, com Lucas Lima que, apesar do jogo de recuperação que realizou no primeiro tempo, não conseguiu ser, senão em bem poucas vezes, aquela conexão que interliga a defesa e o meio de campo ao ataque.
Causa-me uma certa preocupação a volúpia do Palmeiras por guardar a invencibilidade do time e da defesa porquanto o time se resguarda demais e deixa a desejar ofensivamente.
Hoje, por exemplo, o VAR nos salvou. Mas, eu pergunto: e se o VAR(como de costume) se omitisse? Na melhor hipótese teríamos empatado.
Há de ressaltar, porém, a consistência, a obediência tática da equipe o bom toque de bola, tanto e quanto o magnífico preparo físico apresentado pelo time com todos os jogadores.
Não há como negar que o Palmeiras - todos os méritos para Felipão- é o time mais bem treinado do país mas (ainda) carente em algumas posições em que o time teria de ter jogadores acima da média para se impor, definir, ratificar, confirmar e sacramentar a sua condição de o melhor do país.
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