Observatório Alviverde

14/09/2019

PALMEIRAS X CRUZEIRO PODE TER SIDO UM JOGO TECNICAMENTE MELHOR DO QUE FLA X SANTOS, MAS ISTO A MÍDIA NUNCA IRÁ ADMIITIR!!!


A mídia criou um clima de final de Copa para o jogo Fla x Santos, hiperdimensionando-o.

Há tempos não se via e nem se ouvia tantas loas relacionadas a um jogo.

É o que uma fábula de Ésopo denominada o Parto da Montanha relata muito bem.

A montanha, prestes a parir, dava uivos e todos os que viam  e ouviam  se assustavam e perguntavam:

Que monstro será que vai nascer?

Para o desencanto e a decepção de todos, a montanha deu a luz a um rato.

Foi assim o Fla x Santos de ontem.

Quem esperava que o Flamengo goleasse decepcionou-se.

A montanha, isto é, o Flamengo, venceu por 1 x 0 e mostrou de maneira clara e vívida que o time carioca não é nada daquilo que a midia, exageradamente, anda propalando aos quatro cantos do mundo.

E o Palmeiras x Bambis das Alterosas?

Jogo dentro daquilo que se esperava e conforme eu publiquei no intervalo do jogo não como editor deste OAV mas como torcedor:

(SIC)

"Gostei do time no 1º tempo porque mandou no jogo e mostrou quem dá as ordens no terreiro.
Com a bola no pé, tocando e mandando no jogo dá menos medo do que aquele sistema da manjada retranca do Felipão.

O Cruzeiro sempre leva sorte contra o Palmeiras mas a não ser que o Ceni tire o Fred acho difícil eles ganharem o jogo".


Sorte a do Verdão que Ceni insistiu com o nulo Fred (o tempo dele no futebol já decorreu ) e o Cruzeiro jogou com dez em campo em 80% do jogo.

Em campo, o que se viu foi o esforço hercúleo do time mineiro, até sobre-humano, em sua tentativa infrutífera de ganhar o jogo e fugir da zona do rebaixamento.

No Palmeiras quero realçar a magnífica atuação de todo o sistema defensivo, com ótima atuação dos dois laterais, dos dois zagueiros de área e, principalmente, de Bruno Henrique e Felipe Melo.estes últimos jogando muito para o time e se esforçando o tempo todo.

Felipe Mello fora do time foi a razão da perda da classificação para o Grêmio nas semifinais da Libertadores e não jogo no Pacaembu, esquema tático ou outras razões. O fato é que o Palmeiras não tem um substituto à altura para esse jogador, apenas o esforçado e limitado Thiago Santos, que, reconheça-se, não tem a mesma eficiência.

O ataque palmeirense, sob Mano, está atuando com uma nova formatação; Dudu, William e Luis Adriano, que ajudam na marcação mas sem aquela obrigatoriedade dos tempos de Scolari que os levava à exaustão e os fazia perder jogadas e gols simplesmente por cansaço.

Eis as notas do time na importante vitória de ontem sobre o Cruzeiro.



Weverton: 7,0
Duas defesas
(no mesmo lance) salvadoras no início do jogo e uma falha no fim que quase redunda em gol. Sou mais Prass
 

Marcos Rocha: 7,0
Apoiou pouco e marcou muito. Boa atuação; 
 

Gómez: 7,0
Anulou todos os cruzeirense que incursionaram por seu setor. Cobriu bem Marcos Rocha, Bruno Henrique e às vezes até Vitor Hugo. Perfeito no jogo aéreo.


Vitor Hugo: Devagarinho está voltando à forma. Não demora chega lá. Preciso na marcação, na cobertura e principalmente no jogo aéreo.

Diogo Barbosa: 7,0
Mais defendeu do que atacou cumprindo papel tático importante.
 

Scarpa: 6,0
Não jogou o que sabe e pode, mas Mano tem de insistir com ele.

Lucas Lima: SEM NOTQ
Esteve pouco tempo em campo mas mostrou motivação e vontade de jogar.

Dudu: 8,0
Atuando como ponta especialista, arrebentou com o jogo no segundo tempo. Nessa função pode ser uma arma letal se o centroavante e os meias o acompanharem e se apresentarem para o arremate.

Willian: 6,0
Ainda não me parece suficientemente confiante.Eu não começaria os jogos com ele, até que viesse a se recuperar plenamente;

Zé Rafael: 5,0
Apenas correu e ajudou na marcação. Muito empenho e pouca produtividade. mas precisa jogar e ser prestigiado, na medida do possível..

Luiz Adriano: 6,0

Ainda fora de forma, mas tem ajudado muito. Foi decisivo na preparação do gol de Bruno Henrique, que só foi possível devido à coragem e empenho de Luís Adriano
 

Borja: 5,0
Entrou quando Luís Adriano cansou e se empenhou na marcação e na garantia da manutenção do resultado. Foi pouco ou nada abastecido.


 A PERSONAGEM DO JOGO:
Bruno Henrique: 8,0
Ajudou demais na marcação, jogou para o time e fez o gol decisivo, 

i-m-p-o-r-t-a-n-t-í-s-s-i-m-o.
 

O CRAQUE DO JOGO
Felipe Melo: 9,0
Fez tudo o que vem fazendo em todos os jogos, liquidou com Fred e foi o melhor em campo.

Mano Menezes: 7,0
Seu principal mérito foi o de acalmar a rapaziada no intervalo do jogo. Conforme prometeu está indo devagar até encontrar o time ideal e o sistema de jogo ideal, mas pode-se dizer que com três vitórias seguidas ele já consegue impor ao time o seu método de trabalho.

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NUNCA O PALMEIRAS FOI OU ESTEVE TÃO FAVORITO CONTRA O CRUZEIRO.


Quando o jornalista do portal Terra, entre dezenas de questões perguntou a Vitor Hugo:

"Como têm sido os seus primeiros trabalhos com o Mano Menezes e sua comissão técnica?"

Vitor Hugo respondeu: 

"Bem interessante. Estou achando bem legal. 
Mano e comissão gostam de trabalhar bastante, principalmente a posse de bola. 
Pedem muito para ficarmos o máximo possível com a bola no pé. 
Se o campo estiver fechado de um lado, não tentar o chutão, mas voltar. 
Só em última instância, último caso mesmo, chutar para frente. 
É para procurar não chutar de qualquer forma, mas procurar os atacantes em um espaço vazio. 
Trabalhar bastante a bola, usar o giro entre os zagueiros e até o goleiro, se necessário. 
É bacana, porque é um futebol que te deixa com a bola e, quando você tem a bola, não toma gol. 

PS- a reportagem completa está publicada no portal Terra. É bem interessante!


Meus amigos, em poucas palavras Vitor Hugo sintetizou a filosofia de jogo de Mano.

Notem que, ao contrário do que diz a mídia, ele não é daqueles técnicos apenas reativos como Felipão.

Na medida do possível ele gosta, também, de propor o jogo e de manter a posse de bola.

Em relação à batalha desta noite contra o Cruzeiro, há que se dizer que é fundamental às pretensões palmeirenses neste Brasileiro.

Não, não estou querendo sustentar que se o Palmeiras desgraçadamente vier a perder e o Santos ou principalmente o Fla fizerem os três pontos que tudo estará perdido para o Verdão.

Reconheçamos, porém, que sob essa desfavorável condição que teimamos em expulsar de nossos pensamentos, reduzem-se um pouco mais as chances alviverdes de chegar ao bi.

Em razão disso, quero dizer-lhes que essa é uma hipótese que prefiro nem cogitar.

Da mesma forma antecipo-lhes que estou acreditando, muitíssimo, em múltiplos aspectos capazes de levar o Verdão ao triunfo.

Em 1º lugar ainda pela motivação da chegada de Mano e pela "lua de mel" do elenco com ele.

Em 2º lugar pelos dois triunfos sobre o Goiás e o Flu, que passam muita confiança à bolerada.

Em 3º lugar porque Mano conhece todas as deficiências e vulnerabilidades dos adversários.

Em 4º lugar porque o jogo é no Allianz onde o Palmeiras é soberano e dificilmente é derrotado.

Em 5º lugar porque o Verdão tem mais time, mais elenco e melhores jogadores que o Cruzeiro. 

Em 6º lugar porque entrará em campo já sabendo o resultado de Fla x Santos, podendo calcular o que fazer, como fazer e qual caminho tomar em busca do resultado.

Em 7º lugar porque no Brasileirão/18 em BH, jogo de ida o Palmeiras perdeu por 1 x 0 mas no jogo de volta no Pacaembu, goleou por 3 x 1, gols de Lucas Lima, Yoran e Gomes.

Em 8º lugar porque os salários no Cruzeiro estão atrasados já há 2 meses.

Em 9º lugar porque alguns atletas estrelados não gostaram nada da chegada de Ceni. 


Em 10º lugar porque alguns jogadores geraram crise detonando publicamente a tática de Ceni.

Em 11º lugar porque há um racha no elenco celeste e muitos jogadores não se toleram.

Em 12º lugar porque a torcida "está pela boa sete" com o time, protestando fora de campo e movendo campanha contra.

CONCLUSÃO: 

Nunca o Palmeiras teve a seu favor um ambiente extra-campo tão favorável para derrotar o Cruzeiro como no jogo desta noite no Allianz.

O time minero, historicamente, sempre foi "tabu", isto é, um adversário difícil, problemático e dotado de uma sorte imensa e inenarrável nos confrontos com o Verdão, não obstante suas tantas vitórias com a ajuda do tradicionalíssimo apito amigo.

Em minha avaliação, ainda que eu reconheça que o adversário desta vez esteja em grande desvantagem, creio que, ainda assim, trata-se de um time perigoso e que merece toda a atenção e respeito da parte do time de Mano Menezes. 

De qualquer forma, se eu tivesse que arriscar um palpite, não tenham a menor dúvida de que eu apostaria todas as minhas fichas no Verdão, que, creio, irá repetir o mesmo placar do segundo jogo do Brasileirão/18, também no Allianz, e vencerá por 3 x 1.

E você está acreditando, também, no Verdão? 

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