Observatório Alviverde

20/08/2012

SENTANDO NO RESULTADO

 

Um time sem ousadia ganha jogos, pode ganhar torneios (curtos), mas não ganha campeonatos.

O Palmeiras sob Felipão vem sendo, há anos, um time exatamente assim!

Desprovido de força ofensiva, sempre criando pouco, arrematando menos ainda, o Palmeiras segue preso a um sistema tático pra lá de superado, manjadíssimo.

O alviverde, em 2011, ganhava e perdia alguns jogos, mas empatava a maioria.

A seqüencia interminável de igualdades foi o fator que nos levou, (vocês se lembram?) às portas da segunda divisão, da qual só escapamos nas últimas rodadas.

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Este ano, nem empatar tanto o Palmeiras tem conseguido e, consequentemente, as coisas estão indo de mal a pior no Brasileirão 2012.

A soma das vitórias (duas) e das derrotas (seis) totalizando oito, já é inferior ao número de derrotas, elevadíssimo.

Com a derrota de hoje, já perdemos dez vezes no Brasileirão, com um aproveitamento ínfimo e vergonhoso, de menos de 30%, no cômputo geral da competição.

O Sport de Recife, abraçado ao Palmeiras, também perdeu 10 vezes e ambos estão apenas à frente do lanterna, o Figueirense, que perdeu 11 vezes.

Estes dados estatísticos são extremamente preocupantes, sobretudo para Felipão e os jogadores, pois fazem acender, ao mesmo tempo, as luzes amarela da advertência e a vermelha do perigo.

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Ao final do primeiro turno, em vez de falar em título, estamos discutindo e nos preocupando, cada vez mais, com o descenso.

O que dirão, agora, aqueles que me chamaram há alguns dias, de precipitado e pessimista. em razão de minhas preocupações com o rebaixamento, que muitos  consideravam exageradas?

Não deveria ser assim em se tratando de um clube da tradição e da grandeza do Palmeiras que, sem favor algum, é um dos maiores e mais importantes do Brasil e do planeta, mas, infelizmente, é inevitável. Afinal, o primeiro turno termina no próximo fim de semana.

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Ganhamos uma Copa do Brasil, é verdade, e uma vaga na Libertadores.

Espero, entretanto, e oro fervorosamente aos deuses do futebol, para que estas conquistas não nos custem, novamente, as agruras e o sofrimento de um dolorido e vergonhoso regresso a segunda- divisão.

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A galinhada que, nas mesmas circunstâncias do Palmeiras, ganhou a Libertadores, de há muito reagiu neste Brasileiro.

Depois de, por duas ou três rodadas, figurar na tabela abaixo do Palmeiras, atolada até a raiz dos cabelos na areia movediça da zona da degola, começou a ganhar e a progredir na tabela..

Primeiro, reverteu, e, em seguida, inverteu completamente a situação.

Sem tanta dificuldade, a alvinegrada deixou facilmente a “praça das lanternas”, e se encaminha, agora, para brigar por uma posição honrosa no campeonato, tendo, ainda, um turno inteiro pela frente.

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Não pensem que desconheço o esquema tático deles,  muito mais fechado e retrancado que o de Felipão, Quem não sabe disso?

Entretanto, há diferenças!

A maior reside na organização tática deles, muito melhor do que a nossa.

O CU-rintia, além do entrosamento da equipe, dispõe de muito mais força ofensiva e de um repertório de ataque mais completo do que o Palmeiras.

Reparem que eles chegam no ataque, invariavelmente, com quatro ou cinco jogadores, pressionam muito a defesa adversária, arrematam com freqüência e sempre fazem os gols necessários para vencer.

Outra coisa muito importante é que, dificilmente, passam em branco e marcam gols em 98% dos jogos.

Como se não bastasse, têm um invejável preparo físico para  recuar em bloco e fechar a porta da cozinha quando perdem a bola e o adversário contrataca.

Temos de reconhecer esse poder de recomposição defensiva deles, muito bem treinado e executado que Felipão tenta fazer no Palmeiras, sem, no entanto, conseguir. 

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Outra diferença é a flexibilidade do esquema, a partir do momento em que ficam em desvantagem no marcador e precisam buscar os resultados.

Aí eles adiantam a marcação e atacam com todos os jogadores,  sufocando o adversário principalmente no jogo aéreo . Quase sempre fazem gol nessas circunstâncias porque atacam em bloco.

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Ia me esquecendo de outra grande diferença.

No time deles,  todos os jogadores, sem exceção, sabem cruzar com perfeição, diferentemente do que ocorre no Palmeiras em que a maior parte dos jogadores deveria voltar para as escolinhas e reaprender o futebol básico.

Eu acho incrível que quando Assunção não joga, a gente não tem, sequer, um batedor de escanteio.

Corrêa, que está chegando agora, poderia ser a alternativa, mas pelo que vi hoje, ele está muito longe do veterano  Assunção até no quesito bola rolando. 

Creio que Corrêa, se houver critério, dificilmente será titular!

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Outra coisa:

O Palmeiras, quando ataca, quem fica lá na frente, na chamada boca-de-área  para receber as bolas?

Algumas vezes (poucas) Barcos, mas na maior parte delas, ninguém porque, para participar do jogo ele tem de recuar.

Todo mundo está empenhado apenas em marcar os adversários.

O que o time deveria marcar, mesmo, seriam os gols, mas no esquema de Scolari este é, apenas, um objetivo secundário,

Os nossos gols só têm ocorrido em lances fortuitos, ocasionais, de bola parada ou em jogadas individuais. Hoje mesmo foi assim!

Os ataques organizados, com toque de bola e troca de passes  concluídos com êxito raramente acontecem porque o Palmeiras não consegue atacar ou contratacar em bloco, apenas com dois ou, no máximo, três jogadores

Tudo porque quem deveria atacar está marcando! É obrigado a marcar senão perde o lugar no time.

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Em Goiânia, a exemplo do que sempre sucede, começamos marcando muito, abdicando de atacar, deixando Barcos sempre isolado.

Atraíamos o adversário sobre a nossa defesa para tentar contratacar, mesmo sem ter jogadores taticamente talhados ou vocacionados para essa fórmula de jogo.

Resultado: atacamos pouquíssimo e fomos dominados completamente, até sofrermos o gol de Eron aos 19 minutos do primeiro tempo.

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O gol atleticano foi marcado em cima de quem? Nas costas de quem?

Do paraguaio Roman, claro!

Quem desconhecia que era por ali o mapa da mina e o caminho do gol?

Além de não ter cacoete de lateral, Roman, ao menos no Palmeiras, sempre atuou mais pelo lado esquerdo da defesa, porém, centralizado.

À lateral esquerda ele só ia quando o trabalho de cobertura exigia e, raríssimas vezes, cambava por alí para apoiar.

A escalaçao de Roman constituiu-se em um erro grosseiro de Felipão.

Seria um erro por sua relutância (ou seria medo?) em lançar os jogadores da base que, na maioria das vezes são, tecnicamente superiores aos chamados “experientes” que o Palmeiras contrata.

Querem um exemplo atualíssimo?

Quem jogou mais? Denoni ou Corrêa?

Em apenas 20 minutos Denoni jogou muito mais do que Corrêa em 70,

Com Denoni o time teve mais força, maior poder de marcação, mais fôlego, mais mobilidade, melhor chegada ai ataque e um melhor apoio ofensivo.

O novo contratado, Corrêa, atuou burocraticamente, correndo pouco tocando o tempo todo para os lados, absolutamente improdutivo.

Nos 70 minutos em que esteve em campo, não conseguiu, sequer, completar uma assistência, sem o menor entrosamento com o grupo.

Como é que um jogador fora de forma e nas circunstâncias de um jogo corrido e pegado joga longos 70 minutos sem ser substituído?

Certamente foi escalado pela boa “bola parada”, a fim de substituir o contundido Marcos Assunção mas nem neste item ele conseguiu se destacar.

Ficou claro e cristalino que João Denoni deveria ter começado o jogo, ou, no mínimo, que entrasse no intervalo no lugar de Corrêa.

Felipão não teve peito para a empreitada e pagou um preço alto não só pela manutenção de Corrêa como pela inexplicável improvisação de Roman.

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Hoje,  outra vez,  também temos de debitar a derrota para o Atlético Goianiense, ao nosso treinador.

Primeiro pela formação da equipe que iniciou o jogo, que poderia ter sido muito mais bem escalada, sem invencionices e bizarrices.

A improvisação do paraguaio Roman como ala,  foi ilógica, desproposital, irresponsável e irracional. Coisa de burro!

Simplesmente confirma e evidencia que Felipão, como sempre, estava muito mais preocupado em não perder.

Tentaria, como sempre acontece, primeiro não perder, e, a partir daí, se possível ou se as circunstâncias favorecessem, vencer.

Bem ao seu feitio.

A mentalidade retrógrada e conservadora de Scolari viria ser a a razão determinante da debacle palmeirense para uma equipe tecnicamente muito inferior.

O time anunciado pelos repórteres que cobriram o treino da sexta feira era este:

Bruno; João Vítor, Maurício Ramos, Thiago Heleno e Juninho; Correa, João Denoni, Patrick e Maldívia; Mazinho e Barcos.

Por que não Bruno, João Vitor (que já jogou na poslção tantas vezes e evitava a improvisação de risco ), Ramos, Thiago e Juninho.

Corrêa (poderia ser pela bola parada, mas melhor teria sido Denoni), Patrik, Patrik Vieira e Valdívia. Mazinho (Obina) e Barcos.

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Como gosta de inventar o nosso treinador!

Pena que as suas invenções são sempre visando à defender, jamais a atacar.

Felipão é viciado em retranca e ninguém consegue convence-ló de que ele deveria, ao menos, flexibiliza-lá. Nem os maus resultados.

Vocês não notam que ele muda o time inteiro, mas, teimosamente,  não muda nunca o esquema, o desenho tático e o modo de jogar?

O elenco do Palmeiras pode não ser excepcional, mas é muito bom. Temos ótimos jogadores que são obrigados a jogar fora de suas reais características.

Desde que Charles Muller introduziu o futebol no Brasil que se sabe que o esquema a ser utilizado por um time, depende das peças de que se dispõe.

Felipão quer contrariar essa realidade e obriga o grupo de jogadores a vestir a camisa-de-força de seu esquema incipiente e elementar, m-a-n-j-a-d-í-s-s-i-m-o!

Todos estão vendo o que está acontecendo. Será que só ele mão vê? Ou finge que não vê?

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Estas observações não significam que estamos fazendo qualquer tipo de oposição, campanha ou pedindo a cabeça de Scolari.

Pelo contrário, o estamos alertando para que use a cabeça, para que abra a cabeça e crie um esquema que possibilite ao ataque palmeirense render mais e fazer gols. Um técnico de 700 mil por mês tem a obrigação de saber como fazer isto.

Quem tem atacantes como Mazinho, Obina, Maicon Leite, Valdívia e o estupendo Hernan Barcos, o melhor palmeirense em campo contra o Atlético GO, não pode, em sã consciência, estar na situação em que se encontra o Palmeiras. 

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E não é que a arbitragem meteu, de novo, a mão no bolso do Palmeiras?

O pênalti escandaloso de Gustavo, foi, como sempre acontece com o Palmeiras, ignorado por Sandro Meira Ricci e seus capachos que, com isso, interferiram no resultado do jogo.

O Palmeiras, certamente, vai protestar anexando o vídeo, mas será que vai adiantar?

Meira Ricci tão CU-rintiano quanto Vuaden, será punido? Quem acredita nessa possibilidade, nessa hipótese? 

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No Sportv o narrador (?) Odiney Ribeiro tentou, insistentemente, esconder que havia acontecido o pênalti.

Dissimulou na hora de opinar afirmando que era um daqueles lances que as mesas redondas discutem sem chegar a nenhuma conclusão e que tudo seria interpretativo.

Será que ele desconhece as regras? Precisa de óculos?

Ou, como de costume, ele estava seguindo a cartilha da maioria da imprensa paulistana, a pior do Brasil, que tem a mania de perseguir e menosprezar a S.E. Palmeiras?

Por falar em Odiney, como ele narra mal, como troca e omite o nome dos jogadores, como fica o tempo interrompendo a narração e falando abobrinhas para mostrar que sabe das coisas.

Quando Barcos fez o gol ele não sabia quem houvera cruzado a bola e omitiu a informação. Nem com o “replay” ele conseguia dar a informação, só conseguindo após quase dois minutos de volteios e circunlóquios.

Será que ele e Miller estavam no estúdio e fizeram o jogo em “off-tube” ?

Como ele consegue ser tão chato, e ser tão antipalmeirense?

Como conseguiu esconder, sem mencionar ao menos uma única vez na abertura dos trabalhos, que a torcida do Palmeiras presente no Serra Dourada era maior do que a do Atlético?

Quando perguntou a Miller se fora pênalti, o fez como se quisesse induzir o “comentarista” (?) a dizer que não, Miller respondeu secamente, “-Foi pênalti”!

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Foi um pênalti daqueles que se acontece em um jogo da várzea e o árbitro não marca, das duas uma: ou ele vai para a cadeia ou vai para o hospital.

Foi tão pênalti que até os jucas desta vida reconheceram: o Juca do Brás, o Juca da Mooca, e o Juca da Globo-Uol!

Se todos os jucas reconheceram, quem haverá de contestar?

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