MUITOS SE ESQUECEM QUE O BRASILEIRÃO AINDA NÃO TERMINOU!
ANTES DO CLÁSSICO EU DISSE ISTO:
"Os jogadores do Palmeiras sabem que têm o dever de ganhar o "derby" de hoje no Pacaembu.
Eu, particularmente, creio -firmemente- numa vitória tranquila porque o Verdão é muito mais time.
E vocês?"
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DEPOIS DO CLÁSSICO EU DIGO ISTO:
Meus amigos, há de se dizer que os jogadores encarnaram o espírito do guerreiro e, como tal, se estão sujeitos às críticas, não podem ser expostos à execração.
O Palmeiras dominou o "derby" do começo ao fim, acuou o adversário, não deu-lhe o mínimo espaço, arrematou muito mais ao gol, e perdeu até pênalti.
Se o domínio palmeirense fosse estampado no placar, o Verdão teria vencido o "derby" por 2 ou mais gols de diferença.
Como criticar então um time que lutou, se esforçou, deu tudo de si, dominou completamente o adversário, buscou o resultado positivo do início ao fim e só não venceu por aspectos a um só tempo inerentes e alheios ao jogo?
Na verdade mesmo apresentando um futebol infinitamente superior, o Palmeiras quase perdeu para o maior rival que, como antecipei, jogaria pelo acerto de uma bola, o que acabou ocorrendo nos minutos finais do jogo.
Aliás, sem goleiro e sem ninguém à frente o lateral curicano, se chutar dez bolas como aquela dificilmente acertará o gol com tanta precisão como ontem. Uma lástima para os palmeirenses!
Menos mal que o Palmeiras no paroxismo do desespero conseguiu fazer o que tentara desde o início do jogo, isto é, ajustar um lance e marcar o gol de empate.
Aconteceu ao apagar das luzes de um espetáculo em que só um time jogou e o outro foi, visivelmente, bafejado pela sorte e por um certo auxílio da arbitragem que permitiu o carrossel de falta dos jogadores curicanos e não puniu, sequer, uma única falta das dezenas cometidas sobre Dudu que jogou, mais uma vez, muito mais sentado do que em pé.
O Curica, limitou-se apenas a se defender, como se fosse um time pequeno (sou convicto de que é), embora esteja longe (reconheça-se) de ser um clube pequeno!
Mas como criticar o time palmeirense no confronto de ontem se jogou com raça, estoicismo, disposição, amor à camisa e superou, completamente, o rival?
Fazer o que se a bola se recusava a entrar? Eu criticaria o time, sim, se não criasse nenhuma jogada ofensiva e se percebesse a acomodação dos jogadores em campo. Nada disso ocorreu!
Como censurar jogadores que lutaram do começo ao fim pelo resultado, diante de um adversário "mais encolhido do que brim de segunda", que jogou inteiramente na defesa no aguardo de um contra-ataque?
Críticas há de se fazer, sim, mas com equilíbrio, respeito e decência, mas os fanáticos não conseguem exercer o sacratíssimo dever da crítica construtiva sem fazer uso de expressões chulas tipo mer... bost..., e outras congêneres.
Outro dia xingavam os jogadores de vagabundos, FDPs e até de lazarentos, esta última uma expressão que eu não ouvia há mais de 40 anos.
Por que chegar a esse extremo se o campeonato está em curso e, repito, o Palmeiras ainda precisa de alguns resultados para que possamos vivenciar um ano melhor em 2020?
Por que tanto desrespeito pelos seres humanos que cumprem nesta terra a sacratíssima missão de levar diletantismo e alegria às pessoas neste plano de expiação e de provas?
Sinto um profundo asco quando leio citações de palavrões desclassificantes em relação aos jogadores que têm filhos, família, amigos só porque não agradam A ou B. A culpa não é deles, mas, com certeza, de que os contratou.
Em vez de dizer fulano é limitado, não tem bola para jogar no Palmeiras escrevem que o atleta é vagabundo, um bosta, um merda e o mandam à PQP. Pode?
Ontem queiram ou não, o Palmeiras jogou melhor que o adversário e mereceu vencer. O que for dito ao contrário é mera oposição pelo simples prazer de se opor.
Se o time não tem bola para o título, se o grupo é ruim, se tem jogador que merece ser dispensado, se o treinador não tem capacidade (está mostrando que sim), se não tem ninguém que preste nesse elenco, esse é um outro assunto a ser debatido na transição para a próxima temporada. Falar disto agora, não é inteligente e nem contribui para nada.
O que me faz morrer de rir é a incoerência de alguns que publicam que o time não vale nada, que o elenco não presta, que tudo está perdido em 2019, mas, incoerentes, pedem a cabeça do treinador.
Como é que Mano pode realizar um grande trabalho sem ter material humano eficiente e suficiente?
Pelo que tem em mãos está realizando um trabalho exemplar e a continuar assim até o final do Brasileiro, serei partidário de sua continuidade, respeitando, claro, todos aqueles que pensam de maneira diferente e que sustentem as suas teses tecnicamente sem recorrer aos famigerados palavrões e ofensas gratuitas.
Peguem como exemplo Jorge Jesus. Enquanto não chegaram os reforços de peso, isto é, os jogadores acima da média, o time dele era perdedor. Só se ajustou e se acertou quando foi reforçado.
O Palmeiras, infelizmente, não soube se reforçar porque, desconfia-se, o diretor de futebol pensa muito mais em si e em seus apetites do que, propriamente, no clube.
Então, por que e para que agitar o ambiente e criar um clima de crise num momento em que o Palmeiras ainda luta matematicamente para tentar um quase impossível título?
Por que menosprezar os jogadores do elenco na rota final de um campeonato que vale o passaporte direto para a segunda fase da Libertadores? É um desserviço ao clube!
Por que colocar os jogadores abaixo da linha de crítica quando se está a seis rodadas do final de um campeonato, sabendo-se que, pelo regulamento, não é possível inscrever mais ninguém?
Será que um time que supera os números até de outros certames em que chegou ao título, está tão ruim quanto continuam tentando pintar?
Nossa torcida, mais do que exigente, no duro, no duro, é, mesmo, prepotente!
É inadmissível que digam que um time que é o segundo da temporada não presta, não vale nada, que não tem nenhum jogador aproveitável ou coisa assim. Isso é coisa de imaturos, de doentes ou de fanáticos. Não há outra explicação!
Uma coisa é criticar pontualmente Mano Menezes e outra é dizer que ele não presta, que não serve pra nada, que o time tem de jogar pra frente como exige a mídia e outras bobagens mais.
Mano, justiça seja feita, pegou o bonde andando de um time acostumado a jogar na defesa (mesmo esquema do Curica de ontem) e mesmo sem os jogadores mais adequados e indicados ao sistema de jogo que deseja aplicar, tem estabelecido um recorde de resultados positivos.
Os números estão aí para provar! Ou não?
Ontem eu afirmei, repito, que ganhar o clássico era um dever mas não posso acusar Mano ou os atletas de terem se omitido porque sei que o jogo é jogado e o lambari é pescado (Jair Pereira)
Há que se lembrar que do outro lado havia uma camisa tão pesada e poderosa quanto a do Verdão, vestida pelo nosso maior rival.
Vou além e lhes digo. Sem Mano as coisas iriam ser infinitas vezes piores do que imaginam os fanáticos. Ele superou as minhas expectativas e vem mantendo a invencibilidade, malgrado as contusões, os problemas e as próprias limitações do elenco.
Quem, como Mano, que pegou um time da mão dos outros, montado pelos outros, condicionado a esquemas dos outros e com as "igrejinhas" dos outros, conseguiria realizar uma campanha tão boa e muito compatível com a grandeza palmeirense?
Continuarei criticando construtivamente Mano ou qualquer jogador que atue mal, mas, fique bem claro, apenas e tão somente no contexto do próprio jogo.
É preciso acabar com essa doença mental segundo a qual ganhou é o maior do mundo, mas, perdeu é o pior. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. É preciso equilíbrio na hora de criticar!
Vou esperar o desfecho deste Brasileiro no qual, quem analisa futebol com a cabeça, não com o coração, sabe que a campanha palmeirense é muito boa e o Palmeiras é o segundo colocado, estando atrás apenas de um time que a mídia está colocando, embora eu não concorde, como um dos melhores de todos os tempos.
PS- as opiniões dos participantes não refletem necessariamente o pensamento do blog e são da total responsabilidade de quem as escreve! (AD)
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