Observatório Alviverde

27/07/2011

O PALMEIRAS NÃO PODE, DEFINITIVAMENTE, PERDER ESTA NOITE PARA O FIGUEIRENSE!

 

As intermináveis polêmicas, os problemas que se avolumam e a ameaça de novas crises, impedem que nós, torcedores, possamos refletir sobre tudo o que estamos vendo no Palmeiras e que gostaríamos de não ver.

A torcedor palmeirense vive em sobressalto diante da repetição sistemática de eventos negativos, que surgem do nada, inesperadamente, pelos mais diversos motivos e não dão tréguas e sossego a nossa comunidade.

Uma derrota para o Flu, fora de casa, pelo placar mínimo seria normal, natural, e os aspectos negativos do resultado teriam de ficar nos vestiários de Volta Redonda, repercutindo até a segunda-feira, no máximo.

Mas no Palmeiras é diferente. As coisas funcionam de forma diversa, diferente dos outros clubes e até hoje se coloca em discussão um assunto que deveria ter sido superado, Vejam que, nos gambás, ninguém mais fala na derrota contra o Cruzeiro,  mas, apenas  sobre o próximo jogo contra o Avaí na Ressacada.

O palmeirense, de um modo geral, vivencia de forma tão intensa o noticiário negativo e as sucessivas crises, que acaba se esquecendo de lembrar que o campeonato é longo, intenso e que já estamos jogando, novamente, duas vezes por semana, quarta ou quinta e domingo.

Eu, por exemplo, imaginava que só voltaríamos a campo sábado que vem contra o Galo Mineiro, até que fui ler a tabela e percebi que, antes disso, temos de encarar o perigoso Figueirense em Floripa.

Muitos dirão “ah, esse Figueira, a gente não vê e nem ouve nem falar e só sabe que está no brasileiro quando chega o jogo contra o Palmeiras. Passa batido, despercebido”. É verdade!

Mas, entre essa constatação e a afirmação de que o Figueira é um time fraco, galinha morta, há uma quilométrica distância. Os “catarinas” já deram mostras de que têm um time bom e competitivo. O Palmeiras que se acautele!

Os números não mentem!

Com 16 pontos em 10 jogos, 3 a menos que o Palmeiras, o Figueirense precisa de uma vitória simples dentro de casa, para alcançar-nos na tabela pelo quesito pontos ganhos.

Temos uma vitória a mais, 5, e estamos iguais em número de empates, 4

É certo que, nessa hipótese, apenas se igualaria ao Palmeiras em número de vitórias, e não nos ultrapassaria na tabela, em razão dos demais critérios  de desempate.

O critério seguinte, é o do saldo de gols, Só se ocorresse um improvável desastre, de dimensões maiores do que aquele do Palmeiras em Curitiba que o time de Floripa nos arrebataria a posição

Levamos nítida vantagem no que concerne ao saldo de gols, 9 a  -1, o que significa que precisaríamos perder pela extravagante diferença de 10 gols para ceder posição ao Figueirense e isso, em termos os práticos, é impossível.

Em termos de ataque, temos uma boa vantagem. Marcamos 16 gols e o Figueira, 10.

O quadro comparativo entre as defesas, mostra que também estamos na frente, pois sofremos 7 gols e o Figueirense, 4.

Como todos vêem os números, apesar de nossa minúscula vantagem, retratam equilíbrio entre as equipes, ainda, repito, que o Figueira tenha pouco marketing e importância no conceito de nossa torcida.

Não posso emitir um juízo de valor relacionado ao potencial do time catarinense Assisti, apenas, a um jogo deles contra os bambis, na segunda rodada do brasileirão;

Naquele jogo, com uma defesa forte, muito bem posicionada e marcando muito, o Figueira jogou de igual para igual com os bambis, em pleno “panetone”, e teve chances para levar os três pontos mas foi castigado com um gol ao apagar das luzes e perdeu por 1 x 0.

A estréia do Figueirense no Brasileiro foi excelente, ganhando do Cruzeiro, na ilha,  por 1 x 0. Dentro de casa venceu o Atlético (Go) 2 x 0, o Atlético (Pr) 2 x 0,  o Santos, (sem Ganso, Neymar e Elano) 2 x 1 e empatou com o Ceará, 1 x 1 e com o Grêmio, 0 x 0.

Fora de casa, além da derrota para os bambis (1 x 0), empatou com o Vasco, 1 x 1, foi goleado pelo Inter, 4 x 1, e pelo Coritiba, 3 x 0 tendo empatado com o América Mineiro, 0 x 0.

Como todos podem observar, a campanha dos catarinenses é muito boa e por aí se imagina o alto grau de dificuldades que o Palmeiras irá enfrentar no jogo desta noite.

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MUDANÇAS NO PALMEIRAS

Em primeiro lugar vamos publicar a relação dos 20 que viajaram a Floripa:

Deola e Raphael Alemão (goleiros),

Cicinho, Gerley e Rivaldo (laterais),

Thiago Heleno, Maurício Ramos e Leandro Amaro (zagueiros),

Márcio Araújo, Marcos Assunção, Chico e João Vitor (volantes),

Valdivia, Patrik e Tinga (meias),

Kleber, Luan, Maicon Leite, Wellington Paulista e Dinei (atacantes).

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O TIME QUE TREINOU:

Deola; Cicinho, Maurício Ramos, Thiago Heleno e Gerley;                   Márcio Araújo, Marcos Assunção e Valdivia;                                    Maicon Leite, Kleber e Wellington Paulista.

Nos minutos finais do trabalho tático, Luan ocupou o lugar de Maicon Leite entre os titulares.

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NÃO ARRISCO A ESCALAÇÃO

Já cansei de arriscar escalações sem nunca ter acertado, ao menos uma, na íntegra. O meu consolo é que, com Felipão, ninguém consegue acertar,

Felipão, o nosso Mister M, arranca sempre da cartola, em cima da hora, escalações imprevisíveis. improváveis e inesperadas. Treina com um time, joga e escala outro, completamente diferente.

Especula-se, como de outras vezes, que o time que treinou deve entrar em campo, que Gerley deve estrear e que teremos um ataque que, ao menos no papel, é insinuante, vocacionado para o gol,  com Maicon Leite, Kléber e Wellington Paulista. Será? Quem garante!

Desta vez, não vou arriscar. Simplesmente, quero ver e nada mais.

Entretanto, para mim não será nenhuma surpresa se Felipão repetir o time que perdeu para o Flu, mantendo Rivaldo e Luan como titulares, sem promover a estréia de Gersey e nem o retorno de Wellington Paulista.

É evidente que não apenas eu como a maioria dos palmeirenses,  preferiria que entrasse em campo e fosse para o jogo o time que treinou. Todos nós estamos enjoados do mesmismo tático, de tanto defensivismo e de tão pouca efetividade no ataque.

Mas será que Felipão vai abrir mão de seu irritante conservadorismo e vai, finalmente, render-se ao jogo ofensivo? Duvido!

Ninguém da torcida quer ver o Palmeiras jogando sempre aberto, de forma, exclusivamente ofensiva,  diante de adversários, às vezes, mais fortes, mais consistentes mais bem entrosados e de melhor potencial técnico e individual.  Reconheçamos as nossas limitações. Seria suicídio!

Mas ninguém, também, quer continuar vendo um time medroso, previsível, que só marca, ataca pouco e quase não cria situações de gol,

Ficou provado, pelo que vimos até agora,  que essa sistemática de jogo que vem sendo utilizada por Felipão, pouco provavelmente nos levará, a uma posição de destaque neste  Brasileirão e, muito menos, ao título.

Eu já cheguei a pensar que fosse uma panacéia, mas diante de tantos tropeços, reformulo o meu pensamento. Felipão deveria fazer o mesmo.

O Palmeiras tem tudo para vencer, esta noite, em Floripa, mas, se não vencer, os nossos bastidores vão se alvoroçar de novo!

Seríamos alcançados pelo Figueira, e o Botafogo, se derrotar o Avaí, também nos alcançaria em número de pontos, embora não nos ultrapassasse pelo critério dos saldos, em quadro de normalidade.

Entretanto, se o Cruzeiro ganhar do Atlético em Goiânia, arrebata-nos o quinto lugar e sobe para 21 pontos.

Felipão aguentaria outro tropeço e uma situação tão adversa?

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