Observatório Alviverde

21/10/2012

SE JOGAR AS SEIS ÚLTIMAS RODADAS COMO JOGOU CONTRA O CRUZEIRO, O PALMEIRAS NÃO CAI!



Com a vitória e três pontos no embornal. o Palmeiras pode dar-se ao luxo de voltar a fazer contas!

2 x 0 sobre o Cruzeiro foi um resultado acima de minhas expectivas.

Não só em função do poderio do time mineiro, como do histórico vigente nos confrontos entre esses dois gigantes do futebol brasileiro, equilibradíssimo.

Uma vitória simples pelo resultado mínimo, confesso-lhes, era a minha expectativa, a mais otimista, aliás, que consegui projetar.

Quando veio a vitória, difícil, mas, com folga no placar, fiquei satisfeito, convencido de que estamos trilhando por um caminho capaz de nos levar à almejada recuperação.

Ainda mais  porque a vitória não veio sozinha, por acaso, nem como obra e graça de um milagre celestial, mas, respaldada por uma imposição técnico-territorial do Verdão sobre o Cruzeiro, com prevalência de força e aproveitamento pleno do fator casa.

Mais do que nunca, sinto-me  reanimado, revigorado, remotivado, convencido de que temos bola, sim,  para evitar o constrangimento da degola,  dependendo,  apenas e tão somente, de nós.

Por isso, 


se as arbitragens não intervierem,  

se o Palmeiras jogar com a mesma raça, gana,  empenho, volúpia e responsabilidade como jogou contra Bahia e Cruzeiro,

se mantiver a regularidade e o elevado índice de produtividade contra os seis adversários que ainda terá pela frente,  

se atuar com espírito corporativo e união,

se desdobrar-se em campo,e, como vem ocorrendo, continuar a jogar na base da superação, marcando muito, fungando no cangote dos adversários sem conceder-lhes espaço,  

eu não tenho dúvidas de que evitaremos o descenso! 
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Foi uma importante vitória essa contra o Cruzeiro, um time que, pareceu-me, visivelmente, "motivado no último", muito mais do que eu ou qualquer torcedor palestrino poderíamos admitir.

Meu irmão de Pederneiras, com quem conversei após o jogo, falando de minha suspeita de que o Cruzeiro havia jogado sob o efeito de "doping financeiro", além de concordar comigo,  chamou-me a atenção para um fato.

A saida de Souza, ao ser substituído, a jato, num átimo, atitude pouco usual na rotina do futebol brasileiro em que os atletas deixam o campo a passos de jabuti estando ou não à frente do placar.

A pressa de Souza denunciava que o Cruzeiro estava muito interessado em derrotar o Palmeiras, mais do que qualquer outro adversário que enfrentara neste Brasileiro, exceto o Galo,

Tudo, possivelmente, em razão de uma certa mala branca,  generosa, milagrosa e mágica, que começa a circular, como tem sido recorrente através dos anos, nas rodadas finais do Brasileiro.

Essa mala tem o poder de conseguir  transformar times e jogadores acomodados e desinteressados em exemplos de aplicação e de superação, impensáveis, incalculáveis.  

A maioria dos jogadores do Cruzeiro não esperava encontrar o "tôco" duro que encontrou no Palmeiras.

Apenas Souza, um dos mais experientes anteviu o que encontrariam ontem.

Concedendo entrevistas à mida belo-horizontina na semana passada, afirnou que previa um Palmeiras desesperado, mais difícil de ser batido do que o próprio líder do campeonato. Sábias palavras!

Foi uma vitória irretocável, reabilitadora, que veio a calhar e serve para confirmar da boa fase palmeirense, estabelecendo melhora na tabela. 

Um triunfo que massageia-nos o ego, aumenta-nos a autoestima, e devolve-nos, além da autoconfiança, o direito e a condição de ainda poder torcer.

Devidamente alicerçada por uma boa atuação, não foi uma vitória casual ou acidental, constituino-se em tudo de que precisávamos para manter viva  e em aberto a perspectiva de ressureição.

Vejam como uma simples vitória teve o poder de alterar e metamorfosear a situação do Palmeiras no campeonato. 

Estamos novamente à frente do Sport, ao menos até hoje, a quatro pontos do Bahia, a cinco de Flamengo e Ponte e a seis da Portuguesa.

Com 9 vitórias, duas a mais do que Figueira e Sport, uma à frente do Bahia (posição consolidada) e o mesmo número de vitórias de Flamengo, Ponte e Portuguesa, estamos firmando posição para o importantíssimo primeiro critério de desempate.

No que respeita ao segundo critério, o saldo de gols, devemos 10, e estamos empatados com Sport e Flamengo, atrás do Bahia, -5, da Ponte, -8 e da Lusa que não tem saldo e nem déficit.

O quadro percentual do momento, nos coloca, é natural, como o quarto time com perspectiva de cair, calculadas, agora em  75%, isto é 12% a menos do que os 92% anteriores ao jogo de ontem

Este é o panorama atual, mas, finda a rodada, haverá, fatalmente, várias alterações benéficas e os números podem e devem se tornar ainda mais favoráveis.

Tudo poderá melhorar se:

1) a Portuguesa perder ou empatar com o Náutico em Recife.

2) o Sport perder ou empatar com o Atlético GO em Goiânia.

3) a Ponte perder ou empatar com o o Santos, em Campinas.

4) o Flamengo perder eu empatar com os bambis no Engenhão

5) o Figueira perder o empatar com o Botafogo quarta-feira em Floripa.

São resultados muito possíveis, factíveis que não estão na conta do absurdo, perfeitamente,  possíveis de ocorrer.

SOBRE O TIME

Apresentou algumas falhas graves de marcação no primeiro tempo e quase foi castigado porque o Cruzeiro criou duas ou três jogadas agudas em que esteve a pique de abrir o marcador.

Havia como que um buraco do meio de campo à intermediária palmeirense por onde, invariavelmente, o Cruzeiro construia as suas jogadas ofensivas, problema só solucionado quando Kleina mandou o time adiantar a primeira marcação deixando Ramos e Henrique atrás das linhas de defensores para a devida cobertura .

Não quero rebaixar Betinho ou Luan que têm sido extremamente aplicados, muito úteis, do ponto de vista coletivo, mas entendo que nenhum dos dois preenche as demandas e necessidades técnicas de um time do tamanho do Palmeiras.

É óbvio que merecíamos melhores alternativas, mas é o que temos

Sou tendente a acreditar que Betinho e Luan entraram em campo na condição de titulares muito mais para ajudar na marcação e segurar o impeto do adversário do que para atacar.

Enquanto ambos estiveram em campo, o Palmeiras atuou no velho esquema Felipão reeditado por Kleina, das dobras pelas duas laterais do campo, com o isolamento de Barcos. Por isso tivemos reduzida capacidade onfesiva na primeira fase do jogo e poucas vezes chegamos com perigo.

Kleina, parece-me, queria obter o tempo seguro para poder escalar Wesley sem riscos ou problemas para o jogador ou para o time. Como se sabe, Weslei retornava após longa ausência por conta de uma cirurgia e estava, teoricamente, sem ritmo de jogo.                                                      .
Enquanto Betinho e Luan estiveram em campo o Palmeiras jogou como um time comum e limitado, na base do esforço e da transpiração.

O Palmeiras só começou a jogar e assumir a sua condição técnica de time grande a partir das entradas de Wesley no lugar de Betinho, por volta dos treze minutos do segundo tempo  e Obina no de Luan aos 17.

A entrada de Wesley revolucionou a parte tática da equipe e fez melhorar da água para o vinho o rendimento de nosso meio de campo, mormente no ítem que mais nos faltara até então, a criatividade.

A entrada de Obina foi fundamental porque a ameaça de sua presença serviu para preocupar os beques cruzeirenses que pararam de se aventurar no ataque até mesmo na hora das cobranças de faltas e de escanteios.  Eles conhecem, de perto e muito bem, Obina, desde a sua brilhante passagem pelo Galo

Seu passe, espetacular, para o segundo gol de Barcos, aquele que decididiu o jogo, apenas ressalta a sua condição de um jogador que, além do artilheiro que é, sabe pensar o jogo e promover ótimas assistências.  

Obina está longe do jogador folclórico, analfabeto e ignorante que muitos da mídia, por total desconhecimento ou por maldade, queriam pintar.

Tem um espírito de equipe irretocável e foi ele o primeiro a comemorar com Barcos quando da feitura dos dois gols.

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As minhas notas:

Nota 8 para o time, coletivamente!

Nota 8 para Kleina. Escalou mal, mas substituiu muito bem!  

Tiago Real, sem nota, só entrou aos 42 do segundo tempo

Nota 6 para os esforçados  Luan e Betinho.

Nota 7 para o previsível Márcio Araújo.

Nota 8 para Artur, Leandro e Patrik Vieira, muito bons.

Nota 9 para Bruno, Maurício Ramos, Obina, Henrique que jogaram muito e para Wesley que mudou o ritmo do time.
Nota 10 para Barcos, decidiu o jogo e fez um golaço.

Nota 100 para Assunção!
10 pelo otimismo,
10 pela dedicação,
10 pela coragem
10 pelo exemplo
10 pela aplicação. 
10 pela atuação, 
10 pela superação, 
10 pela liderança,
10 pelo cuzamento perfeito no primeiro gol
10 por estar sendo o grande comandante e principal artesão, ao menos até agora, dessa arrancada palmeirense em busca da reabilitação e do resgaste de seu imprescindível posto na elite do futebol brasileiro.

Nota 5 para o soprador de apito Marcelo de Lima Henrique, pra lá de ruim.

Com a contusão e o consequente afastamento de Valdívia,  MLH inaugurou, ontem, uma nova temporada de caça nos campos do Brasil, a caça a Barcos.

A diferença está, apenas, no fato de que, além de não marcar as faltas sobre o argentino, Lima Henrique,  pior,  marcava hipotéticas faltas de Barcos sobre os seus implacáveis caçadores.

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TRANSMISSÃO PREMIERE

Ontem, pela primeira vez, não me irritei com Odinei Ribeiro, com Muller ou com qualquer dos repórteres da TV.  

A transmissão, de um modo geral, foi boa mas poderia ser melhor se Odinei maneirasse na inserção de cacos e comentários inseridos desnecessariamentre no relatos e procurasse, mais, identificar os jogadores.

Não sei porque mas parece que Odinei gosta de exibir conhecimentos, embora nem sempre seja perfeito nas informações. 

Ontem ele apresentou um vasti currículo sobre Leandro Bochecha, mas, sequer, mencionou que o jogador, antes de ir para o Palmeiras, houvera defendido com destaque o próprio Cruzeiro, vindo do futebol da Bahia.

Por falar em Cruzeiro, Ribeiro necessita aprimorar a dicção posto que vem comendo os "is" do meio das palavras.

Assim fala Odinei, a partir de seu próprio nome:

Eu, Odinei RIBERO, ao lado de Muller, grande COMPANHERO, quero ser o PRIMERO a falar sobre o BRASILERO neste jogo do CRUZERO.

Além da pronúncia viciosa, incorreta, fica feio demaaiss!

De qualquer forma, reconheça-se que a transmissão foi excelente, em plano superior a muitos da rede Sportv/Premiere que se jactam em estrelas.

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