Observatório Alviverde

27/08/2010

FELIPÃO PAGOU UM ALTO PREÇO PELAS DESNECESSÁRIAS MUDANÇAS TÁTICAS E ESTRUTURAIS! PIOR PARA NÓS QUE NÃO PUDEMOS COMEMORAR OS NOSSOS 66 ANOS!

1) Os 3 X 0 que o lanterna Atlético goianiense impôs ao Palmeiras, representou um autêntico presente de grego à leal torcida do Verdão, exatamente no dia do 66ª aniversário do clube .

2) Antes de qualquer consideração sobre o jogo, diga-se, de chofre, no dia em que amargou o nosso chope: o Atlético venceu, convenceu e mereceu. Não temos nada a reclamar ou de quem reclamar, a não ser de nós próprios.

3) Felipão, ontem,  foi infeliz na condução da equipe. Escalou mal, abusou de mexer nas peças e nas posições, não manteve a estrutura tática dos jogos anteriores. Tentou 
incursionar pelo novo e pelo surpreendente, quando se sabe que esse não é o melhor caminho para times em formação que buscam 
a harmonização e o entrosamento. 

4) Mesmo jogando contra um lanterna, Felipão deveria saber que  não há jogos fáceis no Brasileiro e que a cautela e prudência se faziam necessárias. Quem desconhece que toda mudança drástica de rumo é intempestiva e significa perdas de trabalho, de tempo e um novo recomeço? Até quando continuaremos recomeçando?

5) Entende-se e compreende-se que Márcio Araújo e Marcos Assunção, dois de nossos principais jogadores,  estavam fora do jogo e que, em decorrência disto o time estaria enfraquecido. De qualquer forma, havia peças de reposição compatíveis para ambos em suas posições. As entradas simples de Vitor e Pierre não exigiriam  mudanças táticas, estratégicas ou estruturais em vários outros setores, como acabou ocorrendo. Não se esperava mudanças tão radicais em um time que começava a pegar no breu, e que, imperceptivelmente, por si só se ajustava, paulatinamente, jogo a jogo. 

6) A defesa, noves fora Vitor, estava pronta, perto de chegar aos 700 minutos sem sofrer gols. Fabrício, o canhoto que deu consistência ao setor, inexplicavelmente estava fora da onzena que começou o jogo, mutilando um setor que ganhava a cada jogo, corpo e estabilidade. Da mesma forma têm sido inexplicáveis e inaceitáveis as sequentes substituições desse atleta em todos os jogos.

7) Rivaldo, que parece só saber atuar pela faixa esquerda, foi escalado de cara, no meio, para formar um meio campo paupérrimo na marcação e indigente na criação. Á rigor, apenas Edinho sabia exercer a função de marcação. Faltou Pierre no time, para ajudar  Edinho,  liberar Tinga e, sobretudo Valdívia. Para quem busca as razões do péssimo rendimento de Tinga, encontra aí a explicação. Tinga pode, sim, eventualmente, ajudar na marcação, mas não pode, durante todo o transcorrer do jogo, exercer a dupla função. Nem ele e nem  Valdívia sobre quem falaremos mais adiante. Por que Felipão mudou de 8 para 80? Ou teria sido de 80 para 8?









8) No ataque Luan correu muito e rendeu pouco. Tadeu correu pouco e não rendeu nada. Sem a devida conexão no meio de campo, onde Tinga não marcava porque não sabia e não atacava porque não podia, o meio campo palmeirense, com Valdívia e tudo, acabou sendo uma presa muito fácil para a defesa atleticana formada por jogadores de físico avantajado e de enorme disposição.A inoperância do ataque verde, com Tadeu e Luan isolados e anulados, foi cnseqüencia disso.

9) Felipão disse após o jogo que errou ao retirar Fabrício (estou lendo isso agora no MSN) confirmando a minha tese escrita ontem após o jogo, mas que não foi ao ar por um problema em meu CPU. O reconhecimento é válido, mas cabe a pergunta: Por que ele não colocou, simplesmente, Fabrício em lugar de Gabriel? Por que jogou a responsabilidade de uma virada sobre o jovem, inexperiente e tímido Patrick que, até agora, pouco ou nada fez envergando a nossa camiseta principal?

10) Antes de falar sobre o erro maior de Scolari, quero fazer uma digressão. Há um modismo rolando na mídia, tentando impor o dogma do jogo essencialmente ofensivo, sem volantes, um sistema que arranca suspiros e aplausos de nove entrre cada grupo de dez cronistas. Pareceu-me que, ontem, Felipão quis receber os afagos da mídiia ao escalar um time tão devassável, do ponto de vista defensivo, muito longe de suas características e filosofia. O preço pago foi altíssimo e Felipão agora parece reconhecer a situação que ele próprio criou,  a julgarmos por suas declarações.

11) O erro monumental de Felipão, entretanto, diz respeito ao craque do elenco, Valdívia. A opaca atuação do mago contra o Guarani pareceu insuficiente para que Scolari reconhecesse que ele ainda está inteiramente fora de forma e sem condições de render o que sabe e pode.. Sua escalação ontem, fosse um outro treinador e não Felipão, eu classificaria como uma irresponsabilidade. A situação foi agravada pelo fato de Valdívia ter começado o jogo quando o certo seria entrar apenas depois para tirar proveito do desgaste dos adversários.

12) Sem medo de errar ou de ser injusto, debito a acachapante derrota de ontem aos múltiplos equívocos de nosso excelente treinador que, simplesmente, confirmou que até Felipão tem o seu dia de Dunga.

AGORA, QUE VENHA O OUTRO ATLÉTICO, O GALO MINEIRO QUE ESTÁ MAL NO BRASILEIRO, MAS TEM UM ELENCO SUPERIOR AO NOSSO
TENHO MEDO DESSE JOGO NÃO APENAS POR ISSO, MAS PORQUE O PALMEIRAS NÃO PODE VER UM TIME EM CRISE QUE TRATA DE REBILITÁ-LO.

APESAR DOS PESARES, ESTAREI EM IPATINGA PARA PRESTIGIAR O VERDÃO AO VIVO. AFINAL, SOU PALMEIRAS NA VITÓRIA, NO EMPATE OU ATÉ EM DERROTAS VERGONHOSAS COMO A DE ONTEM.


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