Observatório Alviverde

03/11/2022

PALMEIRAS UNDECACAMPEÃO: A MENTIRA PASSA A SER VERDADE!

Onze razões pelas quais o Palmeiras é, pela décima primeira vez, Campeão Brasileiro, embora esteja sendo chamado, impropriamente de undecacampeão.

Uma conquista deste naipe pressuporia onze títulos sequentes e sem interrupção. Para os puristas do futebolês, tem-se de dizer "O Palmeiras é onze vezes campeão, não undecacampeão

Quem introduziu essa aberração no linguajar futebolístico foi Galvão Bueno e como a maior parte da mídia costuma se enquadrar aos ditames dos locutores mais famosos, ficou, tudo, como se a Seleção Brasileira fosse pentacampeã mundial, e, a partir daí, consagraram-se a ignorância e o  desconhecimento. 

Repito: Bi, Tri, Tetra, Penta, Hexa, Enea, Octo, Nona, Deca, Undeca, Dodeca, Trideca e assim sucessivamente, são conquistas sequentes, sem que haja interrupções. 

Cá entre nós, não é o caso do Palmeiras, mas como não fomos nós e foram eles que trocaram os valores, permito-me dizer que o Palmeiras é, sim, undecacampeão. Que, por causa disso, ninguém me chame de analfabeto!

Até onde eu sei, do futebol brasileiro, o máximo que os clubes conseguiram, dos primórdios do futebol aos dias de hoje, em termos de conquistas seguidas foram dois títulos de decacampeão, via América Mineiro e ABC de Natal.

O América Mineiro levantou os títulos mineiros de 1916, 1917,1918 1919,1920, 1921, 1922,1923,1924. 1926 e como as conquistas foram sequenciais, o América, efetivamente é  decacampeão.

Da mesma forma o ABC de Natal, também é deca, posto que levantou sucessivamente os  títulos potiguares de 1932, 1933, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1940 1941.

Fora esses clubes temos o Grêmio heptacampeão gaúcho a partir de 1962, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, l968 e o seu rival Inter, octacampeão de 1970 a 1976.

Quem se dispuser a fazer uma varredura cibernética nos sites dos clubes e das Federações verificará que há outros clubes que se tornaram pentacampeões, tetras e tri-campeões, mas a lista é restrita. 

Conquanto o undecacampeonato palmeirense é, simplesmente, uma questão de nomenclatura, o brilho dessa conquista tem de ser aferido por tudo o que o Palmeiras, sob Abel, tem conseguido.

Ganhar títulos virou rotina no Palmeiras e não fosse a Federação corintiano/sãopaulina, a CFF corintiano/sãopaulino/flamenguista, e a perseguição midiático/arbitral contumaz e nojenta de que é sempre vítima, e o Palmeiras teria -ao menos- mais 50%  das taças e campeonatos que disputou.

Esse time de Abel/2022 que levanta outro título, o décimo primeiro em circuito nacional, é um time muito forte sob qualquer aspecto que o encaremos, seja técnico, físico, anímico ou qualquer outro.

Trata-se de um time maduro que sabe o que quer, que busca o que quer e, o que é muito mais importante, que consegue o que quer.

É daqueles grupos que não se entregam em campo, ainda que sob as circunstâncias mais desfavoráveis e, em razão disso, pode-se afirmar que se trata de um grupo vencedor.

Lastreado em uma defesa sólida, protegida por uma linha de meias de grande fôlego, com laterais que apoiam bem o ataque e iniciam a maior parte das jogadas com um ataque rápido e insinuante, o Palmeiras tem como maiores virtudes a sua coesão tática e o seu senso coletivo de jogo.

O interessante é que, mesmo sem ter um elenco em que os reservas, tecnicamente, sejam do mesmo nível dos titulares na maior parte das posições, o fato é que a superação tem marcado a vida daqueles que entram na equipe por circunstâncias aleatórias e que têm, indiscutivelmente, correspondido às expectativas.

Não há como discutir os parâmetros que levaram o Palmeiras a um número tão elevado de pontos e ao título antecipado deste ano, mas há que se elogiar o trabalho de Abel e sua comissão técnica pela concepção da defesa que ninguém passa, do meio de campo criativo e da linha atacante de raça.

Weverton, Marcos Rocha, Gomez, Piquerez, Zé Rafael, Danilo, Dudu, Scarpa e até o recém operado Veiga constituíram a espinha dorsal do time palmeirense. Por méritos, muito mais, deles, o Verdão chegou ao título.

Destaque-se, também, Mayke, Luan, Murilo, Kuscevic, Breno Lopez, Lomba (goleiro), Vinicius (goleiro) Acuesta volante colombiano, os recém chegados Tabata, Lopez, Merentiel, Jailson (em recuperação) e Jorge (em recuperação).   

Da base vieram Danilo, Gabriel Menino, Vanderlan, Wesley  e outros aproveitados pontualmente por Abel como Fabinho, Gustavo Garcia, Pedro Bicalho, Michel, Giovani e Vanderlan, que entre todos foi o que mais se destacou entre todos os convocados.  

Ao final de outra conquista palmeirense, eu quero registrar a minha preocupação com tudo o que pode vir a ocorrer com a troca do governo federal, pois o presidente "dito" eleito é fanático pelo Corinthians e pode, perfeitamente, voltar a interferir no futebol.

Com Lula no poder, eu não tenho dúvidas de que o Corinthians voltará a ser uma potência destacada do futebol brasileiro, começando pela cessão definitiva do estádio por esse clube ocupado, obtenção de patrocínios sob os auspícios do novo governo federal e tudo mais que o presidente eleito puder fazer por ele.

É preocupante pois o Palmeiras nunca sofreu tanto quanto sofreu na época do governo Lula, quando as perseguições ao clube que ele não diz publicamente, mas odeia, chegará ao seu maior nível.

Meus amigos, confesso-lhes ainda o meu atordoamento em face da perspectiva de posse de Lula que, pelo seu passado, jamais poderia ter obtido licença para ser candidato.

Em razão disso, deixo para vocês as análises e as observações a respeito desse time campeoníssimo do Palmeiras, que nos enche de orgulho e satisfação.

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