Observatório Alviverde

03/12/2016

SÓ NOS RESTA, MAIS UMA VEZ, TORCER POR UM TREINADOR CUJA CONTRATAÇÃO REJEITAMOS!



Penso ser definitiva, inamovível e irreversível a decisão da diretoria do Palmeiras em contratar Eduardo Baptista. Lamentavelmente!

Por essa razão  e em respeito ao clube que amo, interrompo desde já as minhas críticas, partindo de um provérbio moderno e hodierno:

"Se o estupro é inevitável, relaxe e goze"!

Por incrível que pareça, como disse na postagem de ontem, é esse o sentimento que invade a minha alma verde e branca, diante de tamanha ingenuidade e  semelhante estupidez.
 
Entretanto um pensamento antagônico assaltou-me hoje e eu, então, me perguntei:

Embutida nessa inexplicável e injustificável contratação, que entra em choque com os anseios de mais de 80% da torcida, existiria algum interesse ou interesses pessoais do Sr, Mattos? Receio que sim!

Digo isso porque já vi de tudo em mais de cincoenta anos de acompanhamento do futebol que Francisco Sarno, campeão do Mundo pelo Palmeiras em 51 como jogador, treinador de vários clubes nas décadas de 50, 60 e 70 definiu e deu nome ao livro que editou: "Futebol, a dança do diabo".

Quem sabe a contratação de Eduardo, treinador de paupérrimo currículo, inferior ao da maioria dos jogadores que estarão sob seu comando, tenha ocorrido com o objetivo de  aumentar a influência do diretor de futebol junto ao grupo de jogadores? 

É possível, é possível, é possível!

Quem desconhece que todo diretor de futebol adora dar pitacos no trabalho do treinador e até intervir nas escalações? 

Mattos sabe, perfeitamente, que com um treinador jovem e principiante isso é possível, mas quem se atreveria a fazê-lo fosse o técnico palmeirense um treinador de primeira linhagem do futebol brasileiro?

Para mim, para mim, repito, para mim e exclusivamente para mim, essa contratação  foi do interesse pessoal de Alexandre Mattos que, desde já, está responsável por tudo o que der, vier e decorrer do trabalho de Eduardo Baptista como técnico do Palmeiras.

Para que não digam que sou frio, insensível e que não enxergo quaisquer méritos no novo treinador quero dizer-lhes que, a partir do momento em que for oficializada a contratação de EB serei o primeiro a apoiá-lo, a incentivá-lo e a prestigiá-lo.

Quero esclarecer, também, que não sou daqueles que emitem um parecer, um conceito, uma opinião e depois ficam torcendo mais por suas teses do que para o time.

Sou Palmeiras acima de tudo e, s-i-n-c-e-r-a-m-e-n-t-e,  torço para que eu esteja equivocado em minhas previsões. 

Desejo, a-r-d-e-n-t-e-m-e-n-t-e,  que Mattos, Nobre (seguramente ele participou das negociações) e o presidente Galiotte estejam certos na escolha do novo treinador palmeirense.

Havemos de reconhecer que  Eduardo Baptista, obscuro zagueiro do Juventus e da Ponte, ao menos tem vivência acumulada, adquirida nos tempos em que foi jogador, e, depois, preparador físico de seu pai em várias equipes brasileiras e até do exterior, aliás o seu perfil mais forte.

Como físicultor (como se dizia antigamente) seu currículo é invejável, pois passou pelo Campinas, Portuguesa, Santo André, Goiás, Flamengo, São Caetano, Santos, Ponte Preta, Paulista, Curica e Sport de Recife. 

Trabalhou até no Japão no Nagoya Grampus e no Kashiwa Reysol.

Como técnico trata-se de um principiante, repetimos, tendo dirigido, até agora, apenas Sport, Flu e Ponte Preta. 

Vou torcer por ele, como já disse, s-i-n-c-e-r-a-m-e-n-t-e-,  na expectativa de que não se repita tudo  aquilo que aconteceu  quando eu e a maioria dos palmeirenses resolvemos apoiar a contratação de Gilson Kleina, um dos maiores "blêfes" à beira do gramado e uma das maiores lambanças diretivas da história recente do Palmeiras!

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