Observatório Alviverde

10/02/2013

CALMA, GENTE! NÃO PERDEMOS, EMPATAMOS E ESTAMOS NA ZONA DA CLASSIFICAÇÃO!

 

Duas falhas individuais gritantes, de Prass e de Wendel, impediram a vitória do Palmeiras sobre o Sapo, ontem, em Mogi.

Menos mal que o empate, foi a reação do time, ainda em formação.

Afinal o Palmeiras teve forças, competência e disposição para reagir a uma virada e, ao menos, mantém o grupo motivado.

Embora a vitória seja, sempre, um resultado insubstituível, esse empate fora a de casa serviu para que a equipe se mantenha, calma, tranquila, moral e emocionalmente e-s-t-a-b-i-l-i-z-a-d-a!

O Palmeiras se prepara, agora, para uma semana complicada, difícílima, porquanto fará dois jogos de suma importância nesta sua caminhada de ajustes e reabilitação.

Um, quinta-feira, contra o peruano Cristal pela Libertadores, com enorme carga de responsabilidade, na estréia, dentro de casa.

O outro, domingo, com pouco tempo para recuperar-se – apenas dois dias - contra a galinhada.

Sobre a importância do “derby” nem é necessário que se trate, porquanto o CU-rintia, em qualquer circunstância, como  nosso maior adversário, sempre foi, é, e, será, eternamente, o time a ser batido e abatido.

Um estado de espírito positivo, de entusiasmo, ambição, ânimo e motivação, é  fator de superação necessário para que o time vá em busca da vitória nos dois importantíssimos confrontos.

O time de Kleina, malgrado o empate de ontem em Mogi-Mirim, continua incorporando esses fatores e isto é animador!

KLEINA MOSTROU QUE PODE SER “O CARA”!

Pela primeira vez confesso que senti firmeza em nosso jovem treinador. A partir de hoje, vou olhá-lo com outros olhos.

Aquele time que todos imaginavam começasse a partida, Prass, Ayrton, Henrique, Ramos e Juninho. Araújo, Denoni, Wesley e Patrik Vieira. Maikon Leite e Vinicius, foi mudado.

Apreciei a coragem de Treina que, constatando as deficiências do time no jogo contra o XV, não foi conservador.

Ousou alterá-lo, escalando uma onzena diferente, surpreendendo todo mundo, principalmente o adversário.

Assim, colocou Wendel - mais lateral do que ala - no lugar de Ayrton - mais ala do que lateral - a fim de melhorar a defesa e a marcação. Conseguiu!

No meio de campo manteve e prestigiou o garoto Denoni, que vinha jogando muito bem.

Poupou Souza, cuja vaga é cativa no time titular, o que, de certa forma, já se esperava, pelo fato de o ruivo estar voltando de contusão.

Souza começou esquentando o banco e só foi aproveitado na etapa complementar quando o Palmeiras levou a virada.

Quando todos esperavam a rotineira escalação de Vinicius no lugar do “finado” Barcos, ele surprendeu escalando o garoto Caio.

Tudo em função de características, haja vista que Vinicius não é homem de área e só consegue render alguma coisa explorando as beiradas do campo.

Caio, ao contrário, mais cerebral, joga enfiado procurando se deslocar, tabelar, fazer o pivô e ajeitar para quem vem de trás, embora careça de experiência e maturidade.

Ontem eu divulguei uma escalação que, ao meu sentir, seria a melhor que o Palmeiras poderia por em campo, assim:

Prass, Wendel, Henrique, Ramos e Marcelo Oliveira. Denoni, Araújo, Souza e Wesley. Maicon Leite e Patrik Vieira.

As diferenças entre a escalação que propus e aquela que Kleina escolheu para iniciar o jogo, eram estas:

a) Na lateral esquerda, Marcelo Oliveira  no lugar de Juninho.

Por quê?

Existe, neste setor, deficiências de marcação, nenhuma cobertura e pouquíssimo apoio com Juninho, hoje o jogador menos eficiente da equipe.

Marcelo Oliveira, possivelmente, não foi escalado por estar em fase de adaptação e aclimatação ao elenco.

Outra vez tomamos um gol por desatenção de Juninho na cobertura da segunda bola, como vem ocorrendo há tempos, desde 2012.

b) No miolo do ataque Caio

Caio pela sua condição de jogador muito jovem não tinha a minha preferência.

Nem Caio, nem Vinicius, eu faria um rodízio de jogadores de maior experiência e criatividade, ainda que não fossem especialistas na posição. Isso poderia confundire demolir a defesa adversária.

Mas, o simples fato de Kleina ter tido a coragem de optar por Caio, não por Vinicius, mostra que ele pode não ser o “pai da matéria”, mas conhece bastante e é do ramo.

Sua coragem e iniciativa em promover alterações em pontos nevrálgicos e vulneráveis da equipe, evidenciam que Kleina sabe do jogo. Muito!

Que culpa teria Kleina em relação ao empate de ontem?

Nenhuma!

Seu time começou melhor, dominou o jogo, criou várias situações, e Prass – não vamos criticá-lo por isto – levou um gol fácil.

Wendel, como penúltimo homem da defesa cometeu, depois,  uma pixotada inominável e o Palmeiras levou o segundo gol.

Não foram falhas de esquema, mas falhas individuais.

Como se diz em minha terra, “ aí não tem tatu que aguente “!

RESUMO DO JOGO

O Palmeiras começou melhor e dominou inteiramente as ações, até abrir o marcador aos 12 minutos;

Como vem ocorrendo sistematicamente,  a partir do gol de abertura recuou instintivamente, como acontece, invariavelmente, toda a vez que o Palmeiras inaugura o placar e sai na frente.

Ao recuar, chamou contra si o entrosado e bem preparado time do Mogi, limitando-se, apenas, a explorar os contrataques.

Postura tática natural, normal, habitual, compreensível, mas estratégicamente falha.

O Palmeiras dispunha, apenas, de Maikon Leite para puxar os contrataques já que Caio e nenhum dos demais atacantes que atuavam eram velocistas.

Numa frase, o Palmeiras parou de jogar limitado a lançamentos longos, profundos e sem o menor efeito prático buscando a correria de ML.

A partir do recuo palmeirense, com facilidade para tocar a bola, sofrendo a marcação apenas a partir da intermediária palmeirense, o Mogi passou a gostar do jogo.

Foi criando várias situações de perigo em umas poucas infiltrações e, sobretudo, em arremates de média e longa distância.

Num lance desses, Rony, de longe, chutou forte.

Prass espalmou sem força, tentando desviar a trajetória da bola pela linha de fundo, mas acabou mandando-a para dentro do gol.  Glu-glu-glu!, um peru!

No segundo tempo o Palmeiras voltou mais agressivo e chegou a fazer, de cara, um gol através de Denoni, bem anulado por impedimento.

Aos 11 minutos, Wesley foi empurrado dentro da área em flagrante penalidade máxima que o Sr. Bragheto não marcou porque não quis.

Esse é o eterno e insolúvel problema que atazana e atrapalha a vida do Palmeiras, ano a ano. Outro pênalti pró não assinalado.

Na TV, Linhares Jr e o argumentador que preside a Aceesp, não ligaram a menor importância ao lance.

Na hora crucial da jogada omitiram-se, completamente, fingindo que não houve nada.

Cerca de dois minutos após, com a evidência da infração na reprise, se viram obrigados a registrar a infração, mas o fizeram de passagem, bem rapidamente, citando que Wesley, de fato, fora empurrado.

Luis Ademar, em vez de dizer que Bragheto houvera errado e prejudicado o Palmeiras, saiu-se com esta infantilidade:

“- Bragheto não marcou esta falta dentro da área porque deixou de marcar aquela falta clara do Marcio Araújo no meio de campo” (lance que ocorrera um minuto antes e que o árbitro interpretara correntamente).

Como é possível que um comentarista jornalista profira uma estupidez verbal dessa monta?

Primeiro porque um lance nada tem a ver com outro. Ou tem?

Segundo porque ele deixou fluir o seu corintianismo, santismo, sãopaulinismo, ou sei lá o que - certamente clubismo - e não fez nenhuma crítica ao erro crasso do árbitro que tinha influência e reflexos diretos no resultado do jogo.

Boa transmissão do Linhares, mas Ademar que tecnicamente esteve bem, simplesmente ratifica que os comentaristas técnicos do Sportv, principalmente os jornalistas, são fraquíssimos – ou facciosíssimos? -nas observações de arbitragem quando escalados para os jogos do Verdão.

O Palmeiras tomou a virada aos 24 minutos, em falha clamorosa de Wendel que não conseguiu controlar a bola, deixando-a passar sob o pé para Henrique (do Mogi) livre.

Pressionado pelo próprio Wendel que tentou, sem sucesso, acompanhá-lo em tentativa de recuperação, Henrique entrou livre e invadiu a área.

Quando tentou finalizar foi abafado por Prass, mas o rebote, devido a desatenção de Juninho que, como sempre, marcou a bola sem prestar atenção em quem vinha de trás, sobrou para Rony chutar forte e virar o marcador: Mogi 2 x 1.

A essa altura o Palmeiras perdia o meio de campo e, bem antes do gol, Kleina já deveria ter colocado Souza, naquele que pode ser considerado o seu único e desculpável equívoco.

Compreende-se que ele queria ter Souza inteiraço para os jogos mais importantes desta semana importantíssima, mas ele se esqueceu de que o jogador também precisava readquirir ritmo de jogo.

A entrada de Souza foi fundamental para animar o time do Palmeiras que passou a atacar com mais consistência, muito em função também do recuo, do desespero e da ânsia  do Mogi em manter o placar de vitória.

Aos 32 minutos o próprio Souza livrou o Palmeiras da derrota, após receber pela meia direita, fintar um adversário e bater em diagonal rasteiro e cruzado no canto direito do goleiro do Mogi, em gol de belíssima feitura.

A partir daí, muito mais por desespero, muito menos por tática ou técnica, os dois times se atiraram ao ataque em busca do gol  da definição.

Tanto o Palmeiras quanto o Mogi desfrutaram de boas chances, mais o Mogi do que o Palmeiras.

Isso ensejou ao goleiro Praas a recuperar-se do vexame do peru, operando excelentes intervenções e garantindo o bicho magro do empate.

INDIVIDUALMENTE

PRASS – Que não seja crucificado pelo peru que levou. É um grande goleiro. Provou isso no Vasco.

WENDEL –  Esforçado, jogador de esquema, defendeu muito, atacou pouco, cumpriu função tática. De seu erro crasso resultou o gol da virada marcado pelo Mogi.

HENRIQUE – O novo capitão, como de hábito, foi o nosso melhor defensor, sem brilhar como em partidas anteriores.

RAMOS – Agora, pelo interior esquerdo, está rendendo muito mais. Uma boa pergunta : Onde estava Ramos quando Prass evitou o gol de Henrique e a bola sobrou limpa para Roni?

JUNINHO – A Avenida Juninho, a mais ampla e larga do Palmeiras continua aberta. Como estamos no carnaval, está iluminada. Não defendeu bem, não atacou com consistência e deveria ter sido substituído.

DENONI – Altos e baixos, bom na marcação e ruim na entrega de bola, principalmente no segundo tempo. Precisa jogar mais para ganhar experiência.

PATRIK VIEIRA – Uma pedra preciosa a ser lapidada. Necessita aprender a dosar o fôlego. Jogou muito no primeiro tempo, fazendo sempre a recomposição para ajudar Juninho mas se apresentando sempre no ataque. Correu demais, desgastou-se, cansou e não esteve tão bem na etapa complentar.

RONNY – Isolado, procurou jogar nos minutos em que entrou correndo bastante e se apresentando como opção para o passe..

Mostrou bom controle de bola, bom passe, boa coordenação, mas não teve com quem tabelar ou se entender porque Patrik Vieira cansou e pouco encostou, enquanto Juninho poucas vezes fez a ultrapassagem para atacar.

WESLEY – No primeiro tempo esteve muito bem e mostrou  lampejos do grande jogador que fora no Santos.

Na etapa complementar sua produtividade caiu demais, muito em função da correria que aprontou na etapa inicial. Já melhorou muito nos passes  e na mobilidade, mas falta chegar mais ao ataque. 

MAIKON LEITE – Está entrando em forma outra vez, mas para que possa render mais, o time tem de se acertar táticamente. ML foi quem mais sentiu a ausência de Barcos, pois fazia as jogadas de linha de fundo e não tinha para quem cruzar.

CAIO – Jogador novo que, também, tem muito a aprender. Esteve sumido no jogo e apareceu esporadicamente sem conseguir criar nada de positivo. Precisa amadurecer muito para ser titular.

VINICIUS – O Vinícius só terá alguma chance de progredir na profissão se for emprestado a outro clube. Ao menos no momento, tem poucas qualidades para ser titular no time do Palmeiras. Suas sucessivas escalações são um equívoco.

SOUZA – Entrou tardiamente no time com a missão de ajudar a reverter o marcador, por sua importância tática, liderança natural, efetividade e, principalmente pela sua eficiência na bola parada. Incendiou o time e foi o autor do gol de empate, constituindo-se na personagem do jogo.

MARCIO ARAÚJO – Parece até que ele leu o blog, pois passou a procurar o gol e o encontrou.

Já são três jogos em que ele pontua, tornando-se um dos artilheiros do time.

Nas outras funções de marcação, primeiro combate e cobertura, vem se destacando e melhorando a cada jogo, tendo melhorado, inclusive, em um quesito no qual vinha falhando em demasia, a entrega de bola.

Sem qualquer dúvida, mais uma vez, Araújo foi o cara, a expressão maior do time do Palmeiras contra o Mogi. Que continue assim!

A ARBITRAGEM

Já falei sobre o erro crasso de Bragheto que deixou de marcar, um pênalti sobre Wesley aos 11 minutos do segundo tempo, embora muito próximo do lance, .

O cartão amarelo intimidador no primeiro minuto do jogo para Denoni mostra que os árbitros insistem em ser rigorosos contra o Palmeiras, muito em função do corporativismo classista. É, ainda o velho desagravo a PCO, Braatz, ao corintiano Hausmann e outros antipalmeirenses da arbitragem.

Por volta de 20 minutos do primeiro tempo, Carlos Alberto deu um tapa em Patrik Vieira. Bragheto marcou a falta mas não aplicou, como manda a lei, o cartão amarelo ao jogador do Mogi.

Ao final do primeiro tempo, acrescentou um minuto ao tempo. Ocorre que um jogador do Mogi caiu em campo aos 44 e quando o jogo foi reiniciado Bragheto, sem considerar a paralização encerrou o primeiro tempo.

Erro primário ou proposital ocorreu em detrimento do Palmeiras que tinha a posse de bola e poderia atacar.

ADVERTÊNCIA

O PALMEIRAS TEM DE ACAUTELAR-SE CONTRA OS MAUS ÁRBITROS E AS ÁRBITRAGENS CONTRÁRIAS, SOB O RISCO DE SE ARREBENTAR NOVAMENTE EM 2013.

E TEM DE FAZÊ-LO, POR PRÓPRIA INICIATIVA, PORQUE, ENTRE OS QUATRO GRANDES, É O ÚNICO QUE A IMPRENSA NÃO DEFENDE.

ESSE COMPORTAMENTO DA MÍDIA VEM  ENCORAJANDO OS ÁRBITROS A, CADA VEZ MAIS, ERRAR GROSSEIRAMENTE,CONTRA O CLUBE.

A TURMA DO APITO E DA BANDEIRA JÁ SABE QUE QUANDO PREJUDICA O PALMEIRAS NÃO CORRE RISCOS DE RECEBER AS CRÍTICAS MORDAZES QUE RECEBE QUANDO ERRA CONTRA OS OUTROS TRÊS GRANDES DO FUTEBOL PAULISTA..

A OMISSÃO INEXPLICÁVEL – OU EXPLICÁVEL? -  DOS JORNALISTAS QUANDO DOS ERROS DOS ÁRBITROS COMETIDOS CONTRA O VERDÃO.

ISTO CONFIGUROU-SE NOVAMENTE ONTEM NO SPORTV  COM LINHARES E LUIZ ADEMAR.

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