PALMEIRAS PERDE A CHANCE DE SUBIR NA TABELA E DE ENCOSTAR NOS LÍDERES! ASSUNÇÃO PERDE UM PENALTI NO ÚLTIMO LANCE E VERDÃO APENAS EMPATA CONTRA O CRUZEIRO!
PALMEIRAS X CRUZEIRO
Estou postando no intervalo do jogo, um jogo em que o Palmeiras, literalmente, predominou.
O Cruzeiro é um time que mostra limitações e parece assustado com a perspectiva de sofrer outra derrota.
Por isso, encastela-se na defesa, e joga hermeticamente fechado, na expectativa de um vacilo do Palmeiras para tentar pontuar.
O Palmeiras joga bem, dentro de uma sistemática um pouco diferente de outros jogos.
Embora também atue mais preocupado em se defender do que em atacar, o time de Felipão teve mais iniciativas e procurou muito mais o jogo do que o adversário.
O meu medo é que se repitam tantos Palmeiras x Cruzeiro aos quais assisti em que o desenho do jogo foi o mesmo rascunhado neste primeiro tempo.
O Palmeiras se impunha, taticamente e territorialmente, mas no fim que ganhava era o Cruzeiro. Esse é o grande perigo!
Por pouco isso não aconteceu. Refiro-me àquele lance ocorrido por volta de 32 minutos, após o cartão amarelo aplicado a Gabriel Silva, quando Vuaden errou feio sem que nenhum comentarista de TV houvesse percebido.
Gabriel Silva ia voltando para retomar a sua posição e foi chamado, à distância pelo árbitro para que viesse até ele receber o cartão.
Entrementes, o Cruzeiro bateu a falta, exatamente no momento em que Gabriel estava perto do árbitro para receber o cartão.
Vuaden, irresponsavelmente, após ele próprio ter tirado o jogador do Palmeiras da marcação sobre Montillo, convalidou a cobrança e quase tomamos o gol.
Livre de marcação Montillo foi ao fundo e cruzou mas, para a nossa felicidade, Anselmo Ramon conseguiu perder o gol.
Esse é o meu medo, um gol inesperado, que surja do nada e nos castigue, considerando o pretérito e o histórico dos Palmeiras X Cruzeiros. Nós sempre os envolvemos, dominamos o jogo, mas em uma jogada fortuita eles decidem o resultado.
De qualquer forma, o time, como um todo esteve bem. Individualmente todos os jogadores fizeram um bom primeiro tempo, embora Luan, em novo posicionamento, e atuando de forma muito mais ofensiva tenha errado muitos passes em um setor pelo qual atacamos sempre mais.
Uma pena que não tenhamos feito boas jogadas de ultrapassagem para cruzar em direção a área, onde Fernandão, gosto demais do estilo desse jogador, está completamente isolado, embora segurando dois zagueiros.
Na realidade, jogamos muitos furos acima de nosso grande adversário, mas continuamos com a doença crônica da falta de penetração de nosso ataque.
Na ordem natural das coisas, temos tudo para vencer. Espero que o “Sobrenatural de Almeida” não venha a nos derrotar.
Estamos jogando bem mais do que eles. Volto depois com a postagem final. Enquanto isso, comentem!
PS – Estou assistindo ao jogo pela afiliada da Globo em BH e gosto do que vejo e ouço.
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POSTAGEM FINAL
PERMITAM-ME PRIMEIRO FALAR SOBRE TV
Foi um show a transmissão do jovem Marcos Leandro pela Globo/Minas, tanto quanto os comentários de Bob Faria, a participação dos dois repórteres e a análise de arbitragem de Marcio Rezende de Freitas, aquele!
Leandro só se preocupou em transmitir o jogo, mais nada! Não inventou. não chateou, não ficou falando irritantemente sobre os números inúteis da história do jogo e não usou o artifício do papo aleatório para preencher os claros da transmissão, que tanto irrita o telespectador.
Também não ficou emitindo opinião o tempo todo, não induziu o comentarista a dizer o que ele deseja e teve sempre a humildade de chamar quem estava escalado para a função;
E pensar que iria assistir ao Jota Júnior pelo Premiere… Em razão da imagem péssima que chegava, constantemente congelada, parada ou fragmentada, obriguei-me a mudar de canal.
Goste e fiquei! E antes que eu me esqueça, ninguém torceu contra o Palmeiras!. Até porque o narrador não era o Rogério Correia que já aprendeu com Galvão, com Kléber, com Milton Leite e com outros, como não se deve trabalhar.
Os locutores mais experientes da Globo, especialmente os palradores Milton Leite e Kléber Machado, deveriam pedir uma fita da transmissão da equipe belorizontina para que, de uma vez por todas, constatem o que os telespectadores querem e gostam de ouvir no relato de um jogo.
FALANDO SOBRE O SEGUNDO TEMPO
O jogo, no segundo tempo, foi semelhante ao que vimos no primeiro.
Domínio completo do Palmeiras com mais posse de bola, contra um Cruzeiro retrancado, esperando um erro palmeirense para tentar decidir.
Apesar do predomínio territorial, o Palmeiras correu muitos riscos de perder para um adversário que dispunha de dois jogadores individualmente acima da média, Roger e, principalmente, Montillo, exatamente o que não temos, hoje, em nosso elenco, noves-fora Valdívia e, vá lá, Kléber quando de seus dias de maior inspiração.
O técnico do Cruzeiro até que colaborou conosco quando retirou Roger, aos 15 minutos e colocou em campo o fraquíssimo Keirrison. Nessa hora , confesso-lhes, eu me animei e tive a certeza de que não perderíamos mais o jogo.
Mas Emerson Ávila acertou ao recuar Montillo e coloca-lo no lado esquerdo do campo, a fim de que ele jogasse aproveitando um espaço aberto em nossa defesa, decorrente do apoio constante de Cicinho ao nosso ataque..
Montillo cumpriu bem a nova função e. não apenas, articulou o Cruzeiro como começou a levar perigo ao nosso gol em incursões individuais de velocidade e dribles progressivos sobre os nossos beques, partindo em diagonal para dentro de nossa área.
Um jogador talentoso como esse, ainda que atuando vindo de trás, merecia marcação individual constante e uma vigilância especial.
Era necessário que fosse fechado ou encurtado o seu espaço e o seu raio de ação. Só uma marcação pessoal de antecipação impediria o argentino de jogar o que sabe e da forma que sabe.
Esse cochilo de Felipão custou-nos muito caro, porque Montillo, a partir da saída de Roger, era o único jogador cruzeirense suficientemente dotado e capacitado para decidir o jogo, como, de fato, decidiu.
Quando foi anunciada a primeira alteração no Palmeiras, aos 17 minutos, imaginei que Vinicius sairia, mas isso não ocorreu. Felipão preferiu, inexplicavelmente, excluir Park, muito mais presente, experiente e finalizador.
Não quero dizer que Vinicius tenha jogado mal, mas ficou claro que o garoto está longe de poder cumprir as demandas de nossa equipe.
Felipâo deve gostar tanto de Vinicius porque ele fica correndo o tempo todo e o jogo inteiro atrás dos beques, sem produzir nada de prático, apenas o óbvio. Como fazer gols se o ponta-de-lança do time joga para marcar beques, não para fazer gols?
Para jogar como titular em um clube da exigência do Palmeiras, Vinicius precisaria jogar mais, muito mais, não, apenas, o trivial!
A segunda alteração foi muito pior, pois Scolari retirou seu único homem de área, Fernandão, substituindo-o por Ricardo Bueno, preferindo continuar com Vinicius, repito, que pouco fazia, simplesmente porque ele marca. Isso é piada!
Na prática Felipão nem trocou seis por meia dúzia, mas seis por dois, nmo máximo, três. Bueno está inferior a Fernandão. Pode, até, superá-lo, mas creio ser pouco provável que isso venha a ocorrer. A princípio, vejo Fernando como mais jogador.
Ao ser substituído, Fernandão, mais do que cansado, estava destruído fisicamente. Felipão, visivelmente alterado, gritou com ele o tempo todo obrigando-o, o tempo todo, a correr atrás dos beques, marcar a saída de bola e conter o avanço dos laterais adversários.
Para exercer essa função do jeito que Scolari concebe e imagina, é preciso que o Palmeiras contrate, mais do que um homem, o “super-homem”
Mesmo cansado Fernandão não deveria ter saído tão precocemente, aos 24 do segundo tempo. Sua simples presença em campo era importante pois ele prendia sempre dois beques cruzeirenses, um na marcação direta e outro na cobertura. Justamente a estratégia que deveríamos ter adotado para conter Montillo e, no entanto, não fizemos.
Nossa maior deficiência tático-estratégica foi não ter feito jogadas de linha de fundo e alçado a bola para as cabeçadas de Fernandão.
Luan e Gabriel Silva conseguiram realizar uns dois lances desses que não resultaram em nada e Cicinho poucas vezes optou pela lateral de campo, preferindo, sempre, afunilar e penetrar em diagonal.
Para encerrar fecho dizendo que, de um modo geral, o Palmeiras esteve bem em que pesem as ausências e os erros táticos e individuais que nos levaram a esse empate com gosto de absinto.
O erro maior de nosso treinador, além do defensivismo crônico, renitente, teimoso, sistemático, pirracento e doentio, foi, de novo, a estúpida manutenção de Assunção, fisicamene em frangalhos, aos trancos e barrancos do ponto de vista físico, andando em campo até o final do jogo.
O gol de empate do Cruzeiro não aconteceu, como disseram muitos da mídia, exclusivamente, em razão dos méritos de um craque chamado Montillo, mas, também, em decorrência da indecisão de Ramos e da lentidão de Assunção. .
O pênalti perdido por Assunção aos 47 minutos do segundo tempo, no derradeiro lance do jogo que poderia ter levado o Palmeiras à vitória, teve um componente forte de falta de preparo físico de Assunção.
Era visível o seu cansaço na hora H da cobrança.
Tudo em função dos desgastes moral e psicológico que o acometeram, decorrentes, certamente, de seu sentimento de culpa pelo gol de empate do Cruzeiro.
Assunção não teve condições físicas suficientes de correr, par e passo, com Montillo, chegar junto, travar o chute e impedir o gol.
Não estou culpando Assunção pela perda do pênalti, mas sei que os tiros de rigor nunca foram a especialidade dele, que sempre bateu muito mal esse tipo de lance.
Da mesma forma, por favor, tirem o Marcos dessa pilha porque o chute cruzado, quando o atacante acerta na veia, é indefensável, sobretudo o rasteiro, ao rés-do-chão.
Se Assunção houvesse sido sacado após o gol de abertura, não garanto que ganharíamos do Cruzeiro, mas ouso afirmar que teríamos tido um time de marcação mais forte, de mais juventude, mais fôlego e com a grande vantagem de não se tornar estéril ofensivamente.
A entrada de João Vitor, tardiamente, apenas aos 36 do segundo tempo, consagra, definitivamente, a vocação retranquista de Felipão e a sua vã filosofia defensivista.
Mais do que isso expõe, claramente, a sua visão míope da tática do jogo e a sua limitadíssima capacidade em promover mudanças que alterem o curso dos jogos em benefício do Palmeiras.
Hoje, não foi diferente!
Felipão tem de mudar! Urgentemente, mas, será que muda?
Parafraseio Fernando Pessoa, “Mudar é preciso, retrancar não é preciso”!
Muda, Felipão!
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS X CRUZEIRO
Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data/hora: 4/9/2011 - 16h
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e Kleber Lucio Gil (SC)
Público: 13.345 pagantes Renda: R$ 313.327,00
Gols: Luan, 23'/2ºT (1-0); Montillo, 39'/2ºT (1-1)
PALMEIRAS: Marcos, Cicinho, Henrique, Maurício Ramos e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção e Patrik (Tinga, 17'/2ºT); Luan, Vinícius (João Vitor, 36'/2ºT) e Fernandão (Ricardo Bueno, 24'/2ºT). Técnico: Felipão.
CRUZEIRO: Rafael; Marquinhos Paraná, Naldo, Léo e Gabriel Araújo (Sebá, 24'/2ºT); Leandro Guerreiro, Charles, Roger (Keirrison, 15'/2ºT), Gilberto e Montillo; Anselmo Ramon (Bobô, 38'/2ºT). Técnico: Emerson Ávila.
Cartões amarelos: Gabriel Silva, Maurício Ramos (PAL); Gabriel Araújo, Gilberto, Montillo, Leandro Guerreiro, Marquinhos Paraná (CRU).
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