Observatório Alviverde

11/01/2019

DOIS ASSUNTOS MUITO IMPORTANTES! COPA SÃO PAULO DE JRS E FOXSPORTS!

Assunto número 1.

COPA SÃO PAULO DE JUNIORES:

ATENÇÃO: PALMEIRAS DERROTOU O VITÓRIA, 3 X 0, ONTEM EM CAPIVARI.

GOSTEI MUITO DO RESULTADO, CONQUISTADO COM PACIÊNCIA, ESFORÇO E, ACIMA DE TUDO. COM DISCRIÇÃO! 

TUDO ESTÁ CORRENDO MELHOR DO QUE EU PENSAVA PORQUE O TIME ESTÁ SENDO OBRIGADO A CORRER, A SE ESFORÇAR E EM MOMENTO ALGUM TEM SE ACOMODADO EM CAMPO.

O VERDINHO, AGORA, ENFRENTARÁ O GALVEZ(AC) DE QUEM GANHOU NA ABERTURA DA FASE CLASSIFICATÓRIA (GRUPO 13) POR 2 X 0.

O JOGO ESTÁ MARCADO PARA AS 19.30H NA ARENA CAPIVARI E TERÁ A COBERTURA DO SPORTV. 

COMENTE COMENTE COMENTE 


Assunto número 2.


FOX SPORTS RÁDIO UM ARREMEDO LASTIMÁVEL DE PROGRAMA ESPORTIVO NA TV



Ontem, na Fox Sports, os "analistas" de (ao menos) dois programas daqueles "tipo" rádio em TV que dominam essa rede televisiva, desfilavam análises estéreis e "bostejos"(royalties para o saudoso Loureiro Jr) sobre um assunto desprovido de qualquer importância, resumidos nesta pergunta:

"Qual seria o melhor time do Brasil neste momento, o Palmeiras ou o Flamengo".

A tese em discussão -furadíssima e completamente desprovida de lógica ou razão- era aquela segundo a qual, com as contratações de Arrascaeta e Gabygol o Fla teria passado a ter, no tempo correspondente a um simples estalar de dedos, um time superior ao Palmeiras, atual Campeão Brasileiro. 

É muita bobagem, muita asneira de uma produção inepta, incoerente e falida que, por absoluta falta de criatividade, coloca em pauta um assunto inócuo, desprovido de qualquer significado prático.

Além de interessar -apenas- às duas torcidas envolvidas, são horas de desperdício de um tempo  televisivo em que poderiam discorrer sobre algo mais útil e agradável!

Mas esperar o que de "cronistas", a maior parte deles parciais, para os quais, com raríssimas exceções, a neutralidade,  o pressuposto número um da ética profissional, não tem a menor importância e não passa de um simples detalhe?

Ontem os telespectadores da Fox foram obrigados pela produção acomodada e preguiçosa que parece estar em férias, a tomar um porre da fictícia comparação.

Computando-se  os vários programas da Fox, pode-se dizer que dezenas de profissionais emitiram à exaustão as suas opiniões, calcadas, claro, em achismos, opiniões prontas, investimentos financeiros, valor do passe de jogadores e, principalmente, pelas simpatias e antipatias que nutrem pelos times colocados em foco para a tal verificação. 

O que nenhum deles disse nessas "análises" óbvias, em que na maior parte das vezes um analista repetia o outro, é que o futebol tem seus mistérios e idiossincrasias que, na maior parte das vezes, são insondáveis, imperscrutáveis, indefiníveis e desprovidos de lógica!

Todos os analistas de obviedades envolvidos argumentaram tomando como exemplo o futebol do exterior (já virou vício) e o valor das contratações dos times envolvidos, conseguindo, num átimo, transformar o Flamengo no maior time do futebol brasileiro, quando a temporada oficial sequer começou.

Mas esperar o que de mesas de comentaristas notória, flagrante e visivelmente anti-palmeirenses, com raríssima exceções? 

Nem é preciso dizer que, ressalvadas as opiniões do Osvaldo Pascoal e Felipe Facincani, não dava para assimilar as demais.  Não dava e, apesar de minha insistência, não deu, mesmo!

A esmagadora maioria das opiniões a mim me soava como a manifestação da inveja e da frustração de jornalistas que usam um veículo de comunicação da magnitude e importância da TV, como forma de dar vazão às suas tendências clubísticas e às suas notórias vocações para chefe-de-torcida.

No afã de defender, ajudar e, sobretudo, servir os times para os quais torcem, se esquecem que a ética profissional e todo o respeito dela decorrente, tem o seu ponto de partida e principal arrimo na imparcialidade profissional.

Aliás, se esses indivíduos não sabem, todo o cronista (o esportivo, inclusive) exerce, ainda que saiba ou não, quer deseje ou não, quer queira ou não, um papel idêntico ao do magistrado, seja na simples exposição dos fatos, tanto e quanto na emissão de suas opiniões sobre os mesmos. 

O que se tem visto e deduzido dos programas da FOX é que são poucos os analistas isentos em relação ao conteúdo que divulgam, conquanto, do ponto de vista da informação em si, não haja nada a criticar . 

Outro dia eu disse, em relação ao Fox Sports Rádio que, tirante o apresentador Benjamim, os dois únicos cronistas autênticos que fazem parte do "cast", são, repito, Pascoal e Facincani.

Os demais com uma ou outra exceção entre aqueles que mostram menos a cara na telinha, se apresentam vestindo simbolicamente, a camisa de seus times de coração por baixo da camisa do dia-a-dia.

Em razão disto, não há como acreditar no desagradável e antipaticíssimo Sormani, aquele que detesta o Palmeiras de tal forma, que emudece quando qualquer assunto em pauta é o Verdão.

Na verdade, ele só faz uso da palavra no decorrer do noticiário alviverde se for para depreciar, desvalorizar e denegrir a imagem do time.

E o tal "Flavinho Portuga", aquele que é epidermicamente alérgico ao Palmeiras e que faz questão de demonstrar em pleno ar que odeia o clube, quem haverá de ligar importância aos seus bostejos? 

Ele é o Bozo do FSR e se fosse transferido para outro programa ou departamento faria com que o nível do programa se elevasse instantaneamente. O programa torna-se melhor, muito melhor mesmo e completamente despoluído, nas raras vezes em que ele não aparece. 

Quanto ao chefe-de-torcida Mano, ressalvadas -reconheço- algumas opiniões com lucidez nos breves momentos em que ele se despe da camisa do Curica, se livra da ideologia corintiana e passa a agir como um profissional a serviço do Jornalismo FC, evidencia de uma forma bem clara e explícita que tornou-se cronista exclusivamente para defender as cores do clube para o qual torce.

Dito isso tudo o que ninguém (nem o Pascoal ou o Facincani) disse é que esta não é a primeira vez que o Flamengo tenta conseguir o time dos sonhos mediante estratosféricos investimentos.

Ninguém realçou ou comentou, por exemplo, que o Flamengo investiu, acho que em 1995, uma fortuna em uma única tacada, para ter Edmundo, Romário e Sávio, o então chamado "ataque dos sonhos" mas que virou o "ataque dos pesadelos"!

Agora, o mais importante e o que nenhum cronista (ao menos entre os que li, vi e ouvi) disse:

1) O futebol não é um esporte em que as contratações caras, per si, resolvam todos os problemas. Se assim fosse os times que investem mais contratariam o melhor de cada posição e ponto final. É claro que contratar os melhores ajuda, mas não se trata da solução única ou final.

2) O futebol é um esporte coletivo e requer sincronismo perfeito entre as peças naquilo que se chama de conjunto. Por isso é que é conhecido como "association", isto é, como gregário e associativo. O estrelismo e a vaidade, próprio dos jogadores mais badalados têm, malgrado os altíssimos investimentos, deixado a desejar para a maioria dos clubes investidores

3) Elencos caros e repletos de estrelas dão trabalho e exigem lideranças capacitadas, sem o que, simplesmente, não funcionam. Estão lembrados do Palmeiras de Róger Machado? E Róger, eu sei disso, até que era dotado de alguma liderança.

4) Agora, o pulo do gato: Futebol é casamento de características e exige sempre jogadores trabalhadores e menos refinados que, como solda, possam ligar os compartimentos. Nem sempre é o craque que resolve. Às vezes um jogador dotado de uma característica resolve o problema de um time, ainda que não seja um craque.

5) Foram inúmeras as vezes em que times, com quase um craque para cada posição, foram batidos em decisões e perderam para outros que tinham apenas um ou outro bom jogador mas possuíam um incrível jogo de conjunto.

Encerrando:

O futebol, acima de tudo, repito, é casamento de características e sentido de conjunto. Sem isso você pode ter um time com Méssi, Cristiano Ronaldo e Neymar juntos mas não vai ganhar nada. Fosse assim e a Argentina, com Messi, já teria sido campeã do Mundo.

Vou comprovar a tese e apresentar o exemplo final que diz respeito à primeira conquista em âmbito nacional do time do Criciúma, a Copa do Brasil em 94. O Criciúma, então, estava na Série B, sob o comando de Felipão.

O Tigre catarinense era um time que não tinha craques, talvez apenas um, Jairo Renzi,  mas eliminou entre outros times o Goiás, o Galo Mineiro e derrotou o Grêmio nas finais, ficando com o título. 

Fui a Internet buscar a escalação daquele Criciúma. Vejam se há, nesse time, algum craque além do artilheiro Renzi?

Alexandre; Sarandi (Jairo Santos), Vilmar, Altair (Wilsão) e Itá
Roberto Cavalo,  Gélson e Grizzo;
Zé Roberto (Vanderlei) e Jairo Lenzi. 

Moral da História: Embora as individualidades ajudem "demaaais" elas não garantem a conquista dos títulos. 

COMENTE COMENTE COMENTE