Observatório Alviverde

01/02/2013

VERDÃO REAGE E SURFA TRANQUILO SOBRE AS ONDAS DA MÍDIA!!


 

 PALMEIRAS 3 X 0 SÃO BERNARDO

Nada a contestar, nada a exaltar, nada a festejar!

O Palmeiras, simplesmente, cumpriu a sua tarefa.

A destacar:

1) A motivação, a disposição, a doação e o espírito de luta da equipe.

2) A estupenda atuação de Valdívia, destacadamente, disparadamente,  indiscutivelmente, iniludivelmente, o melhor em campo, que:

a) comandou a equipe durante o tempo em que atuou, exercendo uma liderança técnica e positiva.
b) deu um show de bola  e mostrou como um meia armador categorizado, deve portar-se em campo.

Desde as tarefas rotineiras dos operários da bola, ao lustro, à lucidez e à categoria dos melhores jogadores, aqueles que nominamos craques, Valdívia fez tudo..

Nas tarefas mais simples de labor campal, como correu, como marcou, como desarmou... 

Como cobriu, como se apresentou para o jogo, como se desmarcou, atuando com a vontade de um juvenil recém promovido, arrancando aplausos de toda a galera palmeirense.

Nas atividades mais requintadas  da bola, reservadas, exclusivamente, aos diferenciados, aos superlativos, aos ases e aos craques, Valdivia extrapolou, exorbitou e esnobou, no melhor sentido dos verbos.

Senão, vejam:

Arrebentou com o jogo pela precisão dos passes tanto os mecânicos, quanto os cerebrais...

Enlouqueceu os zagueiros do Bernardão pelo toque envolvente, pela percepção constante dos companheiros mais bem colocados em espaços impressentidos pelos jogadores comuns, pelo drible fácil desconsertante e vertical, quando necessário...

Valdívia, para a tristeza e desencanto dos manchados e para a decepção completa dos cronistas que o patrulham e censuram, ainda que sem motivos, foi, sem qualquer favor ou dúvida o mentor da importante vitória palmeirense.

Assisti ao jogo São Bernardo e Santos no último final de semana e posso garantir que Neymar não jogou mais do que Valdívia jogou ontem, contra o mesmo adversário. 

O Santos, titularíssimo, com Neymar, Arouca e Montillo precisou da velha ajuda do árbitro para derrotar o Bernardão. O Palmeiras, comandado por Valdívia, ganhou limpo, liso, com notória facilidade e muita autoridade.

A diferença é que os "baba-ovos" - como se dizia no meu tempo, ou os "paga-paus", como se diz hoje - do Sportv, conforme registrei aqui no blog, encheram Neymar de loas e elogios absurdamente descabidos e exagerados em relação à sua atuação contra o São Bernardo...

Porém, ontem, como se imaginava e esperava, não enalteceram o trabalho de Valdívia nas mesmas proporções, apesar do comentarista Luiz Ademar (finalmente) ter conseguido encontrar as palavras que nunca tivera e elogiar alguma coisa do Palmeiras. 

"En passant" é necessário que se reconheça o bom trabalho de Linhares Júnior e do próprio Ademar.

Linhares dedicou-se, mais, a narrar, menos, comentar e foi bom!

Os narradores de tv, - a maioria - impelidos pela vaidade, adoram se imiscuir nos comentários, e se transformarem em palpiteiros ou pauteiros de comentaristas, como adora fazer o Milton Leite que sempre se investe, desnecessariamente, na função de supremo comandante, tal e qual o seu mestre Galvão.

Se os narradores soubessem quanto que os telespectadores gostam daqueles narradores que se limitam a identificar quem está com a bola e quanto detestam aqueles que falam demais, o tempo todo feito matraca e invadem a área dos comentários, certamente limitar-se-iam apenas à função exclusiva de narrar.

Eles parecem não compreender que ninguém assiste a qualquer canal por eles, mas pelo jogo que está sendo transmitido, seja Zé, João, Pedro, Paulo, Nelson ou quem quer seja o narrador.

Quem está de olho na tela, não está interessado, sob nenhuma hipótese, em saber quantas vezes os times se enfrentaram, quem venceu mais vezes, a ficha completa da carreira do jogador, e outras baboseiras, como adora fazer Odinei Ribeiro. 

Será possível que os locutores acreditam que somente eles recorrem à Internet e tão somente eles possuem o endereço dos sites que disponibilizam essas informações? 

O que nós, telespectadores e torcedores, queremos saber, exclusivamente, é quem está com a bola, nada mais do que isso. 

O narrador tem de ter humildade e percepção para entender que ele é, apenas, o áudio complementando a imagem, nada mais do que isto.

Assisti no computador, a parte da narração do Palmeiras x São Bernardo através de um canal europeu, com narração em inglês.

O narrador, com um padrão vocal infinitamente inferior ao Milton Leite, conseguia me agradar mais do que Milton, porque limitava-se, sem inventar, a indentificar quem estava com a bola, sem invadir a área do comentarista ou pautá-lo.

Quem tem de narrar floreando são os locutores de rádio, obrigados a criar imagens orais para atrair os ouvintes e se fazerem entender melhor. A tv é diferente, haja vista que ela transmite a imagem

Mas o rádio, hoje, tem apenas gritadores esportivos, a maioria, insuportáveis como Eder Luiz, a voz mais bonita do rádio atual, mas que narra um tiro de meta como se o zagueiro estivesse fazendo um gol e acha que é normal. 

Por isto, quem tenta fazer rádio em tv (a maioria é assim) está, simplesmente, enchendo o saco de quem acompanha as partidas na telinha.


VOLTANDO AO JOGO:

Em suma, a respeito de Valdívia.

Foi o melhor, foi a expressão superlativa, foi o cara do jogo, 

Porém, parte da mídia e os "marreta-bumbos" das organizadas não querem, definitivamente, reconhecer-lhe o talento e a sua indesmentível condição de craque desequilibrante.
  
Luis Ademar teimava em dizer na transmissão que Valdívia era, apenas, um bom jogador. É muito pouco para um jogador da qualidade do chileno! 

Acorda, Ademar que você está passando um atestado público de desconhecedor ou de perseguidor! 

Antecipe-se aos seus teimosos colegas de profissão, sem medo de estar errando!

Como são econômicos os analistas na avaliação do Mago!

Alguém já imaginou se Valdívia jogasse em qualquer dos outros grandes, protegidos e promovidos diariamente, diretamente pela mídia? 

Mas, se aqueles palmeirenses que se julgam e se arvoram em ser mais palmeirenses do que os demais, principalmente a  tribo dos broncos manchados, não reconhecem o Mago, como esperar ou exigir que a mídia o reconheça?

Depois de Valdívia, o melhor entre todos do time, ontem, foi Barcos, cujo faro de artilheiro e as suas conclusões precisas, materializaram a importante vitória do Verdão sobre o Bernardão.

Fosse Maikon Leite um jogador mais inteligente, de melhor visão de jogo e que levantasse a cabeça para pensar, o futebol de Barcos e a sua condição de matador seriam amplificadas.

Mas, se Barcos olha para a direita e vê o fominha ML, olha a esquerda e vê o imaturoVinicius, como é que ele pode render mais do que vem rendendo?
 

Barcos precisava ter ao seu lado, jogadores mais inteligentes, dotados de melhor QI futebolístico, que entendessem o seu raciocínio e trabalhassem mais com o argentino, atraindo e dividindo a marcação, cada vez mais cerrada sobre o argentino.

Não quero afirmar, nem de longe, que ML e Vinicius tenham comprometido, decepcionado ou atuado mal. 

Cumpriram as respectivas funções, correram bastante e foram úteis, sobretudo Maikon.

Aliás, a formação tática inicial do Palmeiras mostrou a ousadia de Kleina que entrou, apenas, com um volante de contenção, Márcio Araújo.

Por isto andou perdendo o meio de campo no primeiro tempo, até conseguir estabelecer a recomposição defensiva recuando os pontas para ajudar no primeiro combate e, principalmente, Wesley. 

O gol de Barcos, assinalado por volta dos trinta minutos deu tranquilidade e confiança à equipe.

Assim, permitiu que o time, até então ousado, mas exposto aos contrataques, assumisse uma postura mais defensiva, e se tornasse menos vulnerável, procurando explorar os contrataques. 

A partir daí o Palmeiras tomou conta do jogo e não deu chances ao time do ABC.

Voltando a Araújo, reconheça-se, depois de Valdívia e Barcos, foi, ontem, o melhor jogador do Palmeiras, embora tenha entregado duas bolas que se transformaram em jogadas perigosas de contrataques por parte do adversário.

Araújo, na qualidade de operário, marcou bem, cobriu bem, foi bom na entrega e, principalmente, na saída de bola. 

Marcio Araújo é o exemplo claro de que não se pode considerar que um jogador, por não ter correspondido ou atuado bem em alguns jogos ou por um certo período, não presta e nem tem serventia no elenco. 

Wesley também atuou bem, primeiro apoiando o ataque, e, depois, cumprindo um papel tático muito mais defensivo.

Também ajudou muito na marcação a partir do momento em que o Palmeiras tirou o pé do acelerador.

Aliás, coerente com a doença que acomete o clube há anos, o Palmeiras fez três gols e abdicou de atacar.

O jogo, então transformou-se em "jogo de bobinho" com o time acomodado, procurando o toque de bola estéril de um lado a outro do campo, apenas para a manutenção do resultado, desprezando a alternativa de marcar outros gols.

Prass, tranquilo, não foi exigido. Repôs sempre a bola com rapidez e precisão e essa tem sido uma de suas melhores características.

Airton tem fôlego, ataca muito, apoia bem, mas ainda não tenho um conceito firmado sobre as suas virtudes como marcador. Vou esperar um pouco mais para analisá-lo melhor.

Ontem, toda a vez que o velocíssmo lateral esquerdo bernardense Gleidson Souza se projetava, Airton não conseguia marca-lo eficazmente. 

Teve de ser ajudado por Maicon Leite e coberto por Mauricio Ramos que, também jogou, surpreendentemente bem, ele que tem sido um zagueiro muito confuso, fraco e vulnerável.

Henrique, que foi muito mal contra o Penápolis, recuperou-se, ontem, com uma ótima performance.

Juninho melhorou bastante o setor esquerdo tanto pra defender como para atacar. 

Teve muita participação no jogo e uma atuação aceitável, mas se faz mister a presença de uma sombra ou de alguém à sua altura, com quem possa lutar pela titularidade.

Das três alterações introduzidas por Kleina, apenas uma foi técnica, a entrada de Patrik Vieira no lugar de Vinicius. Surtiu efeito, aliás.

Vinicius não jogou mal, mas a entrada de Patrik proporcionou ao time a construção de melhores jogadas pelo lado esquerdo do campo, em razão de Patrik ser um jogador superior, tecnicamente, a Vinicius e, principalmente, por ser canhoto.

Está muito em voga - Luxemburgo inventou essa frescura - os treinadores retirarem o melhor atleta em campo um pouco antes do final do jogo para serem aplaudidos.

Kleina tirou Valdívia para que o mago recebesse o carinho da torcida. O lado positivo da medida foi que não houve vaias ou contestações.

Os manchados se dividiram entre um ou outro que aplaudiu e a maioria que, desta vez se mancou, ficou calada e não vaiou. 

Muito melhor que tenha sido assim! 

Se eles não encherem o saco e desestabilizarem o time, o Palmeiras, com dois ou tres reforços de peso, pode "pegar no breu". Tem de pegar!

Os que foram surpreendidos aplaudindo Valdívia devem ter se justificado alegando que aplaudiam o garoto Edilson que teve o seu batismo de fogo, ontem, contra o São Bernardo e saiu-se, na medida do possível, muito bem.

Wendell entrou no final do jogo substituindo Artur.

Talvez tenha sido, por parte de Kleina, uma forma de reconhecimento pelo sacrifício de ter atuado improvisado na lateral esquerda, domingo passado contra o Penapolense.

Enfim, amigos, aí está a minha visão sobre o jogo e sobre a nossa equipe.

Se é verdade que progredimos, também é verdade que progredimos pouco!

Mas a melhora só virá, gradativamente, jogo a jogo, à medida em que o time for atuando e adquirindo o entrosamento.

O obrigatório toque de experiência e, sobretudo,  qualidade, terá de vir das contratações que o Palmeiras continua tentando, no ocaso da temporada, época em que escasseiam os jogadores de ponta.

Entretanto, estou convicto de que o Palmeiras, se recorrer à base, tem a perspectiva líquida e certa de aproveitar vários jogadores e revelar muitos talentos.

Eu apreciaria demais se Gilson Kleina promovesse ao time principal o cearense João Pedro.

É um jogadoraço, mil ou mais vezes superior a Vinicius, muito mais habilidoso e objetivo.

João Pedro, atacante de ofício, não foge do combate na área adversária,  posiciona-se bem, cabeceia melhor do que Barcos ou do que qualquer outro atacante titular e, principalmente, é dono de um chute poderosíssimo. 

Quem sabe seria ele o companheiro ideal para Barcos?

Outro jogador que, sou convicto, está pronto para entrar no time de cima é Chico.

É um ponteiro direito de extrema velocidade, rara habilidade, que ajuda na marcação, corre o tempo todo, se desloca constantemente no ataque, inferniza as defesas e arremata ao gol com assididuidade.

Se ainda não é melhor do que ML, tem um potencial muito maior e pode se transformar em pouco tempo, num jogador mais completo do que o ex-santista.

Para encerrar eu quero dizer a todos que, sim, é fato, necessitamos de mais três ou quatro reforços de experiência, peso e medida.

Gostei de alguns nomes anunciados em trocas ou aquisições como Charles e Marcelo Oliveira do Cruzeiro por Luan, assim como a possível aquisição de Ronny do Figueirense.

Mas, sinceramente, eu colocaria todas as minhas fichas em alguns garotos de nossa base.

A safra é excelente e temos alguns jogadores espetaculares, de um enorme potencial, todos com capacidade suficiente para oxigenar e renovar o time principal.

Da mesma forma, abririam a perspectiva de proporcionar um grande faturamento ao clube em futuras negociações.

Tudo isso, porém, só poderá se materializar se os manchados permitirem, permanecendo calados como ontem quando 3/4 da torcida presente ao Pacaembu levantou-se para reverenciar Valdívia.

A Mancha, calada, ajuda muito mais o Palmeiras!

Mas quem não sabe disto?


Provavelmente, só eles!

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O PALMEIRAS DÁ LUAN


 


O CRUZEIRO ENTREGA CHARLES E MARCELO OLIVEIRA







Confiram no site abaixo como andam as negociações entre Palmeiras e Cruzeiro para a troca de Luan com Charles e Marcelo Oliveira

http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/cruzeiro/2013/01/31/noticia_cruzeiro,240974/charles-e-marcelo-oliveira-devem-ser-envolvidos-em-troca-por-luan.shtml


Vou interromper por alguns dias a nossa campanha contra a ditadura da Globo no futebol!