Observatório Alviverde

09/12/2013

O PALMEIRAS E SUA TORCIDA NÃO APRENDEM MESMO!


 
Reclamar é um velho vício da torcida palmeirense!

Reclamar de tudo, por tudo, com justa razão, sem nenhuma razão!

Há como que uma esquizofrenia paranóide coletiva, tomando conta de cada um de nossos torcedores.

Embora sem a perda de comportamento afetivo -todos amam o Palmeiras- e sem a perda da intelectualidade, -temos a mais brilhante torcida da Internet- o palmeirense transita entre a mania de grandeza, a mania da critica e a mania de perseguição -aos jogadores-, com extrema facilidade.  

Defendendo essa conduta coletiva doentia, quase uma cultura, muitos argumentam e justificam que a torcida do Palmeiras, na verdade, é, apenas e tão somente, exigente!

Concordo, plenamente! Quem sou eu para discordar? 

Mas, ressalvo, sem medo de errar:

É, concomitantemente, implicante e impertinente, resguardadas múltiplas exceções de torcedores conscientes.

Pelo que depreendo e assimilo do que leio na Internet, amostragem por demais significativa para a criação de um conceito, os anos passaram e passam, mas nada tem mudado, muda e nem parece que vai mudar, em relação à torcida palmeirense.

Referindo-me à estranha realidade comportamental do torcedor palmeirense, obrigo-me a dizer que a maior parte de nossa torcida, em matéria de técnicos e jogadores,  só quer saber, mesmo, de vedetes e medalhões.

Quem não haveria de querer ter, sempre, um time assim?

Até eu, que não sou tão exigente!

Até eu que apostaria no bom e barato, um bom e barato bem diferente daquele de Mustafá, um bom e barato inteligente.

Retornemos, agora, à nossa realidade material ou, sem eufemismos, como dizem, a nossa insignificância financeira.

Temos, em sã consciência, condições de ter jogadores de destaque em nosso time se não conseguimos, nunca, ter dirigentes de tino financeiro e criatividade mercadológica?

Como ter ou empreender uma linha filosófica de grandeza se a situação financeira do clube é incompatível com as contratações de vulto?

Na verdade a torcida palmeirense tem atrapalhado "demaaaaaiiiiiisss" o time de futebol, com exigências absurdas e estapafúrdias que só servem para apodrecer o ambiente do clube.

Muitos, a maioria, ainda imaginando que a Matarazzo, financiadora antiga do clube ou a Parmalat, que o financiou em um passado mais recente, ainda dão sustentação ao Verdão na hora de contratar. Isso é passado!

Então, se o clube contrata um técnico sem nome como Kleina, e outros menos votados, a torcida protesta!

Esquecem-se que Otacílio e Luxa não eram conhecidos nem reconhecidos, quando chamados para montar o grande time de 90, a que muitos chamam de terceira academia, não sem justa razão.

Se o Palmeiras contrata jogadores de destaque em equipes de menor expressão, os atletas que chegam são, estupidamente, minimizados e envolvidos em uma aura negativa de ceticismo, indiferença e de desprezo.

É por isso que as nossas diretorias, despersonalizadíssimas, sem força suficientemente para enfrentar as organizadas, sem visão de mercado ou previsão de futuro, vêm investindo, ano a ano, em veteranos ultrapassados, sem que consigamos extinguir essa prática, verdadeiro câncer que  vem ajudando a matar o clube, pouco a pouco!.

A falta de grana para adquirir os famosos no auge das carreiras, determina essa atitude equivocada de contratá-los no epílogo de suas trajetórias pelo futebol.

Como já disse em outra oportunidade, não sou radical e creio que a situação dos três veteranos - Lucio, Alex e Elano- oferecidos oficialmente ao Palmeiras, tem de ser analisada caso a caso, um a um, para que, de três, quem sabe, se possa aproveitar um.

O que será contraproducente e constituir-se-á em um equívoco de enormes proporções - eu não tenho qualquer dúvida disto- é a aquisição do pacote completo.

Os jogadores, em si, forçoso é reconhecer, são ótimos, tecnicamente muito acima da média.

Cada qual, entretanto, trará consigo defeitos e deficiências que a torcida, perdida em seu fanatismo incorrigível e submetida ao costumeiro acesso coletivo de esquizofrenia paranóide não enxergará e nem considerará.

A primeira é a falta de um físico adequado às exigências do futebol de hoje, com reflexos, mais do que sérios, seriíssimos, à produtividade da equipe em campo, em termos de força.

A segunda, decorrente da primeira, é a lentidão, pecado mortal do time do Coritiba, decorrente das escalações de Alex e Lincoln, que, por milagre, não foi rebaixado à segunda divisão.

A terceira entre tantas outras que não vou perder tempo em citar, é a influência que cada um deles tentará impor ao time.

Segundo disse ontem no Sportv o invasor da profissão e arremedo de comentarista, Juliano Beletti, o principal motivo do aborrecimento de Alex no Coritiba foi o fato de ele ter sido impedido de "dar pitaco" nas contratações do Coxa, o que Alex considera um desprestígio.

De passagem, diga-se que Beletti apoiou Alex pelo ar, o que, em sí, evidencia o despreparo do ex-jogador para a função de analista.

Como pode um comentarista que se autodenomina independente, fazer lobby para um atleta?

Sobretudo porque o atletas em questão está agindo errado, subvertendo os valores e invertendo funções dentro de um clube. Empregado é empregado e não pode arvorar-se em patrão!

Como se vê, Alex não virá, como se espera, simplesmente, para jogar futebol, mas, também para ajudar a indicar jogadores. Isso é correto?

Pelo que a mídia divulgou de forma sutil, visando, como sempre, a blindar a bambinagem, Lúcio deixou os bambis por tentar afrontar o técnico, que, não teve dúvidas, e exigiu o afastamento imediato desse atleta.

Segundo eu tomei conhecimento aqui em BH foi um episódio grave, à beira do desforço físico, que a mídia, como sempre, minimizou a fim de blindar os bambis!

Confirmando a gravidade do fato, Lúcio não conseguiu reverter o quadro que teria provocado, e foi colocado em situação de negociável.

Elano, o tal que falou mal do Palmeiras, gozando e menosprezando o clube pelo Sportv -ninguém me contou, eu vi e ouvi-, por ironia do destino agora recorre ao clube como uma tábua de salvação. 

Creio que Elano ainda seja detentor de alguma força vital, e, em razão disso, aproveitável. Sobretudo em função da chamada bola parada, na qual é um mestre!

Sobre Elano, nada ouvi dessas histórias de imposição de liderança, de indicação de jogadores ou de tentar influenciar no trabalho do técnico, como nos casos de Alex e Lúcio!

É óbvio que os três, se contratados, trarão para o Palmeiras as suas virtudes e seus defeitos. 

Como as negociações com Alex, Elano e Lúcio estão em estágio avançado eu pergunto:

ELES TRARÃO AO CLUBE MAIS VIRTUDES OU MAIS DEFEITOS?

VOCÊ CONTRARIA OS TRÊS E SUBSTITUIRIA A VELOCIDADE DO TIME PELA CADÊNCIA?

CONTRATARIA OS TRÊS?

DOIS?

OU, APENAS UM DELES?

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O MASSACRE DE JOINVILE

http://ts4.mm.bing.net/th?id=HJ.139302471895&pid=15.1

 Com todo o respeito às vítimas de ontem, o MP de Santa Catarina está certo quando se exime da responsabilidade pelo policiamento dentro dos estádios!

A atitude é desassombrada, corajosa, corretíssima, e, sobretudo, de respeito ao povo e ao erário daquele estado!

Os que pensam diferentemente, raciocinem comigo:

O futebol, que arrebata o publico e movimenta multidões e milhões, é um empreendimento eminentemente particular. Ou não? 

Está claro que é, não há como negar, exceto quando o governo ergue um estádio com o nosso dinheiro e doa, criminosamente, ao Cu-rintia!

Assim, cabe aos seus organizadores providenciar a segurança, que custa dinheiro, e muito, dentro dos estádios, repito, pois trata-se de um espetáculo eminentemente particular.

Se as os clubes faturam, 
se as federações faturam, 
se a CBF fatura, 
se os jogadores faturam em dois ou três meses o que muitos não vão ganhar ao longo uma vida...
se os árbitros faturam, 
se os sindicatos faturam, 
se os homens da mídia faturam, 
se todos os meios de comunicação, faturam,
Se a Globo e a Band, faturam milhões e milhões,
por que os gastos com segurança teriam de ser públicos?

Nem me venham com essa de que o futebol é um espetáculo de utilidade pública.

Fosse assim ou, se querem assim, a Globo teria de começar por dar o exemplo, acabando com o maldito e "carésimo" pay-per-view  ou permitindo que outros canais também fizessem a transmissão dos eventos.

Principalmente os clubes as federações e a CBF teriam de baixar o proibitivo preço dos ingressos, limitando-os, no máximo, os populares, entre 10 e 20 reais!

O brutal e lamentável episódio de ontem em Joinvile, evidencia a importância da presença de um aparato policial forte nos jogos de futebol!

Sobretudo naqueles em que estejam presentes duas torcidas rivais.

Detalhe importante: que não seja à custa do erário. 

Parabéns ao "poder público cidadão" do estado de Santa Catarina por preservar o dinheiro do povo, ora oprimido pela ditadura dos oportunistas que transformaram o popularíssimo esporte bretão em um execrável balcão de negócios! (AD)