Observatório Alviverde

06/01/2009

PASSAMOS PELO CASTANHAL, UFA...

Foi difícil, muito difícil, mas passamos pelo Castanhal. Como sempre ocorre em jogos decisivos, sofremos um bocado diante de um time desconhecido, do longínquo estado do Pará.
Os paraenses abriram o marcador aos 19 do primeiro tempo e o Palmeiras empatou aos 38 através do promissor zagueiro Murilo, que fez o seu terceiro gol na copinha. O Verdão virou o jogo aos 8 do segundo tempo com Alex, outro jogador de muito fututo e que está se destacando na competição. O Castanhal, empatou aos 35 minutos e parecia que o jogo terminaria empatado. Mas o Palmeiras marcou com Diogo aos 44 do segundo tempo e, praticamente, assegurou a nossa passagem para a próxima fase, embora ainda não estejamos matematicamente garantidos. Um pontinho contra a Ferroviária garante a vaga e o primeiro lugar ao verdão. Ainda que, numa pior hipótese, percamos para a equipe de Araraquara, o Palmeiras tem tudo para se classificar entre os melhores segundos colocados. O que tem de ser destacado em nossa vitória é a capacidade de reação dessa jovem equipe palmeirense dirigida por Betinho, repleta de ótimos jogadores. E Você que viu o jogo, gostou de nosso time ? Você acredita que temos chances de lutar pelo título ?
Hoje não vou poder analisar a conduta da imprensa. Por problemas particulares só comecei a assistir ao jogo a partir dos 15 minutos do segundo tempo e, ainda assim, não pude acompanhá-lo até o final. O gol da virada só vi depois em um programa esportivo do Sportv.
O único canal que passou o jogo para Belo Horizonte foi a ESPN Brasil, cujo narrador, desconhecido, tinha um bom timbre vocal, mas devia ser alguém contratado através de cachê, especificamente para esse jogo. Não anotei-lhe o nome. Menos mal que ele não fez rádio em tv como a maioria, mas não empolgou ninguém, pois narrou sem qualquer vibração ou entusiasmo. Anotei o nome de um repórter, Conrado, mas tive muito pouco tempo para analisar-lhe o trabalho.
Se você assistiu ao jogo pela ESPN, e souber quem narrou e quem participou, aplique as notas à eles em seu comentário. Fique à vontade.
NOTA: No jogo Gambás x Democrata, narrava no Sportv um entusiasmadíssimo Jota Júnior, em transmissão excelente, acima da média geral. Era um Jota alegre, descontraído, muito diferente daquele locutor amuado, aborrecido e crítico nas vezes em que o escalam para narrar os jogos do Palmeiras. Nosso ex-goleiro Zetti era o comentarista e em um dado momento perguntaram-lhe quem havia sido o seu melhor treinador de goleiros. Sem gaguejar ou pestanejar, Zetti respondeu que fora Valdir Joaquim de Morais. Jota, então, engatou um comentário interessante que dizia respeito à Copa do Mundo de 1966 realizada na Inglaterra, afirmando que Valdir fora injustiçado ao não ser convocado para aquela copa e que o mesmo houvera acontecido com o zagueiro Djalma Dias. Comentários corretos de alguém que conhece a história do futebol. Mas Jota não contou ou sublinhou que tanto Valdir quanto Djalma Dias faziam parte integrante da primeira academia do Palmeiras. Teria sido distração ? Uma acidental omissão ? Ou uma proposital omissão ? Ou, simplesmente, uma confirmação ? A confirmação de que Jota Júnior não gosta, definitivamente, do Palmeiras !

A MANCHA, UM BORRÃO NA VIDA DO PALMEIRAS

Não vamos mergulhar nos meandros profundos da nocividade dessa massa informe de desavisados, inocentes-úteis, ignorantes e violentos que, abrigados sob a nossa gloriosa bandeira verde e branca, a desrespeitam e vilipendiam de forma contumaz, há largos e longos anos.
A Mancha desta vez mostrou, explicitamente, a que veio e, pior, para quem veio.
Iniciada como um movimento de reação aos desmandos e agressões da Gaviões, essa facção de nossa torcida parece ter pendido, definitivamente, para o lado do mal, tantas foram as delinqüencias que cometeu no decorrer de sua existência, desde a sua fundação à extinção até a compulsória mudança de nome para que pudesse sobreviver do ponto de vista jurídico.
Reconhecemos alguns bons serviços prestados pela Mancha, entre os quais a promoção do nome e da imagem do clube, bem como o entusiasmo de suas participações quando dos nossos jogos dentro e fora de São Paulo. Mas isso é o mínimo que se espera de qualquer torcida.
Por outro lado, fez, ainda que sem querer, o jogo dos adversários, na medida em que consagrou-nos o estúpido apelido de PORCO, destruiu a nossa sacratíssima sala de troféus, arrumou brigas e confusões desnecessárias que custaram-nos interdição de estádio e outras severíssimas punições através dos órgãos judicantes que, tradicionalmente, jamais trataram o clube com democrática isonomia em relação aos adversários.
Como se tudo não bastasse, a Mancha, hoje, parece um joguete em mãos de dirigentes maquiavélicos, arrogantes, prepotentes e de uma ambição e sede pelo poder imensuráveis, inimagináveis.
Desavergonhados, continuam reivindicando um poder que já lhes pertenceu, mas do qual não se mostraram dignos, pois jamais foram ao encontro, mas, sempre, de encontro, isto é, na contramão dos anseios de nossa coletividade.
Gente retrógada e demodê, que atrasou em muitos anos a evolução de um clube que, pelo seu potencial e pelo seu passado, poderia ser, folgadamente, se não o maior, mas, certamente, o melhor clube de futebol do país.

É a esses que a Mancha, desavisadamente ou não, presta, hoje, os seus serviços, entrando em cena empunhando com a maior desfaçatez a bandeira "alvinegra-tricolor" encarnada pela oposição de BOSS-tafá et caterva, o retrógado chefete do atraso e da incompetência.
Rapaziada da Mancha, só uma pergunta, reconhecendo-lhes, antecipadamente, o direito livre e democrático de apoiarem que melhor lhes aprouver: " E O PALMEIRAS, COMO FICA ?"