Observatório Alviverde

25/04/2017

SE O PALMEIRAS VENCER O PEÑAROL E JOGAR BEM, VOCÊ CONCEDE NOVA CHANCE A EDUARDO BATISTA?



Não sou um opositor radical a Eduardo Baptista, convicto de que se trata de um profissional sério, lúcido, honesto, interessado, inteligente e bem intencionado.

Digo apenas que ele chegou ao Palmeiras muito tempo antes do que deveria ter chegado, ponto!

O que me fez protestar e não concordar com a sua contratação pelo Verdão, foi o pouco tempo de rodagem desse profissional que não vinha precedido por qualquer trabalho revolucionário ou inovador, que tivesse destaque ou que chamasse à atenção.

Dizer que ele foi bem no Sport é realçar o óbvio haja vista que esse time é, entre todos, aquele de maior e melhor estrutura do estado de Pernambuco.

Suas passagens posteriores pelo Flu e pela Ponte foram, se não tão mal, não tão bem, sem qualquer destaque, realce, marca pessoal ou inovação, mas dentro de uma monótona normalidade.

Positivamente, não dá para compreender como Mattos, que se jacta como um dos principais diretores de futebol remunerados do país, isto é, um profissional da área, cometeu o desatino de uma contratação tão infeliz.

É óbvio que a mídia paulistana não apenas concordou com a contratação de EB pelo Palmeiras, como a aplaudiu e, principalmente, avalizou. 

Aquilo que todo o palmeirense sabe de cor e salteado, isto é, "o que é ruim para o Palmeiras é sempre ótimo para a imprensa", configurou-se mais uma vez e novamente (ficou muito claro explícito), em detrimento do próprio clube.

À época dos rumores da contratação de EB, não vi, não ouvi, não li e nem assisti a nenhum comentário mais forte da parte de ninguém da mídia criticando Mattos ou o clube pela contratação de um técnico incipiente e inexperiente...

Depois, ninguém cobrou uma atitude da diretoria no sentido de encontrar não paleativos mas uma solução definitiva para uma situação de desmandos e falta de liderança que se agravava a cada dia e que acabou se tornando crônica e aflitiva, dentro e fora de campo, via elenco e torcida.

No elenco em face da falta de disciplina, de táticas inovadoras, de novos métodos de trabalho e das seguidas incoerências de Eduardo Batista não apenas na escalação, mas, principalmente na formatação tática de uma equipe que, apesar de individualmente reforçada perdeu o sentido de conjunto e  desaprendeu de jogar.

Na torcida porque o torcedor fica na dúvida se deve ou não apoiar um treinador que se revelou fraco e incapaz até de impor um modelo de jogo eficiente e coerente, a julgar-se pelo que se vê das enormes dificuldades de uma equipe em vencer mesmo os adversários mais fracos de elencos muito mais baratos.

De minha parte, vou (outra vez) baixar provisoriamente o tom de minha crítica entre hoje e amanhã, na expectativa de uma grande vitória do Verdão sobre o maior campeão da Libertadores, o Peñarol, em Montevidéu. 

Para que eu cesse as críticas e, melhor, as releve, só na hipótese de uma atuação perfeita contra o grande rival uruguaio, o que não acredito venha a se configurar e confirmar plenamente nas quatro linhas. 

Tenho certeza, porém, que nem todos os palmeirenses agirão como este blogueiro que vai proporcionar mais essa chance a EB, mas, em absoluto, não lhes tiro a razão.

Muitos palestrinos, tomados pela irracionalidade e pelo fanatismo, enceguecidos pela ira, e outros, ainda, pelo medo de que o time não se aprume em futuro próximo, ainda que o técnico acerte em tudo e o time arrebente em campo alcançando um resultado expressivo contra o aurinegro uruguaio, continuarão, em nome desse futuro pedindo a cabeça do treinador!

E VOCÊ?

Se o Palmeiras vencer e jogar bem, concede nova chance a Eduardo Batista?

Ou independentemente de melhoras, de bons resultados e de bom futebol entende que mantê-lo será um retrocesso?

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