Observatório Alviverde

06/06/2016

PALMEIRAS DERROTA O FLAMENGO E MAIS UMA VEZ A ARBITRAGEM!


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 FLAMENGO 1 X 2 PALMEIRAS

A torcida do Palmeiras dividiu as acomodações do Estádio Mané Garrincha em Brasília com a torcida do Flamengo, cantada em prosa e verso como a maior do Brasil. 

Mas se me disserem que havia muito mais camisas verdes entre os 54.665 pagantes totais que quebraram o recorde de público do campeonato, acredito. 

Parabéns à torcida esmeraldina na capital federal que eu sabia que era grande, mas não imaginava tanto e quanto. 

Por isto, errei em minha previsão imaginando que a torcida esmeraldina presente ao estádio, seria na faixa de pouco mais de um quarto do público presente. 

Que ótimo é dizer que a torcida alviverde superou as minhas expectativas. 

Todas!
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O Palmeiras, como de hábito, foi operado de novo -sem anestesia- pelo árbitro paraense Dewson Fernando Freitas da Silva.

Ele deixou de marcar ao menos dois penais claríssimos, todos decorrentes de toques de mão propositais da defesa do Fla dos quais apenas dois foram mostrados pela Globo. 

Parece que houve um terceiro lance de toque de mão na área flamenguista, mas por mais que me esforce, não estou conseguindo lembrar.

Eis os lances dos dois pênaltis:

1º) Aos 18' do 2º tempo: Luan cruzou alto. Sem conseguir alcançar a bola com a cabeça, Léo Duarte dissimulou e desviou propositadamente de mão para escanteio. Muito pênalti, porém não marcado, com a obrigatoriedade do cartão vermelho ao flamenguista pela intenção.

2º) Aproximadamente aos 38' do 2º tempo, chute cruzado de CX-10, desviado novamente com o braço por um zagueiro do Fla que não deu para identificar porque a câmera estava longe, mas o pênalti não foi marcado. A tchurma do Première mesmo vendo a reclamação dos jogadores palmeirenses, não se dignou nem a reprisar o lance, posto que não interessava...  Não interessava à FlaGlobo, naturalmente!  

Aos 41 do 2º tempo um empurrão proposital sobre Rafael Marques que partia livre, resoluto, para o gol, impediu novamente o Palmeiras de marcar o terceiro gol. Foi um lance rápido, sem muita clareza, mas que pode, perfeitamente, ter sido pênalti. Nem falta o paraense assinalou. Outro absurdo!

Ao final do jogo, após tantos erros da arbitragem contra o Palmeiras, cheguei a imaginar que o árbitro paraense estivesse predisposto a prejudicar o Verdão. 

Porém, ao lembrar-me que quando o jogo estava 1 x 1 e uma bola atingiu, de forma visível, o braço de Moisés dentro da área e ele não assinalou o tiro de rigor, mudei o meu pensamento. 

É claro que à luz da regra ele não poderia marcar, em face do chute forte, desferido à queima-roupa contra o braço do palmeirense, mas devidamente colado ao corpo.

Se Dewson estivesse mal-intencionado, assinalaria a penalidade naquela hora como tantos Luis Flávio de Oliveira da arbitragem já o fizeram contra o Palmeiras. 

Por falar em Luís Flávio, se ele for indicado para o derby, o Palmeiras, como sempre acontece, tomará no sedenho sem reclamar e com toda a classe e dignidade? 

Com a palavra o presidente Nobre, porque de Mattos e Cícero eu nada espero!

NOTA: A incompetência do árbitro ficou explícita ao final do jogo quando constatou-se que Dewson colocou na súmula que o volante Jean estava fora de campo quando bateu o pênalti que decidiu o jogo. Luan foi quem entrou na vaga de Matheus Sales mas o árbitro registrou na súmula, que fora no lugar de Jean!

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FICHA TÉCNICA de FLAMENGO 1 X 2 PALMEIRAS
Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília, DF
Data: 5 de junho de 2016, domingo
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva-PA (FIFA)
Bandeiras: Guilherme Dias Camilo – MG (FIFA) e Bruno Raphael Pires – GO (FIFA)
Público: 54.665 presentes (Novo recorde do Brasileiro)
Cartão Amarelo: Mancuello(Fla); Victor Hugo, Cleiton Xavier (Pal)
Cartão Vermelho: César Martins(Fla)
Gols: 1º tempo Gabriel Jesus 3' - Palmeiras 1 x 0
1º tempo 5' Alan Patrick - Fla 1 x 1 Palmeiras
2º tempo Jean, de pênalti, aos 26' - Palmeiras 2 x 1 Fla.
FLAMENGO: Alex Muralha; Rodinei, Léo Duarte, César Martins e Jorge; William Arão, Márcio Araújo, Alan Patrick(Mancuello) e Everton(Cuéllar); Fernandinho e Felipe Vizeu(Marcelo Cirino)
Técnico: Zé Ricardo
PALMEIRAS: Fernando Prass; Tchê Tchê, Thiago Martins, Vitor Hugo e Fabrício; Matheus Sales(Luan), Jean e Moisés; Dudu(Rafael Marques), Gabriel Jesus e Róger Guedes(Cleiton Xavier)
Técnico: Cuca
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Foi a primeira vitória fora de casa obtida pelo Palmeiras. Com o resultado o Verdão assume o quarto lugar com 12 pontos ganhos.  

O resultado foi justo e premiou o melhor desempenho alviverde que mostrou mais equilíbrio, entrosamento e mais qualidade técnica do que o seu adversário carioca.

Que ninguém diga porém que o Palmeiras enfrentou um time muito fraco ou morto como sugeriram muitas postagens de palmeirenses entusiasmados que tive a oportunidade de ler na mídia. 

O Flamengo foi um adversário difícil, principalmente no primeiro tempo.

No segundo tempo também criou algumas situações de dificuldade para o Verdão. 

Os números finais do jogo (2x1) definem bem a dificuldade do Palmeiras em dobrar o Flamengo, ontem, em Brasília, mas isso apenas realça os méritos do Verdão. 

Na próxima rodada, o Palmeiras terá pela frente o Curica, na Arena Palmeiras e não terá seu jogador (hoje) mais importante entre os zagueiros, Vitor Hugo que aos 34 do segundo tempo viu-se obrigado a cometer falta sobre Marcelo Cirino que penetrava livre em direção ao gol do Verdão.

Em compensação, Cuca conseguiu salvar Dudu, substituindo-o a tempo de não receber o terceiro cartão que também o tiraria do derby de domingo.

Quem está ameaçado de ficar fora do jogo contra o Cu-rintia, agora, é Cuca que vai a julgamento amanhã em razão dos incidentes ocorridos contra a Ponte que culminaram em sua expulsão

Se  as coisas do STJD funcionarem como sempre funcionam contra o Palmeiras, o técnico palmeirense com certeza será suspenso e ficará fora do derby. Não sei se o Palmeiras vai recorrer a algum estratagema legal que impeça a punição de Cuca.

INDIVIDUALMENTE
Prass. Chegou a tocar na bola no chute de Alan Patrick e não se pode afirmar que tenha falhado. Ontem foi pouco exigido porque a maior parte das bolas do Fla foram para fora. Finalmente diminuiu o excesso de saídas de bola via ligações diretas e isso é de bom tom.

Jean. Teve muito trabalho no primeiro tempo pois o Flamengo forçou -muito mais- pelo seu setor. Melhorou muito na etapa complementar conseguindo se tornar um dos destaques do time, quando partiu para o apoio. Foi perfeito na cobrança do pênalti.

Thiago Martins. A torcida precisa entender que se trata de um zagueiro em formação e que vai oscilar em muitos jogos. Ele começou sentindo o impacto do jogo. Depois se firmou e mostrou tudo o que um grande zagueiro tem de ter para se consagrar, principalmente velocidade e recuperação.

Vitor Hugo. É, hoje, destacadamente, o melhor quarto-zagueiro do país. Vai fazer muita falta contra o Curica.

Fabrício. É inegável que deu mais segurança defensiva ao time pelo lado esquerdo, mas ofensivamente ainda está devendo. No ataque ZR e Egídio o superam, a julgarmos pelo que vimos até agora.

Matheus Sales. Jogou para o time. Cumpriu tarefa tática específica de marcação e segundo Cuca só foi substituído Tchê-Tche para aprimorar a saída de bola. Na realidade Luan entrou no lugar de Matheus, mas o remanejamento de Cuca levou-o para a ponta esquerda.

Tchê-Tchê. Apesar da enorme categoria e das vezes em que coloca à mostra o seu imenso talento individual, ele é um jogador -muito mais- de grupo. Coletivamente, outra vez, foi uma peça importantíssima na vitória palmeirense, conforme disse Cuca ao final do jogo, em face de sua imensurável versatilidade e capacidade de transitar por várias posições com ampla desenvoltura e eficiência.

Dudu. Sem render tudo o que sabe e pode, foi peça importante na vitória de ontem. Notei, de forma clara que Dudu jogou de forma contida (nem reclamar da arbitragem ele reclamou)  a fim de não levar cartão. Não levou e está garantido contra o Curica.

Róger Guedes. É um de grande capacidade individual, inteligente e muito acima da média, mas ontem teve uma atuação apenas razoavel. Diferentemente de Luan, Rafael Marques, Alecsandro e outros jogadores mais limitados Guedes, a exemplo de Dudu e Gabriel Jesus não pode se prender, exclusivamente, à pauta do jogo e do treinador. De quando em vez, precisa improvisar. Foi o que faltou a este jogador em suas duas últimas apresentações, ontem, inclusive! 

Cleyton Xavier. Apesar da classe, da categoria e da experiência, ainda não me parece preparado para a titularidade. Ontem ele entrou para tranquilizar o time e colocar as coisas em ordem no meio de campo. Conseguiu, apenas parcialmente. Com todo o respeito a CX-10, repetimos: o Palmeiras precisa de um meio-campista de melhor estofo, de um maestro, de um condutor!

Luan. Voltou ao time outro jogador que nunca deveria ter saído. Apesar do desentrosamento e da lentidão iniciais, firmou-se no jogo, fixou-se no flanco esquerdo do ataque, impediu Rodinei de atacar, voltou para ajudar na marcação, tocou bem a bola, fez excelentes cruzamentos e, enfim, jogou para o time. Que a torcida deixe Luan colaborar no limite de sua capacidade -não é pouca-, mas que compreenda, também que ele não é e não pode ser cobrado como craque.

Rafael Marques. Entrou, colaborou, ajudou... Rafael, a exemplo de Luan, também não é craque e não pode ser cobrado como tal. Mas, além de jogador de grupo é um palmeirense de coração. Que a torcida saiba respeitá-lo como jogador de composição de elenco!

Moisés. PERSONAGEM DO JOGO
Corre e faz o time correr. Defende e ataca como se tivesse um motor e aparece sempre para o jogo. Lança à distância com eficiência e sem qualquer dúvida foi a "personagem do jogo", só superado pelo craque do jogo. 

Gabriel Jesus. CRAQUE DO JOGO
Sem qualquer dúvida ou discussão, Gabriel Jesus foi o craque. Fez o primeiro gol velocidade e oportunismo, esteve presente nos lances mais perigosos criados pelo ataque palmeirense, esteve a pique de fazer um golaço por cobertura tocando por cima de Muralha, quando César Martins saltou acrobaticamente e espalmou caracterizando o pênalti que originou o gol da vitória e sua expulsão que deixou o Fla reduzido a dez jogadores, facilitando a tarefa palmeirense. Gabriel Jesus, artilheiro palmeirense da temporada, com folga, foi O CRAQUE DO JOGO! 

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NA TV
Assisti ao Fla x Palmeiras pelo Premiere com Daniel Pereira e Vagner Vilaron.

Apesar de uma ou outra discordância (é normal) sobretudo em lances de arbitragem, foi excelente o trabalho da dupla que comandou os trabalhos do PPV.

Relato do jogo espetacular de Daniel, (muito bom locutor) que narra sem retrospectivas, exageros, sem blá-blá-blá e com muita seriedade e imparcialidade.

Surpreendentemente, foram excelentes os comentários de Vilaron que ontem, finalmente, soube respeitar o Palmeiras, mesmo nos raros momentos em que criticou a equipe.

Parabéns aos dois. Que continuem assim! (AD)