Observatório Alviverde

26/10/2016

PALMEIRENSE, PERMITA QUE O OTIMISMO BATA EM SUA PORTA!



Meus amigos palmeirenses...

Compreendo esse oito ou oitenta da torcida do Palmeiras na reta final do Brasileiro, em que uns estão pessimistas e outros super otimistas. Afinal, todos têm os seus motivos!

Quero dizer, de cara, que entre os dois, o inexplicável pessimismo que tem tomado conta de tantos palmeirenses, é pior, muito embora eu reconheça que qualquer onda exacerbada de otimismo também não seja uma boa conselheira.

Nesse "oito ou oitenta" que divide o sentimento da torcida, prefiro o quarenta, obediente ao ensinamento de meu tio Valdomiro, do alto de seus 95 anos de total lucidez e de seu conveniente palmeirismo, estritamente social, quando ele diz que "no meio é que está a virtude. 

Porém, como ter ou manter pessimismo diante da performance firme do Palmeiras em um campeonato tão difícil, das suas muitas partidas de invencibilidade e, principalmente, da solidez administrativa atual?

Como ser pessimista diante da corrosiva campanha de esvaziamento movida pela mídia contra o Verdão? Não entenderam? Explico!

Entendam que esse (sim) é um sinal claro, evidente e, sobretudo, revelador de que tudo no Verdão nunca esteve tão bem! 

Se a mídia permanecesse quieta e reticente ou fazendo algum elogio inócuo ou imerecido, aí, sim, haveria motivos para maiores preocupações...

De qualquer forma, entendo o sentimento que domina os palmeirenses pessimistas e não os culpo por seus negativismos e temores. 

Cansados de vivenciar lutos e decepções, menos pelas más atuações da equipe, e muito mais em função das ações extra-campo nefastas de jornalistas amestrados, de entidades administrativas que não se respeitam, das autoridades teoricamente judicantes dos TJs esportivos da vida, e, sobretudo das arbitragens no campo de jogo, o torcedor já se resguarda de emoções negativas, muitas vezes mortais.

Para que não se vá tão longe, dá pra esquecer daquele Santos e Palmeiras com Ceretta de Lima no apito? Ou dá? É claro que não dá! Nunca, Never "N'avoue Jamais", e em tempo algum! 

Como toda a tragédia deixa um consolo, resta o lenitivo de que, ao menos, ele não apitou nunca mais nenhum jogo do Verde, amém!

Agora, como -em sã consciência- explicar a contínua ação destrutiva da maior parte da mídia em relação ao Palmeiras? Freud não explica e nem Justus justifica!

Não existe -nunca existiu- a mais mínima preocupação da mídia paulistana, com as situações de rebaixamento já vivenciadas pelo Palmeiras que, eles adorariam fosse "forever", isto é, para sempre, em idênticas proporções aos sentimentos de ódio frustração e decepção que hão sentir caso o Palmeiras ganhe este Brasileirão. 

Ou muitos deles não aplaudiram a decisão do departamento de futebol do Palmeiras em jogar a Copa do Brasil com um time misto diante de  um Grêmio, sob nova direção e tão motivado?

En Passant: Que falta continua fazendo o saudoso Milton Peruzzi!!!

Massacrantemente formada por sãopaulinos, curicanos e até ousados sereiístas, cujos indicadores sujos estão sempre apontados para o Palmeiras e contra o Palmeiras, a maior parte da crônica esportiva paulistana trabalha aberta e escancaradamente contra o Verdão.

De há muito parei de ligar rádio, de comprar jornais paulistanos e de assistir a programas esportivos gerados na capital paulista. Dá asco!

Entretanto sou obrigado a tolerar em Tv os relatos e opiniões de notórios "antis" que, de uma forma bem perceptível, trabalham subliminarmente pelo fracasso do clube. 


Deu pra reparar que se o lance é de interpretação contrária ao Palmeiras e não foi assinalado, é repetido e cobrado do árbitro várias vezes até o fim do jogo? 

Deu pra sentir também que se o lance é dúbio ou interpretativo, a manifestação dos analistas é sempre contra o Verdão?

A favor do Palmeiras em TV só aquilo que é escancarado!
 
Os próprios árbitros já perceberam que diferentemente do que ocorre quando apitam os jogos de outros clubes, ainda que errem feio contra o Palmeiras, o lance só será citado ou mostrado, no máximo, uma ou duas vezes e tudo se encerra por aí sem maiores repercussões! 

E pensar que entre esses tantos jornalistas jactanciosos e pretensiosos, os mesmos que se julgam superiores a quem os vê, ouve ou lê, ainda têm a coragem e o desplante de afirmar que palmeirense tem mania de perseguição.

Contradito-os afirmando que eles -sim- é que têm a mania de perseguir!  
A maioria absoluta dos cronistas opinativos que militam em Sampa e até no Rio está sempre à procura de pelo em ovo a fim de colocar obstáculos na trajetória palmeirense sem se preocupar se isso pode ou não ser prejudicial à profissão. Mas eles sabem que sim!

Com a maior desfaçatez e cara-de-pau, batem no Palmeiras indiscriminadamente, especialmente aqueles que vestem por baixo do uniforme de suas empresas a camisa das gazelas, se esquecendo de que sem a presença do Verdão os campeonatos não têm o menor sabor.

Os cronistas bambis jamais perdoarão o Palmeiras e os palmeirenses por fazerem com o Curica o "Derby Paulista", termo que Thomáz Mazzoni foi buscar turfe e que em todos os países do planeta bola serve para caracterizar o maior e mais importante evento esportivo popular de uma cidade.

Mas alguém (exceto os cronistas que odeiam o Palmeiras que omitem a verdade e enganam o povo) duvida que Palmeiras x Curica é (continua sendo) o maior jogo do futebol de São Paulo e um dos maiores do "Planeta Bola?"  

Por tudo isso, ainda que o time (como ocorreu este ano) seja um líder folgado, com a ampla diferença de 6 pontos sobre o segundo colocado e com amplas possibilidades de levantar a Taça, parte da torcida diz que não acredita, porém apenas como uma forma de não se iludir caso sobrevenha uma hecatombe.

Isso só existe em face de tantas decepções pretéritas vivenciadas pelo Verdão em situações parecidas com as que estamos vivendo nos últimos dias deste galopante ano de 2016. 

No entanto, verdade seja dita, vivemos um momento ímpar, diferente de todos aqueles vivenciados nos últimos anos.

Infelizmente o próprio Palmeiras, com o fito exclusivo de ganhar o Brasileiro, cometeu o imperdoável pecado de disputar as quartas-de-final da Copa do Brasil poupando jogadores e representado por um time misto. 

Foi um tiro no pé que não se sabe se foi disparado por pessimismo ou por super-otimismo, mas prefiro acreditar mais que por pessimismo, pois, parafraseando Luxemburgo, "o medo de perder o Brasileiro, tirou-nos a vontade de vencer a Copa do Brasil". 

Tinhamos (temos) time e elenco para vencer as duas competições, mas o pessimismo (conforme previ) roubou-nos essa condição. 

Daqui a cinco anos poucos vão se lembrar que o Palmeiras era o melhor de 2016 mas jogou as decisões para as semifinais representado por um time misto! 

Da mesma forma, deu para avaliar o tanto que o Palmeiras perdeu em termos de renda, de exposição na mídia porquanto mesmo a atual de líder do campeonato é pequena e restrita!

Para aqueles que têm 2009 como parâmetro ou justificativa para temer pelo pior há que se registrar a falta de harmonia diretiva entre Belluzzo e Cipullo quando o presidente, que parecia não se entender com o diretor de futebol e despediu Luxa, amigo de Cipullo!

Essa "briga" elevou-se a um plano acima dos interesses do Palmeiras pois o presidente objetivava contratar Muricy. Nem é preciso repetir tudo o que veio depois disso!

Desta vez, mesmo que os números (ainda) não autorizem e que as nossas razões tanto e quanto as razões do próprio futebol não permitam que se afirme -peremptoriamente- que o título já é do Verdão, a grande verdade é que se pode afirmar de uma forma prática, concreta e real -sem otimismos ou pessimismos- que as chances do Palmeiras estão "al di la", isto é "muito além do que possa conceber a nossa vã sabedoria"!

Para quem ainda não percebeu esta é a razão da amaríssima decepção atual de 90% ou mais componentes da crônica esportiva paulistana

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