Observatório Alviverde

21/12/2014

A MÍDIA PAULISTANA (com raríssimas exceções) É FACCIOSA, INCOMPETENTE, DESPREPARADA, JUVENIL E IMATURA!


 

Sou de um tempo em que os jornalistas esportivos eram sérios, maduros, focados, responsáveis, acentuadamente éticos, e,  tinham como exclusivo escopo, no sacratíssimo exercício de suas funções, a eficiência profissional.

O que buscavam no trabalho, resumia-se, prioritariamente, em prestar os melhores serviços possíveis à comunidade, pautados pelos insubstituíveis postulados da verdade, da honestidade, da razão e da justiça, com plena autonomia nas escolhas e ampla liberdade nas ações.

Foi, essa, e, assim, a época áurea da comunicação esportiva no Brasil, no período compreendido entre as distantes décadas de 50 e 60, do século passado.

Nesse memorável tempo eu ainda não era jornalista e, sequer, imaginava que viesse, um dia, a se-lo, não passando de mero consumidor da comunicação esportiva, liderada, então, por um veículo fantástico, responsável pela disseminação e, sobretudo,  pela dimensão de popularidade atingida pelo futebol no Brasil, o rádio.
  
A imparcialidade no trato aos clubes, era a marca predominante da mídia daquele tempo, -a escrita, também- tanto e quanto o são, em antítese, nos dias de hoje, o escracho, a desonesta tendência clubística e a falta de compromisso com a ética e com a verdade de parte ponderável dos profissionais da área.

O que se pode cravar, sem medo ou riscos de incorrer em erros, é que dos anos 50(s) a 60(s), vivenciou-se a era de ouro da imprensa esportiva brasileira, sob todos os ângulos pelos quais se a enfoque e sob todos os pontos de vista pelos quais se a julgue.

A nós, ouvintes e tietes, cabia a divertida, porém difícil tarefa de tentar descobrir para quem torcia um Mário Moraes, um Mauro Pinheiro, um Ruy Porto, um Pedro Luís, um Oduvaldo Cozzi, um Edson Leite, para que se registre, apenas, meia dúzia dos expoentes mais representativos entre centenas de partícipes da era de ouro do rádio que antecedeu, cronologicamente, os primórdios da comunicação televisiva no Brasil.

O respeito era tal, a consideração era tanta, que, eu ouvia, tranquilamente, um Bambi x Verdão optando pela narração vibrante de Geraldo José, fanático sãopaulino que trabalhava nas Rádios Record e Panamericana, do conglomerado das Emissoras Unidas, de propriedade do fundador do SPFC, Dr. Paulo Machado de Carvalho, sem o menor embargo, constrangimento ou problema.

Nem sei a quantos Curintia x Palmeiras assisti através do relato claro e vibrante de Haroldo Fernandes (da escola de Geraldo José), sem, sequer, me preocupar que o coração de Haroldo era pintado de preto e branco. 

Uma coisa era líquida e certa. Havia respeito da parte de todos os profissionais a todos os segmentos envolvidos na relação, fossem os clubes, os jogadores, os dirigentes, os cronistas ou o próprio público. 

Eu disse tudo isso como preâmbulo, até chegar ao descalabro que vivemos nos dias de hoje, em que os meios de comunicação e, pior, muitos cronistas, vestem a camisa dos clubes dos quais dependem ou com os quais se simpatizam e exercem, sem avisos ou ressalvas, papéis indignos de divulgação e opinião, que colidem com a ética, com as normas de conduta e com todas as regras que deveriam pautar as suas ações profissionais.

Vocês notaram como os repórteres e redatores dos grandes portais midiáticos adoram dizer que o Palmeiras perdeu? 

O Palmeiras não joga desde o dia 07 de dezembro, e, no entanto, continua perdendo vários jogos todos os dias, sendo que só ele perde, ninguém mais.

A moda, agora, é colocar qualquer disputa por um determinado jogador na dimensão de uma partida, como se fosse um confronto entre o Palmeiras e seus adversários.

Os focas idiotas da UOL, tendencioso portal do grupo folha, assumida e reconhecidamente bambi, são mestres nisso. 

É muito provincianismo, embora quem conheça o baralho saiba, perfeitamente, que o verdadeiro móvel da atitude é desmoralizar o Palmeiras e, subliminarmente, impedir que os jovens venham a torcer pelo clube!

Os bambis contrataram o obscuro Tiago Mendes, que interessava ao Palmeiras, por opção do próprio jogador, sãopaulino confesso, mas a imprensa, quase toda, divulga que o São Paulo "derrotou e humilhou" o Palmeiras.

Porém, na hora em que o Palmeiras, diretamente, está tirando Alvaro Pereira lateral esquerdo deles, aí a mídia muda o jogo e garante que os bambis é que não estão interessados em renovar-lhe o contrato. 

Mas que "cazzo" de jogo é esse em que o Palmeiras tira Hernani Banana de dentro do Curíntia, usando um empresário curintiano mediante melhor oferta e a mídia que, até então, divulgava que o Cu-rintia derrotava o Palmeiras, não tem a hombridade e a honestidade de registrar a reação palmeirense na disputa e a sua vitória no mesmo "jogo"?

Vocês viram quantas vezes eles publicaram, publicam, republicam  e continuam bostejando que Nobre perdeu Kardec para os bambis, enaltecendo, imerecidamente, o presidente bambi, aético, aproveitador ingrato e desleal?

 Constataram como se omitem de criticar Aidar, malgrado tantos erros e abusos por ele cometidos? 

Mas, por castigo e para o desespero de tantos da imprensa, as características negativas desse prócer finalmente, começam a ser, desvendadas e publicadas, embora bem devagarinho e com jeito, porque a mídia não está tendo como evitar! 

É uma espécie de "lava-jato" da roupa suja, encardida e podre dos bastidores tricolores em repercussão de inevitável publicação!

Mas, apesar do escândalo que provoca, a divulgação do caso é insuficiente e tímida, e só ocorre, porque a mídia não tem como minimizar ou abafar a incontível ira de Juvenal e apaniguados, como, de fato, gostariam de fazer.

Moral da história: na briga das comadres vêm à tona as verdades.

Só que essas verdades não interessam aos "profissionais" que coordenam as divulgações nesses portais, mormente a UOL, cujas ações, em contrapartida, têm sido arrasadoras em termos de projeção de imagem negativa e desmoralização da SE Palmeiras.

Para encerrar, forçoso é dizer que pouco adianta que nós, torcedores, isoladamente, peitemos a situação. É imperioso que o próprio Palmeiras reaja à altura e com ampla indignação a esses abusos que já se tornaram uma rotina na tumultuada vida do clube.

Há mil e uma formas de agir, através de desmentidos, de notas oficiais, de protestos, de pronunciamentos, de processos cabíveis ou mediante ações fortes de limitação, exclusão ou restrição  da atividade desses órgãos de imprensa infames e indignos que continuam sendo obstáculos de grande monta na trajetória palmeirense.

O Palmeiras, leia-se Nobre e diretoria, não pode mais submeter-se a semelhantes abusos!

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