Observatório Alviverde

23/05/2012

C-O-P-A D-O B-R-A-S-I-L CHEGAMOS ÀS SEMIFINAIS!

 

Assisti ao jogo do Palmeiras e pude constatar que o árbitro não se importava se o Palmeiras se classificasse ou não, o que é normal.

Talvez, por isso, tenha deixado de marcar o pênalti claríssimo sobre Juninho.

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Assisti ao jogo Vasco e Corinthians e constatei que o árbitro estava ansioso pela classificação das galinhas.

Encheu o time cruzmaltino de cartões e foi leniente em relação à dureza e a violência habituais do time cu-rintiano.

Deixou de expulsar o “cri-cri” Jorge Henrique, hoje, seguramente, o jogador mais desleal do futebol brasileiro, que além de haver cometido uma falta passível de cartão, aplicou uma cabeçada no rosto de Éder Luiz.

Ao invés e punir o faltoso na proporção do ato de indisciplina, isto é, expulsando Jorge Henrique, contemporizou. Deu, apenas, cartão amarelo ao algoz e exagerou ao apresentar cartão também à vítima.

Como cultivo fazer por hábito, não vi a Globo e nem ouvi a turma do rádio, mas estou convicto de que disseram que Vuaden acertou.

O CU-ríntia pode tudo, o Palmeiras, nada!

Quando é que vai aparecer um árbitro com personalidade e autoridade  para desafiar o sistema e marcar os pênaltis que ocorrem a favor do Palmeiras?

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Ontem o Palmeiras jogou mais do que o Atlético, mas esteve longe de ser brilhante. Foi, apenas, eficiente.

O sistema de zaga esteve impecável como um todo, ressalvadas algumas falhas individuais em um ou outro lance.

O meio de campo se impôs técnica e territorialmente mostrando eficiência no primeiro combate e boa saída de bola.

O ataque, novamente, mostrou deficiências, pouca efetividade e muito desentrosamento.

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Na defesa o expoente foi Henrique, aliás o melhor em campo. Muito vigor, muito empenho, e, sobretudo, técnica.

Perfeito na marcação, na antecipação, no desarme, no jogo aéreo, na cobertura, na entrega de bola, exerceu também a função de orientação e liderança sobre os companheiros de defesa.

Henrique coroou a sua grande atuação com um belo gol de cabeça que selou a classificação palmeirense para a fase semifinal da Copa do Brasil, aos 37 do segundo tempo.

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Nossos laterais se esforçaram bastante, mas, por questões táticas, apoiaram muito menos do que em outras oportunidades. Cicinho foi melhor do que Juninho.

Leandro Amaro deu conta o recado, em noite quase impecável da defesa palmeirense que jogou com seriedade e competência, não se importando em apelar para os chutões e para as jogadas feias, quando necessário.

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Uma das razões determinantes da boa atuação da defesa  foi o primeiro combate exercido por Araújo, Assunção, João Vitor e contando com o auxílio valioso de Valdívia e, principalmente, de Mazinho.

Os três volantes e contenção jogaram muito bem, praticamente em um mesmo plano, sem que ninguém se destacasse, o ponto de vista individual.

Hoje o Palmeiras não foi refém dos lances oriundos de bola parada de Marcos Assunção e isso é muito bom.

De qualquer forma um registro positivo a Assunção pelo empenho, pela garra e, principalmente, pela liderança exercida dentro de campo..

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A transição defesa/ataque, através de Valdívia e Mazinho, foi o defeito principal da equipe.

É um defeito crônico decorrente do esquema defensivista de Felipão que isola o centro-avante, haja vista que os jogadores de transição, ontem, Valdívia e Mazinho, são obrigados a recuar para marcar.

Na retomada de bola, eles estão muito longe da área adversária e, principalmente, do centro avante.

Como os laterais são proibidos de se projetar sempre para o ataque, o time tem de vir tocando a bola lá de trás,

A demora decorrente da armação dos contrataques permite a rápida recomposição da defesa adversária,

Nossos centro-avantes vivem um dilema tático pois não sabem se jogam fixos na área, entre os beques ou se voltam para ajudar na marcação, fugindo da área inimiga.

Barcos vive esse dilema pois se permanece fixo dentro a área a bola não chega e, se volta para marcar, passa a ser mais um meia de ligação sem ter com quem trabalhar em profundidade.

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Com esse esquema de Felipão, ultrapassadíssimo, qualquer centro-avante tem dificuldades para jogar e acaba sendo queimado.

Foi o que aconteceu hoje com o estreante Betinho, pouco procurado, pouco acionado e que, nas raras vezes em que recebeu a bola, foi sempre “na fogueira”.

Betinho correu bastante, deslocou-se, apresentou-se para receber,  mas, mesmo assim participou minimamente do jogo.

Aliás esse é o grande nó do esquema tático de Felipão e a explicação mais lógica e razoável para a crônica dificuldade do time em fazer gols.

Se o centro-avante joga enfiado a bola não chega porque a saída de bola é lenta, porque todo mundo está atrás marcando. Só melhora quando joga Maikon Leite, talvez, hoje, o maior “sprinter” do futebol brasileiro

Além disso os laterais pouco avançam, e, quando avançam, cruzam decepcionantemente.

Cicinho e até o reserva Artur, quando atacam, o fazem sempre na diagonal embolando e retardando as jogadas.

Só Juninho, na ala esquerda, faz corretamente as jogadas de fundo, mas nem sempre sabe cruzar com perfeição.

Em uma frase, o esquema não ajuda!

Se o camisa nove resolver jogar, voltando para poder participar um pouco mais do jogo, atuando mais atrás ajudando na marcação, ou, se procura os lados do campo, vai sempre faltar a referência e todos dirão que o time não tem centro-avante.

Barcos, muito mais técnico do que Betinho, consegue multiplicar-se e exercer as duas funções, mas tem se queimado por isso. Ficou vários jogos sem ir à rede e já estava sendo olhado por alguns com desconfiança;

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Interessante e surpreendente que Felipão deixa no banco o seu melhor atacante, Maikon Leite,

A alergia (ou seria melhor dizer o medo?) de Felipão por time ofensivos é tamanha que ele parece temer que Maikon acerte, seja o titular, se entrose e que o ataque comece a fazer muitos gols.

Só isso explica, jamais justifica, Maikon Leite no banco. Guardadas as devidas proporções, seria como o Santos colocar Neymar no banco sob a fútil e irresponsável alegação de que ele rende mais quando entra com o jogo em andamento.

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Em um jogo no qual Valdívia jogou para o gasto mas ajudou a decidir, há de se reconhecer que o Palmeiras melhorou.

Houve, no jogo de ontem, muita raça, pegada, determinação, espírito de luta e total empenho por parte dos jogadores.

O grupo parece estar unido, motivado e imbuído dos maiores propósitos e melhores intenções no que respeita a vencer a Copa o Brasil.

As comemorações dos dois gols mostraram a boleirada bastante animada e festejando bastante. Isso é um sinal evidente  da união do elenco.

Será que, finalmente, encontramos o nosso rumo, o nosso norte?

Tomara!

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Quase 18 mil palmeirenses prestigiaram o Verdão na Arena de Barueri.

Por que o Palmeiras não continua mandando os jogos nesse estádio que nos traz tanta sorte, muito público e excelentes arrecadações?

Por que continuar jogando no aziago Pacaembu?

Incorrer em um erro é humano, persistir no erro é burrice!

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Que venha logo o vencedor de Grêmio x Bahia.

Torço para que seja o Bahia!

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