Observatório Alviverde

03/10/2013

CHATA E CRICRI, A MAIOR PARTE DA TORCIDA PAULISTANA, DO PALMEIRAS!

 

 

Com o conhecimento e a autoridade de quem morou em oito estados da Federação e só não colocou os pés em três deles, ex-territórios, ouso afirmar que: “a pior, entre todas as torcidas que conheço, é a torcida paulistana do Palmeiras.

Afirmo e reafirmo isso de forma peremptória e categórica, sem o menor temor de de incorrer em erros ou de cometer injustiças pois, “é a mais pura e sacrossanta realidade” (créditos para Tony Renis):

Não sei se pela ascendência européia, se pelo poder aquisitivo maior, se pela escolaridade mais ampla, se pela condição econômica mais favorável ou, em última análise, por qualquer outro fator, parcela ponderável de nossa torcida paulistana, mais prejudica do que ajuda o Palmeiras.

Vejam bem:

O palmeirense sempre foi, é, e continuará sendo, por melhores que sejam as circunstâncias do clube ou do time, um eterno insatisfeito!

Não seria exagero dizer que a nossa torcida está sempre cobrando a diretoria e os jogadores e que, muitas vezes o faz, exclusivamente por vício, sem o menor motivo!

Como se não bastasse tudo isso, o palmeirense – vou ser extremamente rude e franco - é portador de uma incomensurável vaidade, que o coloca, até, acima do próprio clube sob quaisquer circunstâncias,

Parafraseando novamente, como já fiz várias vezes, o jornalista Euclides da Cunha, “o palmeirense é, antes de tudo, um crítico”, ao que acrescento, “com raras exceções” que, felizmente, existem.

“Al-di-la” do que dissemos no preâmbulo deste post, o palmeirense, também, é um incoerente, muito em função, certamente, de sua raiz atávica, fincada na “Velha Bota”.

Descendente – por via de regra -  da raça italana, portadora de qualidades excepcionais como inteligência, honestidade, trabalho e boas intenções, a torcida alviverde consegue ser, também, e a um só tempo, atrabiliária, contestadora, insubmissa e anarquista, tanto e como o são os italianos em seu viés mais negativo..

Sem querer discorrer mais profundamente sobre esses fatos e aspectos, ou tentar analisá-los à luz de meus parcos conhecimentos da ciência sociológica, eu só quero acrescentar que “o que foi posto, com muita sinceridade, aliás, explica, bastante, a situação que vivemos”!

Vejam só:

O time é líder da série B, cumpre uma campanha espetacular, irrepreensível, com perspectivas de bater o recorde obtido pelo maior adversário, o Curintia, mas, ainda assim, recebe o tratamento de um time que ostenta colocação abaixo da linha classificatória.

Valdívia, cracaço de bola, aquele que entra, desequilibra e resolve, é perseguido de maneira cega, ostensiva e obstinada, pela maior torcida uniformizada da equipe, que, por ordem, sabe-se muito bem de quem, investe furiosamente sobre o jogador mais valioso do elenco.

Márcio Araújo bate recordes de permanência no elenco e, ao invés de ser enaltecido, valorizado e homenageado, é duramente castigado, exposto a todo tipo de humilhação, com direito a pressão extra-campo para que não renove o seu contrato visando a  2014.

Gilson Kleina, cabeça nova, mentalidade diferente, impõe um ritmo de trabalho forte, prova confiabilidade e competência, mas parte ponderável da torcida trabalha, abertamente, inexplicavelmente, por sua dispensa, ainda que não seja esta a hora de, ao menos, se cogitar a dispensa do treinador.

E o faz de forma burra mesmo sabendo que estamos entrando no momento crucial da luta pela classificação

O Palmeiras está a três vitórias, no máximo quatro, de seu retorno à elite do futebol brasileiro, fruto, reconheça-se, do trabalho e da competência do próprio Kleina, mas esse é, para eles, para eles, um assunto irrelevante!.

A impressão que fica é que tem gente torcendo pelo “quanto pior, melhor”, a fim de, individualmente, vencer no fictício campo das idéias, o único digno, – de novo, para eles, para eles - da ostentação de um palmeirense  presunçoso ( A maioria o é, quem sabe, eu, também, não o seja?!).

Vivemos um momento em que temos a obrigação de “maneirar” nas críticas, abrandando-as, e, se possível, muito mais, elogiar.

Ainda que o Palmeiras – pode ocorrer – venha a conhecer dois ou três tropeços na maratona das próximas semanas, a nossa perspectiva de classificação continuará em pé, excelente e factível.

Temos de estar atentos para isso, a fim de que, de fora para dentro do campo, nós, os torcedores, não venhamos a contribuir, de forma irresponsável e lamentável, para uma derrocada fatalista imprevisível e imprevinível!

Tudo tem seu tempo certo: (a frase só coincide com o verso de “Menina-Moça, música de Luiz Antonio)

tempo para perder, tempo para vencer, tempo para cair, tempo para reconstruir, tempo para a reflexão e  tempo para a consagração.

Vivenciamos, nesta hora, a nossa reconstrução, a caminho da consagração.

Em razão disso, se vocês me permitirem, apresento duas sugestões aos palmeirenses que conseguem fugir à regra geral da vaidade, da crítica e da incoerência, típicas de nossa torcida:

Primeira: Vamos deixar para fazer as nossas projeções e defender nossos planos para 2014, a partir do momento em que, ao menos, estiver aritméticamente confirmada a ascenção do Verdão à série A.

Segunda: Economizemos, neste momento, nas retaliações e críticas, mas sejamos perdulários nos elogios”! Precisamos inflar o ego e aumentar o amor-próprio e a confiança do grupo!

É assim, meus amigos palmeirenses, que daremos a nossa contribuição a fim de pavimentar o caminho do Palmeiras à elite do futebol brasileiro!

Tem de ser assim! É melhor que seja assim!

Ou vamos continuar, indefinidamente, ostentando o lamentável título de torcida mais cobradora, chata e cricri entre todas do futebol brasileiro?

Avanti,Palmeiras!

Scoppia Che La Vittoria è Nostra

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