Observatório Alviverde

31/10/2011

O ROTEIRO DA PEÇA DE SCOLARI NÃO MUDOU, COMO SE SUPUNHA! NEM O RESULTADO!

 

Estive na Arena e assisti ao jogo, desta vez, ao vivo.

O Palmeiras foi o de sempre, 

I-n-e-f-i-c-i-e-n- t-e!  I-n-c-o-m-p-e-t-e-n-t-e!

O técnico,  teimoso, turrão, conservador que não muda seus conceitos arcáicos e nem se recicla.

Ruy Barbosa já dizia com muita propriedade: “O burro é o único animal que não volta atrás”.

Burro fui eu de ter ido ao estádio, se o que iria ocorrer eu já previra e se desenhava por antecipação!

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Não quero dar uma de comentarista do Sportv, os famosos analistas de resultado ou justificantes de placar.

Entretanto, não posso fugir de emitir uma crítica no após jogo, ciente e consciente de que a faria antecipadamente, se soubesse que o Homão deixaria fora do jogo contra o Galo, o nosso melhor zagueiro, Henrique.

É mole? Ou quer mais?

Quem poderia imaginar que Henrique não jogasse ou, sequer, viesse a ser aproveitado durante a partida!

Foi uma grande estupidez a não escalação de nosso zagueiro, muito mais rápido do que Ramos ou Heleno, para enfrentar uma equipe cuja característica principal era e é a velocidade.

Sei, perfeitamente, que com a projeção de suas duas torres, Réver e Leonardo Silva, na outra jogada forte dos mineiros, precisávamos de uma defesa ótima no jogo aéreo.

Mas nem Thiago Heleno nem Maurício Ramos são tão melhores assim do que Henrique nesse quesito. Os três se equivalem!

Henrique tem o “plus” da melhor técnica, da maior velocidade e, principalmente, da recuperação!

Resultado: Felipão, outra vez, escalou errado. Ele deveria juntar-se aquele grupo de pagode denominado “Só Pra Contrariar”.

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Vocês ainda não notaram que ele, mais do que gostar, amar ou adorar, cultiva  escalar sempre um time que contrarie a expectativa geral, o senso  e o próprio óbvio?

Quando se espera que o time seja um, sem novidades ou mexidas, ele realiza alterações de última hora, tipo essa do Henrique, inexplicável e injustificável, haja vista a sua opção, sempre pelo pior.

Aí ele deve cutucar o Murtosa, dar uma risada por baixo do bigode e dizer. –“ Viu, compadre, mais uma vez enganamos a mídia e a torcida. Eles nunca vão acertar o time que escalo e que coloco em campo HAHAHAHA”.

Mas, na realidade ele próprio se engana! Como gosta de se enganar!

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Scolari garantia que o time seria ofensivo diante do Galo e dava isso como certeza absoluta.

Na ausência de Assunção ele contava com Cicinho projetado como ponta pelo lado direito e com Luan, aberto, pelo lado esquerdo.

Com o que ele não contava era com a marcação especial. fortíssima, sobre Cicinho, exercida pelo baixote rápido, corredor e dotado de grande fôlego, Bernard.

Ele conseguiu correr atrás de Cicinho o jogo inteiro e, de quebra, ser efetivo e perigoso na medida em que, como um passe de mágica, se transformava de defensor em atacante, instantaneamente, na dupla função que exercia.]

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Se houve alguma alteração tática no Palmeiras contra o Galo, essa foi a (relativa) ofensividade de Luan pelo lado esquerdo, que, ao menos ontem, não voltou tanto para ajudar tanto a defesa e  foi bastante acionado pelos companheiros para as jogadas pelo flanco esquerdo do campo.

Vejam que a intenção de Felipão era a melhor possível, mas a realidade é que, na prática, ele não dispunha e nem dispõe de peças capazes do jogo lateralizado, passagem dos alas, jogadas de ponta e para os cruzamentos em direção à área.

Quem, tirante o afastado Assunção, sabe cruzar nesse time? Nem Valdívia!

Quando realizou um treinamento específico, semana passada, com os laterais, Felipão sinalizava que faria deles as peças mais importantes do jogo de ontem e que por seus pés passariam as jogadas mais importantes da equipe, do ponto de vista ofensivo.

Houve, porém, na divulgação de que usaria mais os laterais, uma certa ladinice ou “sabedoria” de Felipão que sabia que ia ter Valdívia, o recém eleito capitão e sua maior e derradeira esperança de gols.

Ao sinalizar o jogo pelas laterais e com os laterais, ele queria tirar o foco sobre o chileno, mas Cuca anteviu tudo e o antecipou-se, destacando Pierre para marca-lo individualmente, como se o baiano fosse a sombra do chileno.

Pierre, que, assim como Wendel não serve para Felipão, é o jogador mais importante no esquema de Cuca. Tanto é verdade que o Atlético preferiu pagar a multa de 200 mil reais e aproveitar o jogador que pertence ao Palmeiras.

Simples pergunta: Por que o Palmeiras não propôs uma permuta de autorização de jogo entre Pierre e Ricardo Bueno que, nas mesmas circunstâncias, é jogador do Galo emprestado ao Verdão?

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Pierre, plenamente recuperado, realizou uma partida taticamente impecável, apesar de abusar das faltas, faltinhas e faltões, impunemente.

Recebeu, apenas, um cartão amarelo no início do jogo que representou a alforria para que ele batesse em Valdivida o tempo todo. Impunemente!

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A chave do jogo esteve em nossas mãos ainda no primeiro tempo, quando Fernandão perdeu um gol que até o tíbio Frizzo ou o indeciso Pituca fariam, depois de uma enfiada de bola espetacular de Luan.

Se, como dizia Telê e, como um papagaio repete Muricy, a bola pune, o dito popular complementa: quem não faz, leva!

Novamente, pelo nosso setor esquerdo defensivo, tomamos, primeiro, uma bola na trave e, depois, o gol que já liquidava com as nossas chances.

Com um time que, a custo, consegue inverter uns poucos resultados e que não os reverte em hipótese alguma, eu disse a um amigo da imprensa, atleticano, que assistia ao jogo comigo tão logo o Galo abriu a contagem:

“- O Palmeiras perdeu o jogo. Não vai ter forças para reagir. Agora, se tomar mais um gol, vai se agigantar,  partir para dentro do adversários e, no fim, fazer mais gol inútil.

Foi assim É sempre assim! O roteiro não se altera! A diferença é que, reduzido a nove homens, empreendeu uma atuação épica e quase empatou.

Só não empatou porque o goleiro deles pegou duas bolas dificílimas e houve um penal muito claro, como sempre, não marcado, sobre Maicon Leite.

Não sei o que disse o pessoal da TV. Com certeza, sequer reprisaram o lance ou, se o fizeram, deve ter sido bem rapidamente para justificar que fazem jornalismo isento, mas sempre com a finalidade de  impedir que se veja com clareza os erros contra o Palmeiras.

Não vou colocar a culpa, exclusivamente, na arbitragem, pois reconheço que até o rebaixável Galo tem, hoje, um time mais bem armado do que o Palmeiras, bem melhor que o nosso, com opções ofensivas diversificadas, velocidade e muitos jogadores novos.

Mas a arbitragem foi, desde o início, caseira e pró-Atlético. Ainda tenho dúvidas sobre a licitude do primeiro gol do Galo, para mim, marcado em impedimento.

A autorização para bater dada, principalmente, a Pierre e as seqüentes inversões de faltas, laterais e o excesso de rigor em relação aos jogadores do Palmeiras, foram as marcas registradas de uma arbitragem eminentemente pró mandante. Mas, com a diretoria que temos, as arbitragens não vão mudar! Nunca!

As expulsões de dois jogadores do Palmeiras em lances nos quais eles não houve violência, atestam o parcialismo do fraquíssimo árbitro carioca, useiro e vezeiro em prejudicar o Verdão.

Só que as diretorias do palmeiras aceitam sempre qualquer indicação de árbitros (até o nefasto Paulo César voltou a apitar os nossos jogos), sem queixar-se, sem rebelar-se, sem manifestar preocupações, sem levantar suspeitas, nem antes e nem depois dos jogos.

Aprendam, por favor, Pituca e Frizzo, com os bambis, grandes mestres no assunto. Ou vocês vão fingir ignorar  que aquele recado que Felipão deu na entrevista final “de que futebol não se ganha só no campo” foi para os senhores?

Valdívia estava marcado para sair. Culpa, também, dele próprio que reclamou, acintosamente, do árbitro logo no início do jogo, protestando contra o jogo violento praticado por Pierre.

Aliás, se querem saber mesmo, Valdívia agiu tal e qual aqueles que querem férias, quando há finais de semana próximos a domingos e feriados.

De uma certa forma ele, aborrecido, traumatizado, decepcionado com tudo o que vem ocorrendo com ele neste fatídico 2011, deve ter forçado uma situação para não jogar mais este ano e iniciar, antecipadamente, as suas férias.

En passant, alguém trem dúvida de que aquele fotógrafo mau-caráter foi uma “cobra-mandada”? Só não se sabe por quem!

Para mim por algum antipalmeirense da própria mídia. Não fosse isso, as fotos não seriam divulgadas!

A mídia foi conivente ao publicar as fotos e, mais que isso, crudelíssima com o jogador, destruindo, completamente, irresponsavelmente uma família, sem, ao menos se preocupar com isso. Quanta maldade! Quanto mau-caratismo! Que mídia!

Quantos jogadores dos bambis, dos gambás e de outros clubes fazem o mesmo que Valdívia, sem que eles coloquem fotógrafos paus-mandados, os “paparazzi” do mal para surpreende-lós.

Em última análise, não é Valdívia que eles querem destruir, mas a própria Sociedade Esportiva Palmeiras, há anos dirigida por homens de grande vaidade pessoal, porém fracos, inermes, inertes, sem poder de reação contra essa ação entre amigos que transita pela mídia, com o propósito de destruir o clube.

A maior parte da mídia paulistana e seus órgãos de divulgação, com raríssimas exceções, são corrosivos, promotores contumazes do mal e da destruição, sob a alegação improcedente de que estão fazendo jornalismo.Valdívia e sua família foram as últimas vítimas. Qual será a próxima?

Tudo isso explica, mas não justifica o que Valdívia vem fazendo a cada jogo.

Como maior ídolo do atual elenco, pelo amor que lhe devota a maior parte da torcida, pelo alltíssimo salário que percebe, pelo nome que tem, Valdívia deveria ser um exemplo, um líder positivo e o fator determinante de nossa reação e, no entanto, não o é!

Pelo que vejo, prefere seguir o mau exemplo e os descaminhos daquele que é o seu melhor “amigo” no elenco, o “manga podre”.

Vejam todos que os nossos temores de ter de lutar contra o rebaixamento estão se concretizando a cada rodada.

Ontem, apesar da derrota, fomos favorecidos pelos maus resultados de todos os clubes que estão abaixo de nós na tábua classificatória.

Entretanto, serão mais seis rodadas de fogo as que teremos pela frente, considerando-se a nossa predisposição para a derrota a partir de um time que não sabe fazer gols.

E, muito pior, vamos ter de torcer por nossos inimigos toda a vez que jogarem contra os clubes que estão abaixo de nós na tábua de classificação. É demais para um sofredor, digo, torcedor palmeirense!

Quando, na rodada 36 o Corinthians enfrentar o mesmo Galo que enfrentamos ontem, será que vamos ter de torcer pelos gambás?

Responda rápido: o que é pior? O Palmeiras rebaixado ou o Corinthians campeão?

A que ponto chegamos!

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Dados técnicos de Galo 2 x 1 Palmeiras

Local: Arena do Jacaré, Sete Lagoas (MG)
Data: 30/10/2011 (domingo)
Horário: 18h (horário de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Edinei Mascarenhas (RJ) e Marcos Peçanha (RJ)
Cartões amarelos: Pierre, Daniel Carvalho (Atlético-MG). Cicinho (Palmeiras)
Cartões vermelhos: Maurício Ramos e Valdivia (Palmeiras)
Gols: Atlético-MG: Neto Berola, aos 36 minutos do primeiro tempo, e Fellipe Soutto, aos 16 minutos do segundo tempo
Palmeiras: Luan, aos 38 minutos do segundo tempo

Atlético-MG: Renan Ribeiro; Carlos César (Serginho), Réver, Leonardo Silva e Triguinho; Pierre, Fellipe Soutto, Daniel Carvalho (Magno Alves) e Bernard; André e Neto Berola (Richarlyson)
Técnico: Cuca
Palmeiras: Deola; Cicinho, Thiago Heleno, Maurício Ramos e Rivaldo; Chico, Márcio Araújo (João Vitor), Tinga (Maikon Leite) e Valdivia; Fernandão (Vinicius) e Luan
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Luan fez o nosso único gol quando jogávamos com nove, aos 38 do segundo tempo.

Eu não disse no post de ontem que a minha única esperança era Luan?

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