Observatório Alviverde

14/02/2022

O CHELSEA FEZ POR MERECER O MUNDIAL QUE GANHOU, MAS...


O Chelsea veio, viu, venceu, convenceu e deu um baile no Palmeiras. O time inglês sem quaisquer dúvidas, críticas e com mínimas restrições, é o novo campeão Mundial de clubes. Respeitemos e aplaudamos um time leal que nos derrotou limpamente dentro do campo de jogo.

Tudo o que vier a ser dito ou for colocado de forma diferente é mero fanatismo e pura fantasia, que nada têm a ver com a verdade dos fatos. 

Ressalvas, porém, houve, há e sempre haverá. Eu mesmo as farei!

Para começar, faço questão de dizer que vivo o Palmeiras desde quando o time se tornou (quer a mídia e as torcidas de alguns clubes brasileiros queiram ou não admitir) o "Primeiro Campeão Mundial Interclubes", na longínqua década de 50, do século passado e sinto-me credenciado a apontar fatores endógenos e exógenos, que levaram  a equipe à derrota na importantíssima decisão do Qtar.

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Começo dizendo que quando vi o time entrando em campo vestido de noiva, isto é, de uniforme branco, como se fosse o Curica, vi que algo estava errado. 

Na mesma hora, desanimei e me perguntei. "A não ser que tenha sido por exigência da FIFA, quem terá sido a inteligência rara que transformou o Verdão em Brancão? Esse uniforme branco raramente dá sorte". Meu mau-agouro transformou-se em realidade, e mais uma vez, não deu!

Claro que não quero fazer sectários com minha tese, pessoalíssima, mas forçoso é dizer que "deixar de mostrar ao mundo que a cor predominante de nosso clube e de nosso uniforme é a verde foi uma péssima ação de marketing. Entre todos os clubes que usam camisas verdes em todo o planeta não há nenhum maior que o Palmeiras. Perdemos a chance de mostrar ao mundo todo a incontestável condição.

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Muito longe de me apresentar como "profeta do acontecido", quero realçar a falta que fez Felipe Melo, desprezado e colocado de lado pelos dirigentes, pelo técnico e também pela torcida, por estar numa faixa etária mais provecta. Como fez falta o Felipe Melo!

A importância da liderança absoluta desse atleta sobre o grupo foi subavaliada pelo treinador (ele não é Deus) que, definitivamente, não se empenhou na renovação contratual do carioca, talvez por medo da concorrência da personalidade forte e envolvente de Felipe. Essa vaidade custou-nos caro, muito caro!

Fica a lição àqueles que vivem dizendo que o time tem de ser formado exclusivamente por jovens, verdade mentirosa posto que qualquer time predominentemente jovem, tem de ter o "balanço e o reforço" de alguns jogadores mais velhos para que possa ter maturidade. 

Maturidade, malícia, autoconfiança e, enfim, um comando dentro de campo para o time do Palmeiras neste mundial, tudo isso ficou faltando com a ausência de Felipe Melo, tanto e quanto sobraram medos, fobias, receios, falta de confiança e iniciativa.

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Nada disso está sendo dito com o objetivo de dispensar Abel do Palmeiras. Por tudo o que ele fez até agora, eu não dispensaria, mas tal não me impede de ressaltar que,  especificamente no jogo de sábado, esteve péssimo, como poucas vezes esteve no comando do Verdão.

Além de não ter ensaiado uma variante tática para reagir se estivesse perdendo o jogo, efetuou tarde demais as alterações, retirou quem jogava bem e colocou em campo Rafael Navarro, praticamente um estreante, que esteve perdido em campo, e sem o menor poder de criatividade e reação.

Em suma, o português optou por jogar em contra-ataques sem, em primeiro lugar, ter peças para tal, nem os atacantes que voltavam para ajudar a defender e não tinham força e capacidade para atacar, mas, acima de tudo pela falta de um lançados emérito e inteligente. 

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Cadê o centroavante alto e de bom físico para o jogo aéreo?  O Palmeiras não tinha? 

Claro que tinha!

Mas cadê que ele colocou Deyverson com tempo suficiente para que esse atleta pudesse fazer algo?

Nem o gol decisivo contra o Fla salvou esse jogador que parece não ser bem visto pelo treinador.

Deiverson, pelo pique, pela vontade, pela disposição, pelo empenho, pela estatura e pela continua correria e marcação aos beques, ele é que deveria ter entradado, nunca um estreante, tão logo o Palmeiras levou o segundo gol. 

Mas isto ninguém irá dizer porque no Brasil é assim: o profissioal chega, sofre toda a sorte de críticas ainda que não erre, mas se sobreviver à tentativa de linchamento poderá errar à vontade e ninguém se manifestará ou o criticará exacerbadamente. Abel Ferreira vive essa fase.

Quem vai para um jogo decisivo sem a alternativa para o caso de um revés no decorrer do jogo, tem de ser, sim, criticado, embora, repito, a crítica que faço a Abel seja construtiva e não implique "em corte de cabeça" ou dispensa do português.

Quem mexe mal na equipe efetuando tardiamente as trocas e coloca em campo jogadores recém-chegados ao clube e ainda sem aquelas integraçao e interação com o elenco, tem de ser criticado.

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São essas as principas restrições que faço ao time na derrota para o Chelsea, mas faço questão de lembrar a má atuação do árbitro australiano que prejudicou bastante o Palmeiras.

Não me refiro aos penais que, sem qualquer dúvida, existiram, 

Entretanto, no penal do Chelsea marcado pelo VAR o toque de Thiago Silva foi intencional e ele não aplicou o cartão amarelo ao zagueiro do Chelsea. 

No pênalti conra o Palmeiras o toque de Luan, involuntário, foi de costas para a bola, mas seguindo o protocolo da Fifa  ele assinalou a penalidade e amarelou o Brasileiro. Dois pesos e duas medidas!

Refiro-me, sim, a dois fatos. 

Primeiro: Ele marcou dezenas de faltas favoráveis ao time inglês (qualquer encontrão era falta contra o Palmeiras) e deixou de marcar um rosário de faltas pro Verdão, nas mesmas condições.

Segundo: O Chelsea fez uso sistemático do rodízio de faltas o jogo inteiro e  sempre que o Palmeiras tentava armar um contra-ataque, seus jogadores sofriam uma falta malandra e marota pra que o time inglês se reorganizasse defensivamente. Ele sequer cogitou de amarelar os britânicos em qualqer tempo.

Concluindo: não houve, em 90 minutos de faltas e trasnsgressões em rodízio pelos ingleses a punição de um único atleta do Chelsea, com a devida aplicação do cartão amarelo.

A péssima intenção do árbitro ficou bem clara e configurada quando ele aplicou os acréscimos ao final de um jogo que, na prorrogação, além das alterações, foi esfriado, parado e contido sucessivamente ene  vezes pelo time inglês.

Em vez de acrescentar, no mínimo,  5 minutos, aumentou apenas 3 mnutos, durante os quais os jogadores do Chelsea simularam contusões e não deixaram a bola correr em prejuízo da SE Palmeiras.

E você, agora de cabeça mais fria e já pronto para a próxima decisão contra o Athlético PR (time grande é assim), o que acrescentaria a nossa lista de ressalvas?

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