Observatório Alviverde

18/02/2012

EU QUERO ACREDITAR QUE TUDO ESTÁ BEM, MAS NÃO CONSIGO. FELIPÃO NÃO DEIXA!


Quando imagino que o previsível Vinícius, o cintura-dura e o despersonalizado Tinga estão fora do time do Palmeiras, eis que o nosso também previsível treinador os ressuscita. Inexplicavelmente! Lamentavelmente!

Muito longe de mim ser contra o aproveitamento de jogadores da base ou os novos, mas, em meu entendimento, Vinícius e Tinga já tiveram todas as oportunidades que mereciam para se firmar no time do Palmeiras.

Nem um, nem outro aproveitou e se não aproveitaram até hoje, decorridos mais de dois anos, quando vão aproveitar?

Nem Vinícius nem Tinga mereciam estar na lista dos relacionados para o jogo contra o Guará que vencemos na 'bacia das almas" com poucos méritos e com nenhuma autoridade.

A teimosia de Felipão e a sua insistência com jogadores que não deram certo é irritante. Sinceramente, eu gostaria de saber o que Scolari viu em Vinícius que nem eu nem ninguém consegue ver.

Um atleta que entrou "trocentas" vezes no time titular em mais de dois anos de participação no time principal entre as vezes em que ficou no banco, mais, e as vezes em que começou jogando, menos, e que conseguiu assinalar, apenas, um gol, já provou por a + b que não tem gabarito técnico e nem condições emocionais de vestir a nossa camisa. É manifestação clara de burrice a insistência com esse jogador.

Tinga até que tem boas condições técnicas mas, até hoje, tirante uma ou outra atuação razoável, não conseguiu passar de um trapalhão. Se com tantas oportunidades e por todo esse tempo não se firmou como titular, por que o Palmeiras não o negocia e parte para contratar um atleta de maior personalidade?

Quanto ao jogo em si,  o Palmeiras só jogou bem enquanto Daniel Carvalho teve fôlego, preparo físico e dinâmica na atuação. A partir daí, já no segundo tempo, o Palmeiras desandou e foi, completamente, dominado pelo Guaratinguetá.

Quando o time interiorano teve o primeiro homem expulso, o Palmeiras não conseguiu impor  a sua superioridade numérica e, para sermos justos, nem quando o Guaratinguetá ficou reduzido a nove jogadores o time de Scolari soube se impor.

Na verdade, em que pese a vitória, o time jogou, apenas, para o gasto.

Vocês se lembram quando eu disse aqui que Bruno e não Deola seria o goleiro titular?

A minha previsão começou a se materializar neste Paulistão em que Deola levou gols defensáveis em alguns jogos, frangos, em outros e culminou, ontem com dois gols que um goleiro do Palmeiras não pode sofrer. Nunca, jamais, em tempo algum!

A sombra de Bruno parece importunar e obscurecer Deola a cada dia. Para mim, não será nenhuma surpresa se, já no próximo jogo, o reserva, que tem muito mais potencial, porte e envergadura embora menos reflexo, passe a tomar conta do gol.

Artur, o lateral artilheiro que deixou o campo prematuramente, contundido, Henrique, Marcos Assunção, Márcio Araújo e Maikon Leite se constituíram em nossos melhores jogadores ontem contra o Guará;

Barcos, embora ainda em adaptação, mostra, a cada jogo, que tem personalidade e que veio para ficar. Trata-se de um atleta de boa técnica e de muita personalidade, que exerce muito bem o trabalho de pivô, de parede e de arremate. Bateu de forma irrepreensível o pênalti sofrido por Maikon Leite, assinalando o gol da virada que abriu ao Palmeiras o caminho da vitória.

Foi uma vitória suada e sofrida pelos mesmos motivos de sempre, a mania do treinador de recuar o time e sentar-se em cima dos resultados. A torcida que se lasque, que se enfarte e que se foda, porque o nosso bronco treinador é acometido de uma doença denominada retranquite crônica, absolutamente incurável!

Se o Palmeiras mantivesse o ritmo da primeira fase e atuasse ofensivamente, teria derrotado o Guaratinguetá com ampla facilidade e pouquíssimo desgaste.

Mas da forma como o Palmeiras se retrancou e se acovardou diante de um time tecnicamente inferior e reduzido a nove jogadores, deixa na torcida um mar de dúvidas quanto às nossas reais possibilidades de ganhar títulos, um nó na garganta e um aperto no coração.

E eu que pensei que iria dormir tranquilo esta noite de sexta para sábado de carnaval ...

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