Observatório Alviverde

27/03/2022

RECORDE: PALMEIRAS DE ABEL FERREIRA CHEGA PELA NONA VEZ, EM CURTO ESPAÇO DE TEMPO, ÀS FINAIS DE UMA COMPETIÇÃO!


O lusitano Abel Ferreira está dando um show de competência na direção técnica do Palmeiras, tendo levado o jovem e às vezes desfasado elenco alviverde a sua nona decisão: a do Paulistão/22. 

Foram oito (8) decisões a que levou o time até agora, tendo vencido quatro (4) delas, a partir de uma Copa do Brasil, com mais três (3) internacionais, duas (2) Libertadores e uma (1) Recopa/22.

Mas o Palmeiras sob Abel também perdeu quatro (4) títulos, sendo três internacionais, dois (2) mundiais de clube, uma (1) Recopa Sul-Americana, mais um (1) Paulista. 

Ontem, sábado, ao levar de vencida o excelente time do Bragantino, o Palmeiras garantiu presença em mais uma final, justamente na final do Paulistão/22 contra o vencedor de SPFC e ECCP. Seja qual for o adversário, só sei dizer que, embora o Palmeiras tenha um time melhor que ambos, será duríssimo!

Quando me pedem para que eu escolha o adversário menos complicado para que o Verdão dispute o título paulista desta temporada eu respondo que qualquer dos dois imporá imensas dificuldades ao time de Abel.

Se tiver de enfrentar o Corinthians, o Palmeiras terá pela frente um time muito aguerrido, repleto de jogadores categorizados, importantes, experientes e sempre competitivo em decisões.

Se o adversário for o SPFC o Palmeiras enfrentará um time que sempre leva muita sorte (fator imponderável mas que acaba virando psicológico e interfere no resultado dos jogos) contra o Verdão e que vive um momento de transição muito importante sob o comando de Rogério Ceni. 

Um aspecto comum que faltamente ocorrerá em qualquer dos confrontos é o apoio de 90% da mídia a qualquer dos dois adversários palmeirenses, seja ele qual for o que chegue à decisão.

De qualquer forma, há que se dizer que o time do Palmeiras está classificado, tranquilo e, diferentemente de seus adversários, não corre risco de contusões ou de cartões.

Na expectativa da definição de qualquer dos adversários, o Palmeiras também tem a vantagem de 24 horas a mais para descanso e preparo, visando ao primeiro dos dois jogos que decidem o Paulistão, ficando claro que o jogo decisivo será realizado no Allianz.

Ontem contra o Braga, apesar da vitória límpida, cristalina, merecida e incontestável, quero dizer que volto a reparar e criticar a forma de o Palmeiras atuar, no que respeita à intensidade em campo.

Sou contra o fato de o time abrir a contagem (tem sido assim após iniciar os jogos de maneira irresistível. Até aí, tudo bem) e recuar em seguida para jogar exclusivamente em contra-ataques. 

Nessas circunstâncias, mesmo sendo melhor que o adversário e tendo a vantagem no placar, o time de Abel Ferreira começa, desnecessariamente, a passar sufoco. 

Abel tem de encontrar um modo híbrido de atuar que não ponha tanto o seu time em risco.

Num jogo em que o Palmeiras esteve iluminado e jogando muita bola contra o Braga, quero destacar as atuações dos seguintes jogadores:
Marcelo Lomba/Raphael Veiga, nota 7,5.
Murilo/ Scarpa/Rony, nota 7,0 para cada um.
Destaque do jogo: Marcos Rocha, nota 8,0
O melhor em campo: Dudu, nota 8,5, simplesmente desequilibrante e lembrando os pontas de antigamente que demoliam as defesas. 

TÉCNICO ABEL FERREIRA
Nota 6,0
Diminuo-lhe a nota porque repetiram-se os erros do time, que, outra vez, não teve a melhor postura após um início de jogo arrasador. 
Com a abertura da contagem Abel recuou o ataque e atraiu o adversário para seu campo de defesa, imaginando poder surpreendê-lo contra-atacando e liquidar a partida. 
Conseguiu, até, criar algumas situações não aproveitadas mas passou por muito sufoco.
Mexeu pouco no time (muito menos do que deveria em se tratando de um jogo intenso em que enfrentava um forte adversário) e ainda assim, quase que ao final do jogo.
De qualquer forma, como o Verdão é finalista do Paulistão, temos de conceder todos os méritos ao técnico palmeirense que renovou meritoriamente o seu contrato com o clube por mais três anos e cujo trabalho tem sido espetacular, noves fora um ou outro equivoco.

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