Observatório Alviverde

09/02/2015

SE NOBRE E MATTOS NEGOCIAREM VALDÍVIA, PASSARÃO, PUBLICAMENTE, ATESTADOS DE JUMENTOS!



 
 Comenda reservada a quem dispensar Valdívia!

Leram o que escrevi, ontem, neste espaço, a propósito do Palmeiras x Curica no Allianz Parque?

"ENTRA ANO, SAI ANO E É SEMPRE IGUAL: NOS DIAS DO DERBY E DOS CLÁSSICOS, O PALMEIRAS NÃO TEM HOMENS-GOL, SÓ ARMANDINHOS"!

Viro a página de mais um clássico em que antecipei, que a tendência do jogo seria a derrota do Palmeiras, para o seu maior adversário, por uma simples razão: a falta de atacantes qualificados, os chamados homens-gol. Há anos, é assim!

Na realidade, temos uma promessa, Leandro, além do limitado Rafael Marques, amigão de Oswaldo, que ninguém, ainda, sabe definir com precisão, se é atacante ou meio-campista. Nem o próprio Oswaldo!

A propósito de Oswaldo, sem querer crucificá-lo, (é cedo para isto) obrigo-me a apontar seu erro palmar em relação ao derby de ontem, o defensivismo!

Oswaldo, infelizmente, acreditou no defensivismo e ignorou seu melhor jogador do meio de campo para a frente, Dudu, o mais versátil e de maior mobilidade entre todos os atacantes do elenco, deixando-o, inicialmente, no banco. Perdeu o jogo aí!

Dudu, por suas características, sobretudo pelo poder de drible, improviso e velocidade, é jogador -muito mais- de puxar contra-ataque, daqueles que precisam de espaço atuar e para impor seu jogo.

A forma de jogar do Cu-rintia, nos momentos iniciais do clássico de ontem, permitiria que ele fosse aproveitado em suas melhores características.

Foi um grande desperdício a inexplicável manutenção de Dudu no banco de reservas durante todo o primeiro tempo! 

Um time de futebol, sobretudo em clássicos, tem de ser escalado com sua força máxima! Oswaldo, técnico rodado e experiente, não sabe disso?

Quando Dudu entrou no time, no segundo tempo, o Cu-rintia, que já abrira a contagem, jogava, em bloco compacto, da intermediária ao seu próprio gol, só se defendendo e não havia espaços para que Dudu se destacasse ou impusesse o seu jogo.

São descabidas as críticas mordazes lançadas após o derby contra esse jogador, vítima da falta de cálculo e de visão tática de Oswaldo de Oliveira, tanto e quanto a injusta crucificação de Maicon Leite, obrigado a voltar para marcar o tempo todo, como se fosse, ele, um lateral, não um atacante.
 
Oswaldo optou, inicialmente, por ter no jogo dois volantes de contenção, Gabriel e Amaral, este último com a finalidade principal de marcar, individualmente, o veterano Danilo, superestimando o adversário, atraindo-o, de vez, sobre a defesa palmeirense.

Era tudo o que Tite queria, pois, seu time, muito mais bem armado, arrumado, treinado e entrosado, envolveu completamente um Palmeiras que optou, tacitamente, por não agredir, ou, vá lá, agredir pouco, permitindo que o adversário o fizesse dentro de sua própria casa. É muita covardia!

Quando tinham a bola, os jogadores do Palmeiras pareciam não saber o que fazer.

Além de não conseguirem elaborar jogadas de ofensividade e de penetração, faziam uso sistemático da bola alta, cruzando inconsequentemente, o tempo todo em direção à área cu-rintiana.

Via de regra, os cruzamentos eram para ninguém do Palmeiras, ou para o goleiro e zagueiros curintianos, sem que os atacantes do Verdão conseguissem penetrar na área em lances de tabelas ou em jogadas individuais.

Tocando a bola ou passando, o Palmeiras, no máximo, só conseguia chegar à entrada da área do adversário, sem, entretanto, arriscar nenhum chute de média ou de larga distância.

Foi assim o jogo inteiro, principalmente na etapa complementar, em que Tite recuou o time inteiro para defender o resultado.

Mesmo assim, criou a maior oportunidade de gol da etapa complementar numa arrancada de Mendoza, que ensejou a Prass uma defesa milagrosa, fechando, na hora H, o ângulo de chute do colombiano!

Assim, pode-se dizer que o Palmeiras tomou sufoco dentro de sua própria casa e esteve a pique, várias vezes, sobretudo no primeiro tempo, de sofrer gols em três ou quatro lances, entre os quais ressalto dois:

Um chute de Bruno Henrique desviado, com a ponta das luvas, milimetricamente, por Prass que acabou tocando na trave e uma cabeçada de Danilo que o goleiro palmeirense, estático e sem ter o que fazer, "tirou com os olhos", posto que já estava batido.

Antes disso, o adversário até houvera feito um gol, depois de um chute muito forte, da intermediária, que Prass espalmou mal, nos pés de Guerrero, muito bem anulado pelo bandeira Anderson Coelho, por impedimento.

Sem o menor esboço de toque de bola, sem a menor força ofensiva e sem opções de jogadas individuais, o Palmeiras parecia caranguejo, pois jogava sempre para trás (uma vergonha), trançava a bola a esmo, de um lado a outro do campo em lançamentos longos, sem a menor criatividade, objetivo ou proveito.

O adversário notou, claramente, que o Palmeiras ciava em campo, isto é, jogava para trás, e passou a ficar atento aos erros do time de Oswaldo. 

Por duas vezes o Verdão passou por maus bocados em dois recuos precipitados de Amaral e de Leandro Pereira que quase redundaram em jogadas de arremate fatal para o rival.

Mas haveria um infeliz terceiro recuo, que acabou decidindo o jogo.

Recebendo a bola, também em recuo, Prass passou a Vitor Hugo na lateral esquerda. Em vez de girar o corpo, procurar alguém para o passe e partir para o ataque, o zagueiro recuou, novamente, ao goleiro.

Por infelicidade, Vitor Hugo bateu fraco, permitindo a Petros que o contornasse, alcançasse a bola, avançasse livre, e, diante da saída desesperada do goleiro palmeirense, servisse a Danilo, no meio, que, livre, embaixo do gol, empurrou para a rede.

O Palmeiras, o jogo todo, viveu, exclusivamente, de bolas alçadas e de algumas faltas cobradas bisonhamente (o time não tem nem um bom batedor de faltas).

A rigor, o Palmeiras só levou perigo ao Cu-ríntia em uma bola longa, alçada, de longa distância, da lateral direita, cabeceada pelo próprio Vitor Hugo.

Cássio, com muito sacrifício, e reflexo, conseguiu defender prensando a bola contra a trave. Foi esse o melhor e isolado lance de perigo do Palmeiras durante todo o jogo.

A partir dos dez minutos, até a marcação do gol aos 30 minutos, o Cu-rintia, à base do toque de bola, sem que o Verdão criasse situações ofensivas mais efetivas, mandou, completamente, no jogo e, pode-se dizer que, mesmo sem exibir um futebol primoroso, mereceu vencer.

A arbitragem, outra vez, prejudicou demais o Palmeiras, sobretudo no primeiro tempo. Foram inúmeras as inversões de faltas, laterais, escanteios e tiros de meta, sempre em prejuízo do Verdão, algumas delas acintosas e revoltantes.

Não se iludam com a expulsão de Cássio, que só ocorreu em função de o árbitro ter tido o seu ego, amor-próprio e autoridade desafiados pelo goleiro cu-rintiano que cometeu outra violação imediatamente após ter recebido o cartão amarelo, desrespeitando o apitador.

Ocorresse aquele lance três minutos ou mais após a aplicação do cartão e Cássio jamais teria sido expulso. 

Foi um lance tão claro e indiscutível que até Arnaldo César Coelho, notório anti-palmeirense, deu razão ao apitador.

Se o árbitro fosse tão bom e correto, quanto estão considerando alguns, teria acrescido, minimamente, de oito a dez minutos de jogo, e não, apenas os parcos seis minutos, que beneficiaram, claramente, os infratores, jamais punidos por esse delito, embora o tenham praticado, impunemente, e de forma reiterada durante todo o transcorrer do jogo.

Considerando-se os cinco minutos de paralização que a TV cronometrou (creio que foi mais), e o mísero minuto acrescentado, a arbitragem, evidentemente, beneficiou os infratores.

O árbitro teria de ter adicionado, além do tempo em que o jogo esteve parado pela demora do goleiro em deixar o campo de jogo e pelas reclamações dos jogadores, de três a cinco minutos, mas não foi assim que ele agiu.

Querem apostar que, mesmo com a vitória, os curicas vão impedir que Raphael Clauss apite os seus jogos na sequência do Paulistão?

A parte podre da mídia se encarregará de lembrar o fato e de trabalhar nesse sentido.

A RESPEITO DE VALDÍVIA

Quem tem um dos melhores armadores do mundo e o melhor da posição em atividade do futebol brasileiro e cogita negociá-lo, passa, publicamente, um atestado de jumento batizado.

Se Nobre e Matos contrataram Cleiton Xavier imaginando que ele é um substituto à altura para Valdívia, estão, redondamente, enganados.

Cleiton Xavier é um ótimo jogador, mas está longe do patamar técnico e individual do chileno, cuja dispensa pelo Palmeiras foi anunciada ontem na Web, sendo dada como certa a sua contratação pelo Flamengo.

Será que Nobre, Mattos e Osvaldo não conseguem perceber que a imprensa paulistana -a maior parte curintiana ou bambi, assumida- trabalha sem cessar para que o Palmeiras dispense o chileno? 

Não vão parar de falar e criticar enquanto não atingirem esse objetivo. Quem não sabe disso?

Em vez de cogitar a saída de Valdívia, a diretoria do Palmeiras teria de estar à procura de recursos visando a curá-lo e recolocá-lo no time.

A entrevista de Gilson Kleina, ontem, na Jovem Pan, desmente, frontalmente e completamente, a mídia, as organizadas do Palmeiras e muitos torcedores desavisados, a respeito de tudo o que vem sendo colocado de maneira leviana a respeito das condições profissionais e do caráter do grande jogador chileno.

Kleina foi só elogios ao seu ex-pupilo, e fez questão de realçar que, do ponto de vista do grupo é um jogador exemplar e muito querido dos companheiros, sepultando o terrorismo da mídia em relação ao Mago!

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NA TV

Fora de meu reduto, assisti ao jogo, aqui em Pederneiras, em casa de amigos palmeirenses.

O primeiro tempo, vi pela Band, através do cansativo relato radiofônico de Téo José. 

É um desperdício que Téo, ótimo locutor de rádio,  esteja trabalhando em TV!

Por que a Rádio Bandeirantes não o contrata? Em TV, não dá, definitivamente, para ouvir!

Preferir Téo José a Nivaldo Prieto, dispensado recentemente, retrata, simplesmente, a falta de gosto , tanto e quanto a profunda inversão de valores predominante nesse canal antipático, cada dia mais cu-rintiano.

O comentário (?) do jogo foi do incoerente e desinformado Zé Ferreira, vulgo Neto que disse, taxativamente, em pleno ar que "o rei Roberto Carlos nasceu em Cachoeira Paulista"!

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

A propósito, uma pergunta muito importante:

MN, "grande benemérito (?) e benfeitor (?) da classe jornalística", continuará parindo antas? Qual será a próxima?

O curintianismo da Bund é tão declarado que a emissora excluiu, ontem, dos melhores momentos, a cabeçada de Vitor Hugo que bateu na trave. Não nos restou outra alternativa, senão, também, bater, mas, em retirada e mudar de canal.

A transmissão da RGT, apesar do excesso de comentários e da manjadíssima conversa inútil do argumentador, digo, narrador Kléber Machado, do curintianismo explícito de Casagrande e do antipalmeirismo de Caio e de Arnaldo, foi de qualidade superior à da Bund, muito mais profissional. (AD)