Observatório Alviverde

18/06/2012

PODERÍAMOS TER VENCIDO, MAS DEIXAMOS QUE O VASCO EMPATASSE!

 

Vou repetir meu irmão, fanático palmeirense:

“Agora, ao menos, está dando para torcer”

É verdade!

O time já não comete tantos erros primários, bizarros, quanto vinha cometendo e não tem mais aquela letargia e desânimo de algum tempo atrás.

Mas, lamentavelmente, continuamos sendo prejudicados pela teimosia e pelo fundamentalismo tático de nosso treinador.

Como disse outro dia, jamais ele vai abrir mão do defensivismo e da retranca..

Nem a ponta de baioneta!

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Seu maior erro, entre tantos, crasso, foi repetido, ontem, diante do Vasco: a manutenção de Daniel Carvalho, novamente peça decorativa, o pior entre todos os que jogaram.

O que fez Daniel em campo, seria a pergunta natural!

A resposta é n-a-d-a!

Cumpriu, burocraticamente a sua função, e, o tempo todo só tocou para os lados.

Fez algumas inversões de jogo e tentou alguns lançamentos profundos que não redundaram em nenhuma coisa proveitosa para o Palmeiras.

No que tange à chamada bola parada, que, imagino, tenha sido a desculpa para a sua inexplicável manutenção por 85 largos e intermináveis minutos andando dentro de campo, DC esteve muito aquém das expectativas.

Em nome também da manutenção do manjadíssimo esquema,  voltado, exclusivamente, para defender, jogou entre a linha limítrofe do meio de campo até a intermediária adversária. Simplesmente, isso!

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Barcos, outra vez, jogou isolado e teve de se virar em lances individuais nos quais mostrou boa capacidade de drible, inteligência e muita vivência.

Até quando vamos desperdiçar o talento desse jogador especial que tantos clubes gostariam de ter contratado com esquemas voltados exclusivamente para defender?

O pênalti que sofreu, muito claro, não foi marcado. Vida que segue, tudo normal..

Normal, virgula porque se no tempo do rubro-negro/ corintiano Teixeira era vedado e proibido aos árbitros marcarem pênaltis a favor do Palmeiras, imaginem agora na era Bambi, comandada por Marin!

O lance que originou a falta que acabou o gol do Vasco, à luz da regra, foi um erro infantil do árbitro da partida..

Se Henrique escorregou e tocou a mão na bola inadvertidamente, isto é, sem intenção, nada deveria ter sido marcado porque foi lance de mão na bola e nunca de mão na bola.

Pela regra, esse tipo de lance não deve ser assinalado, mas qual jornalista disse isto em relação ao lance de ontem?

Não seria um tipo de ocorrência muito menos grave do que o gol de mão marcado por Adriano Bebum, que, naquele Palmeiras x Bambis saltou para a bola e tocou-a com  a mão impulsionando-a para o fundo das redes?

Onde estão, agora os jornalistas que fizeram coro com o juiz bandido que validou o gol para defender a auxiliar apedêuta? Agora, nem tocam mais no assunto!

Como alguns jornalistas também são bandidos, em grau máximo de desfaçatez e simulação!

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Ah, eu me esqueci de que a grande maioria deles, entre bons e maus,  encontra-se na Polônia, cobrindo um torneio que superdimensionam, supervalorizam, cumprindo, alegremente, o papel de matadores de aluguel do futebol brasileiro.

Hoje em dia só se fala em Barcelona, Real, Manchesters, Bayers e Milan, quando o assunto é time, projetando-se a imagem falsa de que os times brasileiros são de uma categoria muito inferior.

Da mesma forma continua rolando solta a promoção de Messis, Ronaldos e tantos outros jogadores que, se atuassem no Brasil, não teriam o mesmo cartaz.

A grande maioria, atuando aqui,  não passaria de medianos, o tal portuguesinho, inclusive, elevado, irresponsavelmente à condição de supercraque e de pop-star que ele não é, nunca foi e, jamais, será..

Os caras continuam valorizando tudo o que vem de fora em formidável submissão cultural sem perceber que nenhum jogador que não atue na Europa será votado ou eleito com o  melhor o mundo!

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Voltemos ao Palmeiras, que é muito mais importante. Se não é para a mídia, é com certeza, para todos nós.

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Que não se culpe Bruno pelo gol sofrido ontem contra o Vasco. Reparem que foi um dos petardos mais fortes que se viu neste início do Brasileiro.

Daniel Carvalho e Barcos, erraram ao criticar publicamente a discutível falha de Bruno.

Daniel porque fez um gesto de reprovação flagrado pelas câmeras de TV, emitindo uma reclamação em altos brados.

Será que tem consciência de que ele, sim, foi figura decorativa em campo? Se tivesse, guardaria as críticas para os vestiários.

Barcos fez pior, concedeu entrevista em que recriminou o erro do companheiro, oferecendo munição à mídia para minar e deteriorar o nosso ambiente em uma semana de dois jogos importantíssimos.

Barcos tem de ser chamado às falas! Roupa suja lava-se em casa, na área de serviço, não na rua!

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Concordo que, de fato, pelo que mostrou até agora, Bruno não está correspondendo às expectativas totais de todos os palmeirenses, mas não é por isso que se pode dizer que ele é ruim e que não serve.

A posição de goleiro é diferente das demais e qualquer profissional para se firmar no gol tem de ter, além do talento, uma grande seqüencia, que Deola já teve e que, apenas agora, está sendo proporcionada a Bruno.

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Quando Felipão pediu a contratação de Luís, do São Caetano, ele sabia da limitação de todos os nossos goleiros.

Vi, ouvi e li os protestos de grande parte de nossa torcida contra a contratação de um goleiro pronto, apto a entrar e tomar conta da posição.

Já imaginaram se houvéssemos contratado Dida, que estava dando sopa no mercado e, apesar da veteranice, ainda é um excepcional goleiro ?

Os conservadores xiitas de nossa torcida, a maioria idiotas, colocam sempre a vaidade acima das necessidades.

Por isso ficam proclamando a excelência de uma hipotética “escola” de goleiros cujos grandes alunos, Veloso, Cavalieri e Marcos, o melhor de todos, sempre foram a exceção!

A maior parte dos goleiros que formamos, ou aproveitamos pouco ou seguiram para outros clubes sem nunca terem sido conhecidos.

Entre os poucos que ficaram, Sérgio, Ivan e Martorelli cansaram de nos enterrar dentro de campo.

Precisamos, sim, de uma refinada escola de atacantes que é o que sempre nos tem faltado,

O Palmeiras, tradicionalmente, contrata muitos zagueiros, vários meio-campistas, a maioria volantes de contenção, e pouquíssimos atacantes.

É a vocação defensiva de um clube mal dirigido há décadas por pessoas que pouco ou nada entendem de futebol!

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O empate contra o Vasco poderia ter sido evitado, até porque saímos na frente aos 11 minutos do segundo tempo, fase do jogo em que estávamos melhor do que o nosso adversário.

Mas, na prática, jogávamos com dez porque Daniel Carvalho não conseguia acompanhar o ritmo do jogo por falta absoluta de preparo físico.

Por tudo o que se sabe e conhece a respeito das recorrentes atitudes incorretas de nosso treinador que, tradicionalmente, mexe mal no time, desta vez ele errou por não mexer, mantendo o nulo DC, repito, por 85 intermináveis minutos.

O Vasco, coincidindo, também, com a entrada de Carlos Alberto, subiu de produção, deu sufoco, empatou o jogo e ainda fez um gol, muito bem anulado, aos 43 por impedimento de Alecsandro.

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Individualmente todos jogaram bem no Palmeiras exceto Daniel Carvalho, a partir do momento em que perdeu o seu melhor condicionamento físico e passou a correr pouco, em faixa limitada de terreno, sobrecarregando o trabalho dos companheiros, sobretudo de João Vitor.

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Thiago Heleno foi o destaque da defesa que, de um modo geral, esteve bem.

Bruno, em meu entendimento, não pode ser culpado pelo gol que sofreu.

Foi uma bomba a falta cobrada por Juninho, só passível de defesa se Bruno estivesse na linha da bola.

Cicinho apoiou bastante e bem e parece estar voltando à velha forma.

Ramos vem se firmando novamente na zaga e Henrique, mesmo sem o brilho dos jogos anteriores, correspondeu outra vez em sua nova função.

Juninho sem cobertura conveniente pelo seu lado viu-se sacrificado pelo esquema a partir, primeiro,  da saída de Luan e, depois, da saída de Assunção. 

Mazinho, excelente do ponto de vista ofensivo, não tem o poder de marcação de Luan que, pelas suas características, mostra, cada dia mais, que é lateral esquerdo, muito mais do que atacante.

Mazinho sob outra orientação que não fosse a de Felipão seria um jogador diferente e muito mais útil, pois tem o drible e o poder de arremate nos pés, além de muita capacidade de improviso,

O drible desconcertante que deu em Dedé, considerado pela mídia como o melhor zagueiro do país, mostra bem o potencial ofensivo de um jogador que não é e nem será, sob Felipão, aproveitado em suas melhores características de ofensividade.

João Vitor perdeu um gol e foi linchado pela torcida. Todos se esquecem do latifúndio de campo que ele teve de percorrer e preencher para cobrir o vazio deixado pela pouca mobilidade de Daniel Carvalho.

Já falamos sobre Barcos e a sua completa solidão no esquema defensivista de Felipão.

Um time que tem Barcos, Mazinho e Maicon Leite não pode ser tão pobre ofensivamente e marcar tão poucos gols quanto o Palmeiras

O que causa espanto é a falta de criatividade de nosso ataque auto-anulado e aniquilado por um esquema superado que o treinador não muda sob qualquer hipótese.

Eu nunca vi um time com tanta dificuldade de marcar gols quanto o atual Palmeiras de Felipão.

Só não me digam que isto decorre da falta de jogadores capacitados.

Espero que, com o retorno Valdívia, a seca de gols possa se acabar.

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