Observatório Alviverde

25/09/2014

SEM ATACANTES CONTUNDENTES OU UM ESQUEMA QUE PRODUZA GOLS, O DESTINO DO PALMEIRAS SERÁ O DESCENSO!



 
Ninguém arma um grande time sem bons atacantes, sem goleadores. 

Da mesma forma, nenhum time ganhará jogos e campeonatos se não fizer muitos gols.

Mas o Palmeiras, sempre o Palmeiras, tenta contrariar essas máximas! 

Entra ano, sai ano, já é práxis, se abstém de contratar atacantes.

Nobre não só não os contratou como deixou ir embora o único e melhor de que o time dispunha.

Tudo, talvez, pela mentalidade defensivista em que a instituição se transformou e que sériíssimos prejuízos tem trazido ao clube. 

É preciso romper com essa cultura. 

O Santos, há poucos dias, demitiu Osvaldo Oliveira, cuja campanha no Brasileiro era aceitável! Sabem por quê? 

O presidente santista alegou que estava cansado de receber reclamações e cobranças de diretores, conselheiros e da torcida, reclamando que O.O. era um técnico defensivista, e isto contrariava a filosofia ofensiva que sempre marcou a história daquele clube. 

Sentiram a diferença?  O Santos nunca foi rebaixado! 

Até quando vamos continuar falando em escola de goleiros e defesa que ninguém passa?

Até quando vamos fazer dois gols e ficar tocando, imbecilmente, a bola para que outros imbecis, nas arquibancadas fiquem gritando, Olé... Olé... Olé...? 

Os outros times, sempre que podem, enchem-nos de gols, do Mirassol, ao Vitória, ao Galo, ao Inter e, até ao Goiás, que encaçapou-nos seis e só não fez mais porque não conseguiu. 

Até quando vamos golear de 1 x 0 ou 2 x 0. Até quando vamos ser palhaços das uniformizadas que só querem gritar Olé?

No Palmeiras, lamentavelmente, só se fala na inútil escola de goleiros que, até hoje, só conseguiu produzir um único craque fora-de-série, dois ou três bons "goalkeeper's" e todos os demais que se formaram lá, absolutamente comuns. 

Valdir Joaquim de Morais, tido como o fundador desse segmento de treino, parou de jogar há exatos 45 anos. 

Em todo esse tempo, de lá até hoje, ao que me lembre, além de Marcos, apenas Veloso, Cavalieri, e, (com muito boa vontade) Martorelli são dignos de ser considerados goleiros de mais qualidade. É muito pouco para tanta propaganda e para tão grande alarde!

Se alguém souber de outro goleiro que tenha nascido, florescido e se consagrado a partir de nossa base, por favor, informe. 

Só lhes peço para não incluir o fraquíssimo Sérgio nessa minúscula lista. Aí será demais! Cansei de perder por falhas dele, ressalvado o fato de ser ele um grande caráter e um imenso torcedor palmeirense!

Ah, antes que eu me esqueça, esse garoto Fábio que, de fato, nos enterrou em vários jogos, tem bola suficiente para seguir os passos de Marcos, tornar-se um goleiraço, e firmar-se entre os melhores do país. Ele tem potencial para isso, a partir da juventude, do bom reflexo e do porte físico, privilegiado. 

Apesar das falhas em momentos decisivos, Fábio mostrou personalidade e, emprestado a um clube de objetivos e responsabilidades menores do que o Palmeiras, tem tudo para amadurecer e voltar ao Verdão, apto a lutar pela titularidade! 

Para aqueles que não acreditam no imensurável potencial de Fábio, considerem a fogueira em que colocaram esse garoto, que, da noite para o dia, saiu da base e virou titular. 

Lembrem-se de que ele empreendeu defesas miraculosas, atuando em um time desarrumado, desarvorado, sem padrão de jogo, sem força física, sem toque de bola, confuso, sem ataque e sem mais nada, que permitia que o adversário atacasse o tempo todo e que a bola chegasse ao nosso gol de minuto em minuto.

Como se diz em Pederneiras, "Desse jeito, não há tatu que aguente"! 

Ainda na circunscrita dimensão do gol, quero deixar uma questão que, por mais que tente, não consigo responder. 
Só jogo responderá: 

"como irá se portar Deola enfrentando o mesmo clube que defendeu na temporada passada?"

"Terá ele sangue frio, força mental e personalidade suficientes para encarar a partida e os ex-companheiros com normalidade e ter uma boa performance?"

Confesso-lhes, preocupo-me com Deola e este é o meu grande temor!

Perder novamente em função de falhas do goleiro será "o fim da picada"! Até porque não podemos, sequer, pensar ou considerar essa alternativa! No entanto, ela existe!

Sobre o complexo arrogante da "defesa que ninguém passa", mera estupidez retórica, essa bobagem gerou no Palmeiras uma cultura defensivista doentia.

É de tal monta essa influência que o time, quando contrata, se enche (todo ano é assim) de beques, de laterais, de volantes de contenção, de meias defensivistas e nunca consegue ter atacantes de qualidade, nem os poucos promovidos, oriundos da base.

Nas raras vezes em que encontra um homem de área efetivo e decisivo, nunca contrata ninguém para fazer-lhe sombra ou atuar nos impedimentos do titular. 

Um dos fortes motivos do rebaixamento em 2011, foi a falta de um substituto à altura para Barcos, à época convocado para a Seleção Argentina, embora Tirone tenha contratado, por imposição do tosco Felipão,  o fraquíssimo Betinho, só porque voltava e ajudava na marcação.

Aliás, nem sei mais por onde anda esse jogador, que, em um golpe de sorte, decidiu a Copa do Brasil para o Palmeiras.

Resumindo:

Há quanto tempo não temos o ataque mais positivo das competições que disputamos?

 Há quantos anos não temos um artilheiro destacado em qualquer campeonato? 
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Aí vem um apedêuta argentino pede cinco contratações, prontamente atendidas pela servil diretoria, mas não pede um único centro-avante de ofício. 

Brunoro não diz nada, não contesta, não argumenta, não pondera, acha normal... 

E tome mais armandos, armandinhos e armandecos para um time que não tem quem chute ao gol!

Eu já nem quero abordar o tema (muito discutível) dos "homens gabiru", isto é, dos jogadores de baixa estatura, pequenos e de frágil condição física que o Palmeiras contrata ano a ano. 

Este ano, outra vez, foi de sacola, com a vinda dos menudos argentinos, tecnicamente, discretíssimos!

Radical, sou partidário da filosofia de Zezé Moreira (todo mundo pensa que é de Minelli, que, apenas aderiu e divulgou) de que é preciso ter times altos e fortes para que se possa brigar por campeonatos. 

Nosso time atual é baixo, de pequena compleição física e média corporal. Se ao menos fosse veloz ...
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Hoje, teremos Valdívia e eu tenho uma pergunta: "Por quantos minutos"? 

Infelizmente, quando não é o padre é a missa, quando não é o pastor é o culto, quando não é contusão é o cartão, quando não é uma coisa é outra. 

Valdívia entra e sai da equipe, sistematicamente, em irritante e interminável rodízio, sem que Nobre e Bruno providenciem alguém à altura de substituí-lo em suas constantes ausências.

Esta semana fala-se na chegada de um fisioterapêuta cubano para tratar as contusões de Valdívia.  Às expensas dele, por sinal! 

Isto é excelente e alvissareiro na medida em que significa responsabilidade, comprometimento e a perspectiva de dias melhores na difícil relação jogador-clube-jogador!

A medida, em si,  seria desnecessária, pois, em que pese a proximidade de Cuba com os Estados Unidos, repositório da melhor ciência e tecnologia em quase todas as áreas, inexiste um intercâmbio entre esses dois países. 

Por isso, duvido que esse profissional alienígena seja melhor do que aqueles que temos no Brasil. Fosse dos EUA, talvez.

Reconheço, porém, que ele pode ajudar (muito) no sentido de motivar Valdívia a se ajudar!

Na qualidade de um "personal" ele já trabalhou com o chileno há algum tempo, ajudando-o a se recuperar, a tempo de participar da Copa do Mundo realizada no Brasil.
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Em relação ao time para esta noite, acredito que, no ataque, as coisas melhorem (muitíssimo) em razão da volta de Valdívia, sem qualquer dúvida, o melhor jogador em atividade no país.

A exemplo do que ocorreu contra os bambis, acredito que ele proporcione ao Palmeiras aquele "plus" de que necessitamos para uma melhor chegada de nosso time à área adversária.

O grande risco que sofremos é a caça ao chileno, aspecto que virou uma constante e uma verdadeira instituição no futebol brasileiro em face do beneplácito arbitral e do faccioso STJD. 

Todos os técnicos e todos os jogadores já sabem que bater em Valdivia é permitido e normal.

Sabem, também, que os árbitros não apitam nada quando o chileno é agredido porque a imprensa gosta e não os recrimina.

Mas Nobre, Brunoro ou algum diretor teria ido ou já foi à TV, às rádios e aos jornais para denunciar, antecipadamente, o fato e prevenir problemas? 

Por acaso há alguma coletiva marcada? Dormem de touca os nossos dirigentes e isso não é de bom agouro. Quem não se defende, não terá defensor (Rui Barbosa).

Ainda há tempo para prevenir, embora eu imagine que a caça a Valdívia hoje, deverá acontecer de novo. Quem viver, verá!
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Desta vez Junior não anunciou o time que entra em campo.

Qual, para você, lendo a lista dos convocados, seria a melhor formação, a melhor alternativa para uma vitória sobre os desesperados baianos em outro jogo de seis pontos?

Goleiros: Deola e Fábio
Laterais: João Pedro, Juninho, Welder e Victor Luis
Zagueiros: Lúcio, Nathan e Gabriel Dias
Volantes: Renato e Matheus Sales
Meias: Valdivia, Mendieta, Bruno César, Felipe Menezes, Patrick Vieira, Mazinho e Bernardo
Atacantes: Cristaldo, Mouche e Henrique


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 PS- Estou preocupado com outro fato. Há cinco rodadas que todos os resultados das equipes que lutam para não cair vinham sendo favoráveis ao Palmeiras.

Ontem os resultados foram péssimos, na medida em que o Bahia (1) venceu o Sport (0), o Figueira(1) venceu os Gambás (0) e a Chapecoense (3)  goleou o Atlético Pr (0), embora este último resultado possa ser bom, na medida em que coloca o rubro-negro paranaense, definitivamente no rebolo.

Apenas as derrotas do Coritiba (1) para o Cruzeiro(2) e do Criciuma (0) para o Inter(3), foram resultados que favoreceram o Palmeiras.

O único jogo de hoje que interessa ao Verdão, ocorre no Rio, onde se espera que o Goiás consiga derrotar o Botafogo. O Palmeiras só poderá sair do Z4 se derrotar o Vitória e se o alviverde goiano empatar o vencer os cariocas (AD)