Observatório Alviverde

01/01/2014

ESTA É A MINHA GRANDE DÚVIDA: KLEINA VAI SEGURAR A ONDA?

 

Meus amigos...

Quem imaginava que o Palmeiras estivesse como time pronto logo no início do ano, precipitou-se na análise e errou feio nos cálculos.

Do alto de minha experiência sexagenária, eu imaginava, há muito, de que teríamos múltiplas dificuldades em acertar o elenco a tempo e a hora.

Primeiro em razão das dificuldades naturais do mercado em um momento crítico de justaposição e transição.

Segundo, pela nova política de contratações do Palmeiras, cujas consequências os jogadores e os empresários ainda não conseguem aferir.

Mas, principalmente, pelo fato de a diretoria alviverde, de forma inteligente e profissional, manter a sua política de contratar jogadores jovens, muitos deles desconhecidos, mediante a preços módicos e acessíveis.

Apesar dos protestos de tantos palmeirenses, mormente das alas "baby" e "teen", a política é correta e a única viável nos dias de hoje.

Sei que há outros setores de nossa torcida, teoricamente mais amadurecidos, que pensam, exatamente como a ala mais jovem, e que falam em investir.

Investir é bom, mas, na hora certa e correta, em jogadores que possam, em primeiro lugar, ajudar o clube na hora em que chegam e aliviar os cofres do clube, de preferência enchendo-os de dinheiro, na hora da saída.

Entretanto, para que isso aconteça, é necessário que a torcida se esqueça de jogadores velhos só porque têm nome, e que coloque na cabeça que futebol se faz, basicamente, com a juventude.

Um ou outro "coroa" serve apenas para dar um toque de experiência ao time, nada mais do que isto.

É interessante que o Palmeiras, há anos, corre atrás de veteranos e os contrata em profusão, sem quaisquer resultados práticos.

Muito pior é que a torcida, ainda que debruçada em fracassos, continua preferindo que a diretoria invista em velhos ultrapassados e previsíveis, desde que tenham nome ou rótulo de craque, em detrimento de jovens promissores.

A mídia, ressalvadas as reduzidas exceções de praxe,  tem parte ponderável de culpa nesse processo, na medida em que, também, critica as contratações de atletas sem nome e vive comparando as contratações humildes do palmeiras com as contratações milionárias dos adversários. Isso, porém, não tem cabimento ou lógica!

Para que não se remonte a um passado muito distante, o dinheiro que o Palmeiras, recentemente, investiu em Ewerton, Lincoln, Juninho Paulista e Edmundo, daria para montar um time de jovens forte para disputar qualquer campeonato, com a vantagem de vendê-los por um bom preço no momento em que se desligassem do clube.

Entretanto, perduram, insistentemente, a idiotice, a falta de visão e, principalmente, o orgulho em nossa torcida paulistana, aquela que participa, diretamente, da vida do clube, inconformada pelo fato de o clube contratar jogadores baratos.

Quando se fala em "bom e barato" - notem que eu não disse "ruim e caro", como são as contratações palmeirenses - há como que um estrilo coletivo entre os aficionados palmeirenses.

Infelizmente, parcela ponderável de nossa torcida julga as contratações pelo preço ou pelo currículo de um atleta, o que, em 99% das oportunidades, nada significa.

Quando o Palmeiras, há 13 anos, ganhou a Copa dos Campeões com um time modesto e humilde, porém raçudo e eficiente, o time campeão foi, c-r-i-m-i-n-o-s-a-m-e-n-t-e. depreciado pela mídia que não descansou enquanto o time não acabou. 

Até o palmeirense Avalone, à época um nome fortíssimo da imprensa, liquidou o time com críticas ferinas e impertinentes em seus programas de televisão! Ninguém me contou! Eu, estupefato, vi, ouvi e me aborreci. Quanta falta de visão!

O pecado daquela equipe?

O de não ter jogadores considerados "estrelas de primeira grandeza". Apenas isso!


É preciso acabar com essa mania de grandeza pois o caminho do sucesso, na maioria das vezes, passa, primeiro, pelo caminho da humildade.

Tenho feito críticas pontuais a Nobre, algumas, até, muito fortes e ao trabalho da diretoria, mas devo dizer que, de um modo geral, no atacado, tenho aprovado a administração atual.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, creio que o clube tem condições de fazer alguns investimentos básicos pontuais em um ou outro jogador mais badalado, a fim de melhorar a imagem do clube, desde que os jogadores que venham sejam jovens e em condições de prestar bons serviços. 

Um ou outro veterano, vá lá... Mas encher o time de veteranos como chegou a se aventar há alguns dias, com Elano, Lúcio e Alex, equivale a vários tiros contra o próprio pé.

Vamos iniciar a contagem regressiva de outra temporada sem novas contratações e, principalmente, vendo a saída de outros, entre os quais, possivelmente, estarão o excelente zagueiro Vilson e o regular Márcio Araújo, um dos homens de confiança de Kleina, dentro de campo.

Com tanta mudança em perspectiva, terá o inexperiente Kleina a condição de segurar mais essa onda?

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