ESTA É A MINHA GRANDE DÚVIDA: KLEINA VAI SEGURAR A ONDA?
Meus amigos...
Quem imaginava que o Palmeiras estivesse como time pronto logo no início do ano, precipitou-se na análise e errou feio nos cálculos.
Do alto de minha experiência sexagenária, eu imaginava, há muito, de que teríamos múltiplas dificuldades em acertar o elenco a tempo e a hora.
Primeiro em razão das dificuldades naturais do mercado em um momento crítico de justaposição e transição.
Segundo, pela nova política de contratações do Palmeiras, cujas consequências os jogadores e os empresários ainda não conseguem aferir.
Mas, principalmente, pelo fato de a diretoria alviverde, de forma inteligente e profissional, manter a sua política de contratar jogadores jovens, muitos deles desconhecidos, mediante a preços módicos e acessíveis.
Apesar dos protestos de tantos palmeirenses, mormente das alas "baby" e "teen", a política é correta e a única viável nos dias de hoje.
Sei que há outros setores de nossa torcida, teoricamente mais amadurecidos, que pensam, exatamente como a ala mais jovem, e que falam em investir.
Investir é bom, mas, na hora certa e correta, em jogadores que possam, em primeiro lugar, ajudar o clube na hora em que chegam e aliviar os cofres do clube, de preferência enchendo-os de dinheiro, na hora da saída.
Entretanto, para que isso aconteça, é necessário que a torcida se esqueça de jogadores velhos só porque têm nome, e que coloque na cabeça que futebol se faz, basicamente, com a juventude.
Um ou outro "coroa" serve apenas para dar um toque de experiência ao time, nada mais do que isto.
É interessante que o Palmeiras, há anos, corre atrás de veteranos e os contrata em profusão, sem quaisquer resultados práticos.
Muito pior é que a torcida, ainda que debruçada em fracassos, continua preferindo que a diretoria invista em velhos ultrapassados e previsíveis, desde que tenham nome ou rótulo de craque, em detrimento de jovens promissores.
A mídia, ressalvadas as reduzidas exceções de praxe, tem parte ponderável de culpa nesse processo, na medida em que, também, critica as contratações de atletas sem nome e vive comparando as contratações humildes do palmeiras com as contratações milionárias dos adversários. Isso, porém, não tem cabimento ou lógica!
Para que não se remonte a um passado muito distante, o dinheiro que o Palmeiras, recentemente, investiu em Ewerton, Lincoln, Juninho Paulista e Edmundo, daria para montar um time de jovens forte para disputar qualquer campeonato, com a vantagem de vendê-los por um bom preço no momento em que se desligassem do clube.
Entretanto, perduram, insistentemente, a idiotice, a falta de visão e, principalmente, o orgulho em nossa torcida paulistana, aquela que participa, diretamente, da vida do clube, inconformada pelo fato de o clube contratar jogadores baratos.
Quando se fala em "bom e barato" - notem que eu não disse "ruim e caro", como são as contratações palmeirenses - há como que um estrilo coletivo entre os aficionados palmeirenses.
Infelizmente, parcela ponderável de nossa torcida julga as contratações pelo preço ou pelo currículo de um atleta, o que, em 99% das oportunidades, nada significa.
Quando o Palmeiras, há 13 anos, ganhou a Copa dos Campeões com um time modesto e humilde, porém raçudo e eficiente, o time campeão foi, c-r-i-m-i-n-o-s-a-m-e-n-t-e. depreciado pela mídia que não descansou enquanto o time não acabou.
Até o palmeirense Avalone, à época um nome fortíssimo da imprensa, liquidou o time com críticas ferinas e impertinentes em seus programas de televisão! Ninguém me contou! Eu, estupefato, vi, ouvi e me aborreci. Quanta falta de visão!
O pecado daquela equipe?
O de não ter jogadores considerados "estrelas de primeira grandeza". Apenas isso!
É preciso acabar com essa mania de grandeza pois o caminho do sucesso, na maioria das vezes, passa, primeiro, pelo caminho da humildade.
Tenho feito críticas pontuais a Nobre, algumas, até, muito fortes e ao trabalho da diretoria, mas devo dizer que, de um modo geral, no atacado, tenho aprovado a administração atual.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, creio que o clube tem condições de fazer alguns investimentos básicos pontuais em um ou outro jogador mais badalado, a fim de melhorar a imagem do clube, desde que os jogadores que venham sejam jovens e em condições de prestar bons serviços.
Um ou outro veterano, vá lá... Mas encher o time de veteranos como chegou a se aventar há alguns dias, com Elano, Lúcio e Alex, equivale a vários tiros contra o próprio pé.
Vamos iniciar a contagem regressiva de outra temporada sem novas contratações e, principalmente, vendo a saída de outros, entre os quais, possivelmente, estarão o excelente zagueiro Vilson e o regular Márcio Araújo, um dos homens de confiança de Kleina, dentro de campo.
Com tanta mudança em perspectiva, terá o inexperiente Kleina a condição de segurar mais essa onda?
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