Observatório Alviverde

10/12/2014

UMA QUESTÃO FILOSOFAL!



 

Já cravam, a mídia e os opositores de Nobre, pesadas críticas ao presidente por um suposto contato com Argel Fucks, a grande revelação entre os treinadores da série A do Brasileiro, este ano. 

Ex-zagueiro do Verdão, extremamente líder, muito boleiro, recém saído dos campos, ele salvou o Figueira da Série B, com sobejo, proficiência, muitas revelações e poucas contratações.

Eu que ousei indicar Argel, via blog, para o lugar de Gareca, procedimento que, certamente, nos teria poupado de uma série enorme de  aborrecimentos, defendo e defenderei, novamente, neste instante, a contratação dele, Argel por uma série enorme de fatores.

Mas, faço isto, embora sabendo que, não será, jamais, tranquila, como pode imaginar a nossa vã filosofia, a contratação de Argel, ainda que seja ele o objetivo maior de Nobre e de sua administração.

O alvo preferido de parte preponderante da mídia e dos adversários políticos do presidente, é a depreciação e o esvaziamento do Palmeiras.

Até que Nobre venha a definir o nome do novo comandante, -Argel ou outro- ele e o clube ficarão expostos a toda a sorte de críticas, cabíveis ou não, razoáveis ou não, pertinentes ou não, verdadeiras ou não, procedentes, ou, não. Quem viver, verá, constatará... Vivenciará!

Não, não serão leves ondas, mas, autênticos, tsunamis os que PN terá de enfrentar até conseguir recolocar a casa em ordem. 

Acostumem-se, pois, todos vós, palmeirenses, ao que está se configurando nesta hora! Está no mar, no ar, em todo lugar! Só quem não quer ver, não vê nem haverá de ver!

Por que indiquei e por que indico Argel Fucks?

A começar por sua juventude, garra, motivação, amor ao futebol (e ao Palmeiras).

Em seguida, em razão de sua indesmentível competência, realçada por sua robustíssima e inquebrantável vontade de vencer, até chegar às raias de sua incontestável liderança. 

A tudo isso, alie-se uma necessidade premente e imperiosa de mudança e renovação no Palmeiras, sobretudo em termos de mentalidade e de filosofia, estas, sim, mais importantes do que qualquer nome, seja lá quem for, até do que o próprio Fucks.

Sem querer estabelecer comparações ao pé da letra, quero dizer, porém, que a situação atual de Argel traz-me à mente, a época em que, em circunstâncias semelhantes, o Palmeiras foi buscar o, então, obscuro Vanderley Luxemburgo, na Ponte Preta, a fim de assumir o clube.

Aproveitando a chance, Luxa tornar-se-ia, a partir de então, disparadamente, o melhor técnico das gerações dos anos noventas, e um dos melhores que se conhece, de lá até aos dias de hoje.  

O fato de eu sugerir e apresentar Argel como "Startname" de uma relação que, sou convicto, será ampla e recheada de inúmeros nomes competentes e importantes, não significa, porém, necessariamente, que o considere uno, único, absoluto, preponderante ou insubstituível. 

Não, e, fique claro, apresso-me por dizer que Argel representa, neste momento, neste momento, apenas neste momento, a minha prioridade, de acordo com os meus exclusivos princípios filosofais, certamente diferentes daqueles que norteiam ou permeiam a preferência da maioria dos palmeirenses. 

Nada, porém, de minha parte é inflexível, incondescendente, imutável ou que não possa ser mudado mediante melhores argumentação, realidade e números! Em bons termos, aceito discutir! Da discussão, nasce a luz! 

Em meu critério de análise, a campanha palmeirense em 2015, terá de ter um caráter, essencialmente, de recuperação e recobra do status e do prestígio abalados ou perdidos. 

Quem assumir a direção técnica da equipe terá de desenvolver um planejamento sério nesse sentido, independentemente da conquista de títulos, aspecto que terá de ser encarado como mera e simples consequência de trabalho.

O título deste post é : "Uma questão filosofal"!

Antes de definir nomes, o Palmeiras precisa, prioritariamente, definir a sua filosofia de trabalho, isto, é, a forma através da qual irá se armar para enfrentar a temporada e de que forma vai colocá-la em prática.

Será com um time renovado, barato, formado a partir de sua base por jogadores menos badalados? 

É um caminho, é óbvio! Tem a minha preferência desde que se opte por uma mescla inteligente!

Ou, será com um time consagrado, repleto de estrelas como esse que já estão definindo e anunciando, com Fred, Vagner e renovando com Valdívia? 

Também é um caminho consistente e até de riscos menores que a filosofia anterior.

Isso tudo, porém, só pode ser definido após a chegada do novo treinador que, espero, seja jovem, propenso ao lançamento de jovens e que encontre nas categorias de base a maior parte das soluções  para as contínuas e prementes necessidades palmeirenses.

E, antes que eu esqueça, que ele, sim, muito sim, esqueça de privilegiar escolas de goleiro e demais filosofias defensivistas!

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