Observatório Alviverde

06/11/2015

VOCÊ ACHA QUE O PALMEIRAS DEVERIA PRIORIZAR A COPA DO BRASIL?


Resultado de imagem para jogar a toalha


A julgar-se pela postura fraca e subserviente de alguns jogadores tanto e quanto pelo desinteresse do departamento de futebol (leia-se Oliveira e Mattos), o Palmeiras, como se diz no boxe,  jogou a toalha em termos de Campeonato Brasileiro. Isto é lamentável!

Tomei conhecimento da declaração de Robinho na coletiva de ontem acerca do jogo de domingo contra o Vasco e não gostei do que vi e ouvi.

Vejam o que ele declarou a propósito da classificação para a Liberta, via Brasileirão: 

  "Acho que hoje não está distante, mas se a gente perder domingo vamos acabar abrindo mão do Brasileiro, porque vai ficar complicado!"

Entendo que se trata de postura conveniente que muitos abrandarão sob a desculpa de que o jogador está sendo, simplesmente, realista. 

Como para quem sabe ler um pingo é um pingo, jamais letra, a declaração do meio campista palmeirense deixa claro que a maior parte do elenco está focada, exclusivamente, na decisão contra o Santos pela Copa do Brasil. 

Não deveria - nunca- ser assim, haja vista que, caso perca a CdB para o Santos, o Palmeiras poderá lutar pela vaga extra que se abrirá

Este, de repente, seria outro caminho para que o Verdão atingisse o seu objetivo de vaga na Libertadores-16 como alternativa número dois.

Independentemente de vitória ou derrota contra o Vasco o Palmeiras não deveria desistir de lutar pela classificação via Brasileirão. 

Apesar da incômoda posição que ocupa na tabela, 9º colocado e 48 pontos, há 15 pontos em disputa, vários cruzamentos de times interessados e N possibilidades de combinação de resultados.

Ainda assim, mesmo se a classificação não viesse, restaria o lenitivo de que o time lutou com raça, disposição e bravura até o fim da competição, tanto e quanto uma boa performance neste resto de brasileiro, elevaria, substancialmente, o astral da equipe para a decisão da CdB e melhoraria a situação do clube na estatística do Brasileirão.

Além de ser comum a utilização de números estatísticos em muitas situações (já ocorreu tantas vezes na história do futebol) existe, paralelamente, o importante fator premiação da CBF que ficou assim:

Campeão: R$ 10 mi
2º lugar: R$ 6,3 mi
3º lugar: R$ 4,3 mi
4º lugar: R$ 3,2 mi
5º lugar: R$ 2,2 mi
6º lugar: R$ 1,4 mi
7º lugar: R$ 1,3 mi
8º lugar: R$ 1,2 mi
9º lugar: R$ 1,1 mi
10º lugar: R$ 1 mi
11º lugar: R$ 900 mil
12º lugar: R$ 800 mil
13º lugar: R$ 700 mil
14º lugar: R$ 600 mil
15º lugar: R$ 450 mil
16º lugar: R$ 350 mil


Se prevalecesse a classificação de hoje, o Palmeiras, 9º colocado,  embolsaria R$1,1 e como existem possibilidades reais de chegar ao 4º lugar, receberia, nessa hipótese, R$ 3,2 mi.

É preciso haver profissionalismo, motivar os jogadores e lutar com disposição, também, por isso.

Mas para chegar a essa situação, o Palmeiras precisa como condição "sine qua non", isto é, sem a qual não e nada é possível, vencer o Vasco, subir para 51 pontos e esperar o desfecho da rodada.

As projeções que vamos fazer em seguida, partem dessa premissa, perfeitamente factível e realizável, obrigação palmeirense, aliás...

Considere-se que o Verdão vai jogar em casa contra o lanterna do campeonato, um time fraco e desesperado ante a iminência do rebaixamento.

Quando entrar em campo, domingo, às 17 horas, o Palmeiras já estará sabendo do resultado de Inter e Ponte, ambos com 50 pontos, que será jogado sábado em Porto Alegre. 

Nesse jogo, um empate seria, obviamente, o melhor resultado, pois segura os dois rivais e permite que o Verdão os ultrapassasse pelo critério do número de vitórias: 15 x 14 e 15 x 13.

Se esse empate viesse a ocorrer, daria uma força psicológica descomunal ao Palmeiras, tanto e quanto teria o condão de motivar extraordinariamente o grupo para a perspectiva (que jamais deveria ter sido colocada como secundária ou à margem, mas, estupidamente, o foi) da possibilidade de passagem à Libertadores via Brasileirão.

Se houver um vencedor entre Inter e Ponte, o Palmeiras ultrapassa, apenas, o time perdedor do confronto.

No Rio, o Flamengo, com 44 pontos, receberá o Goiás, no Maracanã. 

Se for derrotado em casa, o Fla dificilmente alcançará o Verdão, desde que o time de Marcelo Oliveira continue disposto a jogar futebol e não relaxar nos últimos quatro jogos que terá de cumprir, finda a 35ª rodada do Brasileirão deste final de semana.

Em BH, o Cruzeiro, com 45 pontos, recepcionará os bambis, que têm 53. 

Uma vitória cruzeirense, muito possível (é a tendência do jogo), segura a bambinada, diminui a diferença atual de 5 pontos para, apenas 2, e possibilita uma ultrapassagem do Palmeiras, talvez, na 36ª rodada a ser jogada na semana que vem. 

Em relação ao Cruzeiro ainda que o time mineiro derrote os bambis, a diferença continuará sendo de 3 pontos pró Verdão, haja vista que, vale repetir,  estamos levantando essas premissas considerando que o Palmeiras encare o Vasco, o lanterna do campeonato, com muita seriedade, profissionalismo e disposto a vencer.

Em Recife, o Sport com 49 pontos, enfrentará o Grêmio que tem 59. 

Como a vaga gremista está garantida e o Palmeiras, de um ponto de vista prático, não alcançaria o tricolor gaúcho, será melhor que o Grêmio derrote os pernambucanos, embora um empate seja, também, um excelente resultado para o Verdão. Só não pode dar Sport!

Domingo, em Joinville, um jogo especial. O Jec que vende caro as derrotas em casa, enfrenta o todo poderoso Santos, possivelmente com salto Luis XV e uma grande máscara atarraxada ao rosto. 

Esse Jec e Santos no Heriberto Hulse proporcionará uma visão do pensamento dos jogadores do Santos e a revelação de suas reais perspectivas em relação à forma com que vão encarar o Brasileiro e a Copa do Brasil e se priorizarão ou não apenas uma das competições. 

Não creio que o time santista, sempre profissionalíssimo, em franca ascensão no Brasileiro, quarto colocado com 53 pontos, deixará de tentar a sua habilitação à Libertadores, também, através do Brasileiro. 

Essa situação de opção, mesmo no tempo em que o time praiano não estava tão bem no Brasileiro, mas caminhava bem pela CdB, jamais foi abordada ou, mesmo, cogitada. Nem pelo clube, nem pela mídia. 

Alias, quem vive levantando essas hipóteses suicidas são os dirigentes inexperientes e sem visão do  Palmeiras, contando sempre com o aval entusiasmado (e falso) da maior parte dos homens da mídia. 

Quem não sabe que a maior parte da imprensa quer que o Verdão jogue a decisão da Copa sem o necessário equilíbrio emocional e premido pela responsabilidade de ter de brigar pela vaga da Libertadores. 

Tenho certeza de que foi por isto que eles, massivamente, apoiaram MO quando o técnico palmeirense, varzeanamente, começou a poupar jogadores (é o fim do mundo!) e a colocar em segundo plano o Brasileirão.

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