Observatório Alviverde

24/11/2014

PARA NÃO CAIR, NOBRE VAI TER DE MEXER COM MALAS!


 
Quando Valdívia se incorporou ao time em Curitiba, antecipei e publiquei, neste OAV, que, por aspectos estratégicos, o chileno não deveria começar jogando contra o coxa. 

Disse isso, claramente, explicitamente, escancaradamente, sem metáforas, subterfúgios, tropos ou linguagem cifrada! Acertei de novo!

Aliás, se querem saber mesmo, Valdívia deveria, viajar incógnito e, se descoberto, que se dissesse que iria, apenas, na qualidade de capitão, prestigiar os companheiros.  

Quem desconhecia que Valdívia, que em vários outros episódios protagonizou situações e problemas semelhantes, iria ser caçado em campo? Só Dorival, que sabe pouco a respeito do Palmeiras!
Mormente em se considerando que o jogo de ontem era vital, também para o adversário que, tido por muitos como um time irmão, em comum com o Palmeiras, só tem, ressalvada a tarja preta, as cores verde e branca na camisa, nada mais!

Em relação aos jogos contra o Palmeiras, o time coxa-branca, de há muito, usa o expediente de caçar Valdívia, sempre com o beneplácito das arbitragens. Ontem, novamente, foi assim!
Ou vocês se esqueceram o que Júnior Urso fez com Valdívia há dois anos, impunemente?

Desta feita, sem Urso, os escalados para bater foram o cavalo, digo, o violento zagueiro Lucas Claro (fez lembrar Beletti no Cruzeiro, no Galo e, principalmente, no Bambi) que pegou Valdívia, impunemente, logo a um e, em seguida, a dois minutos de jogo. 

Da mesma forma procedeu o volante Elder, aos 9, que, também, não recebeu o devido cartão. 

Às barbas do árbitro, miraram, (tanto um quanto o outro) de maneira proposital e covarde, a coxa lesionada do chileno tirando-o de combate sem que recebessem, sequer, uma simples advertência verbal.

Com apenas três pegadas os paranaenses riscaram do jogo a referência de ataque do Palmeiras, o único jogador que poderia fazer a diferença e proporcionar ao Verdão a necessária condição de profundidade ofensiva para a marcação de gols, tornando o jogo amplamente favorável ao time araucariano, verdadeiro mamão com mel.

Por isso que, tão logo tomei conhecimento de que Valdívia iria jogar, propugnei pelo aproveitamento do Mago apenas com o jogo em andamento e em caso de necessidade  quando o cansaço, o desgaste e os cartões houvessem baixado o fogo dos jogadores paranaenses e de sua torcida.

Seria esse, repito, conforme antecipei, o momento exato de colocar Valdívia no jogo.

Valdívia, se, inteligentemente, primeiro, anunciado, e, depois, estrategicamente fosse para o banco, quebraria o sistema tático do Coxa que só iniciou o jogo se utilizando do esquema de três zagueiros, em função da escalação do chileno. 

Se, na hora H, quando eles imaginassem que Valdívia fosse entrar, ele fosse para o banco, o esquema de três zagueiros, treinado pelo Coxa, do qual decorre uma certa debilidade de meio de campo da parte de quem o adota, facilitaria o trabalho do Palmeiras. 

Mesmo com os jogadores fracos de que dispõe na armação e no ataque, o Palmeiras poderia, perfeitamente, tirar proveito disto e encontrar o caminho do gol, há tanto tempo perdido, desde que houvesse, ao menos, correria, empenho disposição e aplicação. 

Por que, então, com Valdívia e toda a sua categoria o esquema palmeirense não funcionou como devia e podia? 

Em parte, reconheço, até funcionou, haja vista a boa atuação de Wesley, no primeiro tempo, que nunca teve com quem dialogar. 

Como funcionar se o Palmeiras jogou os primeiros 45 minutos, com, apenas dez em campo, ironicamente desfalcado pela presença de Valdívia? 

E tudo isso sem que a mala do banco tomasse a necessária providência de substituir o Mago, que, outra vez, foi, desnecessariamente, para o sacrifício.

Como a tentativa com Valdívia não deu certo, não apenas pela contusão em si, mal curada, mas, principalmente, pela falta de sabedoria e visão do treinador ao aproveitá-lo, o chileno, agora, vai ser desancado pela intolerância da mídia, dos organizados e seguidores e por aqueles que pouco ou nada entendem de futebol.

Todos se esquecem que, não fosse Valdívia, teríamos antecipado o Criciúma e já teríamos, de há muito, dado com os costados na segunda divisão!

Querem apostar que Dorival, quando deixar o Palmeiras, vai bater no peito e dizer "eu descobri João Pedro, eu revelei Nathan, eu aperfeiçoei Vitor Luís e outras basófias"? 

Mas se ele, por pura necessidade, foi à base e trouxe João Pedro e Vitor Luís (excelentes jogadores) por que não buscou lá alguns homens de f rente, para reforçar o meio de campo e o ataque? 

Por que Dorival não mandou embora as malas do come e dorme do elenco, com as quais, desde que chegou, inexplicavelmente, faz média, recusando-se, terminantemente, a elaborar uma lista de dispensa?

Se manteve as malas suplentes, por que não as aproveitou, sabendo que eram jogadores de bom potencial como Bernardo, Bruno César e outros? Se estavam mal, fisicamente, por que não os motivou a treinar e participar?

Ah, meus amigos, já cansei de falar, de bradar e de clamar nesse imensurável deserto de homens e idéias que é, hoje, a S.E. Palmeiras!

Como deixar de citar a  conveniência e a leniência de uma diretoria apedeuta, que remunera, regiamente, um diretor de futebol incapaz de chamar em seu gabinete o novo técnico e  exigir que ele proceda aos cortes necessários para o enxugamento de um elenco, literalmente, obeso, de quase 60 profissionais?

O que esperar de uma diretoria que não tem forças, sequer, para peitar um treinador recém chegado, e comunicar-lhe que o time tem prioridades diferentes daquelas que ele imagina restritas a um goleiro e a um volante de contenção? 

O fato é que a primeira mala (eu disse claramente que Dorival não deveria estar à frente da equipe no jogo contra o Coxa) já deveria ter sido despachada.

Mantê-lo à frente da equipe, na melhor e mais conveniente escola "mustafática", é jogar pela janela a chance de lançar mão de uma derradeira possibilidade de estratégia salvadora. 

Esperar o quê de Dorival que, ao menos nesta sua passagem pelo Verdão, é uma bananeira que já deu cacho? Valentim,  no banco, hoje, agora, já! 

Essa é uma alternativa gratuita e interessante a quem provou por a+b+c+d e por todo o alfabeto, que não tem mais  condições e nem repertório para salvar o Palmeiras do descenso.

Outra estratégia muito válida, seria a dispensa imediata, (entre hoje e sábado) e antecipada dos come-dormes e dos fazedores de onda, que pululam na concentração.

Da mesma forma dos acomodados estrangeiros que não estão sendo e nem serão aproveitados, a fim de que possa ser recriado um ambiente favorável, capaz de gerar confiança aos que ficam, com expectativas de continuidade em 2015. 

Esse procedimento deveria ter sido consumado assim que Dorival se inteirou de quem era quem no elenco, da potencialidade técnica de cada atleta e do que poderiam render, todos, em relação ao futuro. 

De passagem, afirmo que elencos inchados não conseguem ganhar nada em futebol, mas a mala que treina o Palmeiras, parece que não sabia. Só ela!

Agora é a hora certa e apropriada para Nobre mexer com as malas, sabem por que? 

Porque, nesta etapa final do Brasileiro, em que as fábricas de resultado proliferam até dentro de campo na hora dos jogos, por rivalidade clubística, amizade e, principalmente,  por dinheiro, se o Palmeiras mantiver a inocência habitual e não recorrer a elas, nesse malandríssimo ambiente do futebol brasileiro, o Verdão vai, mais uma vez, dançar.

Para mim, aproveitando o título do livro de Francisco Sarno, em se tratando de “Futebol, a Dança do Diabo”, pouco vai importar a cor das malas, sejam elas brancas, verdes, azuis, violetas ou pretas!

Que fique Nobre sabendo que, sem mexer com as malas, será pouco provável que o Palmeiras, mediante seus próprios méritos e esforços, permaneça na divisão de elite do futebol brasileiro!

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NA TV  

Excelente a transmissão de Linhares Júnior.

Ontem, já não era sem tempo, Vilaron conseguiu comentar com isenção um jogo do Palmeiras, até quando afirmou que o Palmeiras (de Nobre, Brunoro, Gareca e Dorival) foi o pior time do Verdão desde que ele acompanha futebol. 

Beletti, como, de hábito, ocorre com quase todos os ex-jogadores, foi faccioso e clubístico, à beira do ridículo.

Quando do gol do Coxa, anulado pelo árbitro, revoltou-se, abertamente, contra a marcação. Deu para sentir em sua emissão vocal eivada de ira e de ódio. Como é despreparado esse cara, verdadeiro torcedor de microfone!

Só voltou (em parte) atrás, porque Vilaron teve personalidade jornalística (ele é jornalista, não é invasor) e foi categórico na confirmação da falta sobre Lúcio, impedido de saltar para cortar a trajetória da bola.

Só que as câmeras, para a desilusão e desconsolo de Beletti, registraram o lance de forma indubitável, clara, visível e explícita o que o levou ao subterfúgio de afirmar, como de hábito, com a maior desfaçatez, que "o árbitro tinha de ter, a partir de agora o mesmo critério" para marcar um lance daqueles nas duas áreas. 

Aquela falta, flagrante, cometida bem à frente do árbitro, nada tinha ou tem a ver com critério como tentou, depois, se desculpar Beletti, pelo monumental erro que, quando caiu em si, verificou ter cometido. 

Um lance daquele, sob quaisquer circunstâncias, teria e tem de ser punido com falta. Não existe outra alternativa ou interpretação. 

Se os árbitros não punem, tem de ser criticados e cobrados por isso e não é cabível restringir um procedimento faltoso daquela monta a simples questão de critério como quer o faccioso e despreparado comentarista (?) !

Critério (?), apedêuta Beletti, ex-jogador exclusivamente de força, grosso, tosco, violento, ruim de bola, tecnicamente aquém da carreira que o seu empresário lhe proporcionou, metido a dono da verdade e a isento, faltou a você, ao ter a desfaçatez de afirmar isso"!

Sobre a confissão de Lucas, em entrevista concedida a Lucas Rocha no intervalo do jogo, de que, de fato, cometeu a falta em Lúcio, nenhuma palavra da parte de Beletti. A vaidade e a autossuficiência , certamente,  não permitiram que o fizesse! Ficou como o lance não houvesse ocorrido.

Da mesma forma, em momento algum da transmissão Beletti (Belletti,  Beleti, ou Belete é pouco provável que ele tenha doble consoante no nome, ao menos não tem gabarito para ostentar)  teve a hombridade de afirmar que estava havendo uma covarde caça a Valdívia, sendo essa a única falha, ontem, no trabalho de Vilaron!

Por que Beletti não disse na transmissão que, até os dois minutos, (videm o tape) Valdívia já fora atingido duas vezes no local da contusão, propositadamente, pelo mesmo jogador, Lucas Claro?

Por quê, da mesma forma, ele permaneceu mudo quando, em seguida, logo aos 9 minutos foi Valdívia foi, novamente, atingido, criminosamente, também por Élder, que, da mesma forma que Lucas, coincidentemente, visou o local da contusão?

Por volta de 12 minutos, Beletti bostejou no ar afirmando que "pela sua experiência, a lesão de Valdívia não o impedia de fazer todos os movimentos e jogar", como se Valdívia estivesse simulando a contusão! 

Estaria ele, vendo jogar Valdívia, o do Internacional? No Couto Pereira, as imagens do PFC mostravam, exatamente, o contrário! 

Quando dos gols do Coxa ficaram nítidos a alegria, a satisfação e a empolgação de Beletti, revelando, ele, natural do Paraná, todo o seu irritante provincianismo. 

Será que do alto de sua imensa cultura e de seu vastíssimo cabedal de conhecimentos que o colocaram como comentarista na Rede Globo em detrimento dos verdadeiros jornalistas, sabe, ele, que o estado do Paraná já foi parte integrante do estado de São Paulo? (AD)