ATHLÉTICO 0X1 PALMEIRAS: JÁ COMEÇO A DIVISAR LUZES NO FIM DO TÚNEL!
A MINHA ANÁLISE DO PRIMEIRO TEMPO.
(escrita no intervalo do jogo)
Meus amigos, começo a desistir de Luxa. Esperava, hoje, um time novo, renovado, ou, no máximo aquele que vinha sendo o titular.
Mas ele surpreendeu de novo (parece que prefere mesmo é aparecer, não resolver) e coloca em campo novamente Lucas Lima que faz, exatamente, o que vem fazendo em outros jogos: n-a-d-a!
Há que se registrar de positivo apenas o fato de LL estar se esforçando mais, se doando mais e de não ter sido tão apático como sempre esteve e foi, a partir do momento em que foi contratado pelo Verdão!
A impressão que o "profexô" me passa é que o curicano Carile é quem está no banco palmeirense e não ele, a julgarmos pelo esquema retrancado que adota, bem de acordo com aquilo a que já me acostumei a dizer em relação a outros jogos: Palmeiras, hoje, parece rubro negro e o Athlético é que parece alviverde.
No entanto, não, definitivamente não, não vou pegar pilha naquilo que falam de jogo horroroso, de espetáculo deprimente e outras bobagens. Sabem por quê?
Simplesmente porque cada jogo tem a sua história e este Furacão x Palmeiras de hoje, apresenta um equilíbrio natural que leva as defesas a superarem os ataques enquanto os meios de campo se equivalem e os ataques pouco ou nada realizam.
Queriam o que de um jogo como o de hoje? Um 10 x 10? Vejam que tudo é motivo para que critiquem Luxa, os jogadores, o Palmeiras e envenenem o ambiente reinante...
Apesar de denunciar tudo isto, quero dizer que não admito e nem se justifica um time da grandeza do Palmeiras atuar como time pequeno o tempo todo como está fazendo seu técnico, tanto e quanto conseguir chegar perto da área do adversário em apenas duas ou três oportunidades em um tempo inteiro do jogo .
Após o empate sem gols deste primeiro tempo, é justo e forçoso reconhecer que o Palmeiras precisa melhorar muito para jogar MAL.
Quanto mais para jogar BEM!
O SEGUNDO TEMPO
Do ponto de vista tático foi o espelho do primeiro tempo, mas ficou o lenitivo que, de um ponto de vista prático, o Palmeiras dominou a maior parte as ações e chegou muito mais ao rumo do gol do que os donos da casa.
Luxa, infelizmente, insistiu com a mesma escalação equivocada com que começou o jogo e o resultado de tudo, apesar do domínio técnico palmeirense, foi que o time sofreu demais e só conseguiu chegar à vitória nos minutos finais, quando as alterações efetuadas mudaram a cara do time para muito melhor, é claro.
O Atlético no 2º tempo se assanhou no jogo e tentou partir pra cima do Palmeiras, embora houvesse sido isso o que o Palmeiras mais queria.
Como o time paranaense sofre do mesmo problema do Palmeiras, isto é, a falta de força ofensiva, pouco ou nada fez em seu ataque porque a defesa palmeirense (não tenho medo de dizer isto) é a melhor do Brasileiro.
A bem da verdade tenho de mencionar que o Palmeiras foi beneficiado com a não marcação de um pênalti de Patrick em cima de Leo Citadinni que nem o árbitro e nem o VAR acabaram vendo.
Marcado e convertido esse "tiro de rigor" poderia ter mudado o rumo do jogo e levado o time paranaense à vitória, mas apenas por uma razão: a dificuldade de fazer gols de ambas as equipes.
Com o time paranaense sempre tentando e procurando atacar bastante, o Palmeiras teve espaços para contra-atacar e desfrutou de várias situações de chegada que apenas cheiraram a gol, em face da falta de categoria de quase todos os seus atacantes.
Após o jogo, li milhares de críticas ao desempenho do time do Palmeiras e críticas ainda mais fortes acerca da qualidade do jogo...
Quero lhes dizer no entanto (respeitando todos os que pensam diferente) que o Palmeiras do segundo tempo jogou menos mal do que o Verdão do primeiro tempo e vou provar!
Pra que não digam que estou delirando, faço um "resumo" do jogo onde todos poderão verificar que, se no primeiro tempo Palmeiras não fez quase nada em campo, no segundo tempo melhorou acentuadamente o seu rendimento, embora muito longe daquele que chamamos de IDEAL.
Não quero dizer com isso que todos os problemas do time se resolveram ou estejam a caminho de uma resolução imediata, porquanto reconheço que ainda há um vasto caminho a ser percorrido.
Quero, no entanto, registrar uma boa melhora em relação aos jogos anteriores, a começar pelo próprio resultado. Ou é fácil derrotar o Furacão em sua Arena em Curitiba?
Para que não digam que estou tendo um feroz ataque de otimismo e querendo transformar algo negativo em positivo, vou provar o que digo, apresentando a relação das chegadas dos dois times no segundo tempo.
Quem analisar os dados com isenção e sem passionalismo verificará, claramente, a superioridade palmeirense em campo, diferente, por exemplo daquele jogo quase fatídico contra o Goiás.
Ao menos a mim isto já me traz esperanças de melhora geral, até porque Luxa mencionou ontem na coletiva que o nosso melhor jogador de ataque (em minha maneira de ver o único diferenciado do elenco), Veron, está quase pronto para voltar e aumentar radicalmente o potencial ofensivo da equipe e a capacidade de nosso ataque.
2º TEMPO
11 minutos: Lance de perigo: Gabriel Menino conduz pela meia-direita, faz belo cruzamento para Rony que se atrapalha mas ainda assim domina e, fuzila de pé direito para fora. Tiro de meta!
13 minutos: Boa chegada! Diogo Barbosa avança pela meia-esquerda, bate forte de fora da área mas não acerta o alvo. Valeu pela chegada e pela intenção!
15 minutos: Outro lance perigoso. Lucas Lima cobra escanteio pela esquerda e Luiz Adriano muito pressionado conseguiu cabecear, porém por cima.
17 minutos - Gol anulado. Everton mandou forte da defesa, Rôni penetrou em alta velocidade pelo meio e ajeitou para Lucas Lima que penetrava pelo lado esquerdo e fez um lindo gol, bem anulado porque Rôni, no nascedouro da jogada, estava impedido e o VAR confirmou.
SUBSTITUIÇÃO: 24 minutos Willian substituiu Luiz Adriano, bom jogador, mas perdido em campo. O Palmeiras passou a trabalhar mais as infiltrações ao rés do chão.
28 minutos. Chute de longe. Patrick de Paula na entrada da grande área aproveitou um rebote e chutou forte, porém sem direção. Mas foi outra boa jogada ofensiva do Verdão.
SUBSTITUIÇÃO: 29 minutos Zé Rafael entrou no lugar de Gabriel Menino.
31 minutos: Outra chegada. Pique de Zé Rafael pelo lado esquerdo com um bom cruzamento em direção a área, mas a defesa araucariana afastou.
36 minutos: Quase gol do Athlético. Bobeada de Éverton ao tentar sair jogando com os pés, propiciando a Pedrinho a chance de abrir o marcador, mas a bola bateu na trave direita do Verdão.
TRÊS SUBSTITUIÇÕES: Primeira: 37 minutos. Saiu Rôny e entrou Raphael Veiga. Tecnicamente foi ótimo porque Raphael Veiga tocou mais a bola, encostou nos companheiros e empreendeu maior dinâmica ao jogo. Foi dele o gol da vitória alguns minutos depois.
Segunda: 37 minutos. Saiu Bruno Henrique e entrou Gustavo Scarpa. Na esquina direita do campo Scarpa nada fez nada mas vindo de trás pelo meio esteve bem e mostrou que pode ser aproveitado.
Terceira: 37 minutos: Saiu (enfim) Lucas Lima e entrou Ramirez. Luxa demorou demais para retirar o meia, embora tenhamos de reconhecer que (em relação ao que vinha apresentando) LL melhorou muito. Todavia há que se dizer que começar os jogos com ele e mantê-lo por largo tempo é como atirar contra o próprio pé. Luxa vem fazendo isso!
Essas três últimas alterações levantaram o astral do time que passou a ter uma nova dinâmica dentro de campo, passou a jogar bem mais e a chegar cada vez mais perto do gol do Athlético.
41 minutos: Scarpa acerta o chute. Após receber de Ramirez o "chuta-chuta" tentou mas não pegou como queria e a bola ficou nas mãos do goleiro do Athlético.
46 minutos: Scarpa bate falta com perigo e Thiago Heleno tira da área.
48 minutos; GOOOOOOL DO PALMEIRAS. Lateral batido por Diogo na cabeça de Raphael Veiga que cabeceou bem alto, quando a bola caiu Gomez cabeceou para trás e serviu Zé Rafael prensado na hora H por Thiago Heleno, mas sobrando ao feitio do Raphael paranaense que, de pé canhoto, fez o gol da vitória do Verdão, "estufando os cordéis da cidadela paranaense" (royalties para o inesquecível Haroldo Fernandez, narrador da Rádio Tupi de São Paulo).
Deixo para vocês contarem agora as demais nuances da importante vitória do Verdão!