JÁ CHEGA DE O PALMEIRAS SER UM CLUBE BONZINHO, SUBMISSO E POLITICAMENTE CORRETO!
Como se previa, foi fragorosa a derrota do Palmeiras num STJD parcial, incoerente e irritantemente carioca.
O que eu disse outro dia neste OAV tem de ser repetido hoje porque não só reflete como define com exatidão a situação criada: "o Palmeiras foi igual ao holandês que pagou pelo que não fez".
Quem não sabia que a responsabilidade pela segurança do jogo era do Flamengo?
É óbvio que todo mundo, exceto a maior parte dos "ínclitos" cariôcos que compõem o tribunal de exceção.
Aprioristicamente o Palmeiras houvera sido condenado em primeira instância a pagar pesadíssima multa e realizar um jogo em casa com os portões fechados, mas, acertadamente, apelou da decisão inicial.
O julgamento do "pleno" reduziu a multa de R$ 80 mil para R$ 60 mil e substituiu o jogo com portões fechados pela ausência de público em cinco jogos no Allianz, circunscrita ao setor denominado Gol Norte, justamente onde se acomodam os manchistas e outros celerados, digo, "organizados".
Já fora de casa e na qualidade de visitante, o Palmeiras atuará (também por cinco jogos), sem a presença de sua torcida, o que, convenhamos, é uma idéia absurda que só poderia partir de alguns cérebros retardados ou de outros sem escrúpulos.
Afinal, o que é que um palmeirense de Recife, do Rio, de Curitiba, de Floripa, de Salvador, de Chapecó, de Belo Horizonte ou de qualquer cidade do país tem a ver com os desmandos das (des)organizadas tanto e quanto de suas ações criminosas?
O Flamengo, visivelmente protegido pelo tribunal, foi multado de forma mais condescendente em 30 mil, vai ficar três jogos sem a presença das organizadas quando jogar em casa e, na qualidade de visitante, não terá a presença de sua torcida em outras três apresentações.
A única pena equânime, embora desimportante e irrelevante: por dez jogos as torcidas uniformizadas não poderão exibir as suas faixas. Melhor seria que fosse para sempre!
Como as penas só serão cumpridas após dez dias a partir da data do julgamento, o Palmeiras -menos mal- estará livre da punição no clássico da semana que vem contra os Bambis, um jogo estratégico na luta alviverde pelo título do Brasileiro.
Ficou claro após a decisão dos togados, que o STJD não tem -nunca teve- a menor condescendência em relação ao Palmeiras, ainda que nos casos como esse em que a maior parte da culpa coube ao Flamengo, o clube responsável pela organização estratégica do jogo.
O Palmeiras, d-e-f-i-n-i-t-i-v-a-m-e-n-t-e, se ainda não sabia, agora já sabe que nesse tribunal "carioca-curica-tricolor" será eternamente um réu e o Flamengo(tanto quanto o Curica, o Bambi e o Flu), rei !
Em decorrência do absurdo de tudo o que foi decidido esta semana no Rio e que contraria frontalmente não apenas o estatuto do torcedor quanto o bom-senso, o Palmeiras, na qualidade de clube de cumeeira do futebol brasileiro, tinha de iniciar imediatamente uma cruzada visando a acabar com esse arremedo de justiça que é a justiça desportiva.
E teria de começar usando um torcedor que se dispusesse a contestar a absurda decisão do STJD como uma espécie de "litis-consorte invisível do clube", demandando contra o resultado do libelo da justiça esportiva sobre o verdão na justiça comum.
O Palmeiras, ainda que seja o maior interessado na questão, simularia (da boca pra fora) estar contrariado e condenaria a publicamente a decisão do torcedor em entrar na justiça, a fim de não ser molestado pela CBF ou pelo próprio STJD.
Do ponto de vista oficial a diretoria do Palmeiras, a princípio, criticaria fortemente o tribunal através da mídia e assumiria que se as coisas não melhorassem iria começar a trabalhar pelo fim das decisões finais das causas esportivas via a justiça particular que tomou conta do futebol.
Mas cadê diretor que tenha coragem e disposição para assumir essa bronca, essa posição, considerando-se que o Palmeiras, ao contrário do Curica e dos Bambis, nunca se aparelhou nas entranhas dos órgãos judicantes, repleto de "juízes torcedores" sempre dispostos à defesa intransigente dos interesses de seus times de coração"!
Eu sustento a tese de que o Palmeiras deveria dar o tapa e esconder a mão, isto é, usar um torcedor disposto à impetrar a ação e apoiá-lo nos bastidores. Se necessário, até financeiramente.
Já chega de o Palmeiras ser um clube bonzinho, submisso e politicamente correto!
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