Observatório Alviverde

13/09/2015

DEU PRA MARCELO OLIVEIRA PERCEBER QUE FUTEBOL SE FAZ -predominantemente- COM JOVENS!



  Resultado de imagem para juventude

 Após o 0 x 0 do 1º tempo contra o Figueira, vi a viola alviverde em cacos em face da irritante, insuportável, preocupante e perturbadora performance da equipe.

Tanto é verdade que imaginei, cá com os meus botões, que o Palmeiras iria perder de novo para um time dos times mais fracos deste Brasileiro. Não tem sido, exatamente, assim que tem ocorrido?

Após a assustadora performance do primeiro tempo, digna de um "circo de horrores", Marcelo Oliveira, teve discernimento e, felizmente, interveio, agindo pronta e cirurgicamente certo no intervalo do jogo.

Sublinhe-se, porém, que realizou o trabalho pela metade sacando, somente Egídio, quando o jogo exigia que tirasse, também, Zé Roberto.

Na real, MO não teve coragem suficiente para empreender as duas alterações de que seu time tanto necessitava.

Esses dois jogadores, extremamente lentos e sem imaginação, saltavam aos olhos de quem assistia ao jogo como os fatores determinantes do jogo em câmera lenta que o Palmeiras exibia, tanto e quanto da obviedade comuníssima da equipe, um aglomerado de jogadores.

Tava mais na cara do que suíça que era necessário, premente e prudentemente que  o Palmeiras colocasse em campo jogadores com disposição física suficiente para correr e que, nas mesmas proporções, também fizessem com que o time corresse, tivesse mais presença em campo tanto e quanto impusesse a sua condição de time do primeiro escalão e de primeira grandeza do futebol brasileiro.

Mas, cadê que MO teve ou tem coragem para ousar, submisso, (quem não vê) de corpo e alma, aos encantos de ZR, completamente envolvido pelo carisma do ex-jogador, ainda em ação?  

Oliveira, aliás, não consegue (seria melhor dizer "não quer") enxergar o jogo em face de ter armado equivocadamente seu esquema tático respaldado em um veterano que, muito mais, toca para trás e para os lados do que para a frente ou empreende com eficiência a função de armador.

Será que ele pensa que Zé Roberto (individualmente ótimo) é um jogador pensante e cerebral tipo Valdívia? Se pensa isto, sinto informá-lo de que incorre em um ledo engano!

Acho que já falei da única forma como Zé Roberto poderia e teria de condições de ser aproveitado no time principal do Palmeiras, nunca na qualidade de jogador para noventa minutos, mas, exclusivamente como importante homem de banco. Mas sua vaidade permitiria? Creio que não!

Ontem, a exemplo de Zé Roberto, mas muito pior que ele, Egídio era uma  peça obscura e decorativa do time, jogador sem corpo, sem alma e sem a menor produtividade.

Fosse um jogo pela manhã eu diria que ele não houvera acordado, mas como foi à noite eu lhes digo  que Egídio parecia convalescente de sezão (ou seria de um pagodão? ) sem o menor tesão para jogar. Não deveria, sequer, ter sido relacionado para o jogo. E, no entanto foi e jogou (jogou mesmo?) por 45 minutos que pareceram uma eternidade!

A saída de Egídio, além de justa, foi o principal fator de crescimento do time do Palmeiras. 

Sou convicto, porém de que se Zé Roberto também houvesse saído, teria sido, ainda, melhor para o Verdão, na medida em que se ampliariam os horizontes táticos da equipe e surgiram outros nomes que dormitam na obscuridade do banco, sem chances no time principal.  

Seria, pergunto, ZR mais rápido e produtivo que Allione? É claro que não! Nem do ponto de vista cerebral, apesar de toda a sua experiência!

 E, no entanto, o argentino amarga o dissabor do banco e "não joga porque não tem experiência e não tem experiência porque não joga!" Há muitos jogadores nessas condições  no atual time do Palmeiras!

Tanto é verdade que Kelvin nem bem entrou e tocou fogo no jogo e já decidiu o confronto que aparentava toda a sorte de dificuldades na etapa complementar.

Foi de uma jogada ousada e pessoal dele que surgiu o córner do qual nasceu o gol de abertura de contagem, que abriu o caminho para a vitória do Verdão, a menos de um minuto de jogo, através do . zagueiro Jackson, após o corner batido por Robinho, desviado por Rafael Marques para o complemento do zagueiro alviverde.

Com 1 x 0 no marcador, Marcelo Oliveira tratou de administrar o resultado fazendo entrar Girotto no lugar de Rafael Marques, aumentando o volume de marcação da defesa e a cobertura no setor de Zé Roberto que, na qualidade de um líbero, pelo setor esquerdo, pode fazer o que sabe fazer melhor, isto é, incursionar em apoio pelo lado esquerdo e efetuar bons cruzamentos.

O segundo gol surgiu de uma jogada pelo setor esquerdo, onde (dou, hoje, a mão à palmatória) ZR rende mais e melhor e é, até, compatível com o time: a lateral esquerda.

Como perguntar não ofende, considerando-se que Egídio é tão (ou mais) driblador quanto Zé, tão habilidoso (ou mais) do que Zé, com a vantagem de ser mais jovem, mais rápido, mais vigoroso e de muito maior explosão muscular, não seria o caso de ZR ir para o banco na condição de primeiro reserva? 

Ontem, por questão de justiça faço questão de assinalar, o segundo tempo de Zé Roberto foi, surpreendentemente, muito bom, para o que muito contribuíram, também, as entradas posteriores de Giroto e de Cristaldo que se movimentaram muito e deram fôlego ao time, maior capacidade de mobilidade, movimentação e marcação tanto e quanto muito mais cobertura à defesa.

O gol que selou a vitória palmeirense surgiu de uma jogada pessoal de Zé Roberto que penetrou pelo lado esquerdo da área, sofrendo duas faltas seguidas. Foi preciso que houvessem duas entradas faltosas seguidas num mesmo lance para que o árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães finalmente assinalasse, após 25 rodadas, o primeiro (?) penalti para o Palmeiras neste brasileiro.

A lição deixada pelo jogo de ontem (eu a dirijo a Marcelo Oliveira) é a que futebol se faz com a juventude e com jovens, embora o Palmeiras e grande parte de sua torcida, há anos, não levem em consideração essa máxima, e preferem que o time seja formado por jogadores tipo "figurinhas carimbadas", sempre portadores de mais fama, do que, propriamente, de futebol.

É preciso mudar essa mentalidade, sem excluir, naturalmente, a inclusão de um ou outro veterano para um toque de experiência, e, principalmente, de maturidade ao time, mas tendo um time formado, em sua essência, por jovens valores.

Ontem ficou provado, comprovado e ratificado que Kelvin tem de ser aproveitado com mais frequência, tanto e quanto se faz necessário que outros jovens jogadores egressos da base tenham efetivas oportunidades no time principal.

Por falar nisso, o que fizeram com Juninho, aquele que na Copa São Paulo foi o melhor jogador do Palmeiras, muito melhor, até, do que Gabriel Jesus?  

Onde enfiaram esse jogador se não temos ninguém no elenco com características de armação? Ele, sim, bem treinado e preparado teria condições de substituir Valdívia. Mas cadê que MO tem "culhões" para isso?

Ademais porque aproveitar Juninho se o diretor de futebol está preparando uma contratação de impacto (sobretudo no bolso de Nobre) para 2016 com a vida de um jogador famoso para a posição?

Para não ir mais longe: "futebol se faz, predominantemente, com jovens".

Se o Palmeiras não adotar essa filosofia, dificilmente voltará a brilhar, como outrora, no cenário do futebol brasileiro!

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NA TV

Bachin Jr dono de um bom material vocal, ontem, em menor escala em relação ao jogo anterior, deixou a desejar, novamente na identificação dos jogadores. 

Bachin tá precisando ser, menos, Milton Leite e, mais, Jota Júnior. Infelizmente os maus exemplos são mais propensos a ser adotados. 

Identificar os jogadores, Sr. Bachin, essa tem de ser a preocupação constante de um narrador, não a de comentar ou inserir cacos na transmissão. 

Um ou outro intervalo, sim, admite-se, será preenchido por um comentário rápido adstrito ao jogo, não a todo o momento e, muito menos, palhaçadas como fazem alguns (não é o caso de Bachin).

Excelente (fico feliz em poder, finalmente, dizer isto) a participação de Maurício Noriega tanto na análise do jogo (ele conhece muito) quanto em relaçâo à arbitragem, para o que muito contribui a ausência de Milton Leite que tem o péssimo hábito de invadir a seara do comentarista (AD)