Observatório Alviverde

18/10/2017

ESTOU COMEÇANDO A APROVAR GALIOTTE!



Anotem: se o time do Palmeiras obtiver resultados positivos em campo, a maior parte das atuais e tantas rejeições ao presidente Galiotte irão, como que por encanto se dissipar nos estádios, nas alamedas palestrinas, na web, no tempo, no espaço, no terra, no céu e em toda parte.

Sem a ira e a violência verbal típica dos incompetentes, mas com a firmeza daqueles sabem o que querem e têm plena consciência da importância do cargo que exercem, Maurício Galiotte vem, cada dia mais, surpreendendo-me positivamente.

Em razão disso, eu, que tantas vezes o critiquei, agora o elogio. É mera questão de coerência e simples dever de justiça.

Sua ação, a um só tempo firme, inteligente e racional nos bastidores da novela que precipitou a saída de Cuca, evidencia que ele, assim como ocorreu com Nobre, começa a entender os bastidores do futebol e o modo específico de ação administrativa que esse esporte exige, completamente diverso de qualquer outra atividade .

Mostrando inteligência, lucidez  e preparo para o exercício do cargo, Galliote tem respondido com lógica, conteúdo e ações administrativas práticas, todas as críticas dirigidas a ele, ao seu grupo e a sua administração. Muitas delas aliás, repito, partiram do autor deste blog!

É evidente que os nossos reparos circunscreveram-se, exclusivamente, ao restrito âmbito do futebol profissional, pois, como já deixei claro tantas vezes,  a mim pouco me importa à superada, hipócrita e insuficiente Sociedade Esportiva, nos dias de hoje uma autêntica "gigolo femelle" do futebol profissional palmeirense.

Há anos, infelizmente, essa inútil instituição entrava o progresso e o desenvolvimento de um time de futebol com estrutura suficiente para tornar-se um dos maiores do mundo, uma espécie de Real Madrid das Américas.

Voltando a Galiotte, ao que me consta, ele não provém dos conhecidos "círculos futebolísticos palestrinos" e segundo me informam, está bem longe de ser um expert na matéria.

Conforta-me, porém, saber que ele parou de deixar-se influenciar pelo Turco, não está administrando o Palmeiras contaminado por pensamentos de rapina, e, acima de tudo isto, tornou-se presidente pela
influência, prestígio e,sobretudo, pelas mãos de Paulo Nobre.

Algum valor, decerto, ele agrega porquanto Nobre jamais colocaria em cheque e risco seus nome e prestígio de maior presidente palmeirense dos últimos anos -um dos maiores da história-. indicando um incompetente, um despreparado ou um espertalhão para a sua sucessão.

Se Nobre e Galiotte se desentenderam, brigaram e se afastaram findas as eleições, este é um assunto cujas razões desconheço!

O que não se pode é super-valorar  exclusivamente Nobre e cometer-se a injustiça de criticar acerbadamente o atual presidente, prejulgando-o em definitivo por seu primeiro ano de trabalho.

O primeiro ano de Nobre (lembram-se?) foi muito pior que o de Galiotte. Por pouco, muito pouco mesmo, o Palmeiras não foi rebaixado à série B.

O Santos, mediante estímulos especiais é óbvio, salvou o Verdão derrotando o Vitória em Salvador. Não porque os jogadores santistas tivessem um grama de simpatia ou comiseração pela situação do Palmeiras mas pelo fato de o futebol ser profissional e nele o dinheiro é a maior emoção.

Foi aí que Nobre, até então preocupado -exclusivamente- em resolver a caótica situação financeira do clube com o um todo, resolveu agir também no futebol.

Abruptamente desligou-se da pequenez envolvente decorrente das ideias sub-reptícias do turco, contratou Mattos e promoveu o maior investimento em jogadores de que se tem notícia da história do clube. Cerca de 20 foram contratados.

Até então Nobre (que rezava pela bíblia do Turco) era alvo das mesmas críticas que fazem, hoje, a Galiotte ou, para não "eufemizar", até piores. Mas ele, inteligente que é,  reagiu a tudo e a todos e conduziu o Palmeiras novamente aos píncaros da glória.

O maior erro de Galiotte, do início do mandato a esta hora, foi o seu rompimento ou, vá lá, o seu recuo, ou, o como se diz hoje em dia, "o tempo que deu" nas relações com Nobre.

Houvesse entre os dois um acerto, um ajuste, um arreglo que não ferisse os egos hipertrofiados, Paulo Nobre, na qualidade de seu amigo e mentor, poderia tê-lo abastecido de muitas informações e sugestões profiláticas que não teriam permitido a perda de um ano e não o teriam deixado incorrer em erros crassos, bizarros e infantis.

Entre tantos desses erros quero salientar o principal e seus dois principais desdobramentos:

Erro maior: deixar o futebol e as decisões administrativas dele decorrentes exclusivamente nas mãos do funcionário que, na prática, ostenta  impropriamente o status de diretor, Mattos!

Erro 1 - Por .não conhecer a história do Palmeiras, nem o modo de ser, de agir e de reagir da fanática e exigente torcida palmeirense, a mais complicada do planeta, Mattos, certamente movido por interesses e conveniências pessoais, contratou o neófito Eduardo Batista e alguns jogadores medianos por ele indicados.

Essa carta-branca entregue ao funcionário com a autorização para as contratações sem método eu  reputo como devastadora e a causa das causas de todos os problemas verificados do início do ano a esta parte!

Erro 2: A submissão total de Galiotte e sua diretoria aos caprichos de Cuca. Mesmo tendo chegado extemporaneamente, Cuca se impôs ditatorialmente e tomou várias decisões descabidas que tanto prejudicaram o clube, todas elas devidamente criticadas neste espaço por mim e por tantos companheiros bloguistas.

Técnico algum tem o direito de dizer que vai jogar por sua conta e risco com um time reserva em jogos oficiais que exigem a presença dos titulares. Se o fizer, tem de fazê-lo em comum acordo com a diretori


Poupar jogadores em recuperação ou aqueles com problemas físicos, sim, mas entrar em campo com jogadores reservas em jogos importantes e decisivos de campeonatos importantíssimos para o status atual e para a história do clube é atitude otário, um verdadeiro desperdício.

Trata-se de uma atitude amadorista, insensata, absurda, inominável, imperdoável e, acima de tudo, i-r-r-e-s-p-o-n-s-á-v-e-l.

Maurício Galliotte por pura inexperiência, teve de aguentar e engolir todas as idiossincrasias e teimosias de Cuca, muito menos um técnico-estrategista do futebol, muito mais um preparador-motivador de times, que só voltou ao clube pelo atributo moral adquirido no Verdão, decorrente da conquista de um importante título brasileiro.

Há que se elogiar Galiotte por suas ações fora de campo. Embora timidamente, protestou muitas vezes junto à comissão de arbitragem contra árbitros inescrupulosos e mal-intencionados  que lesaram o time várias vezes. Faltou-lhe apenas mais veemência nas reclamações mas este não é, certamente, o seu estilo de agir.

Deu para perceber que apesar dos erros contra o Palmeiras (eles continuam ocorrendo), a maior parte  tem sido cometida pelos árbitros mais antigos, que se acostumaram a "roubar" o clube no suceder dos anos? 

Da mesma forma, forçoso é admitir que diminuiu, bastante, o prejuízo imposto o clube no que respeita às arbitragens!

As sequentes vitórias do departamento jurídico em situações que, antigamente, o Palmeiras perdia no STJD, evidenciam que os nossos bastidores já não são tão inócuos e improdutivos como antigamente.

O Palmeiras, como se nota, já está sendo respeitado como há muito não ocorria em seu relacionamento extracampo, importantíssimo.

Méritos para Galiotte, que, esperamos, assim como Paulo Nobre, possa ter aprendido como se administra um time  de futebol e não incorra nos mesmos erros na transição 2017/2018 e faça novamente o Palmeiras campeão.

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