Observatório Alviverde

25/02/2015

O BASQUETE MOSTROU, ONTEM, QUE O PALMEIRAS ESTÁ DOENTE!


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Basquete: Paulistano x Palmeiras.

Assisti ao jogo, ontem, e fui testemunha ocular-virtual de outra vexaminosa derrota palmeirense, em jogo no qual o Verdão teve tudo para vencer.

Considerando-se que o Palmeiras jogava em quadra adversária, a derrota, em si, não teria sido tão doída, se não nos fosse imposta  nas circunstâncias em que ocorreu.

O Palmeiras entrou em quadra confiante, impositivo, dominante e avassalador, como deve ser sempre o Palmeiras em qualquer modalidade ou circunstância, estabelecendo 26 a 14, logo no primeiro quarto.

Quando começou o segundo, se esperava que, com a vantagem significativa, o Verdão cozinhasse o jogo e procurasse administrar a vantagem (no basquete há mil fórmulas de fazê-lo sem perder o domínio em quadra e a ofensividade) mas o time desandou.

Jogando com muita precipitação e perdendo, completamente, o domínio dos nervos, o Verdão permitiu a reação do Paulistano que reverteu o placar e, em seguida, o inverteu,  sustentando-o até o final.

Em vez de trocar passes e só arremessar à cesta no limite do estouro do cronômetro, o time palmeirense passou a forçar os passes, precipitar os arremessos e, pior ainda, desperdiçar lances livres! Foi um horror.

Faltaram ao time calma, equilíbrio e, principalmente, sangue frio, para realizar em quadra um trabalho tático de constante troca de bola  com insistência nos passes, visando a fazer passar o tempo e manter o nervosismo do lado do adversário.

Afinal, o Paulistano havia entrado para o segundo quarto, atordoado com o banho tático, técnico e de pontuação que levara no primeiro quarto de jogo, embora disposto reagir.

Para isso precisava ter a posse de bola a fim de criar as jogadas e ir para a cesta. Se o Palmeiras escondesse a bola, dificultaria, por demais, o trabalho do adversário. Mas isso não ocorreu!

Jogando dessa maneira, o Verdão, fatalmente, desequilibraria emocionalmente o adversário, privando-o da posse de bola, expediente o que o obrigaria a apelar para as faltas.

O Paulistano, aliás, iniciou o segundo quarto abusando das faltas e, em rodízio, as usou à vontade, durante todo o jogo.

Com isso, o time vermelho e branco objetivava, sempre, a retomar a posse de bola, principalmente a partir do momento em que percebeu a brutal deficiência palmeirense na cobrança de lances livres.

Entretanto, penso que, mesmo com essa deficiência, se o Palmeiras trocasse mais a bola e, se, de uma forma mais lúcida e inteligente, forçasse as jogadas de penetração em cima do cestinha Pedrão ou do armador Dawkins, os dois melhores jogadores do adversário, induzindo-os ao cometimento de faltas, poderia ter tido melhor sorte.

O trabalho defensivo do Verdão também esteve muito aquém das necessidades, pois o time perdia, infantilmente, a bola no ataque, e demorava demais a voltar para a recomposição defensiva.

Aproveitando-se da confusão, do desequilíbrio e do apavoramento inexplicável que tomou conta do time palmeirense, o adversário, tão logo retomava a bola, atacava em bloco.

Muitos jogadores alviverdes, lentos e sem elã, não conseguiam voltar para marcar, permitindo que o adversário, principalmente com Pedrão, efetuasse vários arremessos certeiros de fora do perímetro.

Pedrão pontuou triplos em várias situações, recebendo a bola, quase sempre, livre de marcação e ao final do jogo havia marcado 27 pontos, ficando como o cestinha do jogo.

Quando terminou o segundo quarto, o Paulistano havia revertido o quadro adverso do primeiro quarto, estabelecendo 22 x 9. 

O primeiro tempo terminou totalizando, 36 x 35 para os vermelhos.

Na virada do jogo, isto é, no terceiro quarto, ocorreu um equilíbrio de ações pois os dois times corrigiram os defeitos dos dois primeiros quartos, não se mostraram tão afoitos e nem erraram tanto. Assim, a decisão acabou ficando para o último quarto.

Quase ao final do jogo o Palmeiras conseguiu até estar na frente do marcador por um ponto, mas o desequilíbrio emocional da equipe (é a doença crônica do Palmeiras em todas as modalidades esportivas) passou a falar mais alto.

O Verdão estava sete pontos atrás do Paulistano quando, desanimado e sentindo a derrota iminente, preferi desligar meu televisor. Assim, foi melhor, ou, se quiserem, menos pior! Imaginei que o Palmeiras perdesse por, no máximo, dez (10) pontos de diferença!

Porém, ao checar, mais tarde, o resultado, confesso que fiquei sem entender como, em pouco mais de dois minutos o Palmeiras conseguiu perder o jogo por uma  diferença acachapante de  dezenove pontos (19) , sofrendo doze (12)  no curto espaço de um minuto e meio, sendo derrotado por 92 a 73.

São coisas que, infelizmente, continuam acontecendo só com o Palmeiras!

CONCLUSÃO

Se fosse possível internar um clube para tratamento, eu internaria o Palmeiras!

Há anos que o Verdão está doente, portador de uma incontrolável "síndrome de perdedor"! Essa crise existencial que o domina, tem de acabar, antes que o Palmeiras acabe!

Moléstia contagiosa, -conquanto curável-, toma conta do clube há largos e longos anos, mas, dos presidentes dos quais me lembro, nenhum se preocupou, -nunca-, e nem se preocupa em tratá-la.

Precisamos romper com essa dura realidade, incompatível com o nosso passado e com as nossas tradições! Se não ocorrer, o Palmeiras vai ficar, cada vez mais, marcado com o estigma de perdedor. Está ocorrendo, exatamente, isso!

O marketing palmeirense, um dos possíveis e mais eficazes remédios para o mal, continua, nesse aspecto, escondido, estático e omisso! É preciso agir!

Em campo ou nas quadras, o nosso uniforme parece costurado com linhas de chumbo, tamanho é o peso que recai sobre o corpo de quem o veste.

O basquete, ontem, é só mais um exemplo de que baixamos a cabeça e não somos mais nada em relação ao passado glorioso e heroico que vivenciamos, até em modalidades diferentes do futebol.

O Palmeiras (dirigentes, funcionários, jogadores de futebol e demais atletas) necessitam de uma luz, de um ajuste, através de informações que os façam ter consciência da grandiosidade e da importância do clube a que servem e força da camisa que vestem.

Se um simples ajuste não resolver, que se aplique um choque! Cursos e palestras motivacionais hoje, agora, já, e, até, amanhã, se necessário, em todos os segmentos do clube, principalmente entre os atletas.

Entre todos os segmentos que constituem os corpos físico e místico do Palmeiras, só a torcida não precisa de ajuda, pois nunca perde a motivação e, jamais, desanima!

Apesar dos repetidos percalços que espocam a cada jogo, a galera segue acreditando. Nunca vi tamanha lealdade! Por isso a chamo de Leal!

Palmeirense que se preza, não abre mão, nunca, de sua altivez, de sua confiança, de sua palestrinidade, tanto e quanto de seus sonhos e esperanças, revelando e renovando, cada dia mais, o seu intenso e imenso amor pelo Verdão!

Sem medo de errar eu afirmo que quem não deixou que o Palmeiras seguisse os tenebrosos caminhos da Portuguesa, do Guarani, do América Mineiro, do América carioca e de tantos outros clubes foi sua maltratada torcida, sempre colocada pelas sucessivas diretorias (inclua-se Nobre) num plano de inferioridade e total desimportância!

Eu nem sei o que seria do Palmeiras, não fosse a sua gigantesca galera, a Leal, torcida que se espalha por todo o país, de norte a sul, de leste a oeste, por todos os meridianos e paralelos que cortam o mapa do Brasil e com tentáculos enormes pelo exterior.

O Palmeiras, hoje, para retomar as suas grandeza e realeza, está precisando de um choque de mentalidade diretiva, ocorrido, em parte, com a chegada de Nobre, porém ainda insuficiente, pela pouca vivência do jovem presidente.

Eu teria muita coisa a acrescentar, nesse aspecto, e como não tive o poder de síntese em relação à matéria, gostaria de terminar encarecendo o presidente a tratar melhor o torcedor comum, criando um espaço na arena com ingressos mais acessíveis.

Que ele olhasse e considerasse, principalmente a grande massa representada pela torcida interiorana, tão desprezada, desprestigiada e desconsiderada, mas sempre tão verde quanto a esperança que lhes habita o coração. 

Que, de vez em quando o Palmeiras mande um ou outro jogo oficial, se possível um ou outro clássico no interior, onde o Verdão consegue livrar-se das nefastas e demoníacas forças que tanto o apequenam e o levam irremediavelmente às derrotas, quando dos jogos realizados na capital.

Mas é preciso, acima de tudo, que Nobre e todos compreendam que as conquistas dos clubes, não se circunscrevem, exclusivamente, ao trabalho de campo.

Os gambás, os bambis e as sardinhas são as principais provas de que os títulos são conquistados, principalmente, fora das dimensões do campo, no chamado extra-campo! (AD)

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