Observatório Alviverde

17/03/2020

BOLSONARO ERROU AO MINIMIZAR OS EFEITOS E SE OMITIR EM RELAÇÃO À PRAGA VIRAL QUE TAMBÉM ASSOLA O BRASIL!



Como um detento, compulsoriamente encarcerado no recesso de meu lar, penso na vida que perco -eu que já me aproximo do fim de meu ciclo terreno- e que todos perdemos em face da situação devastadora inusitada que tomou conta do país.

Há como que uma imobilização (quase) geral da população que, reclusa, se torna a um só tempo causadora e vítima, ao mesmo tempo em que se torna refém de uma situação preocupante e em muitos pontos semelhante a uma guerra.

Do jeito que as coisas correm e pelo rumo que tomam, estou pensando que, em muito pouco tempo haverá, paralelamente, uma crise decorrente da falta de alimentos.

As autoridades precisam constatar que os alimentos não chegam "per si" às nossas mesas e que é necessária a mobilização de toda uma cadeia produtiva para que isso aconteça.

Pelo que vejo e sinto, não tem existido ou existe nenhuma preocupação no sentido de manter ativa a linha de cultivo e produção de hortaliças, legumes e frutas.

E a criação, manutenção e abate dos animais que nos fornecem as proteínas necessárias à vida estão sendo preservadas? 

Não vi, li, nem ouvi qualquer preocupação, citação ou cobrança nesse sentido às autoridades. 

A mídia limita-se a fazer política em face dos acontecimentos que se vive , atacando ou elogiando quem lhe convém e interessa, sem a necessária "visão de magistrado", mormente a Rede Globo de televisão. 

A Globo e a mídia deveriam ter, além de patriotismo, a visão futurista suficiente para antever e antecipar os fatos, exercendo o relevante papel de lembrar e cobrar das autoridades em relação à situação famélica que pode, consequentemente, advir, a continuarem as coisas da forma como estão. É vital que se busque e que se encontre soluções!

Por tudo que expus, como deixar passar em branco e não criticar o (des) governo Bolsonoro quando o assunto é a crise? 

A crítica maior decorre, primeiro da minimização de uma situação de âmbito mundial, passando pelo descaso e alcançando a omissão governamental. 

Como pôde convocar o público para uma passeata a seu favor, no epicentro de uma crise de tal magnitude e que envolve a saúde  e a vida da população?

Para que não se vá tão longe, basta que se realce a recente postura infantil do presidente, que, mesmo na emergência de ser ele um suposto portador do "corona virus", assim que a contraprova dos exames que realizou resultaram negativas, começou populisticamente  a abraçar as pessoas, fazer "selfies" e posar para a posteridade em fatos e fotos absolutamente desimportantes.

Foi uma atitude irresponsável e um péssimo exemplo do presidente pois a medicina ainda pouco sabe sobre o corona e todo o cuidado sempre será pouco para que se evite a propagação da letal virose que incomoda a vida sobre o planeta.

Pior que, ao menos até ontem, ele não havia tomado nenhuma medida no sentido de fechar as fronteiras do Brasil com os outros países da América do Sul. 

Foi necessário que a medida partisse dos governantes desses países, o que qualifico como algo impensável e inadmissível para um país do estofo e da importância do Brasil, suposto líder da América do Sul. 

O fato é que o governo federal passou para a responsabilidade dos estados a resolução de situações que, de há muito, deveriam ter partido do próprio governo central e em razão disto, retardou o combate ao virus, ainda que o presidente fosse tido como um suposto portador do mesmo.

As críticas que faço ao presidente são pertinentes e as faço de forma construtiva, até porque sei, perfeitamente, do mal enormemente maior que é a esquerdalha ladra e corrupta (com a exceção de um ou outro "idealista-útil") e que tudo tem feito no sentido de transformar o Brasil em um país incontrolável e inadministrável. 

Por falar em esquerda, quem não percebe que os vermelhos estão eufóricos com a chegada do Corona que amplia-lhes as condições para que coloquem o povo contra o governo e vice-versa.

Fique claro, então, as minhas críticas não são políticas, e, seja Bolsonaro, Paulo Guedes, Mourão ou qualquer outro que errar eu não os poupo, tanto e quanto não poupei os sórdidos vermelhos nos quais um dia, por amor ao meu país e ao meu povo, acabei acreditando.

Mas, na ausência do futebol e na emergência de uma situação (repito) quase de guerra por que passa nosso país, você teria sugestões a apresentar a fim de mudar o quadro que ora se vive no Brasil?  

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